O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está com 84.306 vagas abertas em cursos gratuitos e pagos em diversas áreas, como construção civil, design, moda, produção de alimentos, segurança e tecnologia. A oferta contempla tanto cursos presenciais nas unidades do SENAI espalhadas pelo país quanto cursos no Futuro.Digital, plataforma online de educação da instituição.
Do total, 9.926 vagas são oferecidas diretamente pelas escolas do SENAI em estados selecionados, enquanto a plataforma Futuro.Digital reúne 74.380 vagas em diferentes modalidades de ensino, desde microcursos até pós-graduação e MBA.
De acordo com o gerente de Educação Profissional e Superior do SENAI, Mateus Simões de Freitas, a ação é fruto de um planejamento que busca equilibrar volume e qualidade na formação de profissionais. “Precisamos formar uma grande quantidade de profissionais em áreas de real demanda da indústria brasileira”, afirmou.
O dirigente explica que a oferta é baseada em estudos sobre o comportamento do mercado de trabalho. “O SENAI avalia o comportamento do mercado, as principais profissões que a indústria está demandando e então realiza sua oferta para os diversos setores de todo o Brasil”, completou.
Os interessados devem se inscrever nos sites regionais do SENAI ou na plataforma Futuro.Digital, onde estão disponíveis informações detalhadas sobre preços, carga horária, certificação e grade curricular. Em alguns estados, há vagas gratuitas pelo Programa SENAI de Gratuidade Regimental, voltadas principalmente para pessoas de baixa renda.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em quase todo Brasil. A exceção está nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, onde as provas serão realizadas em 30 de novembro e 7 de dezembro, devido à realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima (COP30).
De acordo com o Painel Enem 2025, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), o exame soma 4.811.338 inscrições confirmadas.
A região Nordeste concentra o maior contingente, com 1.737.789 candidatos, sendo 587.935 concluintes do ensino médio. Em seguida aparecem Sudeste, Norte, Sul e Centro-Oeste.
No ranking por estados, o destaque vai para São Paulo, com 751.648 inscritos, seguido por Minas Gerais, 464.994; e a Bahia, com 428.019.
Ranking dos Estados por Inscrições Confirmadas – Enem 2025
Posição | Estado | Inscrições Confirmadas |
---|---|---|
1 | São Paulo | 751.648 |
2 | Minas Gerais | 464.994 |
3 | Bahia | 428.019 |
4 | Rio de Janeiro | 329.001 |
5 | Pará | 289.392 |
6 | Ceará | 275.937 |
7 | Pernambuco | 272.299 |
8 | Maranhão | 211.383 |
9 | Paraná | 195.870 |
10 | Rio Grande do Sul | 186.541 |
11 | Goiás | 166.761 |
12 | Paraíba | 142.050 |
13 | Piauí | 120.040 |
14 | Rio Grande do Norte | 113.229 |
15 | Amazonas | 110.842 |
16 | Santa Catarina | 110.465 |
17 | Alagoas | 96.488 |
18 | Espírito Santo | 85.920 |
Além das datas, o edital do Enem 2025 prevê que os portões dos locais de prova abrem às 12h e fecham às 13h (horário de Brasília). As provas terão início às 13h30.
Também serão disponibilizados recursos de acessibilidade, como tempo adicional, auxílio para leitura, correção diferenciada, e auxílio para transcrição, destinados aos participantes que solicitaram atendimento especializado na hora da inscrição.
O setor da construção civil, tradicionalmente dominado por homens, começa a ganhar um novo cenário com o projeto “Elas Constroem”, iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em parceria com a Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O programa oferece turmas exclusivas para mulheres em cursos de qualificação profissional, com o objetivo de ampliar a presença feminina nos canteiros de obras, gerar autonomia financeira e responder à carência de mão de obra qualificada no setor.
O gerente de Educação Profissional e Superior do SENAI, Mateus Simões, explica que o projeto pretende ampliar o número de profissionais qualificados no setor e, assim, contribuir para o crescimento da área nos próximos anos. “A iniciativa Elas Constroem é parte de um grande plano nacional de capacitação da indústria da construção e, por meio desse plano, a proposta é expandir o número de profissionais qualificados relacionados a este setor”, afirma.
Segundo Simões, ainda há preconceitos e desinformação sobre o papel e a força das mulheres no mercado de trabalho, muitas vezes associados à responsabilidade de cuidar dos filhos e da casa. “Esse projeto vem romper esses preconceitos, trazendo uma formação profissional de qualidade para essas mulheres e trazendo também a oportunidade de ingresso no mercado de trabalho por meio das empresas participantes”, ressalta.
Em Goiânia (GO), a empresa Trindade Soluções Construtivas incentiva a inclusão de mulheres na construção civil. Para a diretora de Operações, Daniele Trindade, ainda há muitos desafios para as profissionais, mas os benefícios dessa inserção são inúmeros.
“Um dos principais desafios está ligado à logística da mulher com relação aos filhos para deixar nas creches. E tem também a questão que muitos companheiros dessas mulheres não aceitam que elas trabalhem e nem estudem por inúmeras razões. Já os benefícios, esses, eu posso dizer que são muitos. Especialmente o fato de trazer dignidade, melhoria na qualidade de vida e independência financeira para essas mulheres, por meio de um mercado que está sempre com a demanda alta de mão de obra”, diz Daniele.
Além das oportunidades de trabalho, na Trindade Soluções Construtivas as mulheres das comunidades próximas às obras recebem cursos gratuitos de capacitação técnica, com certificação reconhecida pelo Ministério da Educação. A iniciativa inclui formações em áreas como pintura e assentamento de piso, permitindo que as participantes sejam absorvidas imediatamente nas obras locais. A seleção das comunidades é feita em parceria com a assistência social ou com as prefeituras, que ajudam a mapear territórios mais vulneráveis.
A presença feminina na construção civil tem avançado, mas ainda é muito menor que a dos homens. Em 2024, das 110.921 novas vagas geradas no setor, 20,2% foram ocupadas por mulheres, avanço frente aos 14,6% de 2023. Os dados são da Sienge, empresa que oferece sistema de gestão (ERP) para a indústria da construção.
Confira os números relacionados às mulheres que se destacam na construção civil:
Com a metodologia “Aprendendo a Construir”, as alunas do “Elas Constroem” podem se qualificar em quatro categorias: pedreira de alvenaria, carpinteira de obras, pedreira de acabamento e execução de revestimento, e armadora de ferragem. O projeto já está presente em 11 estados (AM, BA, MA, MG, MS, PR, PI, RJ, RR, SP e SE) e prevê formar 280 participantes até o fim de 2025.
A primeira turma iniciou em Campo Grande (MS), no início de agosto. Ainda neste mês, acontecem aulas inaugurais em São Luís (MA), Salvador (BA) e Manaus (AM). Em setembro, será a vez de Curitiba (PR).
Cada turma recebe cerca de 20 alunas, que participam de uma aula de boas-vindas, com informações sobre direitos trabalhistas, comportamento nos canteiros e orientações profissionais. Ao final, um evento de empregabilidade conecta as formandas a empresas da construção civil, ampliando as chances de contratação imediata.
O “Elas Constroem” integra o Plano Nacional de Capacitação para Construção Civil, lançado em abril pela CBIC e SENAI. O programa oferece formação gratuita para trabalhadores de baixa renda, diretamente no canteiro de obras, com aulas práticas, videoaulas e materiais digitais.
As empresas participantes cedem o espaço para as aulas e podem contratar os profissionais formados. Os cursos têm duração média de três meses, com carga horária de duas horas por dia, e garantem certificado reconhecido pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Empresas interessadas devem procurar a CBIC para aderir ao programa. Após a análise, os departamentos regionais do SENAI organizam a capacitação de multiplicadores e a formação de novas turmas.
O prazo para que estados, municípios e o Distrito Federal registrem o cumprimento das condicionalidades exigidas para habilitação às complementações do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) está chegando ao fim. Até 31 de agosto de 2025, os gestores devem inserir ou retificar os dados no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec), Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi) e no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), sob risco de exclusão dos repasses da União no próximo ano.
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), cerca de 80 municípios ainda apresentam pendências que impedem o cálculo para o recebimento da complementação-VAAT (Valor Aluno Ano Total) de 2026. Além disso, levantamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mostra que 322 entes federativos registram falhas no envio de dados obrigatórios previstos na Lei nº 14.113/2020.
Entre as exigências estão a comprovação de condicionalidades como o provimento técnico de gestores escolares (I), o ICMS-Educação (IV) e a adoção de referenciais curriculares alinhados à BNCC (V). Enquanto os itens I e V são de responsabilidade compartilhada entre União, estados e municípios, o IV cabe exclusivamente aos estados.
A CNM ressalta que a habilitação é apenas uma das etapas para acesso aos recursos. O recebimento efetivo da complementação-VAAT depende ainda da comparação entre o valor aluno/ano de cada rede e o VAAT mínimo nacional (VAAT-MIN). Mesmo os entes que não constam na lista de pendências devem se atentar, pois não há garantia automática de repasse.
O assessor de Orçamento Público do Senado, Dalmo Palmeira, destaca que os dados exigidos fazem parte da rotina das administrações. “Não é um procedimento desconhecido, há alguns anos que já vem sendo praticado. Pode ser que tenha havido troca de equipe, pode ser que a equipe nova não guardou todo o conhecimento das equipes antigas e, talvez, por isso, pode ter alguma dificuldade. Mas, nesses sites tem como recuperar essa informação e fazer essa entrega de informação”, explicou.
Para 2025, a previsão é de R$ 24,3 bilhões em complementação-VAAT. A exclusão desse repasse pode comprometer o orçamento da educação, sobretudo em redes municipais que dependem da complementação federal para garantir o investimento mínimo por aluno.
Segundo Palmeira, a perda dos recursos afeta diretamente a qualidade do ensino. “Uma das destinações do Fundeb é exatamente complementar também o piso de magistério de estados e municípios. Então, se por acaso o município não regularizar essas informações, vai haver essa queda no recurso disponível e logicamente na qualidade. O déficit da compra de material escolar, a falta de investimento e, eventualmente, até a construção de novas escolas também podem ser prejudicadas, a depender de qual é a realidade de cada município”, afirmou.
A lista completa de entes com pendências está disponível no portal do FNDE. Confira aqui.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) já repassou, em 2025, R$ 14,6 bilhões a estados, municípios e ao Distrito Federal por meio do Salário-Educação. O valor está disponível para apoiar ações da educação básica pública, como transporte, alimentação escolar, manutenção e infraestrutura. No mês de agosto, foram transferidos R$1,61 bilhão, creditados no último dia 20.
Para o ano de 2025, a previsão orçamentária total do Salário-Educação é 35,5 bilhões, conforme divulgado pelo Ministério da Educação em fevereiro deste ano.
Essas transferências são resultados da contribuição social recolhida mensalmente das empresas vinculadas à Previdência Social, que correspondem a 2,5% da folha de pagamento dos seus empregados. Do montante arrecadado, 60% são destinados diretamente aos entes federados, enquanto os demais 40% permanecem com o FNDE, que os realocam em programas e ações educacionais.
Os valores foram calculados levando em conta dados do Censo Escolar de 2024. Os repasses são realizados em 12 parcelas mensais entre fevereiro de 2025 e janeiro de 2026. As transferências ocorrem até o dia 20 de cada mês
Nos dias 30 e 31 de agosto, segurados da Previdência Social terão a oportunidade de participar de um mutirão de perícias médicas por videoconferência, modalidade conhecida como Perícia Conectada. Já estão agendadas 22.499 avaliações remotas, que buscam dar mais agilidade ao atendimento e reduzir as filas para concessão de benefícios.
O serviço permite três tipos de atendimento: a perícia inicial para benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) que não foram confirmados pelo sistema Atestmed; a avaliação médica de requerimentos do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com deficiência; e as revisões periódicas desses benefícios (REVBPC).
Como agendar ou antecipar atendimento:
Após confirmação, o segurado deve comparecer à agência do INSS no dia e horário agendados, onde a perícia será conduzida remotamente em consultório apropriado.
Implementada em fevereiro de 2024, 158.813 pessoas foram atendidas de forma remota pela iniciativa da Perícia Conectada, beneficiando quem vive em locais com escassez de médicos peritos ou enfrentam dificuldade de deslocamento. São Paulo teve a maior expansão, com 47 agências ativas. Já o Ceará foi o estado com maior número de atendimentos: 28.359 perícias remotas, até agora.
O prazo para entes federativos registrarem o cumprimento das condicionalidades exigidas para a habilitação à complementação-VAAR (Valor Aluno Ano por Resultados) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) está encerrando. As informações devem ser inseridas no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec) até 31 de agosto.
A comprovação é requisito obrigatório para que estados, municípios e o Distrito Federal recebam os recursos da modalidade. Entre as condicionalidades, estão o provimento técnico de gestores escolares (I), o ICMS-Educação (IV) e a adoção de referenciais curriculares alinhados à BNCC (V). As condicionalidades I e V são responsabilidade conjunta dos entes federativos, enquanto a IV é exclusiva dos estados.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) recomenda que os gestores realizem o registro com antecedência, evitando sobrecarga no sistema nos últimos dias do prazo. A entidade também defende a prorrogação do calendário, medida já adotada em anos anteriores, para garantir a ampla participação dos entes.
Para a CNM, o prazo reduzido dificulta o preenchimento adequado do módulo “Fundeb – VAAR – Condicionalidades” no Simec, que exige a apresentação de múltiplos documentos e informações. A entidade alerta que o não envio pode deixar entes federativos de fora do repasse, comprometendo o financiamento da educação básica.
De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), 322 entes federativos apresentam pendências na transmissão de dados obrigatórios previstos na Lei nº 14.113/2020, que regulamenta o novo Fundeb. Apenas Mato Grosso, Acre e o Distrito Federal não registraram irregularidades municipais. As falhas concentram-se principalmente no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi) e no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope).
O assessor de Orçamento Público do Senado, Dalmo Palmeira, afirma que os dados exigidos já fazem parte da rotina das administrações e que há suporte técnico disponível. “Não é um procedimento desconhecido, há alguns anos que já vem sendo praticado. Pode ser que tenha havido troca de equipe, pode ser que a equipe nova não guardou todo o conhecimento das equipes antigas e, talvez, por isso, pode ter alguma dificuldade. Mas, nesses sites, tem como recuperar essa informação e fazer essa entrega de informação”, diz.
Para regularizar a situação e se habilitar à complementação-VAAT, os gestores locais devem:
O prazo de regularização vai até 31 de agosto de 2025. Após essa data, o FNDE reavaliará a situação de cada ente e somente aqueles com os dados em dia poderão receber a complementação da União em 2026.
O FNDE ressalta que não estar na lista de pendências não garante automaticamente o repasse do VAAT. A habilitação é apenas a primeira etapa, já que a liberação dos recursos depende também do cumprimento de outros critérios técnicos previstos em lei.
Para 2025, a estimativa é de R$ 24,3 bilhões em complementação-VAAT. A exclusão desse repasse pode comprometer de forma significativa o orçamento da educação, sobretudo em redes municipais e estaduais que dependem da complementação federal para assegurar o investimento mínimo por aluno.
Palmeira alerta que a perda da complementação-VAAT pode comprometer diretamente a qualidade do ensino nas redes municipais, especialmente nas mais pobres. “Uma das destinações do Fundeb é exatamente complementar também o piso de magistério de estados e municípios. Então, se por acaso o município não regularizar essas informações, vai haver essa queda no recurso disponível e logicamente na qualidade. O déficit da compra de material escolar, a falta de investimento e, eventualmente, até a construção de novas escolas também podem ser prejudicadas, a depender de qual é a realidade de cada município”, explica o especialista.
O FNDE lembra que o envio regular das informações contábeis e fiscais é uma exigência constitucional e está previsto em normas como a Lei de Responsabilidade Fiscal. A lista completa dos entes inabilitados pode ser consultada no portal do FNDE, na seção dedicada ao Fundeb.
O programa Inova Talentos do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) está com 174 vagas abertas para profissionais interessados em desenvolver projetos de inovação e tecnologia em empresas nacionais e multinacionais. Há oportunidades para diferentes formações, com destaque para engenharias, ciência da computação, estatística, farmácia, administração e marketing. As bolsas variam de acordo com o perfil e podem chegar a R$ 12 mil.
A superintendente nacional do IEL, Sarah Saldanha, destaca que o programa aproxima academia e setor produtivo, qualificando profissionais para a nova indústria. "Uma das atividades que o IEL realiza no programa Inova Talento é sua atuação no processo de recrutamento e seleção. Nesse contexto, é nosso papel identificar bons candidatos, selecioná-los e capacitá-los para atuar em sinergia com as empresas, contribuindo para uma nova visão da indústria, dos projetos de inovação e da aceleração da gestão da inovação das empresas. O Programa Inova Talentos é um dos principais mecanismos disponíveis à inovação no país", afirma.
O programa de bolsas do IEL conecta universidades e empresas em projetos de inovação que vão desde pesquisas de ponta até a solução de desafios específicos da indústria. Para a superintendente do instituto, essa integração gera benefícios concretos tanto para as empresas quanto para os estudantes. “Uma parte importante desses bolsistas, após o término do projeto, é contratado pela indústria, o que garante também a continuidade do mindset, da visão de inovação dentro da indústria. No fundo, ganha a universidade, que conecta o seu estudante a uma realidade clara, diária e vivencial da indústria, e ganha o próprio bolsista, que desenvolve as suas pesquisas no âmbito de um ambiente real, podendo inclusive, ao final do projeto de inovação, ser incorporado pela empresa”, comenta.
Os projetos abrangem áreas como ciência de dados, inteligência artificial, manufatura inteligente, biotecnologia, energia e sustentabilidade. Entre as empresas participantes estão Vale, Nestlé, Braskem, Cargill, Suzano e ArcelorMittal.
Para participar, o candidato deve acessar o site do programa Inova Talentos, selecionar a vaga desejada e seguir as etapas indicadas. As inscrições são gratuitas. Confira as oportunidades disponíveis na página do Inova Talentos, no Portal da Indústria.
Líderes entre 21 e 40 anos já são quase 28% dos sócios no setor e impulsionam inovação e crescimento
Jovens de 21 a 40 anos estão cada vez mais presentes no comando de indústrias brasileiras, redesenhando o perfil da liderança empresarial no país. Eles já representam 27,9% dos sócios no setor e foram responsáveis por 8,1% das contratações formais entre 2022 e 2023, quase o triplo das realizadas por empresas sem participação de jovens.
Os dados fazem parte do estudo Empreendedorismo Industrial – O perfil dos novos líderes, elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O levantamento mostra que essa nova geração chega com mentalidade mais digital, com foco em inovação e sustentabilidade, mesmo em empresas de cultura tradicional.
Segundo a gerente de carreiras e desenvolvimento empresarial do IEL, Michelle Queiroz, empresas com sócios jovens crescem mais e geram mais empregos por reunirem fatores como mentalidade mais arrojada, domínio de tecnologias emergentes, tolerância ao risco e capacidade de adaptação. “Os jovens líderes trazem energia, questionamento e propósito, enquanto os mais experientes oferecem visão estratégica e estabilidade. Quando bem conduzido, esse equilíbrio resulta em maior capacidade de geração de empregos, transformação cultural e impacto positivo no setor industrial”, destaca.
Um exemplo é Diana Castro, 39 anos, coordenadora nacional do Movimento Novos Líderes Industriais e sócia da Hebert Uniformes, empresa de sua família, com 63 anos de história na indústria de confecção da Bahia. Para ela, o preparo para assumir a liderança de uma empresa familiar exige maturidade, capacitação e visão estratégica. “Eu acredito que sucessão não é apenas sobre quem assume. É um compromisso que ele vai além da empresa. Quando a gente fala de empresa familiar, envolve todo um legado que foi construído, uma história de muitas pessoas, impacta a empresa, a comunidade, todo o setor. Essa transição de cargos é um compromisso que a gente tem com a história da empresa e com a história da nossa família”, afirma.
O estudo aponta que empresas industriais com mais de uma geração no quadro societário crescem três vezes mais. Nos próximos anos, mais de 100 mil indústrias brasileiras deverão passar por processos de transição de liderança. Para Diana, o segredo de uma sucessão bem-sucedida está na governança. “Não basta escolher alguém por um simples grau de parentesco. É preciso preparar essa pessoa, dar uma autonomia para essa nova geração. Então, quando existe governança, essas diferenças entre as gerações e essa missão da nova geração que está assumindo passa a ser realmente um diferencial estratégico para a empresa”, avalia.
Hoje, quatro gerações convivem nas empresas: Baby Boomers (1945-1964), Geração X (1965-1984), Millenials ou Geração Y (1985-1999) e Geração Z (a partir de 2000). Há 108 mil indústrias no Brasil com pelo menos um sócio de 61 anos ou mais, sinalizando uma transição gradual em que líderes experientes cedem espaço para novos perfis.
Ainda assim, a renovação no setor industrial é mais lenta que em outros segmentos, devido ao perfil técnico e à curva de aprendizado mais longa. Baby Boomers ainda ocupam 21,7% dos cargos de liderança na indústria, acima da média nacional.
“Ao apoiar lideranças jovens e sucedidas em todo o Brasil, o IEL contribui para que a transição deixe de ser uma ruptura e se torne uma alavanca de crescimento e longevidade empresarial no setor industrial”, reforça a gerente de carreiras do IEL.
A trajetória de Diana também foi moldada por sua participação em iniciativas do IEL. Sua empresa integrou a primeira turma do programa Inova Talentos, no qual ela atuou como mentora, e hoje ela lidera nacionalmente o Movimento Novos Líderes Industriais, que fomenta a troca de experiências entre jovens empresários.
“O IEL foi um catalisador muito importante na minha trajetória. Eu trabalho na indústria há 15 anos e a gente tem uma tendência inicial a ficar muito na operação. Então, ele me fez olhar para a empresa e para a indústria como um todo de uma forma mais estratégica. Na verdade, não só o IEL, como todo o sistema de indústria, eles ajudaram nesse olhar do ecossistema da indústria de forma mais ampliada”, destaca.
O IEL oferece programas para formar líderes desde o ensino médio, como o Projeto de Vida e Carreira, o IEL Carreiras, que desenvolve estagiários com perfil de liderança, e até capacitações executivas, como o Programa IEL Educação Executiva Global. A agenda inclui ainda fóruns, mentorias e projetos, como o Jornada de Sucessão Empresarial, que auxilia herdeiros e empresários no processo de transição.
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) está com mais de 2,2 mil vagas de estágio abertas em todo o país, com bolsas que podem chegar a R$ 2,5 mil. As oportunidades são voltadas para estudantes de diferentes áreas de formação e níveis de escolaridade, e podem ser acessadas gratuitamente pela plataforma IEL Carreiras.
De acordo com a gerente de Carreiras e Desenvolvimento Empresarial do IEL, Michelle Queiroz, as vagas de estágio oferecidas se destacam por promover uma inserção qualificada no mercado de trabalho. “O IEL atua como uma ponte entre estudantes, as instituições de ensino e as empresas, o que facilita o acesso a oportunidades reais e prepara os jovens talentos para os desafios do ambiente corporativo”, afirma.
Além da experiência prática, os estagiários contratados pelo IEL têm acesso a um pacote de desenvolvimento que inclui orientações de carreira, mentorias, acompanhamento de desempenho e uma plataforma de aprendizagem virtual, com trilhas de conhecimento voltadas ao aprimoramento pessoal e profissional.
O diferencial do IEL também está no acompanhamento completo do estudante. O processo começa com o apoio às empresas na definição do perfil da vaga, passa pela seleção dos candidatos nas instituições de ensino e continua após a contratação, com contato direto com supervisores, suporte pedagógico e mentoria ao longo do contrato.
Ao final do estágio, os estudantes ainda podem concorrer ao Prêmio IEL de Talentos, que reconhece os melhores desempenhos de estagiários e empresas. “Este ano batemos recorde de inscritos, com crescimento de mais de 100% em relação ao ano anterior”, comemora Michele.
O Prêmio IEL de Talentos 2025 contou com a participação de 21 estados brasileiros e registrou resultado inédito, com 757 projetos inscritos, superando o dobro das inscrições de 2024, que recebeu 377 propostas.
A plataforma IEL Carreiras funciona como uma vitrine de vagas. O estudante acessa o site, escolhe o estado desejado, busca pelas vagas de interesse e se inscreve diretamente.
Nesta edição do programa, Bahia lidera o número de vagas, com 660 oportunidades. Em seguida, o Goiás, com 439 vagas abertas. “Esses estados aparecem no topo da oferta de vagas, pois concentram importantes polos industriais, administrativos e educacionais. Além disso, nós também entendemos que é reflexo da atuação forte regional do IEL nesses estados, o que facilita a articulação e a conexão entre universidade e indústria”, completa Michelle.
Estudantes de cidades do interior também podem participar do programa. “Muitos núcleos regionais, inclusive, têm polos de atendimento no interior dos estados. Além disso, tem a plataforma IEL Carreiras. As pessoas também podem acessar por lá as oportunidades de estágio que estão disponíveis”, lembrou a gestora.
Para mais informações ou para se candidatar às vagas, acesse: carreiras.iel.org.br.