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Baixar áudioA 6ª edição do Liberdade para Empreender aconteceu nesta terça-feira (25) na capital paulista, com foco no fortalecimento do protagonismo feminino e na oferta de ferramentas práticas para equilibrar vida profissional, pessoal e digital. Com o tema “Empreender no Digital e Viver no Real: Equilíbrio é o Novo Sucesso”, o evento reuniu mulheres de várias regiões do país e estimulou novas perspectivas para quem busca crescer no mundo dos negócios.
Entre as participantes estava a empreendedora Lucimara Augusto, proprietária da Danega Conservas, de Presidente Prudente (SP). “Eu estou levando para a minha região algo de grande importância para a minha empresa, minha comunidade e minha cidade. Fazer parte deste movimento de empreendedorismo feminino com certeza me deu um grande start de que juntos somos mais fortes e levamos conhecimentos que vão nos seguir para o resto da vida”, compartilhou com a reportagem.
Já Grazielle Nogueira Oliveira, dona da Arome Almas Importadas, em Iracemápolis (SP), participa pela segunda vez do evento. “É um evento com muita tecnologia e palestras tops sobre IA. Sou muito grata em fazer parte de mais de um ano deste evento e eu estou saindo daqui com muita bagagem para poder ampliar e praticar no meu negócio”, relatou.
Para a presidente do Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), Ana Cláudia Badra Cotait, eventos como o Liberdade para Empreender desempenham papel essencial na formação e inspiração de novas empreendedoras. “São momentos que nos permitem ouvir histórias que nos impulsionam a ir além. São espaços de conhecimento que ampliam nossa visão e nos oferecem novas ferramentas para crescer. E são oportunidades valiosas de networking, onde conexões se transformam em negócios”, ressalta.
Segundo o CMEC, as edições anteriores já impactaram mais de 100 mil mulheres e movimentaram mais de 2 mil pequenos negócios.
Entre os principais painéis e palestras desta 6ª edição se destacam:
Também presente no Liberdade para Empreender, o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Alfredo Cotait Neto, avaliou que as mulheres demonstram maior empenho na liderança e na gestão de negócios no Brasil do que os homens. “As mulheres conseguem se empenhar melhor que os homens, desde o começo da instalação do seu negócio, empresa ou loja”, afirmou em entrevista ao Brasil 61.
“Na verdade, os pequenos negócios são a base da economia brasileira. Por isso é muito importante e, cada vez mais, a nossa Confederação das Associações Comerciais tem fomentado e ajudado muito esse movimento do empreendedorismo feminino no país”, ressalta.
Cotait também defende que o governo amplie o olhar sobre o setor e desenvolva políticas públicas capazes de incentivar e fortalecer a atuação das mulheres empreendedoras.
Em 2002, a CACB instituiu uma rede de mulheres atuantes em diferentes setores da economia, com o objetivo de se tornar o principal espaço de conexão, desenvolvimento e fortalecimento do empreendedorismo feminino no país. Sob a liderança de Ana Cláudia Badra Cotait, essa rede expandiu sua atuação em 2019, alcançando projeção nacional e reunindo mais de 950 conselhos em todo o Brasil. A partir dessa transformação, passou a se chamar Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC).
O espaço gera debates sobre grandes temas nacionais que impactam a economia, além de atuar como instrumento para que as lideranças femininas discutam seus desafios e proponham soluções para a comunidade empresarial. Uma dessas iniciativas é justamente o Liberdade para Empreender.
Presente ao evento, a presidente do CMEC Nacional, Ana Cláudia Badra Cotait, destacou a relevância crescente da mulher empreendedora para o desenvolvimento econômico. “A mulher empreendedora hoje no mercado de trabalho é importantíssima, ela agrega valor. E com certeza nós, CMEC Nacional, trazemos isso para a mulher: conseguimos capacitar, informar, conhecer e trazer a mulher para esse mercado tão importante que é o mercado de trabalho empreendedor feminino”, afirmou ao Brasil 61.
Mais detalhes estão disponíveis no site oficial do Liberdade para Empreender 2025.
Copiar o textoCrescimento expressivo de contêineres e avanço da cabotagem impulsionam desempenho regional
Baixar áudioOs portos públicos da Região Sul registraram um crescimento de 14,02% na movimentação de cargas no terceiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. O levantamento, divulgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), indica retomada das operações logísticas após os impactos climáticos enfrentados no ano anterior.
Entre julho e setembro, as estruturas públicas movimentaram 37 milhões de toneladas, resultado que superou o desempenho médio regional, de 8,65%. Esse avanço consolidou os portos públicos como protagonistas na recuperação da atividade portuária do Sul, revelando um cenário de diversificação de cargas e crescimento das operações de maior valor agregado.
O Porto de Paranaguá (PR) aparece como destaque, com 19,1 milhões de toneladas movimentadas, seguido pelo Porto de Rio Grande (RS), com 9,1 milhões. Ambos mantêm papel estratégico no escoamento da produção agrícola e industrial do país, além de reforçar a importância da infraestrutura pública para o comércio exterior brasileiro.
Uma das áreas que apresentou maior evolução foi a de movimentação de contêineres. O segmento avançou 62,46%, totalizando 8,4 milhões de toneladas nos portos públicos da região. Esse tipo de operação, que exige mais tecnologia e gestão especializada, reflete o avanço da logística de valor agregado, especialmente voltada à exportação de produtos industrializados e bens de consumo.
“Quando olhamos para os portos de Paranaguá e Rio Grande, puxando o desempenho, vimos um salto de mais de 60% na movimentação de contêineres, fica evidente que a região está retomando o ritmo com mais valor agregado, mais tecnologia e mais eficácia. Esse avanço reforça o papel estratégico dos portos públicos na economia nacional, ampliando as exportações e garantindo abastecimento e fortalecendo a integração logística do nosso país”, analisa o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila.
O levantamento da Anac aponta ainda que as exportações pelos portos públicos cresceram 13,55%, enquanto as importações registraram aumento de 8,59%. Um dos principais impulsos veio da importação de adubos e fertilizantes, que somaram 5,9 milhões de toneladas. De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, o dado sinaliza que o setor agropecuário já se prepara para garantir a produtividade da próxima safra.
Outro ponto de destaque foi o avanço da cabotagem, que teve alta de 29,65% no período. Para o ministério, o crescimento reforça o papel dos portos públicos na integração da malha logística nacional.
Copiar o textoSegunda parcela continua prevista para 20 de dezembro
Baixar áudioO pagamento da primeira parcela ou parcela única do 13° salário deve ser efetuado até sexta-feira (28), prazo antecipado já que o prazo oficial de 30 de novembro cairá em um domingo. A data para efetivação da segunda parcela continua prevista para 20 de dezembro. A definição do formato de pagamento em valor integral ou duas parcelas é feita pelas empresas empregadoras.
De acordo com a Lei 4.090/62, o trabalhador que desempenhou atividades em um período de 15 dias ou mais durante um ano e não foi demitido por justa causa, tem direito ao 13° salário, que é considerado um marco nos direitos trabalhistas do país. O trabalhador tem garantido o direito de receber, a cada mês trabalhado, um valor adicional equivalente a 1/12 do salário referente ao ano em questão. Desse valor, são descontados o Imposto de Renda e a contribuição ao INSS, da mesma forma que já acontece mensalmente com o salário.
O valor da gratificação de natal é proporcional ao período trabalhado. Ou seja, se o colaborador trabalhou 12 meses, o valor do 13° deve corresponder ao total de seu salário mensal. Já no cenário em que a pessoa trabalhou apenas 6 meses no ano, o bônus natalino corresponderá a 50% da sua remuneração.
Confira como fazer o cáculo da primeira parcela:
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Baixar áudioCom o propósito de estimular o empreendedorismo entre o público feminino, o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) promove um dos maiores eventos voltados à inserção e gestão no modelo de governança de empresas modernas. Trata-se do Liberdade para Empreender, que está na 6ª edição e será realizado ao longo desta terça-feira (25), em São Paulo.
A programação consiste na promoção de discussões, painéis, workshops e palestras com temas relacionados. O tema escolhido para este ano é On-line/Off-line – Empreender no Digital e Viver no Real: Equilíbrio é o Novo Sucesso.
O CMEC é diretamente ligado à Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
A presidente do CMEC do estado do Pará, Denise Araújo, participa do evento desde a 2ª edição. Na avaliação dela, a iniciativa é vista como uma oportunidade de enaltecer o empreendedorismo feminino, mostrando o que há de mais importante nessa área.
“Esse movimento se transformou nesse grande evento, que nasceu dentro desse associativismo feminino, no empreendedorismo feminino, com certeza é muito relevante, não só para nós, mulheres do estado do Pará, mas para toda e qualquer mulher que empreende de uma maneira tradicional, de uma maneira formal ou informal. Até mesmo para aquelas que estão em transição de carreira, porque ele traz amostras reais do que acontece no mercado”, considera.
SÃO PAULO (SP): Equilíbrio entre vida real e digital guia 6ª edição do Liberdade para Empreender
Herriete Cedraz, conselheira do CMEC Bahia, também está em São Paulo para participar do evento. Mais do que presenciar, ela quis compartilhar a experiência com outras mulheres do estado nordestino, para que pudessem acompanhar de perto as ideias do movimento.
“Estou com cerca de 40 mulheres da Bahia. Este ano eu fiz questão de trazer o maior número de pessoas que eu pudesse da Bahia, para que elas entendam a dimensão que é o movimento a nível Brasil e como nós realmente estamos evoluindo. Porque, às vezes, elas se autocensuram de estarem fazendo pouco, mas aqui elas vão se perceber da forma com que elas estão sendo íntegras no comprometimento, do fortalecimento do associativismo nos seus municípios da Bahia”, relata.
O evento contará com a participação de especialistas em gestão, saúde emocional, tecnologia, longevidade e inovação. A ideia é destacar os desafios de empreender e viver no mundo digital, com foco no equilíbrio e bem-estar.
Outras figuras renomadas, como o ator, diretor e escritor Miguel Falabella, estarão presentes. Ele, por exemplo, vai tratar do tema “Protagonismo – Novas Atitudes, Velhos Valores”, com ênfase na importância de assumir um papel ativo na vida em meio às mudanças aceleradas do mundo moderno.
Outra temática abordada é Liderança Humanizada: Liderança e Criatividade, apresentada pela atriz Denise Fraga, que vai falar sobre a relevância da empatia e da escuta no ambiente de trabalho. O assunto também será comentado pela apresentadora e psicóloga Maria Paula, que vai destacar o tema “Equilíbrio das Emoções: o caminho para uma vida mais consciente, leve e potente”.
Um dos paineis, denominado “Entre Amigas”, contará com a participação da presidente Nacional do CMEC, Ana Claudia Badra Cotait; da presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano; e Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels.
Em edições anteriores, o Liberdade para Empreender impactou mais de 100 mil mulheres, conforme informações do CMEC. Além disso, mais de 2 mil pequenos negócios foram movimentados em função do evento. Para este ano, a expectativa é que, novamente, expositores de diferentes setores que oferecem produtos, serviços e oportunidades de conexão, colaborem para a expansão da iniciativa.
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Baixar áudioO Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) tem contribuído para avanços econômicos, sociais e ambientais na Amazônia ao longo das últimas duas décadas. É o que revela uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), que identificou efeitos consistentes sobre emprego, renda, produção e redução do desmatamento em municípios que receberam mais recursos do fundo.
Pelo estudo, empresas beneficiadas pelo FNO registraram crescimento médio de 12,9% no estoque de empregos, 14,6% na massa salarial e 1,8% em relação ao salário médio. Os reflexos positivos também chegaram às esferas de produtividade e dinamismo regional.
A pesquisa identificou, ainda, avanços relevantes em indicadores sociais, como redução da mortalidade infantil, melhora no déficit educacional e no saneamento básico em municípios mais financiados.
Os resultados foram apresentados em Belém (PA), durante a programação oficial da COP30 no Pavilhão do Banco da Amazônia, na Green Zone. O estudo foi apresentado em meio às discussões sobre desenvolvimento sustentável.
O diretor corporativo do Banco da Amazônia, Diego Lima, avaliou que o estudo é uma ferramenta que pode orientar melhorias e novas estratégias na região.
“É muito clara a potencialização de resultado que a promovemos através das políticas públicas e do fundo constitucional. Também é muito importante realizarmos uma avaliação de quais pontos precisam ser melhorados e quais oportunidades se mostram à frente para que o banco consiga, cada vez mais, se aproximar da sociedade”, disse Lima.
Durante o painel “Políticas Públicas e o Desenvolvimento da Amazônia: Os Impactos do Fundo Constitucional do Norte no Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”, especialistas destacaram que o FNO tem sido um mecanismo redistributivo – com atuação na redução de desigualdades.
O professor da UFV e coordenador do estudo, Marcelo José Braga, avaliou que, em síntese, as conclusões do estudo mostraram que os eixos da COP30 e a atuação do FNO estão alinhados:
“Na medida que o FNO consegue promover o desenvolvimento regional, consegue reduzir os impactos sobre o meio ambiente, na medida que o crédito é direcionado para reduzir o desmatamento; e na medida que os indicadores sociais apresentam alguns resultados, apesar de modestos, mas são resultados significativos, mostrando que aqueles municípios que recebem mais FNO, você consegue ter um pouco de redução de mortalidade infantil, você melhora o déficit educacional e melhora as condições de saneamento”, destacou Braga.
Na avaliação dele, os resultados demonstram que o Fundo está alinhado aos grandes desafios socioambientais do país. “O FNO contribui para o aumento do emprego, da massa salarial e do salário médio. Além disso, existem impactos no PIB e no valor adicionado da agropecuária. Do ponto de vista social, conseguimos identificar regiões onde o retorno é maior, e estas deveriam ser priorizadas”, frisou Braga.
Um dos destaques do painel foi o desempenho do FNO Verde – linha direcionada à transição ambiental. Conforme o levantamento, os financiamentos associados ao programa tiveram impactos na redução do desmatamento e de emissões, especialmente em municípios que conseguiram combinar produtividade com conservação.
O relatório recomenda ampliar o alcance do FNO Verde, incorporar indicadores ambientais às avaliações de crédito e priorizar áreas onde o retorno social é maior. O documento sugere, ainda, fortalecer ações de inovação, qualificação e governança territorial para ampliar os efeitos econômicos e reduzir desigualdades.
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Baixar áudioO Brasil registrou 106,8 milhões de passageiros nos aeroportos do Brasil entre janeiro e outubro de 2025. O levantamento, realizado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) a partir de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostra que a marca de 100 milhões de viajantes foi atingida com um mês de antecedência em relação a 2024.
Este volume representa um crescimento de 9,5% na movimentação aérea nacional (voos domésticos e internacionais). Guarulhos (SP), com 38,2 milhões de viajantes, e Congonhas (SP), com 19,7 milhões, lideram a lista dos terminais mais ativos.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, avalia que o resultado confirma o fortalecimento da aviação civil no país, com aprimoramento da infraestrutura aeroportuária e regionalização dos terminais. “Estamos com uma trajetória firme e constante de crescimento, com recordes mensais de brasileiros viajando de avião”, afirma.
Aeroportos mais movimentados por estado
O ranking de movimentação de passageiros, que considera voos domésticos e internacionais, destaca a importância dos terminais estaduais para a economia e o turismo.
Veja a lista dos aeroportos do Brasil com maior tráfego no acumulado do ano até outubro:
Além do volume total, o mercado doméstico de aeroportos do Brasil alcançou seu melhor resultado histórico para um mês de outubro desde 2000, registrando 9 milhões de passageiros.
Este recorde mensal representa um aumento de 9,1% em comparação com outubro de 2024.
O secretário Nacional de Aviação Civil, Daniel Longo, destaca que a aviação civil brasileira é o maior mercado doméstico de passageiros da América do Sul e Caribe, apresentando um crescimento consistente. "Nossa aviação tem batido recordes no decorrer do ano em diversos indicadores do setor aéreo, tudo isso é fruto de políticas públicas acertadas e boa resposta dos setores econômicos", explica.
No mercado internacional, outubro também registrou recorde, com 2,3 milhões de passageiros e alta de 9,3% em relação a outubro passado. De janeiro a outubro de 2025, o total de viajantes em voos internacionais ou com destino para fora do país chegou a 23,5 milhões.
Copiar o textoOnze estados também foram beneficiados, com a partilha de um valor acima de R$ 739 milhões
Baixar áudioOs valores de royalties referentes à produção de petróleo e gás natural de setembro para contratos de concessão e cessão onerosa foram distribuídos nesta segunda-feira (24) a estados e municípios brasileiros. Ao todo, as unidades federativas partilharam R$ 739.265.482,83. Já as prefeituras contaram com R$ 890.580.371,54.
De maneira geral, 967 municípios e 11 estados foram beneficiados com a verba. Do montante apurado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), também há parcelas de royalties destinadas à União e ao Fundo Especial, levando em conta o que prevê a legislação.
Os valores detalhados de royalties por beneficiário, incluindo os dados históricos, estão disponíveis na página Royalties. Vale destacar que os dados relativos ao mês corrente estão em fase de consolidação e devem ser publicados em breve na mesma página.
De acordo com a ANP, quanto aos royalties dos contratos de partilha, referentes à produção de setembro deste ano, os recursos estarão disponíveis aos entes beneficiários logo que todas as etapas operacionais necessárias estiverem concluídas.
Para conferir os valores, basta clicar aqui e acessar o item “Tabelas contendo o valor mensal dos royalties distribuídos aos beneficiários”, ano referência 2025, na opção “Janeiro a Dezembro.” https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/royalties-e-outras-participacoes/royalties
A ANP é responsável por calcular, apurar e distribuir os royalties aos municípios, estados e União. Os royalties são distribuídos aos entes beneficiários levando em conta os critérios estabelecidos na Lei nº 7.990/1989 e no Decreto nº 1/1991, que preveem uma distribuição da parcela de 5% dos royalties. A partilha também observa o que determina a Lei nº 9.478/1997 e o Decreto nº 2.705/1998, que estabelecem uma distribuição da parcela acima de 5% dos royalties.
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A agência destaca, ainda, que, não há data estabelecida para o pagamento dos valores referentes aos royalties, pelo que prevê a legislação aplicável. Os valores e datas dos depósitos, assim como os respectivos beneficiários, podem ser consultados no sítio eletrônico do Banco do Brasil. Para Royalties, no campo Fundo, selecione “ANP – ROYALTIES DA ANP”.
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Baixar áudioA certificação do hidrogênio de baixo carbono (H₂BC) está se tornando um dos elementos centrais da transição energética global. No Brasil, esse selo ambiental pode ser decisivo para atrair investimentos, ampliar a competitividade e posicionar o país como referência no mercado de hidrogênio limpo. Mas o que caracteriza essa certificação e por que ela é essencial para a indústria e para os transportes pesados?
A certificação do H₂BC atua como um selo que comprova que o hidrogênio foi produzido com baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE). Esse mecanismo diferencia o produto do hidrogênio convencional e assegura efetividade na redução das emissões em setores estratégicos.
Para compradores, investidores e governos, a certificação oferece segurança quanto à rastreabilidade e à credibilidade ambiental do produto. “Fortalece tanto o mercado interno quanto o de exportação, criando condições favoráveis para que os projetos brasileiros possam acessar políticas de estímulo, como o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro) e o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), e competir globalmente, especialmente em mercados exigentes como o europeu”, avalia Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A certificação analisa todo o ciclo de produção do hidrogênio, do processo de geração até a saída da fábrica, seguindo modelos como o do poço ao portão (well-to-gate), adotado internacionalmente. Padrões como a ISO/TS 19870:2023 orientam o cálculo das emissões envolvidas na produção.
Insumos essenciais para a transição energética dependem de hidrogênio certificado, como:
Apresentado na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), estudo da CNI reforça que um sistema nacional de certificação confiável é fundamental para destravar investimentos e acelerar a transição energética. A entidade analisou modelos adotados por dez países, entre eles Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, China, França e Coreia do Sul, com o objetivo de identificar práticas aplicáveis à realidade brasileira. O levantamento apontou que o uso do modelo da well-to-gate é adotado pela maioria dos esquemas de certificação pesquisados.
De acordo com Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, o Brasil reúne condições para assumir liderança no mercado global de hidrogênio de baixo carbono, principalmente devido à matriz elétrica majoritariamente renovável. “O levantamento reforça a necessidade de certificação confiável, principalmente, olhando para a garantia de credibilidade ambiental; dessa forma, há atração de investimentos e, também, o acesso a políticas de incentivo econômico”, complementa Bomtempo.
A análise conclui que a certificação do H₂BC é fundamental para consolidar a credibilidade ambiental do hidrogênio brasileiro. O mecanismo abre caminho para investimentos nacionais e internacionais, além de permitir que empresas se adequem a regulações como o Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira da União Europeia (CBAM), ampliando a competitividade global.
A CNI recomenda que o Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio (SBCH2), previsto no marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono (Lei 14.948/2024) e ainda pendente de regulamentação, seja flexível e adequado ao contexto produtivo nacional. Defende ainda o uso exclusivo de novas fontes renováveis (adicionalidade) seja opcional no mercado interno para evitar aumento de custos e preservar a competitividade. O certificado nacional poderia conter informações básicas e, de forma opcional, dados mais detalhados para exportação.
Iniciativas no país já apontam para uma possível adoção futura da certificação. Em Pernambuco, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em parceria com empresas como Neuman & Esser, Hytron, Siemens e White Martins, desenvolve um sistema digital de rastreamento com sensores e Internet das Coisas (IoT) para assegurar a rastreabilidade completa da produção.
No Porto de Suape, um eletrolisador de 100 kW produz diariamente cerca de 30 kg de hidrogênio verde, volume suficiente para abastecer quatro veículos por aproximadamente 100 km cada. A estrutura inclui sistemas de armazenamento, célula a combustível e estação de abastecimento, permitindo testar todo o ciclo de produção, estocagem e uso do H₂BC.
Segundo a CNI, em âmbito nacional, mais de R$ 250 milhões já foram investidos em 45 projetos de pesquisa conduzidos pelos Institutos SENAI de Inovação, envolvendo 62 empresas e 17 instituições científicas. O objetivo é validar tecnologias eficientes e sustentáveis para produção e uso do hidrogênio de baixo carbono no Brasil.
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Baixar áudioO governo dos Estados Unidos removeu a tarifa de 40% imposta a 238 produtos agrícolas listados, dos quais 85 foram exportados pelo Brasil em 2024. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão representa um avanço importante na renovação da agenda bilateral entre as duas nações. De acordo com o estudo divulgado pela entidade, nesta sexta-feira (21), a medida faz com que 37,1% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano (US$ 15,7 bilhões) fiquem livres de taxas adicionais.
Pelo que destaca o levantamento, pela primeira vez desde agosto, o volume exportado isento das sobretaxas ficou acima do submetido à tarifa cheia de 50%, que atinge 32,7% das exportações.
Os cálculos levam em conta dados de 2024, com base em estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos. O superintendente de Relações Internacionais da CNI, Frederico Lamego, explica que, nessa nova determinação, 231 produtos exportados pelo Brasil passam a ter alíquota zero. Segundo ele, a publicação feita pelos Estados Unidos teve como motivação dois principais aspectos.
“O primeiro é a pressão inflacionária nos Estados Unidos, e o segundo é a primeira ordem executiva que cita nominalmente o processo de negociações em curso entre os Estados Unidos e o Brasil. Ou seja, isso já é um ato de boa vontade do governo americano no sentido de que avancem as negociações entre Brasil e Estados Unidos o quanto antes”, afirma Lamego.
Para o presidente da entidade, Ricardo Alban, essa movimentação também condiz com o papel do Brasil como parceiro comercial do país norte-americano. “Vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano”, destaca. Ainda segundo Alban, o setor privado tem atuado de forma consistente para contribuir com a evolução das negociações envolvendo o tarifaço.
“A complementaridade das economias é real e agora precisamos evoluir nos termos para a entrada de bens da indústria, para a qual os EUA são nosso principal mercado, como para o setor de máquinas e equipamentos, por exemplo”, pontua o presidente.
Mesmo com a mudança, 62,9% das vendas brasileiras àquele país continuam sujeitas a algum tipo de tarifa adicional, considerando tanto as medidas horizontais quanto as setoriais, como as aplicadas para aço e alumínio.
Entre os produtos incluídos na lista de itens isentos à sobretaxa de 40%, aplicada ao Brasil desde agosto, estão a carne bovina, café e cacau - insumos considerados comuns da cesta de consumo da população dos Estados Unidos.
Na avaliação da CNI, essa nova medida faz com que os produtos brasileiros voltem a ficar competitivos no mercado, já que a remoção das tarifas recíprocas, de 10%, na última semana, havia deixado os itens nacionais em “condições menos vantajosas".
Após o anúncio de Donald Trump acerca da remoção da tarifa de 40% imposta a centenas de produtos agrícolas nacionais, o governo brasileiro informou, na quinta-feira (20), por meio de nota, que recebeu a notícia com “satisfação”.
Na publicação, o Executivo afirma que manterá o diálogo, a fim de resolver questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas. “O Brasil seguirá mantendo negociações com os EUA com vistas à retirada das tarifas adicionais sobre o restante da pauta de comércio bilateral”, diz a nota.
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Além disso, na própria quinta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em vídeo postado nas redes sociais, que essa suspensão anunciada por Trump foi um sinal importante.
"Não é tudo o que eu quero, não é tudo que o Brasil precisa, mas é uma coisa importante. O presidente Trump acaba de anunciar que vai começar a reduzir vários produtos brasileiros que foram taxados em 40%. Isso é um resultado muito importante", afirma Lula.
No fim de julho, o presidente dos Estados Unidos impôs uma tarifa adicional de 40% aos produtos do Brasil. Esse acréscimo foi somado à tarifa recíproca de 10% aplicada em escala global, que totalizou 50%. No entanto, o decreto apresentou uma lista com quase 700 exceções, a exemplo do suco de laranja e produtos de aviação.
Na última semana, Donald Trump assinou uma ordem executiva que retirava a tarifa recíproca de 10% sobre a importação de produtos como café, banana, tomate e carne bovina.
Na ocasião, o governo norte-americano disse que manteve a tarifa adicional de 40% para o Brasil. Essa taxa, porém, caiu para diversos produtos na quinta-feira (20). Com isso, itens como carne e café agora estão com a taxação zerada.
Café
O café brasileiro foi um dos produtos mais afetados pelas tarifas, principalmente porque ficou fora da primeira lista de exceções, divulgada em 31 de julho.
De acordo com o Conselho de Exportadores de Cafés do Brasil (Cecafé), os Estados Unidos foram o principal importador dos cafés do Brasil no acumulado dos 10 primeiros meses de 2025. Nesse período, o país norte-americano importou do Brasil 4,711 milhões de sacas. Esse volume corresponde a uma queda de 28,1% na comparação com o adquirido entre janeiro e outubro de 2024.
Esse volume corresponde a 14,2% dos embarques totais no agregado do ano. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, afirma que, em meio a essas movimentações tarifárias, houve uma perspectiva de que seria registrada uma perda de mais 30% do mercado, totalizando 80%, caso as taxações continuassem avançando.
“Significa uma queda na balança comercial da ordem de aproximadamente 2 bilhões de dólares, somente para os Estados Unidos. Um outro fator muito relevante é que o Brasil, para se manter permanente nas exportações para os outros países, vem sofrendo com uma pressão muito grande em relação aos diferenciais aplicados para o café brasileiro, que inclusive, mesmo com uma safra menor, esses diferenciais que a gente chama de desconto sobre a Bolsa, se alargaram bastante”, destaca.
Carne
A carne, outro produto relevante da pauta exportadora brasileira aos EUA, também foi contemplada.
Dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) revelam que, mesmo com as tarifas adicionais impostas pela Casa Branca, as exportações de carne bovina continuaram em um ritmo bom, em outubro, e registraram uma receita de US$ 1,897 bilhão, ou seja, uma elevação de 37,4%, para uma movimentação de 360,28 mil toneladas (+12,8%).
No mesmo mês do ano passado, a receita foi de US$1,380 bilhão e a movimentação, de 319,3 mil toneladas.
Frutas e outros produtos
O documento divulgado pelo governo dos Estados Unidos também inclui frutas como goiaba, abacate, banana, manga, cacau e açaí. Entre outros itens contemplados, ainda estão nozes, água de coco, raízes e tubérculos.
No início de setembro, a CNI liderou uma missão empresarial a Washington (EUA), com o intuito de abrir canais de diálogo e contribuir com as negociações para reverter ou reduzir o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A comitiva reuniu cerca de 130 empresários, dirigentes de federações estaduais e representantes de associações industriais.
A agenda incluiu reuniões no Capitólio, encontros bilaterais com instituições parceiras, plenária com representantes do setor público e privado dos dois países e audiência pública na US International Trade Commission, no âmbito da investigação aberta pelo governo americano contra o Brasil, com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974.
Entre os setores mais afetados pelo tarifaço e que foram representados na missão, estiveram máquinas e equipamentos, madeira, café, cerâmica, alumínio, carnes e couro. Grandes empresas, como Embraer, Stefanini, Novelis, Siemens Energy e Tupy também integraram a comitiva.
Estudos da CNI já alertaram que as tarifas adicionais poderiam gerar um impacto negativo de até R$20 bilhões no PIB brasileiro e a perda de 30 mil empregos.
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Baixar áudioA Região Norte do Brasil registrou, nos primeiros nove meses de 2025, o maior volume de passageiros dos últimos dez anos. Cinco aeroportos, Manaus (AM), Palmas (TO), Marabá (PA), Rio Branco (AC) e Parauapebas (PA), somaram juntos 3,6 milhões de embarques e desembarques, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O resultado supera todas as marcas anteriores desde 2016, evidenciando o crescimento do transporte aéreo regional e a importância estratégica desses terminais para o desenvolvimento da região.
O destaque fica para o Aeroporto Internacional de Manaus, que ultrapassou pela primeira vez a marca de 2,35 milhões de passageiros, superando o recorde pré-pandemia de 2019. Palmas também bateu seu recorde histórico, com 553 mil passageiros, enquanto Rio Branco registrou 269 mil, superando o pico de 2018.
Em território paraense, Marabá e Parauapebas alcançaram 284 mil e 158 mil passageiros, respectivamente, ambos com crescimento expressivo em relação a 2024.
O Aeroporto de Belém manteve sua posição como o mais movimentado de toda a Região Norte, registrando 2,83 milhões de passageiros. Esse número representa uma leve acomodação após o recorde de 2024 para este período, quando atingiu a marca de 2,97 milhões de passageiros, mas ainda é o segundo melhor resultado do terminal na última década no acumulado de janeiro a setembro.
E, ainda que o Aeroporto de Belém continue sendo o mais movimentado da região, com 2,83 milhões de passageiros, os demais terminais demonstram um avanço contínuo, impulsionado por políticas de modernização e investimentos em infraestrutura.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou o compromisso do governo federal com a melhoria dos aeroportos regionais: "O Governo Federal está comprometido com a modernização dos aeroportos em todo o país, e a Região Norte é parte desse esforço. O bom desempenho da movimentação regional demonstra o potencial da área e reforça a importância de continuarmos investindo em sua infraestrutura aeroportuária."
A diretora do Departamento de Investimentos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Luiza Deusdará, reforça o papel da regionalização da aviação: "O Ministério de Portos e Aeroportos está concentrando esforços para a regionalização porque acreditamos no potencial desse segmento para a integração nacional e também para a ampliação do acesso a serviços de saúde e outras políticas públicas.”
Segundo Luiza, a prova de que os brasileiros desejam viajar, conhecer o país, visitar familiares distantes, são os recordes de movimentação de passageiros na Região Norte. “Os aeroportos de Manaus, Palmas, Marabá, Rio Branco e Parauapebas somaram mais de 3 milhões de passageiros até setembro deste ano, isso sem contar com o aeroporto de Belém, que ainda terá um salto enorme por conta da COP30".
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