A falta de lideranças em diversas frentes do agronegócio é pauta do Crônicas do Agro desta semana. Ênio Fernandes Jr. traça um paralelo entre o setor do agro brasileiro e a importância de se trabalhar em equipe como uma grande orquestra. O Crônicas do Agro é um podcast que carrega o selo B61 de podcasts.
O engenheiro agrônomo Guilherme Braga Pereira apresentou o podcast em parceria com a Academia do Agro sobre os desafios no manejo das plantas daninhas na cultura do sorgo. O Crônicas do Agro carrega o selo B61 de podcasts. Baixe o áudio completo, ou escute no link abaixo.
Todo agricultor algum dia enfrenta o desafio das plantas voluntárias - aquelas que muitas vezes ficam conhecidas por serem plantas daninhas. Neste episódio do Crônicas do Agro, Henrique Antônio de Morais dá boas dicas de como conviver com essas plantas. Confira o episódio. O Crônicas do Agro, da Academia do Agro, carrega o selo Brasil 61 de podcasts.
O empreendedor no Brasil é um resiliente, um persistente. Conhecer o seu negócio, sua operação e seu mercado são sinônimos de sucesso. Aqui no Brasil isso pouco é relevante, ou melhor, logicamente que é relevante, mas somente esses conhecimentos não bastam. A burocracia brasileira mata lentamente a nossa competitividade e nosso empreendedorismo.
No agro, essa burocracia é maior ainda. O produtor rural que queira investir em irrigação deve pedir o direito de outorga em primeiro lugar. O qual tem demorado de quatro a seis anos para se ter uma resposta e, às vezes, essa resposta é negativa. Para poder sistematizar uma área que é de sua propriedade, dentro das rígidas normas do Código Federal, respeitando todas as legislações, ele pede uma licença, que em Goiás está saindo com quatro a seis anos de espera.
Depois de tanto tempo de espera, esse produtor teve a sua condição financeira alterada. Ou melhor, o mercado também alterou o momento de investimento. E mesmo assim, mesmo depois de tanto tempo de espera, esse mesmo empreendedor terá que preparar uma série de documentos para não ter retaliações a posteriori.
Inacreditável é que quem lidera essas instituições estaduais sabe desse atraso, são complacente com esse atraso. Na verdade, existem funcionários públicos que não dispõe de uma atitude proativa para o desenvolvimento do empreendedorismo rural. Com isso o estado perde, a nação perde, os produtores perdem e a cidade perde. Temos menor geração de emprego, menor geração de renda, menor desenvolvimento.
Esse é um artigo de opinião, que não necessariamente expressa as opiniões, ideias e análises do Brasil 61 ou de seus editores.
SOBRE O AUTOR
Ênio Jaime Fernandes Jr., atua como Consultor de Mercado de grãos Soja e Milho, com formação em Engenharia Agronômica, tem MBA em Agronegócio e especialização em Nutrição Mineral de Plantas. É professor executivo da Fundação Getúlio Vargas, dirigente classista, empresário rural e articulista.