Infraestrutura

07/07/2025 03:30h

Leilão está previsto para este ano e ampliará calado para 17 metros, atraindo navios maiores e aumentando a competitividade do principal porto do país

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O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, anunciou o início do processo de licitação do canal de acesso ao Porto de Santos (SP), considerado o maior do país. Os investimentos previstos chegam a R$ 6,45 bilhões. A previsão é que o leilão ocorra ainda neste ano.

O ato autorizando a abertura do processo de concessão foi enviado na última quinta-feira (3) pelo Ministério dos Portos e Aeroportos à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), para a realização da consulta e audiência pública

Para o ministro Costa Filho, o projeto amplia a capacidade de movimentação portuária e aumenta a eficiência do porto. 

“Esse projeto vai ampliar a eficiência e a capacidade de operação portuária, permitindo o acesso de navios ainda maiores ao Porto de Santos e uma operação mais sustentável”, afirma o ministro, lembrando que o Ministério de Portos está desenvolvendo outros projetos – como o Tecon Santos 10 e o Túnel Santos-Guarujá – que devem ser licitados ainda este ano.

Santos

O leilão do canal de acesso de Santos deverá seguir o modelo definido para o canal do Porto de Paranaguá, que já foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – cujo leilão está previsto para 2025. Os valores do projeto são referentes a investimentos e custos operacionais das atividades.

A expectativa do Ministério, conforme o Secretário Nacional de Portos do ministério, Alex Ávila, é de que a modelagem atraia investidores e gere competição nos leilões.

Além de Santos e Paranaguá, há previsão de leilões dos canais do Porto de Itajaí (SC) e dos portos da Bahia e do Rio Grande. “Com a dragagem do canal, vamos elevar a capacidade do porto para receber navios de maior porte e ampliar a movimentação de cargas. O calado será ampliado gradualmente de 15 metros de profundidade para 17 metros”, diz o secretário.

De acordo com o ministério, além de ampliar o acesso a navios de grande porte, a concessão deve fomentar o desenvolvimento da região – refletindo na economia local e nacional e na geração de emprego e renda.

O Porto de Santos é o maior porto brasileiro em valores de carga movimentadas, responsável por cerca de 25% do comércio exterior brasileiro. Em 2024, movimentou 138,7 milhões de toneladas.
 

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06/07/2025 21:40h

Projeto de concessão será leiloado em agosto e servirá de modelo para outros portos; governo aposta em crédito para atrair investidores e ampliar capacidade portuária

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O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) aprovou a priorização de 18 projetos no FMM que representam mais de R$ 7,5 bilhões, que podem ser financiados pelos bancos públicos credenciados – segundo o diretor de navegação e fomento da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, Otto Burlier. 

Entre as principais propostas, está a construção do canal de acesso ao Porto de Paranaguá, no Paraná, prevista para ocorrer em agosto na B3 – que reserva R$ 1,089 bilhão no FMM relacionados aos investimentos necessários para a concessão.

Otto Burlier pontua que a priorização do projeto no Porto de Paranaguá é relevante para estimular investimentos. “É uma oportunidade para atrair interessados e investidores para a realização dessa concessão.”

O Conselho aprovou, ainda, outros 17 projetos, no valor total de R$ 5,3 bilhões. “São recursos para a construção, reparo e modernização de 70 embarcações. Desde 2023, já foram priorizados quase R$ 70 bilhões, valor três vezes maior do que o definido entre 2019 e 2022, o que mostra a importância que este governo está dando à retomada da indústria naval brasileira”, ressalta o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho.

Entre as propostas aprovadas, a maior, na ordem de R$ 2,5 bilhões, prevê a construção de quatro embarcações de apoio marítimo do tipo RSV (ROV Support Vessel). As infraestruturas são especializadas em operações com equipamentos submarinos. 

“A gente destaca a construção de quatro embarcações de apoio marítimo, que são essenciais, são importantes para o desenvolvimento da nossa indústria do apoio marítimo”, aponta Otto Burlier.

Burlier destaca a importância do FMM para o setor. “O FMM tem sido fundamental para viabilizar a política pública de desenvolvimento da nossa indústria naval e para estimular investimentos, inclusive em obras de infraestrutura portuária”, diz.

*Porto de Paranaguá: projeto*

A priorização dos recursos para o canal de acesso do Porto de Paranaguá  foi solicitada pelo secretário Nacional de Portos, Alex Ávila. Para ele, a aprovação do projeto deve atrair participantes.

“Criamos uma solução que estimula a concorrência, porque os possíveis investidores passam a considerar nos seus cálculos, antes mesmo do pregão, que terão taxas e condições especiais de financiamento caso vençam o leilão”, menciona.

Com a aprovação do pedido realizado pela Secretaria Nacional de Portos, caberá ao futuro concessionário do canal de acesso decidir se utiliza ou não o montante disponibilizado pelo FMM. A medida poderá ser realizada a partir da reapresentação da solicitação ao Conselho Diretor com o projeto que será executado e com os detalhes do orçamento.

Segundo Alex Ávila, o modelo empregado para a concessão do canal de acesso de Paranaguá – pioneiro de um porto brasileiro –, servirá de modelo para outros leilões que serão realizados ainda em 2025, como o do Porto de Santos (SP), Porto de Itajaí (SC) e Porto da Bahia

“A concessão dos canais de acesso dá previsibilidade ao setor produtivo, sobretudo na rota do desenvolvimento do setor portuário brasileiro”, completa Ávila.

*Porto de Paranaguá: eficiência*

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a concessão implicará em ainda mais eficiência à operação portuária.

O calado do canal será ampliado de 13,5 metros para 15,5 metros de profundidade. Dessa maneira, a capacidade do porto em receber navios de maior porte será ampliada – além de aumentar ainda, a movimentação de cargas. Inclusive, cada centímetro a mais no calado do canal de acesso representa um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio. 

Paranaguá recebe 2,6 mil navios por ano, com destaque para granéis sólidos, como soja e proteína animal.

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02/07/2025 00:00h

Segundo dados do Relatório de Oferta e Demanda da Anac, terminal pernambucano lidera movimentação no Nordeste e avança em voos internacionais

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O Aeroporto Internacional do Recife, em Pernambuco, registrou recorde de movimentação de passageiros entre janeiro e maio de 2025. Foram 3,9 milhões de embarques e desembarques, somando voos domésticos e internacionais — o maior volume da série histórica iniciada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 2000.

O número representa um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando o terminal recebeu 3,8 milhões de passageiros. Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, o volume foi de 3,5 milhões.

Os dados fazem parte do Relatório de Oferta e Demanda da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o crescimento no fluxo de passageiros é resultado direto de políticas públicas e parcerias com estados e concessionárias. "Esses esforços têm garantido mais voos, melhor qualidade nos serviços e o fortalecimento do turismo e dos negócios na região, o que impulsiona a economia, gerando emprego e renda", pontuou.

Aeroporto Internacional do Recife: capital como hub regional

Desde 2018, o aeroporto da capital pernambucana lidera o ranking de movimentação de passageiros na região, superando o terminal de Salvador. Dos 3,9 milhões de passageiros registrados este ano, 3,7 milhões viajaram em voos domésticos.

Na avaliação do secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, os dados confirmam o terminal pernambucano como um hub regional. "E o crescente número de passageiros processados no terminal aéreo é a prova de que os investimentos feitos pelo Governo Federal na região estão aquecendo a economia. O aumento de pessoas viajando é um reflexo de que mais oportunidades estão surgindo, mais serviços vêm sendo prestados e a tendência é de que essa movimentação siga em ritmo de crescimento até o final do ano."

Aeroporto Internacional do Recife: voos internacionais

A movimentação internacional no Aeroporto do Recife também segue em alta, revela o levantamento da Anac. O número de voos internacionais saltou de 681 para 948 entre 2024 e 2025. Já o volume de passageiros cresceu 37,4%, passando de 127,7 mil para 175,5 mil viajantes.

O terminal ocupa atualmente a terceira posição entre os aeroportos nordestinos com maior volume internacional, atrás de Salvador (226,2 mil) e Fortaleza (184,4 mil). 

Nordeste registra crescimento geral na aviação civil

De janeiro a maio de 2025, os dez principais aeroportos do Nordeste somaram 14,8 milhões de passageiros, um aumento de 6,6% em comparação com os 13,9 milhões registrados no ano passado. O resultado também supera os níveis de 2019, quando o total foi de 14,2 milhões.

Passageiros por aeroporto (jan-mai/2025)

- Recife (PE): 3,9 milhões – melhor resultado da série histórica
- Salvador (BA): 3,1 milhões
- Fortaleza (CE): 2,3 milhões
- Rio Largo/Maceió (AL): 1,2 milhão
- Porto Seguro (BA): 1 milhão
- São Gonçalo do Amarante/Natal (RN): 916 mil
- Santa Rita/João Pessoa (PB): 728 mil
- São Luís (MA): 643,5 mil
- Aracaju (SE): 531,5 mil
- Teresina (PI): 428 mil
 

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01/07/2025 18:45h

De aeroportos à gestão de esgoto, linha do Banco da Amazônia apoia ações que reduzem emissões de gases de efeito estufa e promovem acesso a serviços essenciais com menor impacto ambiental

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Lançada em 2025, a nova Política de Sustentabilidade do Governo Federal busca transformar terminais portuários e aeroviários com foco em inclusão social, transparência e práticas que reduzam os impactos ambientais. No setor público, foi criada uma agenda anual com projetos e ajustes regulatórios. Já no setor privado, as mudanças nos terminais serão conduzidas por meio do Pacto pela Sustentabilidade, lançado recentemente pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

Nesse contexto, o Banco da Amazônia atua com a oferta de um financiamento que pode ajudar no cumprimento das medidas estabelecidas. É a linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, voltada para projetos que conectam infraestrutura à sustentabilidade. A linha contempla os portos e aeroportos

O gerente executivo de Pessoa Jurídica e Relacionamento com Bancos da instituição, Luiz Lourenço de Souza Neto, explica que esse tipo de financiamento tem o propósito de promover o desenvolvimento econômico da região, com o apoio de outras empresas, inclusive internacionais.

“Existem outras instituições financeiras, outros mecanismos que apoiam também esses projetos, dada a importância e o tamanho deles para onde são implantados. Então, falando a respeito apenas do banco, se a gente for olhar o que a gente tem de expectativa para os próximos quatro anos, a gente com certeza deve superar a casa de R$ 10 bilhões aplicados em infraestrutura na Amazônia”, pontua.

Entre as companhias contempladas com essa iniciativa está a VINCI Airports  – concessionária responsável por sete aeroportos na Região Norte. Nesse caso específico, o financiamento do Banco da Amazônia foi de R$ 750 milhões. Os recursos serão investidos pela empresa em um projeto de infraestrutura aeroportuária que visa promover melhorias para os usuários, ao passo que também incorpora práticas sustentáveis.

De maneira geral, a companhia trabalha com a meta de reduzir pela metade a emissão de gases de efeito estufa até 2030. Até 2050, a empresa pretende zerar essa emissão. Atualmente, a VINCI Airports atua junto aos terminais de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre; Boa Vista, em Roraima; Porto Velho, em Rondônia; além de Manaus, Tabatinga e Tefé, no Amazonas.

Outras áreas apoiadas

Entre as áreas apoiadas, também se destaca a infraestrutura para água e esgoto; geração de energia elétrica de fontes renováveis; sistema de telefonia fixa ou móvel e banda larga em comunidades, além das seguintes:

  • Usinas de compostagem e/ou aterro sanitário sustentável;
  • Armazenamento de energia de fonte renovável;
  • Transmissão e distribuição de energia;
  • Demais obras estruturantes ecológicas e sustentáveis.

Outro  projeto que contou com o apoio dessa linha foi desenvolvido na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) - campus Capitão Poço (PA). Trata-se de uma fossa ecológica denominada Bacia de Evapotranspiração (BET). O sistema é uma alternativa eficiente para tratamento do esgoto, que funciona de forma independente da rede pública. 

Dentro do tanque, ocorre um processo de decomposição, chamado de fermentação, realizado pelas bactérias. Esse processo é a quebra ou a degradação do esgoto, essencial para o funcionamento do sistema e para que o esgoto chegue nas camadas superiores de forma mais limpa.

Segundo a professora Thaisa Pegoraro, coordenadora do projeto, essa parceria com a instituição financeira foi essencial para a elaboração dessa iniciativa. 

“O recurso que vem para a universidade, infelizmente, não é suficiente para atender a infraestrutura destinada a projetos de pesquisa e extensão. Então, é por este motivo que a parceria com o banco é realmente essencial e nós também somos muito gratos a isso”, afirma. 

Uma das estruturas foi instalada na escola Humberto Fernandes, no município de Garrafão do Norte (PA), para atender cerca de 60 alunos. Até então, a unidade escolar contava com uma fossa rudimentar. 

Condições

Quanto à linha FNO - Amazônia Infraestrutura Verde, é levada em conta a taxa de juros dos fundos constitucionais (TFC), diferenciada por setor, porte e finalidade. O prazo definido é de até 34 anos, com carência de até 08 anos. Esse modelo de financiamento é disponibilizado para empresas de todos os portes, com exceção de microempreendedor individual (MEI).

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24/06/2025 01:50h

De Petrolina a Pirapora, devem ser transportados produtos como gesso, drywal e calcário. Quanto ao café, as cargas sairão da cidade mineira em direção a Juazeiro e Petrolina

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A nova hidrovia do Rio São Francisco vai possibilitar a retomada da navegação comercial de Pirapora, em Minas Gerais, até Petrolina, em Pernambuco. A operação de cargas pela hidrovia não é realizado no rio desde 2012, devido ao assoreamento de alguns trechos. Ao todo, a via navegável contará com 1.371 quilômetros de extensão. As informações foram disponibilizadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).

O Rio São Francisco dispõe de 2,8 mil quilômetros de extensão e banha 505 municípios brasileiros. As águas do Velho Chico – como é conhecido o canal - abastecem mais de 11 milhões de pessoas. A projeção é que a movimentação de cargas pelo rio alcance 5 milhões de toneladas no primeiro ano de retomada da navegação comercial.

A gestão da hidrovia passará a ser de responsabilidade da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) - autoridade portuária vinculada à Pasta. A expectativa é de que os estudos técnicos sejam iniciados ainda em junho de 2025. A companhia também deve iniciar os projetos para a concessão da nova hidrovia, juntamente com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

“Grandes grupos já manifestaram interesse em fazer essa operação hidroviária. Vamos trabalhar muito nos próximos meses para garantir a execução do projeto, que é fundamental para o fortalecimento da logística brasileira e para o desenvolvimento do país, sobretudo da Região Nordeste”, disse o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O diretor do Departamento de Navegação e Fomento da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação do MPor, Otto Luiz Burlier, reforça que um comboio de embarcação hidroviária pode substituir até 1,2 mil caminhões na estrada, o que, segundo ele, contribuiu para a redução da emissão de CO₂ e o desgaste das rodovias.

“Um dos grandes benefícios da movimentação de cargas ou transporte por meio de hidrovias é que é muito mais sustentável do que, por exemplo, meio rodoviário. Cerca de 70% das cargas movimentadas no país são por meio rodoviário. Então, se a gente migrar para o hidroviário ou navegação de cabotagem, vamos reduzir a emissão de CO², além de aproveitarmos o potencial que temos no Brasil de vias navegáveis”, destaca.

Hidrovia do Rio São Francisco: Etapas do projeto

O projeto foi dividido em três etapas. Na primeira, as intervenções vão se concentrar em um trecho de 604 quilômetros navegáveis, entre Juazeiro e Petrolina, passando por Sobradinho (BA) e chegando a Ibotirama (BA). As cargas serão escoadas por rodovias até o Porto de Aratu-Candeias, na Baía de Todos-os-Santos (BA).

A segunda fase inclui o trecho entre Ibotirama e os municípios baianos de Bom Jesus da Lapa e Cariacá, com 172 quilômetros navegáveis. Nessa área, haverá conexão, por meio da malha ferroviária, com os portos de Ilhéus (BA) e Aratu-Candeias.

Já a terceira etapa prevê a ampliação da hidrovia em mais 670 quilômetros, em um trecho que ligará Bom Jesus da Lapa e Cariacá a Pirapora (MG).

Hidrovia do Rio São Francisco: produtos transportados

De Petrolina (PE) a Pirapora (MG), devem ser transportados produtos como gesso, gipsita, drywal, calcário e gesso agrícola. Do município mineiro, esses itens serão levados para outros estados da região Sudeste. Esses produtos também terão como destino as divisas entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, área conhecida como MATOPIBA.

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Em relação à mercadoria que sairá de Juazeiro e seguirá para Pirapora, o destaque é para açúcar e óleo. Já o sal, extraído no Rio Grande do Norte, será levado para Remanso (BA), onde, por meio da nova hidrovia, será destinado ao Sudeste.

Quanto ao café, o trajeto deverá ser o contrário. As cargas sairão de Pirapora em direção a Juazeiro e Petrolina, para abastecer o Nordeste.

Milho, soja, algodão, adubo e insumos agrícolas sairão via terrestre dos municípios baianos de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães rumo à Ibotirama. Seguirá, pela hidrovia, até Juazeiro, e depois pode ser escoado para o Porto de Aratu, em Salvador, por rodovia ou ferrovia.

Hidrovia do Rio São Francisco: Instalações portuárias

O projeto também prevê a construção de 17 Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte, os IP4. A ideia é que esses terminais sejam utilizados para o transporte de cargas e passageiros nos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas.

Do total, seis estão em fase de projeto e 11 em planejamento. A previsão é de que os editais para os IP4 de Petrolina e Juazeiro sejam apresentados em setembro, com início das obras em janeiro de 2026.

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20/06/2025 04:00h

Soja e derivados puxam alta nas cargas; terminal amapaense deve dobrar capacidade com investimentos de R$ 89 milhões

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Os portos públicos de Rondônia e do Amapá registraram um aumento de 8% e 35%, respectivamente, na movimentação de cargas no mês de abril, em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados foram puxados, principalmente, pelo escoamento de grãos, como a soja, por exemplo.

Os dados foram divulgados no Painel Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Em relação ao estado amapaense, o Terminal Portuário de Santana teve como destaque granéis sólidos, com 382 mil toneladas movimentadas, ou seja, um salto de 43,06%.

Desse volume, 254 mil toneladas foram de soja e outras 36 mil toneladas de resíduos da extração do grão. No mesmo mês do ano passado, o terminal havia movimentado 283 mil toneladas, no total.

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No terminal de Porto Velho, em Rondônia, foram movimentadas 253 mil toneladas em abril. Entre os produtos embarcados, a soja liderou com 237 mil toneladas, um salto de cerca de 10%. Em abril do ano anterior, foram movimentadas 235 mil toneladas. Desse total, 216 mil foram de soja.

O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor), Alex Ávila, afirma que os números refletem o papel estratégico do Norte do país como alternativa aos tradicionais corredores de exportação de outras regiões, como Sul e Sudeste.

“O fortalecimento dos portos do Amapá e Rondônia representa mais do que um avanço econômico regional, é um passo decisivo na consolidação de uma logística nacional mais integrada, eficiente e sustentável, alinhada aos desafios do crescimento do agronegócio brasileiro”, destaca Ávila.

“Temos, este ano, expectativa de safras recordes. Também começamos a nos preparar para a safra do próximo ano, quando as expectativas também são boas. Naturalmente, o agronegócio vai buscando alternativas e, onde ele encontra possibilidade, tem grandes chances de se consolidar. Então, quando analisamos os tipos de carga, percebemos que a pujança do agronegócio está cada vez crescendo mais, demonstrando sua importância para a economia do país”, acrescenta.

Investimento

Em fevereiro de 2025, foi oficializado o arrendamento do terminal MCP03, no Porto de Santana (AP). A estrutura é destinada ao armazenamento e movimentação de granéis sólidos vegetais.

O contrato – que partiu do leilão realizado no final de 2024 – prevê investimentos de R$ 89 milhões ao longo de 25 anos, com vigência até 2049. Entre as intervenções estabelecidas estão as seguintes:

  • Ampliação do Píer 1;
  • Dragagem de aprofundamento;
  • Pavimentação;
  • Instalação de novos silos de armazenagem.

O objetivo é que a capacidade de carga do terminal seja ampliada de 450 mil para 917 mil toneladas, o que corresponde a praticamente o dobro do potencial de escoamento da produção.

Hidrovias

Com o intuito de aumentar a movimentação de produtos da Região Norte para outras áreas do país, o Ministério de Portos e Aeroportos incluiu a hidrovia do Rio Madeira na carteira de ativos que serão concedidos à iniciativa privada.

Essa via navegável liga Rondônia ao Amazonas e é apontada como estratégica para o escoamento da produção nacional. O trecho conta com 1.075 quilômetros de extensão. A previsão é de que o leilão seja realizado até o final de 2026.

Apesar da seca registrada no ano passado, o canal movimentou cerca de 10 milhões de toneladas de cargas. A estimativa é de que o corredor fluvial possa ultrapassar 25 milhões de toneladas ao ano.

O projeto de concessão prevê investimentos de aproximadamente R$ 109 milhões em obras de infraestrutura, como dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização. Além disso, outros R$ 40 milhões devem ser destinados à operação ao longo de um contrato de 12 anos.

Tarifas

A cobrança de tarifas sobre as cargas transportadas só começará a ser feita após o início efetivo da prestação dos serviços pela concessionária. Conforme informou o MPor, o transporte de passageiros vai continuar isento de cobrança.

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18/06/2025 01:00h

Com destaque para cargas conteinerizadas e granéis, terminal se beneficia de investimentos em infraestrutura e amplia seu papel estratégico

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Entre janeiro e abril de 2025, o Porto do Rio de Janeiro registrou uma movimentação de 5,4 milhões de toneladas. O volume representa um salto de 27,48% na comparação com o mesmo período de 2024. Os dados constam no Estatístico Aquaviário, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

De acordo com o levantamento, o destaque foi para cargas conteinerizadas, que tiveram aumento de 21,92%, com 3,8 milhões de toneladas movimentadas. Já o granel sólido atingiu 774 mil toneladas, ou seja, um avanço de 20,86%.

O granel líquido, por sua vez, teve um crescimento de 74,98%, após 540 mil toneladas movimentadas no período analisado. Já a carga geral alcançou 324 mil toneladas – uma alta de 60,85%, em relação ao mesmo período do ano passado.

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Vale destacar que o Porto do Rio de Janeiro também atua com produtos siderúrgicos, trigo concentrado de zinco e cargas de apoio offshore. Na avaliação do economista e professor de Mercado Financeiro da Universidade de Brasília (UnB), César Bergo, o terminal tem contribuído economicamente para o estado fluminense, assim como em âmbito nacional.

“Você tem o Porto do Rio de Janeiro ajudando, decisivamente, o próprio estado do Rio de Janeiro, não só na importação, mas também na exportação de produtos. Também é possível afirmar que essa contribuição econômica se expande para todo o país. Há, ainda, unidades de formação de mão de obra especializada, o que contribui para que a movimentação seja profissional”, considera.   

Desempenho por tipo de navegação

Os dados do Estatístico revelam ainda que, do volume geral de cargas movimentadas, 1,1 milhão de toneladas foram transportadas por cabotagem - navegação que se faz na costa - o que corresponde a um salto de 35,18%.

Quanto à navegação por longo curso - que inclui exportação e importação - foram registradas 3,6 milhões de toneladas. O resultado representa um avanço de 19,61%, na comparação com 2024.

Segundo o secretário Nacional de Portos do Ministério de Portos e Aeroportos, Alex Ávila, entre os fatores que contribuíram para esse quadro está a política de investimento público voltada para o setor. "Os bons resultados dos terminais brasileiros refletem a aplicação de recursos que estamos realizando no modal. O Brasil tem uma dívida histórica com a infraestrutura portuária, mas agora estamos revertendo esse cenário, com mais aportes, concessões de terminais e canais de navegação e melhorias na infraestrutura”, destaca.

Investimentos

Desde abril deste ano, o Porto do Rio de Janeiro passou a estar apto a receber embarcações com maior volume de carga, após a conclusão das obras de dragagem do canal principal, feitas pela PortosRio.

A partir de um investimento de R$ 163 milhões, a profundidade do canal passou a ser de 15,3 metros. Essa medida possibilita um aumento estimado de até 700 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por embarcação.

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, o terminal também contou com uma atualização dos sinais náuticos. Com isso, embarcações com até 366 metros de comprimento podem fazer manobras com segurança.

Além disso, em abril, o terminal RDJ11 – situado na região do Cais do Caju e inserido na poligonal do porto – foi leiloado em um certame promovido pela Pasta, em parceria com a Antaq. O terminal será destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos. O projeto foi arrematado pelo Consórcio Porto do Rio de Janeiro. Ao todo, serão investidos R$ 6,80 milhões. O contrato de concessão é de 10 anos.
 

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17/06/2025 23:00h

Com R$ 220 milhões em investimentos, novo equipamento permitirá operação de voos comerciais e reforçará logística da Bacia de Campos

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Inaugurada nesta terça-feira (17), a segunda pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Macaé, no Rio de Janeiro (RJ), contou com investimento de R$ 220 milhões. O objetivo do projeto é possibilitar que o terminal tenha capacidade de movimentar aeronaves de maior porte, como o Embraer 195.

Agora, a pista de pouso e decolagem passou a ser de 1.410 metros, o que permitirá a operação de voos comerciais regulares. A iniciativa foi responsável pela geração de aproximadamente 380 empregos diretos e indiretos, entre junho de 2023 e dezembro de 2024.

A obra foi executada pela Zurich Airport Brasil e integra o Plano Aeroviário Nacional (PAN). O CEO da companhia no Brasil, Ricardo Gesse, destacou que o empreendimento vai fortalecer a aviação regional, uma vez que o terminal amplia o suporte às operações offshore na Bacia de Campos.

“Acreditamos no potencial de desenvolvimento econômico de Macaé. Estamos falando de uma das maiores operações do mundo de offshore. Estamos entregando uma infraestrutura hoje, que tem duas pistas, mais uma questão que reforça toda a nossa segurança. Nós confiamos muito que o desenvolvimento de Macaé vai ser uma coisa constante”, disse.

Obra do Aeroporto de Macaé: serviços executados

  • Terraplenagem;
  • Drenagem;
  • Pavimentação;
  • Sinalização;
  • Balizamento;
  • Revestimento vegetal;
  • Realocação de equipamentos de navegação aérea;
  • Construção de taxiways;
  • Ampliação do pátio de aeronaves de asa rotativa.

Durante o evento de inauguração, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a cidade é considerada um local estratégico para o setor de petróleo e gás, o que será fortalecido a partir dos investimentos feitos no terminal.

"Os investimentos que estão colocados para os próximos cinco anos são extraordinários aqui na região, na área de petróleo e gás. E isso significa mais desenvolvimento e mais geração de oportunidade. E para isso, a gente precisava melhorar o aeroporto de Macaé”, destacou o ministro.

Obra do Aeroporto de Macaé: Elevação de categoria

A partir desse projeto, o Aeroporto de Macaé passa a ser o único do país com duas pistas dedicadas a esse tipo de operação. Vale destacar que, durante as obras, os voos offshore – que concentram a maior parte da movimentação do terminal – foram preservados, com o intuito de garantir o suporte logístico às plataformas de petróleo.

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O secretário Nacional de Aviação, Tomé Franca, considera que essa entrega também favorece um pólo essencial para a indústria offshore e para o desenvolvimento econômico e social da região.

“Com essa nova infraestrutura, reafirmamos o compromisso do governo em modernizar nossa malha aeroportuária, ampliar a conectividade e garantir que o Brasil siga avançando como referência em aviação”, pontuou.

Desempenho econômico de Macaé (RJ)

Em 2024, Macaé foi apontada como o segundo município que mais gerou empregos no estado do Rio de Janeiro. A cidade foi reconhecida como o segundo melhor ambiente de negócios do país, com base econômica sustentada por energia, agronegócio, logística e turismo.

Para o diretor-presidente interino da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Roberto Honorato, esse cenário poderá ser reforçado a partir do projeto de ampliação da infraestrutura do Aeroporto de Macaé. "Ao apresentar uma segunda pista, nós estamos falando de melhorar a conectividade e abrir possibilidades para o desenvolvimento. A gente está falando de manter uma operação com muito mais volume, mas também de maneira segura”, afirmou.

Na ocasião, o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Renato Jordão, entregou a licença de operação ambiental. O documento autoriza o funcionamento do aeroporto conforme as diretrizes ESG (ambientais, sociais e de governança).

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17/06/2025 20:30h

Terminais receberão investimentos de R$ 658 milhões para modernização. Obras devem fortalecer turismo, aviação regional e economia local

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Os aeroportos de Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã e Dourados, em Mato Grosso do Sul, receberão um investimento total de R$ 658 milhões para obras de ampliação e modernização. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante evento na capital sul-mato-grossense.

De acordo com o ministro, os recursos integram uma estratégia conjunta entre os governos federal e estadual para fortalecer a aviação regional e impulsionar o turismo e o desenvolvimento econômico no estado.

“Hoje, temos mais de R$ 1 bilhão em obras de infraestrutura em andamento e outros R$ 658 milhões em investimentos nos aeroportos, que vão fortalecer a aviação regional, o turismo de negócios, o turismo de lazer e ajudar ainda mais no crescimento da economia do estado”, disse.

Ainda segundo Costa Filho, a ideia é que também haja uma ampliação da oferta de voos dentro da unidade da federação nos próximos meses. “Estamos em diálogo com a Gol, a Azul e a Latam, ao lado da Aena, para que possamos ampliar a conectividade aérea do estado”, afirmou.

Na ocasião, também houve a entrega da nova Sala Multissensorial do Aeroporto da capital. Trata-se de um espaço dedicado ao acolhimento de passageiros com transtorno do espectro autista (TEA) e outras condições sensoriais específicas.

Contrato de concessão da Aena Brasil

Os investimentos nos aeroportos do estado fazem parte da Fase 1B do contrato de concessão da Aena Brasil. A previsão é de que essa ação seja concluída até junho de 2026.

As obras serão executadas pelo consórcio formado pelas empresas Construcap e Copasa no caso de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã; e pela Engetal no aeroporto de Dourados.

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Na avaliação do secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, os investimentos contribuem para a evolução do setor e garantem mais emprego e renda em Mato Grosso do Sul.

“Estamos vivendo um ciclo histórico de investimentos em infraestrutura aeroportuária no Brasil. Só em 2024, entregamos mais de 40 aeroportos requalificados. Aqui em Mato Grosso do Sul, o que estamos fazendo é um dos maiores investimentos de uma só vez na história do estado, e temos muito orgulho de liderar esse processo,” pontuou.

O evento também contou com a presença da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que elogiou o trabalho desempenhado no estado sobre o setor da aviação civil. “É um reconhecimento a quem se propôs a entregar e está entregando”, disse.

Investimento no aeroporto de Campo Grande

Em relação ao Aeroporto Internacional de Campo Grande, o investimento previsto é de R$ 280 milhões. A verba deverá ser empregada em melhorias que irão deixar o terminal com capacidade para receber voos internacionais.

Principais intervenções

  • Construção de um segundo piso no terminal de passageiros;
  • Ampliação da área total de 10 mil m² para 12 mil m²;
  • Instalação de cinco pontes de embarque;
  • Reforma do pátio com 11 posições de estacionamento;
  • Realocação do ponto de abastecimento de aeronaves para dentro do sítio aeroportuário;
  • Construção de uma taxiway de saída rápida com acesso à área militar;
  • Ampliação do estacionamento e da melhoria da infraestrutura geral.

Para o diretor-presidente da Aena Brasil, Santiago Yus, as ações no terminal de Campo Grande vão fortalecer a movimentação econômica na região. “Vamos praticamente construir um terminal novo dentro do existente, com reestruturação completa de fundações, novos equipamentos e ampliação da capacidade para 2,6 milhões de passageiros por ano”, enfatizou.

Atualmente, o aeroporto opera voos domésticos pelas companhias Azul, Latam e Gol. Em 2024, o terminal registrou 1,5 milhão de passageiros. Apenas no primeiro quadrimestre de 2025, já houve 517 mil embarques e desembarques, o que corresponde a uma alta de 14% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Aviação regional

Em Ponta Porã, o terminal passará por uma ampliação de 800 m² para 2.600 m². Ao todo, serão investidos R$ 175 milhões em investimentos. No local, estão previstas a construção de uma nova sala de embarque com dois portões, reforma do pátio, instalação de áreas de escape nas duas cabeceiras da pista, novo pátio para aviação geral e um edifício para órgãos públicos.

Já em Corumbá, o total de recursos empregados deve somar R$ 165 milhões. A verba será aplicada na instalação de áreas de escape, reconfiguração do pátio de aviação geral, adequação da faixa preparada e melhorias em infraestrutura e segurança operacional, incluindo a instalação do sistema PAPI na cabeceira 09. No geral, haverá uma ampliação da área de 1.950 m²  para 2.850 m².

Em relação ao Aeroporto de Dourados, as obras incluem a construção de um novo terminal de passageiros e edificações auxiliares, com recursos de R$ 38 milhões do governo federal e R$ 669 milhões do governo estadual.

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16/06/2025 01:30h

Movimento no terminal Júlio Belém cresce 12% em relação a 2024; estrutura será reforçada com apoio do programa federal AmpliAR

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Previsto para começar em 27 de junho, o 58º Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas — a 370 quilômetros de Manaus —, deve atrair mais de 120 mil turistas. Somente o aeroporto Júlio Belém, na cidade, deve receber mais de 20 mil passageiros durante o período.

O número representa um recorde histórico para o terminal, com aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2024, quando 17.882 usuários passaram pelo local. Os dados foram divulgados pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).

Segundo o gestor do aeroporto, Jean Jorge Rodrigues, o terminal está ampliando suas operações para atender à alta demanda de visitantes, inclusive vindos do exterior. De acordo com ele, os investimentos vão além dos aspectos técnicos.

“A cada ano, a movimentação de passageiros cresce significativamente. Investir no pleno funcionamento do aeroporto é essencial, não apenas para garantir a segurança de quem embarca e desembarca, mas também para impulsionar o turismo, que movimenta a economia local e garante emprego e renda para muitas famílias de Parintins”, avalia Rodrigues.

Aeroporto de Parintins será incluído no Programa AmpliAR

Ainda em 2025, o aeroporto também receberá reforço de infraestrutura, com a inclusão na primeira fase do Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais (AmpliAR).

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A iniciativa do MPor visa atrair investimentos privados para a malha aeroportuária regional por meio de um modelo simplificado e competitivo, com o objetivo de conectar áreas remotas aos principais aeroportos do país. A abertura das propostas está prevista para setembro de 2025 e os ajustes contratuais devem ser concluídos até o final do ano.

Segundo o diretor de Outorgas, Patrimônio e Políticas Regulatórias Aeroportuárias, Daniel Longo, o município — com cerca de 102 mil habitantes — tem forte potencial turístico, o que contribui para o desenvolvimento regional.

“Investir na infraestrutura do aeroporto tem impacto direto no crescimento do município e de toda a região, pois permite oferecer serviços de melhor qualidade a quem utiliza o terminal aéreo, além de fortalecer o turismo como motor de desenvolvimento econômico e social”, pontua.

Movimentação de passageiros

Em 2024, o aeroporto de Parintins registrou a movimentação de mais de 40 mil passageiros, o que representa um aumento de 3,1% em relação a 2023, quando 38.875 usuários foram contabilizados. 

Os dados constam no Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
 

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