Tribunal ampliou o dever de segurança das instituições, que poderão ser responsabilizadas se não impedirem o uso de contas por golpistas
Baixar áudioLer ao vivoPrograma Brasil Mais Produtivo prevê R$ 45,3 milhões em projetos para levar automação e inteligência artificial a micro e médias indústrias
Baixar áudioLer ao vivoLOC.: Em recurso especial julgado por unanimidade, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que caso seja comprovado que o banco não monitorou e não agiu para impedir movimentações suspeitas em contas correntes utilizadas de forma repetida por golpistas, a responsabilidade pelos danos às vítimas será do próprio banco.
O relatório aponta que, além do dever das instituições financeiras de criar mecanismos capazes de identificar e coibir a prática de fraudes, também é necessário manter as ferramentas em aprimoramento constante com vistas a garantir a segurança nas movimentações.
O especialista em direito do consumidor e empresarial, Fernando Moreira, explica que os bancos não poderão mais se defender sob alegação de culpa exclusiva da vítima.
TEC./SONORA: Fernando Moreira - especialista em Direito do consumidor e empresarial
“Essa decisão estabeleceu que o dever de segurança do banco não vai se limitar a apenas proteger a conta aí da vítima. Ele se estende também a uma obrigação de monitorar, identificar as atividades suspeitas que possam eventualmente ocorrer nas contas que recebem os valores de golpes, as chamadas contas laranja ou então mulas. Se o banco falhar nesse monitoramento e permitir que uma conta seja de fato usada reiteradamente para fins ilícitos, o banco vai cometer uma falha na prestação de serviço.”
LOC.: Nesse processo não houve condenação do banco. Porém, os ministros delimitaram quais situações podem levar à responsabilização dessas instituições, como a falha na abertrura de contas, por exemplo, permitir a abertura com documentos falsos ou sem um processo rigoroso de verificação de identidade.
O especialista também destaca que se o banco identificar ou ignorar movimentações claramente atípicas em contas também pode estar sujeito à responsabilização nesses casos.
Com o entendimento dos ministros, o especialista Fernando Moreira diz que os bancos terão que reforçar os investimentos em tecnologia e monitoramento contínuo das operações. Ele também afirma que os consumidores precisarão de um fortalecimento jurídico para buscar o ressarcimento, considerando a decisão do STJ.
Reportagem, Bianca Mingote
LOC.: Mais de duas mil e seiscentas micro, pequenas e médias empresas vão receber novas tecnologias para modernizar a produção.
O investimento, de 45 milhões e 300 mil reais, vem de uma parceria entre o SENAI e o BNDES.
Os recursos vão financiar 91 projetos de digitalização da indústria, dentro da chamada Brasil mais Produtivo Smart Factory BNDES 2025, voltada à chamada indústria 4.0 — modelo que usa automação, inteligência artificial e análise de dados para tornar as fábricas mais eficientes.
O programa oferece apoio técnico e pode financiar até 70% do valor de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
As propostas são elaboradas em parceria com os Institutos de Inovação e Tecnologia do SENAI, por meio da Plataforma Inovação para a Indústria.
Nesta edição, houve recorde de investimento e de propostas enviadas. O Ceará teve o maior número de projetos aprovados: 46. Em seguida, vêm o Rio de Janeiro, com 8, Goiás e São Paulo, com 7 cada, e o Distrito Federal, com 6.
O programa Smart Factory foi criado para suprir uma carência de mercado: a falta de soluções digitais acessíveis para empresas de menor porte.
Quem explica é o especialista em desenvolvimento industrial do SENAI, Gabriel Vargas.
TEC./SONORA: Gabriel Vargas, especialista em desenvolvimento industrial do SENAI
“Nós verificamos que muitos fornecedores de soluções digitais de indústria 4.0 visam as grandes empresas, elaborando soluções sofisticadas que podem ser customizadas para atender as mais diferentes necessidades de uma grande corporação. Enquanto que a grande maioria de empresas no país é composta por micro, pequenas e médias empresas.”
LOC.: O investimento em todas as edições já passa de 110 milhões de reais, com o apoio da Finep e, agora, do BNDES.
Uma das empresas contempladas em 2024 é a Advantag, especializada em tecnologia de identificação por radiofrequência, em Cotia, São Paulo.
Com o apoio do Smart Factory, a empresa desenvolveu uma tecnologia que automatiza operações logísticas e reduz erros. Quem conta é o CEO da empresa, Rodrigo Almeida.
TEC./SONORA: Rodrigo Almeida, CEO da Advantag
“O time do SENAI tem uma capacidade técnica assim absurda. Eles nos apresentaram várias empresas, várias indústrias e diversos portes, tamanhos, onde nós fizemos as validações e hoje muitos deles são nossos clientes para o Logística 4.0.”
LOC.: Rodrigo diz que a parceria também ajudou a estruturar um plano de negócios voltado para vendas.
SONORA: Rodrigo Almeida, CEO da Advantag
“Com o advento do Smart Factory, conseguimos dar descontos especiais, fazer planos de aquisição de forma especial e tivemos muito sucesso para fornecimento de equipamentos, softwares e licença para nossos clientes.”
LOC.: O Smart Factory faz parte do programa Brasil Mais Produtivo, que busca aumentar a competitividade de pequenas e médias empresas por meio da transformação digital.
Para mais informações, acesse plataforma.editaldeinovacao.com.br
Reportagem, Cristina Sena.
LOC.: Gestores municipais de todo o Brasil já podem aderir à Declaração das Cidades na COP30, com compromissos ambientais e sociais a serem assumidos até novembro de 2025, em Belém (PA).
A iniciativa, do Instituto Cidades Sustentáveis, o ICS, propõe ações como cuidado com o ar, água e solo, ampliação de áreas verdes, gestão de resíduos, educação ambiental e promoção da justiça climática.
Na abertura do Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Cidades 2025, na quarta (15), o diretor-presidente do ICS, Jorge Abrahão, lembrou que 90% da população brasileira vive em cidades, reforçando a importância dos municípios na agenda climática.
Atualmente, cerca de 350 municípios já participam do programa de apoio à gestão e planejamento do ICS.
Com informações da Agência Brasil.
Reportagem, Mariana Ramos
LOC: Sete em cada dez empresários da indústria avaliam a infraestrutura da Região Norte como regular, ruim ou péssima. O índice de 74% é bem maior que a média nacional, de 45%.
Os dados são do estudo Panorama da Infraestrutura – Região Norte, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria, a CNI, durante o evento Pré-COP30: O Papel do Setor Privado na Agenda do Clima, em Brasília.
O levantamento analisa transportes, energia, saneamento e telecomunicações — e apresenta propostas para melhorar a logística e a competitividade da região.
De acordo com o especialista em Políticas e Indústria da CNI, Ramon Cunha, investir na infraestrutura do Norte é essencial para o desenvolvimento sustentável.
TEC./SONORA: Ramon Cunha, especialista em Políticas e Indústria na CNI
“A Região Norte tem um papel estratégico para o desenvolvimento sustentável do Brasil, sobretudo por conta das suas riquezas em termos de biodiversidade e recursos naturais. No entanto, o déficit de infraestrutura acaba restringindo a capacidade da região de integração, tanto nos mercados nacionais quanto nos mercados globais.”
LOC.: O estudo mostra que a precariedade das rodovias, a falta de ferrovias e o baixo aproveitamento das hidrovias dificultam a integração dos polos produtivos.
Entre as obras consideradas prioritárias estão a ampliação da Hidrovia Araguaia-Tocantins, a pavimentação da BR-319 — entre Porto Velho e Manaus — e a conclusão da ponte sobre o Rio Xingu, na Transamazônica.
A CNI também alerta para o déficit em saneamento básico. Apenas 61% da população do Norte tem acesso à rede de água, e só 23% contam com rede de esgoto — o menor índice do país.
De acordo com Ramon, a expectativa é que o estudo contribua para o desenvolvimento regional.
TEC./SONORA: Ramon Cunha, especialista em Políticas e Indústria na CNI
“A expectativa é que o trabalho sirva como um importante instrumento para que a sociedade, investidores e planejadores de política possam priorizar projetos de maior impacto e interesse do setor industrial. Isso é fundamental para a geração de emprego, renda e desenvolvimento local.”
LOC.: O estudo cita a recente conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional como um avanço importante.
Mesmo assim, o Tribunal de Contas da União aponta que mais da metade das obras federais na região está parada.
A divulgação do levantamento ocorre durante os preparativos para a COP30, que será realizada em Belém, em novembro de 2025.
Reportagem, Cristina Sena
LOC.: O Senado aprovou o chamado pacote anticrimes violentos, um conjunto de medidas que endurece as penas para delitos cometidos com violência e cria novos tipos de crimes voltados ao combate ao crime organizado.
Entre as principais mudanças, o projeto reduz o limite - de oito para seis anos - para que o cumprimento da pena seja iniciado em regime fechado e exige o pagamento de multa para a progressão de regime em casos de tráfico de drogas, milícias e organizações criminosas.
As punições para crimes como roubo, homicídio e receptação também foram ampliadas. Por exemplo, o roubo com uso de arma de fogo de uso restrito pode chegar a 20 anos de prisão.
O texto cria ainda o crime de resistência qualificada, com pena de até três anos para quem impedir ou dificultar a ação da polícia. Casos em manifestações políticas e movimentos sociais, no entanto, ficam fora dessa regra.
O projeto também torna mais severas as penas para o comércio ilegal de armas, criminaliza o uso de escudos humanos e cria novos critérios para justificar prisões preventivas.
O presidente da comissão, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que o texto é um marco na área da segurança pública:
TEC./SONORA: senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
“É o projeto de maior impacto na segurança pública que esse congresso poderia construir na última década, porque ele engloba uma série de iniciativas, algumas já tramitando em progresso de lei nesta Casa, mas que agora estão tramitando em conjunto com esse pacote anti-crime violento”, disse o senador.
LOC.: A proposta, relatada pelo senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
Com informações da TV Senado
Reportagem, Mariana Ramos
LOC.: O Instituto Euvaldo Lodi, o IEL, está com duzentas e nove vagas abertas no Inova Talentos, programa que conecta profissionais a projetos de inovação e tecnologia em empresas de todo o país. As bolsas podem chegar a doze mil reais.
As oportunidades são voltadas a graduandos, mestrandos e doutorandos de áreas como engenharia, química, administração, economia, biotecnologia e ciência de dados.
A gerente de Carreiras e Desenvolvimento Empresarial do IEL, Michelle Queiroz, explica que o programa tem como objetivo aproximar profissionais qualificados das demandas de inovação da indústria.
TEC./SONORA: Michelle Queiroz, gerente de Carreiras e Desenvolvimento Empresarial do IEL
“O programa promove o desenvolvimento científico e fortalece as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no país. Os projetos apoiados envolvem pesquisa de ponta e a busca de soluções para desafios complexos, contribuindo para a criação ou o aprimoramento de produtos, processos e modelos de negócio inovadores.”
LOC.: Os projetos têm duração de até doze meses, com possibilidade de prorrogação, e estão distribuídos por estados como Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. O formato de trabalho varia entre presencial, híbrido e remoto.
Segundo Michelle, o Inova Talentos se diferencia por aproximar profissionais qualificados das demandas de inovação das empresas.
TEC./SONORA: Michelle Queiroz, gerente de Carreiras e Desenvolvimento Empresarial do IEL
“As empresas, ao terem bolsistas nas suas pesquisas, aceleram os projetos de desenvolvimento e fortalecem a cultura interna de inovação.”
LOC.: Os selecionados poderão atuar em empresas como SESI, Bradesco, Nestlé, Vale, L’Oréal, Braskem e Whirlpool.
O programa é uma iniciativa do IEL em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o IPT.
Os interessados devem procurar o IEL de seu estado para conhecer as etapas dos processos seletivos e as vagas disponíveis. Mais informações estão no site do iel.pandape.infojobs.com.br.
Reportagem, Cristina Sena
O preço do boi gordo registra alta de 2,01% nesta terça (21) e a arroba é negociada a R$ 310,20, no estado de São Paulo.
Nos atacados da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, os preços do frango congelado apresentaram alta de 0,37% e do frango resfriado sofreram uma valorização de 0,24%. A primeira mercadoria é vendida a R$ 8,24, enquanto a segunda é comercializada a R$ 8,26.
A carcaça suína especial aponta recuo de 1,03% no preço, sendo negociada a R$ 12,45 por quilo nos atacados da Grande São Paulo.
O preço do suíno vivo registra estabilidade somente em São Paulo e Santa Catarina; nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul há uma valorização de 0,36% e 0,48%, respectivamente. Em Minas Gerais há uma queda de 0,24%. As mercadorias variam entre R$ 8,23 e R$8,75.
Os valores são do Cepea.
Reportagem, Amanda Canellas
O preço do café arábica abre esta terça (21) em alta de 0,56%, com a saca de 60 kg negociada a R$ 2.275,55 na cidade de São Paulo.
O café robusta teve alta de 0,47% no preço, sendo comercializado a R$ 1.407,41.
Já o preço do açúcar cristal apresenta desvalorização nas principais praças do estado de São Paulo. Na capital, a saca de 50 kg aponta baixa de 1,12%, cotada a R$ 114,80.
Em Santos (SP), a mercadoria é negociada a R$ 116,30, após leve baixa de 0,13% na média de preços sem impostos.
A saca de 60 kg do milho, por sua vez, é vendida a R$ 65,49, após leve baixa de 0,06%.
Os valores são do Cepea.
Reportagem, Amanda Canellas