LOC.: O seu aparelho celular é compatível com o 5G? Muitos usuários estão com dúvidas sobre como podem usufruir da nova tecnologia. Além de aparelhos compatíveis com as redes de quinta geração, há incertezas também sobre quais tipos de planos de internet são necessários para ter acesso. Por enquanto, a resposta é simples para quem já utiliza os planos de 4G: não precisa fazer nada além de estar em uma área com cobertura ativa. Até o momento, o sinal com faixas exclusivas para o 5G está disponível somente em Brasília.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, as três principais operadoras de telefonia do país, Tim, Claro e Vivo, afirmaram que não há mudanças de custos dos planos ou necessidade de troca de chips para receber o novo sinal - ao menos, por enquanto.
Mas para navegar nessa frequência será necessário trocar o celular, uma vez que os aparelhos de recepção de redes móveis não estão adaptados às faixas disponíveis para o 5G.
Segundo o engenheiro de telecomunicações da Telemar do Rio de Janeiro, Cesar Nunes, o recomendado é que a troca seja feita com cautela e que o consumidor se certifique se o novo equipamento é homologado pela Anatel.
TEC./SONORA: César Nunes, engenheiro de telecomunicações da Telemar do Rio de Janeiro
“Nós licitamos algumas faixas de frequência específicas aqui do Brasil. Pode ser que você compre um aparelho de fora e esse não tenha essa faixa do Brasil, então pode ser que não funcione.”
LOC.: Hoje já existem no Brasil cerca de 40 modelos que se adaptam à nova tecnologia. O preço é um dos fatores para que o analista político Lucas Machado adie a compra.
TEC./SONORA: Lucas Machado, analista político
“O meu aparelho atual só recebe até o sinal 4G. Então, vou esperar o lançamento de mais aparelhos que devem vir com o preço mais acessível.”
LOC.: Originalmente, o edital do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado, previa que todas as capitais deveriam ser atendidas pela telefonia 5G até 31 de julho. Mas problemas com a escassez de chips e com atrasos na produção e importação de equipamentos eletrônicos relacionados à pandemia da Covid-19 atrasaram o cronograma em dois meses.
Reportagem, Luciana Bueno