10/01/2025 00:04h

Entre as opções está o FNO Energia Verde, que oferece prazos e taxas de juros mais atrativos a pessoas físicas e jurídicas com interesse em adotar fontes de geração de energia limpa

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Atento ao compromisso de preservação da Amazônia, assim como da população que habita na região, o Banco da Amazônia (BASA) atua com financiamentos voltados para projetos de conservação e apoio da agricultura familiar e de manejo florestal sustentável.

Nesse sentido, entre as iniciativas destacadas pela instituição financeira está o FNO Energia Verde. Trata-se de um mecanismo pelo qual são oferecidos prazos e taxas de juros mais atrativos a pessoas físicas e jurídicas, com interesse em adotar fontes de geração de energia limpa. É o que afirma a gerente de Desenvolvimento Sustentável do Banco da Amazônia, Samara Farias. 

“Essas iniciativas colaboram com a redução de custos de energia elétrica, ao mesmo tempo que promovem o uso de fontes limpas e renováveis. Ao longo de 2024, o Banco já disponibilizou cerca de R$ 4,5 bilhões em recursos somente para o segmento empresarial e, para 2025, a expectativa é aumentar esse montante, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável da região”, destaca. 

No caso do FNO Energia Verde, o limite de financiamento para pessoa física é de até 100% do valor do projeto. Vale destacar que o valor mínimo do financiamento é de R$ 10 mil, enquanto o máximo é de R$ 100 mil. O prazo estabelecido é de até 8 anos, incluída a carência de até 6 meses. 

Apoio à agricultara familiar

Em relação ao investimento na atividade do campo, as ofertas de crédito atendem ao que estabelece o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), por exemplo. Para ter acesso às vantagens dessa iniciativa, a família precisa desenvolver um plano ou projeto e apresentá-lo ao gerente de relacionamento. 

De acordo com o BASA, tanto os prazos como as taxas disponíveis apresentam especificidades, levando em conta as várias atividades agrícolas e pecuárias. O chamado PRONAF A, por exemplo, visa fomentar famílias agricultoras que pretendem ampliar ou modernizar ou próprio negócio, com aumento da renda para a própria família e para a região. Nesse caso, as taxas de juros são de 0,5% ao ano e até 10 anos para pagar.

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“As linhas verdes do FNO são direcionadas a produtores rurais que implementam práticas sustentáveis em suas atividades. Essas linhas financiam projetos que promovem boas práticas no campo, como a mitigação da emissão de gases do efeito estufa, a adaptação às mudanças climáticas, como, por exemplo, as linhas voltadas à promoção da agricultura de baixo carbono, sistemas agroflorestais, dentre outros”, complementa Samara Farias. 

Vale lembrar que o BASA também atua com a linha FNO Amazônia Rural Verde, que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento sustentável, por meio da recuperação e conservação da biodiversidade, com incentivo ao uso de técnicas agroflorestais, assim como a projetos agropecuários sustentáveis. O investimento conta com prazo de até 15 anos, com 8 de carência. As taxas de juros são a partir de 4,18% ao ano. 

Infraestrutura

O Banco da Amazônia também disponibiliza linhas de crédito para projetos de infraestrutura. Esses financiamentos são voltados para áreas como saneamento básico, geração de energia renovável, gestão de resíduos sólidos, logística sustentável, entre outras. 

Segundo a gerente de Desenvolvimento Sustentável do BASA, o objetivo é apoiar o desenvolvimento de uma infraestrutura que contribua para a sustentabilidade ambiental e o crédito econômico da região. 

“Ao financiar projetos que adotam tecnologias limpas e eficientes, o Banco promove a competitividade dos setores produtivos, gera emprego e renda e fortalece a economia regional de maneira sustentável”, pontua Samara Farias.

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Os projetos que forem considerados adequados dentro desse propósito poderão ter prazos de até 24 anos, com 8 de carência. Ao longo de 2024, o Banco investiu R$ 1,6 bilhões em projetos de infraestrutura na Amazônia.

Além desses setores, o Banco da Amazônia atua com outras linhas de créditos voltadas à promoção da sustentabilidade. Entre elas está o financiamento aos empreendimentos da saúde, educação e inovação no FNO Empresarial Verde. Nessa linha, o investimento tem prazo de até 17 anos, com até 4 de carência. No caso de capital de giro, o prazo é de até 36 meses, com carência de até 12 meses.
 

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10/12/2024 14:43h

Esse financiamento leva em conta as Taxas de Juros Rurais dos Fundos Constitucionais de Financiamento, que variam de acordo com o porte e a finalidade do crédito

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A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), está prevista apenas para novembro de 2025, em Belém (PA). E o Banco da Amazônia (BASA) já conta com uma série de iniciativas que devem ser apresentadas ao longo do encontro. Entre as ações, destaca-se um financiamento voltado para fortalecer o investimento na chamada Energia Verde – ou Energia Renovável. Vale lembrar que essa linha de crédito já está em vigor. 

Esse financiamento leva em conta as Taxas de Juros Rurais dos Fundos Constitucionais de Financiamento (TRFC), que variam de acordo com o porte e a finalidade do crédito. É o que explica o gerente executivo de Pessoa Jurídica e Relacionamento com Bancos do BASA, Luiz Lourenço de Souza Neto.

“As taxas de juros do FNO dependem do município de aplicação dos recursos, do porte do cliente e são divulgadas mensalmente pelo Banco Central do Brasil. Esse tipo de financiamento não tem IOF e por isso é muito mais acessível e tem melhores prazos para pagamento”, pontua.

“Quando se trata de operações amparadas em Limite de Crédito, podem ser contratadas com até 8 anos, podendo ter até 2 anos de carência inclusos nesse prazo. Para o caso de Projetos de Financiamento, o prazo total é de até 15 anos com até 4 anos de carência para essas linhas de Energia Verde. As taxas podem ser pré-fixadas ou pós- fixadas, à escolha do cliente”, complementa o Souza Neto.

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A ideia é que os recursos sejam direcionados ao financiamento de projetos voltados para a implementação, aprimoramento e fortalecimento de sistemas de micro e minigeração de energia. Um dos objetivos, de acordo com a instituição financeira, é fomentar a produção de energias renováveis, incentivando a autossuficiência energética e a redução de custos.

Com a iniciativa, o BASA também pretende apoiar atividades agropecuárias sustentáveis, com o financiamento de práticas que respeitem o meio ambiente e promovam o desenvolvimento sustentável. 

Outro intuito do financiamento também é apoiar projetos de veículos verdes, para facilitar a transição para transportes sustentáveis. Souza Neto lembra que, nesse caso, os veículos devem ser utilizados na atividade produtiva, como caminhões e ônibus de empresas de transporte de carga e de passageiros, por exemplo. “Veículos de passeio são atendidos pelo banco por meio de outras linhas de crédito”, destaca.

Quem pode ter acesso ao financiamento?

De acordo com o BASA, podem ser atendidas empresas de todos os portes. Porém, para obter o financiamento, é necessário que o cliente tenha o cadastro aprovado em uma das agências do banco. Além disso, é preciso abrir uma conta corrente e rodar um limite de crédito com portfólio específico para cada cliente, que vai desde capital de giro até investimento. 

“Os clientes podem também apresentar um Projeto de Financiamento que pode, inclusive, conter giro associado a investimentos, de acordo com o Plano de Aplicação do FNO. Além do FNO, o BASA também dispõe de outras fontes de recursos, como é o caso do BNDES, onde somos aprovados como agente financeiro”, afirma Luiz Lourenço de Souza Neto. 

Situações em que a concessão ou renovação de créditos será proibida

Segundo o Banco da Amazônia, o crédito não será concedido a pessoas inscritas no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados (CADIN). O financiamento também é vedado a sindicatos rurais, a estrangeiros residentes no exterior e a projetos que envolvam práticas de desmatamento.

Além disso, a proibição atinge pessoas físicas ou jurídicas que pretendem atuar em terras indígenas, em áreas embargadas pelo IBAMA, ou em imóveis com registro de desmatamento após 22 de julho de 2008, a não ser que o cliente possua licença ambiental.

Valores disponibilizados pelo BASA

Em 2024, o volume total disponibilizado pelo BASA para o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) destinado ao segmento empresarial chegou a cerca de R$ 4,5 bilhões. Atualmente, não há um valor máximo específico para cada linha de crédito do FNO, mas sim para os maiores portes, que não podem ultrapassar 49% do volume disponível no Plano de Aplicação. 

Já para 2025, a expectativa é de que seja disponível ao segmento empresarial um volume de aproximadamente R$ 5,5 bilhões com recursos do FNO, além de mais R$ 3 bilhões de outras fontes de recursos que podem ser utilizados, inclusive, em financiamentos voltados à Energia Verde.
 

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27/11/2024 00:05h

Especialista acredita que o setor — que é considerado o mais sustentável do planeta — será o grande responsável por atender as necessidades de créditos do mercado regulado

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A exemplo do que já vem sendo feito no exterior, o projeto de lei que regula o mercado de carbono no Brasil está prestes a ser sancionado. Um marco importante para o país, líder na produção de energia limpa e promissor no mercado mundial de créditos de carbono. Para o advogado especialista em agronegócio, Albenir Querubini, uma lei fundamental para que o Brasil possa despontar no cenário mundial. 

“A aprovação do mercado regulado de carbono no Brasil coloca nosso país em pé de igualdade com tendências que já estão sendo adotadas por diversas economias mundiais, a exemplo da União Europeia. Nesse sentido, o país tem a ganhar com negócios.”

O mercado de carbono é um sistema pelo qual as empresas e os setores que emitem carbono possuem metas estipuladas e, para atingi-las, precisam fazer compensações. No Brasil, o sistema usado é o  Cap and Trade — onde  são mantidas relações jurídicas onerosas, estabelecidas quantidades máximas aos agentes regulados poluidores e empresas com volumes inferiores podem vender seus excedentes. Além disso, o mercado regulado pode se valer dos créditos ambientais gerados pelo chamado mercado voluntário. E é aí que entra o setor que mais pode colaborar, o agro.

O agro no mercado voluntário

Querubini, além de especialista em agronegócios, também é professor universitário e estudioso da área agrícola. Ele explica que o agronegócio brasileiro é o mais sustentável do planeta — o que justifica ele não ter sido inserido no mercado regulado. Mas alerta que isso não significa que todo o agro ficará fora desse mercado.

“O agro não é só a parte produtiva, envolve também as empresas, os setores industriais que se relacionam diretamente com a sociedade como um todo. Algumas empresas que atuam no segmento do agronegócio vão acabar participando do sistema regulado.”

Com relação à geração de créditos de carbono, o setor deve despontar no cenário nacional e mundial. 

“O agro brasileiro já é um grande gerador de serviços ambientais, através do grande grau de preservação de florestas, técnicas de manejo sustentável do solo e também proteção da biodiversidade. Nesse aspecto, o agro brasileiro é um modelo para o restante do mundo e entendemos que seu grande papel é esse, de gerador de serviços ambientais. Especialmente por créditos ambientais gerados a partir do sistema voluntário, que depois podem abastecer justamente as necessidades do mercado regulado.”

Desenvolvimento sustentável

Regulamentar o mercado de carbono faz parte de um objetivo maior, não apenas do Brasil, mas de todo o planeta: a descarbonização. As metas ambiciosas firmadas nos acordos internacionais precisam ser cumpridas, e para isso, todo movimento de redução de gases nocivos é válido. E é no campo que as boas práticas podem ser ainda mais aperfeiçoadas e terem melhores resultados. 

“O setor agropecuário brasileiro vai ser, com certeza, o que mais vai se beneficiar da venda de créditos de carbono. Inclusive, o avanço da implementação desse sistema de mercados regulados vai impulsionar práticas agrícolas mais sustentáveis, a exemplo de sistemas agroflorestais, manejo de pastagem de forma regenerativa, agricultura de baixo carbono ou a própria preservação de áreas de vegetação nativa e de recursos hídricos, além da manutenção da biodiversidade” avalia Querubini.

Nesse sentido, essas práticas ganharão cada vez mais importância e trarão benefícios para o para o setor agro, especialmente, por meio da venda de créditos de carbono. Sempre aliadas às metas de descarbonização da economia e dos processos industriais, em uma uma substituição dos modelos atuais por sistemas mais sustentáveis.

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24/11/2024 00:02h

Implantação do mercado regulado, para as empresas que liberam na atmosfera mais de 10 mil toneladas de CO² por ano, será feita de forma gradual, ao longo de seis anos

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O mercado regulado de carbono está prestes a virar lei. O projeto, já aprovado nas duas casas legislativas, foi enviado para a sanção do presidente Lula e tem 15 dias para ser assinado. Depois disso, passará por um período de regulamentação. Na proposta constam dois tipos de mercado: o regulado e o voluntário. A implantação do mercado regulado será feita de forma gradual ao longo de seis anos. 

Mercado regulado

As empresas que terão algum tipo de controle no mercado regulado de carbono são as mais poluentes — como as que produzem petróleo, gás, carvão e cimento — e que liberam para a atmosfera mais de 10 mil toneladas de CO² por ano. E as que estão entre 10 mil e 25 mil toneladas de CO² ao ano, terão regras mais rígidas. 

As mais poluentes precisarão se submeter ao órgão gestor do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Com isso, as empresas deverão entregar ao SBCE um plano de monitoramento das emissões, assim como um relatório  anual de emissões e remoções de gases. 

Para as empresas que ficarem acima desse patamar — de 25 mil toneladas de CO² ano — as obrigações ainda incluem o envio anual de um relato de conciliação periódica de obrigações, documento que deverá comprovar que as emissões de gases poluentes foram iguais à captação desses gases. 

Implantação da lei 

Serão 5 fases: 

  • Fase 1: Nos dois primeiros anos — 12 meses prorrogáveis por mais 12 — será a fase de regulamentação;
  • Fase 2: operadores das atividades reguladas terão um ano para implantar instrumentos de medição para fazer o relato das emissões;
  • Fase 3: nos dois anos que compõem a fase, os operadores terão somente de apresentar, ao SBCE, um plano de monitoramento e um relato de emissões e remoções de gases de efeito estufa;
  • Fase 4: entra em vigor o primeiro Plano Nacional de Alocação, em que as cotas de emissão serão distribuídas gratuitamente. Nesta fase, também será implementado o mercado de ativos — com negociação em bolsa das cotas de emissão e dos certificados de remoção de gases;
  • Fase 5: implantação plena do SBCE.

Setores excluídos do mercado regulado

Ficaram de fora do mercado regulado de carbono o setor agropecuário e todas as empresas que produzem insumos ou matérias-primas que subsidiem o trabalho agrícola, como fertilizantes, por exemplo. O setor de saneamento básico também não será regulado. Empresas de tratamento e destinação final de resíduos sólidos estão dispensadas de cumprir os limites de emissão de gases, desde que comprovem que estão adotando medidas para neutralizar as emissões de poluentes. 

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23/11/2024 13:00h

É o que aponta levantamento da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados. Pesquisa mostra ainda que 71% dos entrevistados avaliam que o combustível do futuro — de origem renovável, como a cana e o milho — vai gerar mais emprego e renda no campo

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Desenvolvimento sustentável: duas palavras que podem, sim, andar juntas. É o que acreditam 7 em cada 10 brasileiros — que o crescimento econômico do país pode estar ligado à expansão da produção de biocombustíveis. A informação é fruto de um levantamento recente da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados, que revela, ainda, que 71% dos entrevistados acreditam que o combustível do futuro — que tem origem renovável, como a cana e o milho — vai gerar mais emprego e renda no campo. 

Apesar do nome, o combustível do futuro já faz parte do nosso presente. Sancionada em outubro, a  Lei do Combustível do Futuro aumenta os limites de mistura do etanol e do biodiesel à gasolina e ao diesel. A pesquisa da Nexus revela que, mesmo essa mistura não sendo uma novidade, mais da metade — 51% dos brasileiros — a desconhece. Aos que responderam os questionamentos, foi explicado como ela funciona. Depois disso, 66% dos entrevistados acreditam que esta é, sim, uma solução ambiental eficaz para reduzir a emissão de gases poluentes.

Agenda climática

Enquanto o mundo corre para tentar achar alternativas mais sustentáveis de energia, o Brasil se destaca na produção de combustíveis limpos. A promoção dessa energia caminha na direção dos compromissos internacionais firmados pelo Brasil, que incluem também a redução de emissões de gases poluentes, 

Os benefícios ambientais são inquestionáveis, mas o crescimento econômico que os biocombustíveis podem trazer, também se destaca. As culturas de cana-de-açúcar, milho , soja e outras commodities envolvem uma imensa cadeia produtiva — composta por pequenos e grandes produtores — que vai além do campo, depende de transporte, produção e venda, o que pode e deve impulsionar o mercado sustentável.

E o brasileiro está otimista. A pesquisa revela que  62% dos entrevistados acreditam que o projeto trará benefícios para o país — seja para os consumidores, para o meio ambiente ou para ambos. Quando questionados sobre o aumento do percentual de álcool misturado à gasolina para abastecer veículos, os brasileiros ainda se dividem: 45% pensam que a mudança vai aumentar o preço nas bombas, 44% acreditam que isso pode reduzir a eficiência dos automóveis e 43% apostam em prejuízos ao motor dos carros.

Visão que ainda precisa mudar

O levantamento mostra ainda que os entrevistados apoiam o uso de combustíveis mais limpos e menos poluentes mas, apesar disso, 66% deles disseram que abastecem seus carros, na maior parte das vezes, com gasolina ou diesel. A pesquisa mostra que só 29% usam hoje o etanol como principal combustível. Quando questionados sobre combustíveis limpos, 77% acreditam que os carros elétricos são a melhor alternativa, seguidos pelo uso do etanol (40%) e GNV (33%).

Sobre a pesquisa

A Nexus ouviu, por telefone, 2.004 cidadãos com mais de 16 anos em todo o país entre os dias 2 e 7 de outubro. A margem de erro é de 2 pp e a confiança de 95%. 
 

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19/11/2024 00:01h

A estimativa é de líderes de governos locais que participam dos eventos relacionados ao encontro do G20 no Brasil

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Líderes de governos locais que participaram dos eventos relacionados ao encontro do G20 no Brasil afirmaram que o investimento em soluções urbanas, como transporte de baixa emissão, por exemplo, pode ajudar na geração de empregos e impulsionar o crescimento econômico nas cidades. 

A estimativa é de que, com financiamento direcionado, os municípios podem contribuir de forma eficaz com medidas sustentáveis, com a geração de US$ 23,9 trilhões em retornos até 2050. 

Em meio a esse cenário, gestores públicos apresentaram propostas à cúpula do G20, que se reuniu esta semana, no Brasil. No entanto, além de pedirem apoio ao grupo, os municípios precisam contribuir com medidas que ajudem nas questões sustentáveis, como explica o especialista em meio ambiente, Chales Dayler. 

“Uma questão que podemos pensar é o investimento em mobilidade urbana, no sentido de fomentar o uso de transporte público, de forma que passe a atrair mais a população. Uma outra solução está voltada para a adaptação, como trabalhar com drenagem urbana, no sentido de que a água infiltre no local das chuvas, ou seja, um trabalho com infiltração da água e não com a condução. Temos que trabalhar também junto às cidades a questão da recuperação de áreas degradadas”, considera.  

Como as cidades podem contribuir para diminuir as mudanças climáticas?

Algumas medidas que podem ser internalizadas pelos municípios também constam no 5.º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas que, entre outros pontos, trata do potencial transformador das cidades e seus governos. As principais delas são:

  • Melhor acesso e controle dos recursos locais; redução do risco de desastres e proteção social;
  • Diversificação de rendimentos, bens e meios de subsistência; melhor infraestrutura; acesso a fóruns de tecnologia e tomada de decisões; práticas modificadas de culturas, pecuária e aquicultura;
  • Manutenção de zonas úmidas e espaços verdes urbanos; silvicultura costeira; gestão de bacias hidrográficas e reservatórios; 
  • Fornecimento de habitação, infraestruturas e serviços adequados; gestão do desenvolvimento em zonas de inundação e em outras áreas de risco;
  • Planos de adaptação subnacionais e locais; diversificação económica; programas de melhoria urbana; 
  • Programas de gestão municipal de recursos hídricos; planejamento e preparação para desastres.

Mercado de Carbono: o que muda no texto aprovado pelo Senado

Entretanto, de acordo com a página oficial do G20 Brasil 2024, em 2018, por exemplo, somente 8% dos cerca de US$ 5 trilhões necessários para financiar iniciativas climáticas chegaram às cidades mais pobres, o que revela a falta de investimento adequado.

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18/11/2024 18:00h

Gestores pediram à cúpula do G-20 US$ 800 bilhões para serem empregados em ações climáticas

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Em meio à expectativa dos resultados da reunião da cúpula do G20, gestores públicos de todo o mundo esperam por respostas às demandas locais voltadas para questões relacionadas à sustentabilidade. Entre as reivindicações dos prefeitos estão as que compõem o Urban 20 – um documento que reúne propostas de mais de 100 cidades. 

As sugestões reforçam, entre outros pontos, a necessidade de facilitar o acesso dos municípios a financiamentos de recursos que ajudem no desenvolvimento socioambiental. Outro ponto sugere a criação de um fundo de garantias para Cidades Verdes, com o intuito de viabilizar projetos sustentáveis.  

Além disso, durante a programação do fim de semana, prefeitos pediram à cúpula do G20 US$ 800 bilhões para serem empregados em ações climáticas. O valor equivale a cerca 20% do essencial para tornar centros urbanos mais arborizados em todo o mundo. A solicitação foi apresentada por cerca de 60 prefeitos e outras lideranças de cidades, entre eles, representantes do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM) e da rede C40 Cities. 

Mercado de Carbono: o que muda no texto aprovado pelo Senado

Os gestores também mostraram preocupação quanto à disponibilidade da água para a população. Nesse sentido, foram apresentadas propostas que visam fornecer apoio às cidades para estabelecer sistemas de alerta em todas as áreas de alto risco e de baixa renda. Além disso, foram incluídas ideias que possam ajudar a minimizar problemas associados ao saneamento básico e à higiene. 

Subfinanciamento no Brasil 

Um estudo apresentado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que a cooperação entre União e municípios brasileiros em relação ao apoio financeiro para a gestão ambiental local é praticamente ineficaz. 

Entre 2002 e 2023, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima contou com um orçamento de R$ 46 bilhões. Desse total, apenas R$ 292 milhões foram destinados a entes locais e consórcios públicos. Ou seja, somente 0,62% do valor total do orçamento em 22 anos.

Ainda de acordo com o estudo, quase 60% dos recursos do ministério, ao longo desse período, foram destinados a pagamento de despesas com pessoal. Sendo que 66% desse valor foi destinado ao pessoal ativo e 33% ao pessoal inativo.

Além disso, dos 10 municípios que mais receberam recursos, seis são considerados de grande porte, três de médio porte e apenas um de pequeno porte. Diante isso, o levantamento mostra que há uma prioridade em relação aos grandes centros em detrimento de pequenas cidades, que correspondem a 90% dos municípios brasileiros.
 

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16/11/2024 00:01h

Regulação divide mercado entre voluntário e regulado e deve adequar Brasil às regras internacionais, atraindo mais investimentos

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O Senado acelerou e conseguiu aprovar a regulação do Mercado de Carbono antes de levar o tema para a Conferência do Clima,  a COP 29, que acontece até o próximo dia 22, no Azerbaijão. O texto aprovado é um substitutivo apresentado pela senadora Leila Barros (PDT-DF)  e que, segundo a relatora, será uma importante ferramenta no combate às mudanças climáticas.

O ponto central do projeto visa adequar o mercado nacional aos parâmetros internacionais e, assim, atrair mais investimentos para o Brasil. Por meio da criação de limites para a emissão de gases poluentes e com a criação de um sistema de compensação — que pune empresas que mais poluírem e bonifica as que conseguirem reduzir a emissão desses poluentes. 

Dessa forma, cada tonelada de carbono que deixar de ser emitida vale um crédito. Esse crédito poderá ser vendido, seja para uma outra empresa ou mesmo para o governo.

Para o membro da ONU para temas de resíduos, Carlos Silva Filho, o projeto coloca o Brasil como um player no mercado internacional: 

“Como também, possibilita os avanços de iniciativas de  empreendimentos com vistas à redução de emissões para que possamos alcançar um futuro em baixo carbono.”

Entenda projeto que regulamenta o mercado de carbono

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Regulado e Voluntário

O texto cria dois mercados: o regulado e o voluntário. No mercado regulado de carbono, empresas que produzem mais de 10 mil toneladas de gases de efeito estufa por ano terão que cumprir as metas de emissões estabelecidas na lei. Se isso não ocorrer, elas poderão comprar créditos de empresas que conseguiram economizar. As empresas que produzem petróleo, gás, carvão e cimento estão entre as que mais poluem.

Já o mercado voluntário — que inclui o agronegócio — não está enquadrado na lei, por isso, é mais flexível e suas regras valem para qualquer empresa que conseguir vender seus créditos. Como exemplo, aquelas que conseguirem substituir combustíveis por fontes renováveis, como energia eólica, solar ou de biomassa.

Créditos 

Com a regulamentação, o mercado passará a ser tributado e o governo, a receber esses impostos. Pelo texto aprovado, boa parte desse dinheiro deverá ser investida na manutenção do próprio sistema. A maior parte — 75% — deverá ser destinada ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. Há previsão também que um percentual — 5% — seja destinado à compensação pela contribuição dos povos indígenas, que conservam a vegetação nativa e protegem os ecossistemas. 

Por ter sido alterado no Senado, o texto volta para a Câmara dos Deputados para uma nova análise. 
 

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06/11/2024 04:04h

O PL 4980/2023 estabelece novas medidas de combate a incêndios na Amazônia, incluindo a criação de protocolos de resposta rápida e campanhas de conscientização sobre o impacto do fogo nas florestas

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O ano ainda não acabou e a Amazônia já registrou quase o dobro de focos de incêndios em relação ao ano passado. 2024 foi o pior, dos últimos 26 anos, em relação ao número de queimadas na região — até outubro foram mais de 22 mil focos. Só em agosto, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram mais de 10 mil focos. No mês anterior, julho, a área de floresta queimada na Amazônia cresceu 132%, na comparação com 2023. 

Para reduzir os focos e proteger a floresta, um dos projetos de lei de autoria do deputado Amom Mandel (CIDADANIA-AM) institui medidas para prevenir e combater incêndios florestais na Amazônia. O PL 4980/2023 foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente e inclui ainda a criação de protocolos de resposta rápida e campanhas de conscientização sobre o impacto do fogo nas florestas.

“Temos o pior ano de queimadas no bioma e alguma coisa precisa ser feita. Quando não temos efetividade nas ações que estamos realizando, temos que pensar em novas soluções. Acredito que mecanismos específicos de combate direcionados exclusivamente para a Amazônia vão ajudar até o próprio Ibama a agir mais rápido, porque vão avisar antes que o problema ganhe uma dimensão como a que estamos vendo, que encobre uma capital inteira de fumaça. 

Entre os artigos propostos pelo PL 4980/2023 estão:

  • Criação da Comissão Interestadual de Combate às Queimadas
  • Criação do Fundo de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais na Amazônia (FPCIFA) 
  • Alteração do Código Florestal de 2012, integrando a Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas 
  • Criação de protocolos de resposta rápida 
  • Promoção de campanhas de conscientização 

Comissão Interestadual de Combate às Queimadas

Um dos destaques do projeto é a criação da Comissão interestadual de Combate às Queimadas, que deve ter um papel fundamental para dar mais atenção às queimadas na região. Ou seja, potencializando o trabalho do Prevfogo na região e funcionando como uma espécie de comitê de monitoramento local. O autor do projeto explica.

“É basicamente uma reunião de setores para atuar, de forma coordenada, no monitoramento, prevenção e combate de queimadas. Chamamos de consórcios intergovernamentais e isso contribui para ampliar a representatividade e a coordenação entre estados, municípios, sociedade civil e setor empresarial que quer combater os incêndios florestais.”

Segundo Amom Mandel, a ideia não é tirar a competência dos órgãos já postos, como o Prevfogo, mas potencializar o seu trabalho na região.

Sobre o Prevfogo

O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) é um Centro Especializado, que funciona dentro da estrutura do Ibama, e é responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios florestais em todo o território nacional. O Prevfogo inclui atividades relacionadas com campanhas educativas, treinamento e capacitação de produtores rurais e brigadistas, monitoramento e pesquisa.

O projeto de lei ainda precisa ser aprovado pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça para ser votado no plenário da Câmara.

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06/11/2024 04:03h

A proposta que trata da regulamentação do mercado de crédito de carbono no Brasil tem previsão de votação na próxima terça-feira (12), no Plenário do Senado Federal

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O projeto que trata do marco regulatório para o mercado de crédito de carbono no Brasil (PL 182/2024) está previsto para ser votado na próxima terça-feira (12), no Plenário do Senado Federal. A principal ideia da proposta é estabelecer um limite de emissões de gases poluentes por empresas. 

Isso se daria por meio de um sistema de compensação, com bonificação para as companhias que diminuírem o lançamento de CO2 na atmosfera, e punição para as que poluírem mais. 

O projeto prevê a divisão do mercado de crédito de carbono em dois segmentos: o regulado e o voluntário. Em relação ao setor regulado, está previsto o envolvimento de iniciativas públicas. O modelo proposto segue as diretrizes do Protocolo de Kyoto, assinado na COP 3 em 1997. Por outro lado, o setor voluntário inclui a iniciativa privada e corresponde a um formato mais flexível, que não conta com uma padronização obrigatória.

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Vale destacar que atividades primárias de agricultura e pecuária não foram incluídas na regulamentação, mas o setor conta com a possibilidade de vender créditos caso haja comprovação de que fez a captura de CO2.

Para os setores obrigados a respeitar os tetos de emissões de gases de efeito estufa, há, inclusive, a possibilidade de implementar tecnologias para captar o gás carbônico. Neste caso, a própria companhia deverá criar mecanismos para ter um saldo aceitável de emissões.

As empresas que não cumprirem as determinações estabelecidas vão ter que pagar multas com valores correspondentes ao custo das "obrigações descumpridas" até o limite de 3% do faturamento bruto. 

Pelos termos da proposta, 75% dos recursos arrecadados por meio do sistema de mercado de carbono serão destinados ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. O intuito é incentivar a "descarbonização das atividades".
 

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