Data de publicação: 29 de Setembro de 2023, 02:20h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:27h
Foi divulgada nesta quinta-feira (28), a nova edição do boletim Infogripe, que após semanas de alerta sobre o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mostra que o cenário persiste, em especial nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Em relação às ocorrências gerais da síndrome, em nível nacional, a publicação detectou sinal de estabilidade na tendência a longo prazo e de crescimento na de curto prazo.
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe, comenta a situação atual dos casos de síndromes respiratórias no país: “De modo geral, o país continua numa situação relativamente confortável. A imensa maioria dos estados está ali, mantendo uma situação de estabilidade, com pequenas oscilações. Aquele período de maior preocupação que nós tivemos, principalmente por conta do rinovírus nas crianças e pré-adolescentes, já se dissipou na imensa maioria dos estados”, elucidou.
O maior número de casos de Covid-19 no Rio de Janeiro e em São Paulo foram registrados entre adultos, principalmente na população de idade mais avançada. Segundo o pesquisador da Fiocruz, esse é um sinal de que o vírus está circulando com maior densidade, levando a internações principalmente grupos mais vulneráveis.
“Mantém aquele cenário que ainda é restrito a alguns poucos estados, majoritariamente, onde isso não é mais claro, Rio de Janeiro e São Paulo nesse momento. Sendo que no Rio de Janeiro já tem ali um pequeno indício de que talvez a gente já esteja começando a diminuir esse ritmo de crescimento, mas é algo que a gente ainda tem que ter cautela, continuar acompanhando as próximas semanas porque até o momento continua sendo sim um ritmo de crescimento um sinal de crescimento na curva de novos casos semanais da Covid associado à internações especificamente”, detalhou.
Moradora de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Nicoly Valadão teve Covid-19 duas vezes. A publicitária de 28 anos conta que na segunda vez já estava vacinada, e por isso as manifestações da doença foram leves. “Não tive nenhum sintoma grave. Eu só fiquei com tosse e um mal-estar assim, tipo uma gripe mesmo forte. Durou mais ou menos uma semana, se eu não me engano, uma semana, no máximo duas. Fiquei isolada, acho que num período de duas semanas. E fazendo o uso dos remédios até os sintomas melhorarem”, relata.
O boletim Infogripe é publicado semanalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A edição divulgada nesta quinta-feira (28) é referente à Semana Epidemiológica 38, de 17 a 23 de setembro — e conta com os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 25 de setembro.