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Minas Gerais se destaca como a unidade da federação com o maior número de cidades nessas condições
Baixar áudioLer ao vivoInmet prevê chuva acima da média no Norte e no Sul, volumes menores no Nordeste e no Sudeste e temperaturas elevadas em todo o Brasil
Baixar áudioLer ao vivoLOC.: Com a proximidade do verão em algumas regiões do Brasil, o nível de alerta precisa ser redobrado. Isso porque mais de MIL E NOVECENTOS municípios do país possuem áreas com risco de ocorrências como deslizamentos, enxurradas e inundações. Os dados constam em nota técnica divulgada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden.
Minas Gerais se destaca como a unidade da federação com o maior número de cidades nessas condições, totalizando DUZENTOS E OITENTA E TRÊS municípios. Entre os entes listados estão Abadia dos Dourados, Barra Longa, Buritizeiro e Belo Horizonte.
Na capital mineira, a prefeitura já iniciou ações de prevenção para o período chuvoso previsto entre o fim de 2025 e o início de 2026. Segundo a administração municipal, neste ano foram instaladas placas de alerta para risco de alagamento, reforçando a sinalização destinada aos condutores. Também estão em andamento outras iniciativas, como serviços de microdrenagem, incluindo a limpeza de bocas de lobo.
Em todo o país, a população dos municípios classificados como suscetíveis chega a quase CENTO E CINQUENTA MILHÕES de pessoas, sendo que cerca de NOVE MILHÕES vivem em áreas com perigo potencial de desastres naturais.
Recentemente, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional promoveu uma reunião com defesas civis estaduais e órgãos federais. A coordenadora-geral de Gerenciamento de Riscos do Cenad, Talime Teleska, afirmou que o objetivo do encontro foi alinhar informações sobre o prognóstico climático e fortalecer as ações de preparação e resposta.
TEC./SONORA: Talime Teleska, coordenadora-geral de Gerenciamento de Riscos do Cenad
“Essa articulação é fundamental para que estejamos em prontidão e com a comunicação alinhada, garantindo que, na ocorrência de um desastre, a população seja atendida com rapidez e qualidade.”
LOC.: Entre 2013 e 2024, o Brasil acumulou mais de SETECENTOS E TRINTA BILHÕES DE REAIS em prejuízos relacionados a desastres naturais, conforme dados divulgados pela Confederação Nacional de Municípios, a CNM.
No período, mais de CINCO MIL E DUZENTOS municípios decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública, somando cerca de SETENTA MIL registros.
Reportagem, Marquezan Araújo
LOC.: No próximo domingo (21), ao meio dia e 3 minutos, começa oficialmente o verão no Hemisfério Sul. A estação, que vai durar até o dia 20 de março de 2026, será marcada pelo aumento das temperaturas em todo o Brasil, além de rápidas mudanças nas condições do tempo. Esse cenário deve favorecer a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, ventos de moderados a fortes e descargas elétricas. As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet.
Durante o verão, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com volumes que podem ultrapassar os 400 milímetros. As exceções ficam por conta do extremo sul do Rio Grande do Sul, do nordeste de Roraima e do leste da Região Nordeste, onde, em geral, os acumulados ficam abaixo desse valor.
Entre janeiro e março de 2026, a previsão indica chuvas acima da média na maior parte da Região Norte. As exceções são o sudeste do Pará e o Tocantins, onde os volumes tendem a ficar abaixo do esperado. As temperaturas ficam acima da média em grande parte da região, com valores próximos do normal apenas no extremo norte.
No Nordeste, a previsão indica predominância de chuvas abaixo da média na maior parte da região, principalmente na Bahia, no centro-sul do Piauí e em estados do leste nordestino. Já o centro-norte do Maranhão, o norte do Piauí e o noroeste do Ceará podem ter volumes próximos ou acima da média. As temperaturas permanecem acima do normal em toda a região.
No Centro-Oeste, as chuvas devem ficar acima da média no oeste de Mato Grosso, abaixo da média em Goiás e próximas do normal nas demais áreas. As temperaturas tendem a ficar acima da média em toda a região.
No Sudeste, a previsão aponta chuvas abaixo da média, com maiores déficits em áreas de Minas Gerais. As temperaturas devem permanecer acima da média ao longo do verão.
E na Região Sul, todos os estados devem registrar chuvas acima da média, com destaque para o Rio Grande do Sul. As temperaturas também ficam acima do normal, especialmente no oeste gaúcho.
Reportagem, Paloma Custódio
LOC.: O uso de plásticos e materiais descartáveis se expandiu de forma acelerada nas últimas décadas. Presentes em embalagens, utensílios, produtos de higiene e até móveis, essa disseminação ocorreu sem a devida avaliação dos impactos ambientais e sobre a saúde humana.
Estudos recentes revelam que microplásticos já foram identificados em diversas partes do corpo humano: pulmões, placenta, corrente sanguínea, leite materno, sêmen e, mais recentemente, no cérebro.
Diante das evidências científicas sobre os danos à saúde, especialistas defendem que o Brasil avance com medidas para reduzir a produção e o consumo de plásticos descartáveis.
O Projeto de Lei 2524 de 2022, conhecido como PL do Oceano Sem Plástico, é apontado pela diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde, Paula Johns, como [ABRE ASPAS] “um primeiro passo fundamental”. [FECHA ASPAS]
TEC./SONORA: Paula Johns, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde
“A conexão entre saúde e meio ambiente é intrínseca. Para a gente ter saúde, o meio ambiente precisa ser saudável e vice-versa.”
LOC.: A proposta, que estabelece diretrizes para uma economia circular do plástico, está parada há mais de 600 dias no Senado. Para Johns, o entrave não está na falta de evidências científicas, mas na atuação da própria indústria.
TEC./SONORA: Paula Johns, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde
“O principal obstáculo não é a falta de evidência, não é a falta de comprovação de que essas medidas são eficazes; o principal obstáculo é o lobby da indústria.”
LOC.: A professora-pesquisadora Thais Mauad da Faculdade de Medicina da USP, responsável por identificar microplásticos no pulmão e no cérebro, reforça que produtos descartáveis precisam ser abolidos.
TEC./SONORA: Thais Mauad, doutora em Patologia e professora-pesquisadora da FMUSP
“Não faz sentido você usar um copinho que alguém teve que ir lá numa plataforma de petróleo, extrair petróleo, para você usar aquele copo cinco segundos e jogar fora. Depois aquilo fica 500 anos na natureza. E o plástico, além de tudo isso, ele não é reciclável como o vidro, por exemplo, que ele é eternamente reciclável. O plástico se recicla duas ou três vezes e depois ele vira uma coisa que não é mais reciclável porque não tem mais qualidade. Então a melhor solução é não usar.”
LOC.: A pesquisa de Mauad detectou microplásticos no bulbo olfatório, região do cérebro responsável por processar os odores. O polipropileno, usado em roupas e embalagens, foi o tipo mais encontrado.
TEC./SONORA: Thais Mauad, doutora em Patologia e professora-pesquisadora da FMUSP
“Nós temos células olfatórias nervosas no nariz que se conectam diretamente com a base do cérebro, no órgão que se chama bulbo olfatório, que é o primeiro, vamos dizer, decodificador dos cheiros que a gente sente.”
LOC.: Estudo da organização Oceana mostra que cerca de 4% do peso dos microplásticos é composto por aditivos químicos, orgânicos e inorgânicos. Na fabricação, esse material é responsável por definir cor, resistência e maleabilidade.
Segundo Mauad, muitos desses aditivos atuam como disruptores endócrinos no corpo humano, capazes de afetar o desenvolvimento de órgãos, alterar a função da tireoide e aumentar riscos relacionados ao câncer de mama.
Ela alerta que o aquecimento de recipientes plásticos favorece a liberação dessas substâncias.
TEC./SONORA: Thais Mauad, doutora em Patologia e professora-pesquisadora da FMUSP
"Quando você esquenta a sua comida com um plástico no micro-ondas, você está soltando os aditivos com o calor e esses aditivos saem, se desprendem da molécula e vão para o seu alimento. Mesmo quando você coloca numa lavadora de louças, por exemplo, quente, acontece a mesma coisa."
LOC.: Para Johns e Mauad, sem mudanças estruturais na produção e no consumo de plástico, o país continuará enfrentando impactos ambientais e à saúde pública.
Reportagem, Maria Clara Abreu
LOC.: Após mais de 20 anos de discussões, a Câmara dos Deputados está mais perto de modernizar as regras para circulação de máquinas agrícolas no país. Foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, na quarta-feira, dia 17, o substitutivo ao Projeto de Lei 724 de 2003.
A proposta flexibiliza as exigências do Código de Trânsito Brasileiro para que tratores e similares possam trafegar por vias públicas. A autora do novo texto, a deputada Marussa Boldrin, do MDB de Goiás e vice-presidente da Região Centro-Oeste da Frente Parlamentar da Agropecuária, acolheu integralmente diferentes projetos no pacote para atender à demanda crescente por circulação segura, técnica e eficiente das máquinas agrícolas em vias públicas.
Entre as novidades estão: autorização Especial de Trânsito para circulação de tratores e máquinas agrícolas, com validade de seis meses, para viagens de até 10 km; inclusão de colhedeira no rol de veículos de tração e definição de requisitos para a condução dessas máquinas; permissão do trânsito diurno de tratores e máquinas agrícolas em rodovias quando acompanhados de batedores e por trajeto limitado; permissão da circulação de tratores e máquinas agrícolas nas mesmas condições aplicadas a veículos de carga; e liberação da circulação de máquinas pesadas por até 5 km, desde que acompanhadas por dois batedores equipados com sinalização adequada.
Com a aprovação, as medidas agora estão prontas para serem votadas no Plenário da Câmara. No entanto, ainda não há data marcada.
Reportagem, Álvaro Couto.
LOC.: Mais de 90% dos municípios paulistas apresentam algum tipo de desequilíbrio nas contas públicas. É o que aponta levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Ao todo, 607 cidades receberam alertas preventivos, que indicam problemas na gestão fiscal, arrecadação ou administração do regime próprio de previdência.
Entre os municípios mais populosos do estado, Campinas soma 20 alertas, Guarulhos tem 25, São Bernardo do Campo aparece com 13 e Santo André lidera entre as grandes cidades, com 29 alertas.
Já a capital paulista, São Paulo, registra pequena quantidade de alertas, segundo o levantamento.
Outras cidades também chamam atenção, como Sorocaba, com 27 alertas, e Itapetininga, com 11 notificações relacionadas à gestão fiscal e ao RPPS.
O Tribunal de Contas destaca que os alertas são preventivos e permitem correções ao longo do ano, evitando punições mais severas ao final do exercício financeiro.
Reportagem, Jullya Borges.
LOC.: Faltam duas semanas para o fim de 2025, mas o Brasil já superou a marca de R$5 trilhões em gastos públicos primários. Até o fim do mês, a previsão da plataforma Gasto Brasil, idealizada pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de São Paulo (ACSP), é que todas as despesas pagas pela União, estados e municípios somem R$ 5,2 trilhões de reais, o equivalente a 44% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2024.
Cláudio Queiroz, coordenador do Gasto Brasil e consultor da CACB, a má qualidade desse gasto prejudica diretamente a vida dos brasileiros.
TEC./SONORA: Cláudio Queiroz, coordenador do Gasto Brasil e consultor da CACB
“O Brasil seria o melhor lugar para se morar do mundo. Não tem terremoto, não tem maremoto, não tem terroristas. Então nós conseguiríamos viver bem. E não é realidade por falta de um controle do governo, uma falta efetiva de distribuição.”
LOC.: O painel contabiliza apenas aquilo que os governos efetivamente pagam, sem discriminar despesas empenhadas ou juros da dívida, por exemplo. Segundo o levantamento, 42% do total é desembolsado pela União, enquanto estados e municípios correspondem a 28% do total de gastos, cada um dos grupos.
Benefícios previdenciários, pagamento de servidores e encargos sociais abocanham quase dois terços dos gastos. Por isso, Queiroz entende ser inevitável, em algum momento, a aprovação de reformas impopulares, como a administrativa e a previdenciária, além da tributária, que começa a vigorar no próximo ano.
TEC./SONORA: Cláudio Queiroz, coordenador do Gasto Brasil e consultor da CACB
“Seja qual for o governo, não importa se ele é de direita, esquerda, centro, vai chegar em 2027 e vai ter que mexer com algumas reformas de impacto para tentar equilibrar as contas públicas."
LOC.: O maior empecilho para isso, segundo o Queiroz, são as eleições de 2026. Governantes não apenas evitam fazer cortes orçamentários em ano eleitoral como elevam as despesas em busca de garantir a própria eleição e de aliados.
A avaliação da CACB é que esse cenário ajuda a entender a relutância do Banco Central em baixar a taxa básica de juros. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária manteve em 15% ao ano a alíquota da Selic – maior patamar dos últimos 20 anos –, adiando para o ano que vem uma possível trajetória de baixas. A intenção é reduzir a atividade econômica, impulsionada pelos gastos governamentais, para fazer o controle inflacionário.
Essa postura tem se mostrado efetiva, em que pese os impactos na atividade econômica. A inflação no Brasil tem desacelerado e, pela primeira vez em 13 meses, está abaixo do teto da meta de 4,5%, ao passo que o crescimento da economia também vem perdendo força, devendo fechar 2025 em 2,2%, menor taxa desde 2020.
Reportagem, Álvaro Couto.
O preço do boi gordo nesta terça-feira, 23 de dezembro, apresenta queda e a arroba está sendo negociada a R$317,85, no estado de São Paulo.
Já na Grande São Paulo, em São José do Rio Preto e em Descalvado, o frango congelado e frango resfriado registram valorização. A primeira mercadoria é vendida a R$ 8,14, enquanto a segunda é comercializada a R$ 8,16.
A carcaça suína especial apresenta estabilidade, sendo negociada a R$12,86, por quilo, nos atacados da Grande São Paulo.
O suíno vivo, por sua vez, registra estabilidade na maior parte dos estados, com destaque para São Paulo, onde o animal é comercializado a R$ 8,87.
Os valores são do Cepea.
Reportagem, Maria Clara Abreu.
O preço do café arábica registra alta nesta terça-feira, 23 de dezembro, com a saca de 60 kg negociada a R$ 2.159,06 na cidade de São Paulo.
O café robusta apresenta valorização no preço, sendo comercializado a R$ 1.240,19.
Já o preço do açúcar cristal apresenta reajustes nas principais praças de São Paulo. Na capital, a saca de 50 kg está cotada a R$ 110,63.
Em Santos (SP), a mercadoria é negociada a R$ 118,94, após alta expressiva na média de preços sem impostos.
A saca de 60 kg do milho, por sua vez, é vendida a R$ 69,47.
Os valores são do Cepea.
Reportagem, Maria Clara Abreu.