02/09/2025 21:00h

Influenciada pela tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, a moeda norte-americana fechou último pregão cotada a R$ 4,47

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O dólar terminou esta terça-feira (2) cotado a R$ 4,47, após encerrar o último pregão em alta de 0,65%.  A moeda tem terceira alta frente ao real. 

A moeda abriu em alta na reabertura dos mercados dos Estados Unidos, refletindo principalmente avaliações de risco mais elevadas e a expectativa de divulgação de dados econômicos, como o relatório de emprego de agosto. 

Além disso, o câmbio reagiu a incertezas na política comercial dos EUA. Na ultima sexta-feira, um tribunal de recursos norte-americano considerou ilegais a maioria das tarifas impostas durante o governo Trump, o que limita o uso de dessas medidas como ferramenta de política econômica internacional. 

Cotação do euro

O euro encerrou o último pregão com leve desempenho negativo, cotado a R$ 6,36

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.

Código BRL USD EUR GBP JPY CHF CAD AUD
BRL 1 0.1828 0.1570 0.1365 27.1224 0.1471 0.2519 0.2802
USD 5.4715 1 0.8591 0.7467 148.40 0.8048 1.3780 1.5335
EUR 6.3694 1.1639 1 0.8693 172.73 0.9367 1.6040 1.7851
GBP 7.3271 1.3392 1.1505 1 198.73 1.0777 1.8453 2.0537
JPY 3.68696 0.673855 0.57894 0.503208 1 0.5423 0.92861 1.03338
CHF 6.7985 1.2426 1.0675 0.9279 184.40 1 1.7123 1.9055
CAD 3.9703 0.7257 0.6234 0.5419 107.69 0.5840 1 1.1127
AUD 3.5683 0.6521 0.5602 0.4869 96.77 0.5248 0.8986 1

Os dados são da Investing.com

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02/09/2025 21:00h

Grupo Casas Bahia e Azul lideram ganhos do dia, enquanto Recrusul e Fica Empreendimentos Imobiliários registram as maiores quedas

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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, encerrou a última sessão em leve baixa de 0,10%, aos 141.283 pontos. A segunda-feira terminou com um pregão de baixo volume de negócios, o menor registrado desde 25 de julho. 

A ausência de grandes investidores estrangeiros no mercado contribuiu para a lentidão das negociações, enquanto o mercado brasileiro se prepara para uma semana de grandes eventos econômicos e políticos. 

Na agenda econômica, o destaque será a divulgação do PIB do segundo trimestre de 2025, com projeção de alta de 0,3%. 

No campo político, os investidores têm motivos para atenção: nesta terça-feira, o STF inicia o julgamento sobre tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente, Jair Bolsonaro. A repercussão internacional do caso tende a aumentar a volatilidade no mercado. 

Confira as ações com melhor e pior desempenho no último pregão:

Ações em alta no Ibovespa

  • Grupo Casas Bahia (BHIA3): +19,77%
  • Azul (AZUL4): +17,65%

Ações em queda no Ibovespa

  • Recrusul (RCSL4): -15,27%
  • Fica Empreendimentos Imobiliários (FIEI3): -10,42% 

Volume negociado na B3 

O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 11,9 bilhões. 

O que é o Ibovespa e como ele funciona

O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.

Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.

Com informações da B3

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02/09/2025 20:00h

Marisa Lojas e Ampla Energia e Serviços lideram ganhos do dia, enquanto Infracommerce e PDG Realty SA Empreendimentos e Participações registram as maiores quedas

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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, encerrou a última sessão em baixa de 0,67%, aos 140.335 pontos

O julgamento da tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus manteve o mercado em alerta. Existe preocupação de que uma eventual condenação possa afetar a relação com os Estados Unidos, especialmente considerando a pressão comercial anterior do governo Trump. 

O PIB do 2° trimestre de 2025 apresentou crescimento acima do esperado, mas já em desaceleração em relação ao primeiro trimestre.  

Confira as ações com melhor e pior desempenho no último pregão:

Ações em alta no Ibovespa

  • Marisa Lojas (AMAR3): +15,13%
  • Ampla Energia e Serviços (CBEE3): +13,64%

Ações em queda no Ibovespa

  • Infracommerce (IFCM3): -16,13%
  • PDG Realty SA Empreendimentos e Participações (PDGR3): -6,67% 

Volume negociado na B3 

O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 21,1 bilhões. 

O que é o Ibovespa e como ele funciona

O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.

Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.

Com informações da B3

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02/09/2025 19:00h

Alta veio levemente acima do esperado, mas juros altos, queda nos investimentos e dependência do consumo preocupam especialistas

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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 3,2 trilhões em valores correntes. O resultado, divulgado nesta terça-feira (2) pelo IBGE, veio levemente acima da expectativa de 0,3% estimada pelo mercado, mas reforça o cenário de desaceleração econômica para os próximos meses.

Pela ótica da oferta, Serviços (0,6%) e Indústria (0,5%) compensaram a queda da Agropecuária (-0,1%). Do lado da demanda, o Consumo das Famílias subiu 0,5%, enquanto o Consumo do Governo caiu 0,6% e os Investimentos recuaram 2,2%. Serviços e consumo das famílias atingiram patamares recordes da série histórica, mas a retração no investimento chama atenção dos analistas.

Exportações sustentam resultado, mas indústria patina

Segundo o economista César Bergo, professor da UnB, o crescimento foi puxado por exportações atípicas, diante da antecipação de embarques por causa do “tarifaço” anunciado pelo governo americano. “O que surpreendeu nesse período foram as exportações, talvez em decorrência da questão do tarifaço americano, em que muitos exportadores anteciparam o envio de mercadorias para não estar suscetíveis à pressão das tarifas. Mas agora a gente vai sentir no terceiro e quarto trimestres uma certa pressão sobre as exportações”, avalia.

Ele lembra que o agronegócio, após um primeiro trimestre vigoroso, apresentou queda, enquanto a indústria segue penalizada pela política monetária restritiva. O destaque positivo veio das indústrias extrativas, que cresceram 5,4%. “O setor industrial tem sofrido bastante, sobretudo a indústria de transformação e a da construção, que são setores mais atingidos pela necessidade de crédito”, afirma Bergo.

Ainda assim, o economista destaca que o consumo das famílias tem sido sustentado por programas sociais e pelo mercado de trabalho aquecido. “Embora esses números mostrem uma fraqueza da economia, o consumo foi sustentado pelos benefícios concedidos pelo governo e pela taxa de desemprego em níveis historicamente baixos”, disse.

“O mais pesado disso tudo é a falta de investimentos — tanto do governo quanto da iniciativa privada — sobretudo em bens de capital, que são mais permanentes. Isso realmente está acontecendo. No geral, esse PIB mostra que a economia está reduzindo sua atividade e, nos próximos dois trimestres, isso deve ficar ainda mais claro.”

Juros altos são o principal freio

Para Allan Gallo, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a desaceleração tem raízes internas e não se explica apenas por fatores externos, como as sanções comerciais dos Estados Unidos. Ele aponta que os juros em patamares elevados são o maior obstáculo ao crescimento.

“Acontece que o verdadeiro freio do nosso desenvolvimento, do nosso crescimento econômico e, no longo prazo, do desenvolvimento do país tem sido, neste momento, os juros reais, que estão em 10%, e a Selic em 15% — patamares históricos desde a criação do Plano Real. Na minha percepção, isso é consequência de um Estado que tem um governo que gasta muito, gasta mal, mantém déficits, chama isso de justiça social e acaba, cada vez mais, ampliando a dívida.”

Segundo Gallo, a combinação de juros altos, baixo investimento produtivo e desconfiança do setor privado em relação à política fiscal projeta um crescimento “anêmico” para o restante de 2025 e 2026. “Se nada mudar, o PIB deste ano deve ficar em torno de 2% ou até abaixo disso, e no ano que vem ainda mais fraco. O país continua preso em um ciclo de mediocridade que não termina, porque os governos evitam enfrentar a questão fiscal e preferem estimular o consumo via transferência de renda”, avalia.

Expectativas para 2025 e 2026

O IBGE destacou que o PIB atingiu o maior nível da série histórica, iniciada em 1996. Mesmo assim, as projeções convergem para crescimento mais baixo. O governo espera 2,5%, enquanto o Banco Central fala em 2,1% e o mercado em torno de 2,2%.

Apesar do patamar recorde, o consenso entre os especialistas é que a economia brasileira enfrenta um ritmo cada vez mais fraco, apoiado em pilares frágeis: consumo incentivado artificialmente, baixa competitividade industrial e investimentos em queda.

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02/09/2025 10:00h

A embarcação vai atender seis localidades ribeirinhas amazonenses neste período

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Atenção, você que está esperando a Agência-Barco da CAIXA chegar às cidades ribeirinhas do Amazonas! O percurso e as datas de setembro já saíram.

A embarcação vai atender seis localidades ribeirinhas amazonenses neste período.

A população vai poder contar com serviços de desbloqueio de cartões e cadastro de senhas para recebimento de benefícios sociais, como FGTS, Seguro-Desemprego, Bolsa Família e INSS, entre outros serviços, com exceção de movimentação de dinheiro em espécie.

Confira o cronograma e anote a data em que a CAIXA vai estar mais perto de você.

A embarcação inicia o mês de setembro em Codajás. Por lá, fica de 1º ao dia 5. Do dia 8 ao dia 12, estará em Anori. Já do dia 15 ao dia 17 de setembro, a Agência-Barco Chico Mendes estará em Beruri.

Entre os dias 18 e 19, será a vez da população de Anamã receber os serviços.

Nos dias 22, 23 e 24, o atendimento será em Manaquiri. Já entre 25 e 26 de setembro, os moradores de Careiro da Várzea vão ser atendidos com os serviços CAIXA.

Nestas datas, o horário de atendimento é das 9 horas da manhã às 3 horas da tarde.

Para mais informações, acesse: caixa.gov.br.

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01/09/2025 22:00h

Influenciada pela tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, a moeda norte-americana fechou último pregão cotada a R$ 4,43

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O dólar terminou esta segunda-feira (1) cotado a R$ 4,43, após encerrar o último pregão em alta de 0,32%.  A moeda tem segunda alta frente ao real. 

A movimentação reflete a cautela dos investidores, que aguardam dados econômicos importantes que serão divulgados ao longo da semana, incluindo o PIB brasileiro e indicadores de emprego no Estados Unidos. 

O mercado norte-americano permaneceu fechado hoje por conta do feriado do Dia do Trabalho, o que limita referencias externas para a moeda e leva muitos agentes segurarem grandes apostas. 

Cotação do euro

O euro encerrou o último pregão com desempenho positivo, cotado a R$ 6,37

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.

Código BRL USD EUR GBP JPY CHF CAD AUD
BRL 1 0,1838 0,1569 0,1357 27,0543 0,1471 0,2528 0,2804
USD 5,4398 1 0,8538 0,7380 147,18 0,8005 1,3751 1,5255
EUR 6,3735 1,1713 1 0,8645 172,38 0,9376 1,6106 1,7868
GBP 7,3713 1,3550 1,1568 1 199,41 1,0846 1,8631 2,0670
JPY 3,69624 0,679486 0,58011 0,501492 1 0,5439 0,93436 1,03659
CHF 6,7954 1,2493 1,0666 0,9221 183,87 1 1,7178 1,9059
CAD 3,9559 0,7272 0,6209 0,5368 107,04 0,5821 1 1,1090
AUD 3,5669 0,6555 0,5596 0,4838 96,47 0,5247 0,9013 1

Os dados são da Investing.com

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01/09/2025 10:30h

Sem avanços nas conversas com Washington, pequenas empresas e produtores enfrentam risco de sobrevivência. Caso da Fisher Sucos, em Santa Catarina, retrata impacto direto das tarifas de 50%

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As negociações entre Brasil e Estados Unidos para tentar reverter as sobretaxas de 50% impostas a produtos nacionais continuam sem avanço. Conversas, segundo o governo, pouco produtivas, e a falta de contrapropostas por parte dos EUA estão entre os problemas. Diante do impasse, o governo Lula acionou a Advocacia-Geral da União (AGU), que está em vias de fechar acordo com um escritório de advocacia norte-americano. A ideia é reforçar a interlocução direta em Washington e abrir espaço para a defesa dos interesses brasileiros nos tribunais dos EUA. O governo nega se tratar de lobby, mas reconhece a necessidade de equilibrar forças diante da atuação de grupos políticos americanos que defendem o endurecimento das barreiras comerciais.

O setor produtivo, porém, já sente o impacto imediato. Para o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Alfredo Cotait, a taxação ameaça sobretudo pequenos empresários que exportam de forma direta ou fazem parte de cadeias produtivas, como os de cafés especiais e vestuário.

“Essas empresas pequenas, que respondem por 65% dos empregos, não vão conseguir sobreviver com a taxação de 50%. Isso pode gerar desemprego, porque não há como buscar novos mercados de um dia para o outro. O primeiro impacto será a sobrevivência das empresas, e o segundo, a queda radical na empregabilidade”, afirmou Cotait.

Pequenas empresas e economia local são as primeiras a sentir o impacto

Um dos exemplos mais emblemáticos vem de Fraiburgo, em Santa Catarina, principal polo produtor de maçã do país. A Fisher Sucos, que há mais de 20 anos exporta o produto a granel para os Estados Unidos, está com parte da produção parada no Porto de Santos.

Segundo o gerente industrial da empresa, Sílvio José Gmach, mais de 80% das exportações da companhia têm como destino o mercado norte-americano. Com as novas tarifas, os embarques foram suspensos.

“Desde que teve o tarifaço, nenhum embarque mais tem condição de seguir para os Estados Unidos. Ficamos totalmente sem competitividade. Hoje, temos produto parado no Porto de Santos esperando uma definição de mercado. Se não houver acordo, teremos que retornar com a carga, reembalar e buscar alternativas que não existem no curto prazo”, disse.

Gmach alerta que, sem uma solução diplomática, a empresa pode ter que interromper suas atividades, o que afetaria não só seus 100 funcionários, mas também pequenos produtores rurais da região.

“É um risco real de paralisação das operações. Uma atividade que existe desde 1998, há quase 30 anos, pode ser obrigada a parar. Seria uma catástrofe não só para a empresa, mas para toda a economia local, que depende da destinação dessa matéria-prima”, afirmou.

Enquanto o governo estuda medidas de apoio financeiro, empresas como a Fisher defendem que a única saída viável é uma solução negociada com os Estados Unidos. “A diplomacia ainda é o melhor caminho. O que precisamos é retomar as exportações como antes”, concluiu Gmach.

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01/09/2025 04:55h

Medida é vista pela CNI como essencial para reduzir custos, modernizar máquinas e fortalecer a Nova Indústria Brasil

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A indústria brasileira terá acesso a mais R$ 12 bilhões em financiamentos destinados à digitalização e à modernização de máquinas e equipamentos. O anúncio, feito nesta semana pelo governo federal, é considerado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) um passo decisivo para garantir a continuidade da Nova Indústria Brasil (NIB) diante do cenário de custos elevados e disputas no comércio internacional.

A linha Crédito Indústria 4.0, do BNDES e da Finep, busca viabilizar investimentos em tecnologias como robótica, inteligência artificial, computação em nuvem e Internet das Coisas (IoT). A expectativa é de que micro, pequenas e médias empresas sejam as mais beneficiadas, já que o novo modelo mistura a Taxa Referencial (TR) a custos de mercado, reduzindo em até 6% os juros praticados atualmente.

Financiamento como resposta ao “Custo Brasil”

Segundo Samantha Cunha, gerente de Política Industrial da CNI, a medida responde a uma das maiores barreiras ao investimento produtivo: o preço do crédito no país.
“Portanto, neste cenário de alto custo do crédito, a redução do custo de financiamento torna possível que as empresas consigam realizar esses investimentos em inovação e renovação do parque fabril.”

Ela lembra que as máquinas da indústria brasileira têm, em média, 14 anos de uso, o que expõe a defasagem tecnológica e a necessidade de modernização. “Essa situação impacta a produtividade, eleva custos de manutenção, aumenta o consumo energético e reduz a competitividade”, explica.

Conexão com a Nova Indústria Brasil

A nova linha de crédito integra o Plano Mais Produção (P+P), eixo de financiamento da NIB, que já movimentou mais de R$ 470 bilhões em 168 mil projetos desde 2023.

Para Samantha, a medida atende a dois pontos centrais da política industrial: inovação e transição energética.

“O setor precisa acompanhar a tendência global de digitalização, que gera ganhos de produtividade e redução de custos. Mas também precisa avançar na agenda da descarbonização, já que máquinas defasadas significam menor eficiência energética e maior emissão de carbono”, destacou.

Quem pode acessar os recursos

  • Micro, pequenas e médias empresas com projetos de até R$ 50 milhões podem buscar crédito por meio da rede credenciada do BNDES.
  • Médias e grandes empresas com projetos de até R$ 300 milhões terão financiamento direto junto ao banco.
  • Fabricantes de máquinas 4.0 também poderão ser apoiados, em operações de até R$ 300 milhões.
  •  

O BNDES concentra R$ 10 bilhões da linha, voltados para bens de capital com tecnologias digitais, enquanto a Finep destina R$ 2 bilhões para empresas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com foco na redução das desigualdades regionais.

Competitividade em jogo

Samantha Cunha ressalta que, além da modernização do parque fabril, a linha de crédito é estratégica para que a indústria consiga enfrentar o ambiente internacional marcado por tensões comerciais e rearranjos nas cadeias de valor.

“Nós estamos falando de permitir que a indústria se fortaleça e, consequentemente, também o Brasil, para que seu crescimento econômico se torne mais sustentável em razão desses investimentos de mais qualidade em inovação, máquinas e equipamentos.”
 
 

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01/09/2025 04:10h

Gastos com benefícios somaram R$ 196,9 bi em 2024, enquanto arrecadação foi de apenas R$ 9,8 bi

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Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que a previdência rural fechou 2024 com um rombo de R$ 187,1 bilhões. No ano passado, os gastos com benefícios previdenciários voltados a pequenos produtores rurais, pescadores artesanais, indígenas e trabalhadores da agricultura familiar alcançaram R$ 196,9 bilhões, enquanto a arrecadação de contribuições somou apenas R$ 9,8 bilhões. 

O levantamento mostrou, ainda, que a política de previdência rural apresenta falhas graves em sua concepção. Apenas 22% dos requisitos avaliados foram plenamente atendidos, enquanto 78% tiveram cumprimento parcial, o que indica, segundo a Corte, fragilidades no entendimento das causas do problema e na identificação clara do público-alvo. Além disso, a ausência de dados dos segurados no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) dificulta a comprovação da atividade rural e abre espaço para irregularidades.

Outro dado que chama a atenção é o nível elevado de judicialização. Em dezembro de 2024, 34,8% dos benefícios rurais foram concedidos por meio da Justiça, número significativamente maior do que os 13,8% registrados nos casos urbanos. Essa dependência de decisões judiciais aumenta os custos e sobrecarrega o sistema. 

Sonegação

O TCU também identificou o chamado “gap de sonegação”, que corresponde a valores não arrecadados por informalidade ou omissões fiscais, estimado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 2,6 bilhões apenas em 2024.

Instituída em 1963 pelo Estatuto do Trabalhador Rural, a política vem se ampliando ao longo das décadas. De 2015 a 2024, o número de benefícios pagos aumentou 49%, passando de 798 mil para 1,2 milhão. No ano passado, os benefícios rurais representaram 21,12% do total das despesas do INSS, pressionando ainda mais as contas públicas.

Diante do cenário, o TCU determinou que o Ministério da Previdência Social apresente, em até 180 dias, avaliações periódicas da política rural e elabore estudos em conjunto com o INSS e a Receita Federal para combater a sonegação. Além disso, o tribunal cobrou que o Executivo aperfeiçoe o controle da arrecadação entre os segurados especiais e proponha uma revisão estrutural da política pública com base nas conclusões alcançadas.

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01/09/2025 04:05h

Influenciada pela tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, a moeda norte-americana fechou último pregão cotada a R$ 4,42

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O dólar inicia a semana cotado a R$ 4,42, após encerrar o último pregão em alta de 0,29%

A valorização da moeda norte-americana foi influencia principalmente pelos dados de inflação nos Estados Unidos. Além disso, a resposta do governo brasileiro às tarifas impostas pelos EUA — por meio da chamada Lei da Reciprocidade — adicionou incertezas ao cenário e reforçou a postura de cautela entre os investidores.

Cotação do euro hoje

O euro encerrou o último pregão com desempenho positivo, cotado a R$ 6,34

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.

Código BRL USD EUR GBP JPY CHF CAD AUD
BRL 1 0,1842 0,1575 0,1363 27,0835 0,1475 0,2532 0,2815
USD 5,4284 1 0,8551 0,7401 147,02 0,8005 1,3745 1,5285
EUR 6,3492 1,1694 1 0,8656 171,91 0,9360 1,6073 1,7874
GBP 7,3351 1,3510 1,1553 1 198,62 1,0814 1,8568 2,0651
JPY 0,0369 0,0068 0,0058 0,0050 1 0,5445 0,0093 0,0104
CHF 6,7812 1,2494 1,0684 0,9247 183,67 1 1,7170 1,9096
CAD 3,9499 0,7277 0,6222 0,5385 106,97 0,5824 1 1,1122
AUD 3,5524 0,6542 0,5595 0,4842 96,18 0,5237 0,8992 1

Os dados são da Investing.com

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