Neste episódio a infectologista, Fernanda Descio, fala sobre o que fazer em casos de dengue
Com a epidemia de dengue no Brasil, é crucial saber identificar a doença. Se você apresentar sintomas como febre alta, dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, vômitos, náuseas e manchas vermelhas pelo corpo procure um serviço de saúde ou um médico para definir o diagnóstico.
O diagnóstico da dengue é primeiramente clínico, baseado na história do paciente, nos sintomas que ele apresenta e no exame físico realizado durante a avaliação médica. Existem também exames laboratoriais que podem auxiliar nesse processo, como o hemograma.
A dengue é uma doença causada por um vírus, não existe um remédio, até o momento, capaz de matar esse vírus. O tratamento se baseia em medicações de suporte até que o nosso sistema de defesa elimine o vírus, e o principal tratamento é a hidratação, que deve ser feita com bastante atenção.
É muito importante saber que NÃO se pode fazer o uso de anti-inflamatórios, como o diclofenaco por exemplo, por conta do risco de sangramentos. Em caso de pessoas com doenças crônicas, que fazem uso de aspirina ou algum anticoagulante, devem procurar o seu médico para avaliar se será necessário ajuste na medicação. Em caso de febre ou dor, você pode tomar dipirona ou paracetamol.
Primeiramente, você deve saber de tem algum sinal de alerta, que são:
Na presença de qualquer um desses sinais de alarme, você deve procurar um serviço de emergência para avaliação.
Mesmo já estando contaminado com a dengue, devemos utilizar repelentes e também manter a busca e eliminação de focos de dengue, como a água parada em casa ou nas proximidades.
Além disso, a dengue tem quatro tipos diferentes, então mesmo após uma infecção por dengue ainda é possível ser contaminado novamente por outro sorotipo, por isso manter os cuidados de prevenção continua sendo muito importante, como o uso de repelentes, roupas compridas, telas e mosquiteiros para crianças pequenas e eliminar os focos da dengue.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.
De 7 a 13 do mesmo mês, as autoridades de saúde registraram 5.200 casos, no estado
A Bahia está entre os cinco estados Brasileiros com tendência de alta no número de casos de dengue. De acordo com o Ministério, 138 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença, desde o começo do ano. Os dados foram divulgados no último dia 17 de abril.
De 7 a 13 do mesmo mês, as autoridades de saúde registraram 5.200 casos, na Bahia. Até agora, 45 mortes foram confirmadas em decorrência da dengue.
Os outros estados com tendência de alta são: Ceará, Maranhão, Paraná e Sergipe. O número de casos de dengue está em queda em 10 estados brasileiros, enquanto outros 12 registram estabilidade.
Em todo o país, desde o começo deste ano, já foram registrados 3,3 milhões de casos de dengue. Até agora, o Ministério da Saúde já confirmou 1,4 mil mortes pela doença. Apesar disso, a taxa de letalidade está em 0,03% ante 0,07% no mesmo período de 2023.
Segundo a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério, Ethel Maciel, isso mostra que o pico da epidemia já ficou para trás. “Neste momento, passamos pelo pico. Subimos a montanha e agora estamos descendo. Mas nessa descida ainda precisamos continuar em alerta”, afirma Ethel Maciel.
Moradora de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, a aposentada Sandra Calazans é uma das pessoas que não dá chance para a proliferação do mosquito transmissor. “O que não deixo é água parada, plantas com pratinho com água. Estamos sempre olhando nos vasos, ralos e colocando produtos para evitar o mosquito.”
Segundo gestores e especialistas em arboviroses presentes no encontro de divulgação dos dados, a tendência de queda está relacionada ao fator climático, já que o país se aproxima do período mais seco e frio do ano — condições menos propícias para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
Apesar da alta incidência dos casos e da necessidade de combate ao mosquito Aedes, a dengue é uma doença que pode ser prevenida. E, para evitar a forma grave, o tratamento rápido e adequado é fundamental. A secretária Ethel Maciel explica que a dengue tem suas fases: “uma inicial com muita febre e uma segunda fase — às vezes sem febre — mas é nesse momento que os sinais de alerta podem aparecer e a pessoa precisa procurar o serviço de saúde”.
“Queria aproveitar para alertar os profissionais de saúde — não só a população — para prestarem atenção no quarto e quinto dia. A pessoa chega ao serviço de saúde, relatando que teve um diagnóstico de dengue e está se sentindo com enjoo, vômito, algum sangramento. [O profissional deve] Ficar atento porque é um caso de dengue, que está ficando grave”.
Os sintomas mais frequentes da dengue são febre alta e dor de cabeça, mas é quando esses sinais começam a ir embora, que outros aparecem, como:
Gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma — e procurar imediatamente ajuda médica. A mesma recomendação do Ministério da Saúde vale para pais e responsáveis de crianças pequenas que apresentarem algum desses sinais.
Mesmo com a tendência de queda no número de casos registrados no Amazonas, a população não pode descuidar. O controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor forma de não contrair dengue. Por isso, o Ministério da Saúde preconiza que apenas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar a casa e acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor. Confira alguns cuidados:
Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.
O Amazonas está entre as 12 unidades da federação com tendência de estabilidade no número de casos de dengue. Desde o início do ano, 9,5 mil pessoas foram infectadas pela doença no estado. Entre 7 e 13 de abril, foram contabilizados 172 casos. O número de mortes confirmadas chegou a duas. Os dados foram divulgados no último dia 17 de abril pelo Ministério da Saúde.
Ao todo, no Brasil, o número de casos de dengue está em queda em 10 estados. Em outros cinco, os casos de dengue estão em alta. As outras unidades com tendência de estabilidade são Acre, Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.
Uma das vítimas do mosquito foi a nutricionista esportiva Flávia Ignez Peres, que mora em Manaus. Ela conta que teve os sintomas clássicos da doença. “Cada dia, um sintoma. Dor no corpo, dor no músculo, como se tivesse corrido uma maratona. Uma dor muscular horrível. Não tinha ideia do que fosse; o meu marido, que é bioquímico, suspeitou de dengue", conta.
Desde o começo deste ano já foram registrados 3,3 milhões de casos de dengue em todo o país. Até agora, o Ministério da Saúde já confirmou 1,4 mil mortes pela doença. Apesar disso, a taxa de letalidade está em 0,03% ante 0,07% no mesmo período de 2023.
Segundo a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério, Ethel Maciel, isso mostra que o pico da epidemia já ficou para trás. “Neste momento, passamos pelo pico. Subimos a montanha e agora estamos descendo. Mas nessa descida ainda precisamos continuar em alerta”, afirma Ethel Maciel.
Segundo gestores e especialistas em arboviroses presentes no encontro de divulgação dos dados, a tendência de queda está relacionada ao fator climático, já que o país se aproxima do período mais seco e frio do ano — condições menos propícias para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
Apesar da alta incidência dos casos e da necessidade de combate ao mosquito Aedes, a dengue é uma doença que pode ser prevenida. E, para evitar a forma grave, o tratamento rápido e adequado é fundamental. A secretária Ethel Maciel explica que a dengue tem suas fases: “uma inicial com muita febre e uma segunda fase — às vezes sem febre — mas é nesse momento que os sinais de alerta podem aparecer e a pessoa precisa procurar o serviço de saúde”.
“Queria aproveitar para alertar os profissionais de saúde — não só a população — para prestarem atenção no quarto e quinto dia. A pessoa chega ao serviço de saúde, relatando que teve um diagnóstico de dengue e está se sentindo com enjoo, vômito, algum sangramento. [O profissional deve] Ficar atento porque é um caso de dengue, que está ficando grave”.
Os sintomas mais frequentes da dengue são febre alta e dor de cabeça, mas é quando esses sinais começam a ir embora, que outros aparecem, como:
Gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma — e procurar imediatamente ajuda médica. A mesma recomendação do Ministério da Saúde vale para pais e responsáveis de crianças pequenas que apresentarem algum desses sinais.
Mesmo com a tendência de queda no número de casos registrados no Amazonas, a população não pode descuidar. O controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor forma de não contrair dengue. Por isso, o Ministério da Saúde preconiza que apenas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar a casa e acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor. Confira alguns cuidados:
Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.
O aumento de casos de dengue neste ano fez com que 288 municípios, de 6 estados, entrassem em situação de emergência por Arboviroses. A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Social (MIDR). Até o momento, o Brasil contabilizou mais de 2,7 milhões de casos prováveis de dengue e mais de mil mortes associadas ao vírus da doença.
De acordo com os dados ministério, órgão do Executivo federal responsável pelo reconhecimento da situação de emergência, 246 municípios são localizados no estado de Goiás, 23 no Paraná, 3 no Amapá, 11 no Rio Grande do Sul, 3 em Minas Gerais e 2 em Santa Catarina.
Em Goiás, Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em todo o estado devido ao aumento dos casos. De acordo com último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, foram contabilizados, neste ano, 80,3 mil casos. Até o momento, 118 mortes em investigação. No período, foram mais de 1,9 mil internações pela doença em hospitais da rede da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.
Já o Paraná registrou cerca de 45 mil notificações e 23,3 mil casos confirmados de dengue em uma semana, segundo último informe semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ainda de acordo com o boletim, os 399 municípios do Estado já registraram notificações de dengue e 389 tiveram casos confirmados.
Desde 30 de julho do ano passado, o estado paranaense contabilizou 351 mil notificações e 77 óbitos. Essas mortes ocorreram em 36 municípios, como Cascavel, Londrina e Maringá.
A infectologista Larissa Tiberto atribui os altos índices de infecção pela dengue ao aumento das chuvas, aumento da temperatura e falta de controle dos reservatórios dos mosquitos. Ela destaca que a vacinação contra a dengue é importante para prevenir casos graves da doença.
“Outras maneiras de evitar formas graves da doença são: Ingerir muita água, fazer repouso, não ingerir antiinflamatórios não esteroidais e o principal é limpar e remover possíveis locais de acúmulo de água em casa, repelente, telas em janelas para se proteger contra a picada do inseto”, explica.
Em abril, o Ministério da Saúde recebeu mais 930 mil doses da vacina contra a dengue, destinadas aos 521 municípios já selecionados e a outros 165 recém contemplados. De acordo com a pasta, a seleção dos novos municípios seguiu critérios como grande porte, população acima de 100 mil habitantes, alta incidência de dengue na última década e a predominância do sorotipo DENV-2, além do número de casos no período de 2023/2024. Atualmente, a vacinação foca em jovens de 10 a 14 anos, por ser a faixa etária com maior taxa de hospitalizações por dengue.
O estudante de fisioterapia de 23 anos e morador de Caldas Novas - GO, Alisson Coutinho conta que quando teve dengue, sentiu muita dor de cabeça e no corpo e febre alta. Ele afirma que para evitar a proliferação do mosquito, coloca areia nos potes de planta para evitar o acúmulo de água.
Alisson diz que pretende tomar a vacina contra a dengue assim que possível. “Eu acho que ela é muito boa para prevenir que as pessoas se contaminem e, se pegar ou se contaminar, seja mais tranquilo, porque o corpo já estará mais acostumado com o vírus. Então, eu acho que é bem útil e necessário para a nossa população”, comenta.
Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 3.600 e 122.216 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 49 mortes confirmadas, com outras 83 ainda sob investigação.
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As inscrições devem ser feitas até esta sexta-feira (5). Os trabalhos começam no dia 15 de abril
As pessoas interessadas em participar do Programa Operação Trabalho – POT devem ficar atentas ao prazo. A Prefeitura de São Paulo vai receber até esta sexta-feira (5) as inscrições de quem estiver em situação de vulnerabilidade social. Ao todo, são 3.200 vagas. Os trabalhos já começam no dia 15 de abril. O programa vai contar agora com uma modalidade emergencial, permanecendo por três meses na ação de combate à dengue.
O trabalho será feito na comunidade que a pessoa selecionar no ato da inscrição. A atuação será de segunda a sexta-feira, durante 4h por dia. Quem participar vai receber uma bolsa-auxílio de R$ 988,34, nesse período de 3 meses de atividade.
Para participar, os interessados precisam ter mais de 18 anos, morar em São Paulo, estar com o cadastro do CPF regular junto à Receita Federal, estar desempregado há mais de seis meses — e, ainda, sem receber o seguro-desemprego ou outros benefícios. Além disso, também não é permitida a inscrição de quem tem renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa da família.
Os interessados podem se inscrever on-line pelo formulário disponibilizado no site da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. Acesse aqui.
É importante lembrar da divulgação da lista de pré-selecionados programada para a semana seguinte a inscrição. Na ocasião será feita a convocação e a apresentação dos documentos comprobatórios para assinatura do termo de compromisso e responsabilidade. O participante receberá um SMS e um e-mail com a confirmação dos dados informados durante o cadastro.
Os participantes receberão um treinamento para saber como devem ser feitas as abordagens. Durante o período de adaptação, os selecionados receberão ainda materiais como panfletos e colete para facilitar a identificação dos participantes da ação. Além do contato domiciliar, os beneficiários ainda estarão em grandes cruzamentos da cidade com faixas orientativas sobre o tema.
Todo o treinamento será feito com o apoio da Covisa — Coordenadoria de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde, parceira da iniciativa.
Mais de seis mil Mães Guardiãs, que integram o Programa Operação Trabalho, também estarão nas ruas ajudando nessa frente de combate. As mulheres que estão presentes na rede municipal de ensino vão orientar a comunidade escolar. Elas também receberão treinamento para essa finalidade.
Dos casos reportados, 55,4% correspondem a mulheres e 44,6% a homens
Até o momento, o Brasil contabilizou cerca de 2.573.293 casos prováveis de dengue, resultando em 923 mortes associadas ao vírus. Dos casos reportados, 55,4% correspondem a mulheres e 44,6% a homens. Os maiores índices de casos prováveis estão concentrados em sete estados, além do Distrito Federal, com Minas Gerais liderando com 832.393 casos, seguido por São Paulo com 535.316 e Paraná com 246.444.
Hemerson Luz, infectologista, atribui o aumento de casos da doença no começo do ano a uma combinação de fatores, destacando-se o aumento da temperatura e o acúmulo de chuvas. Essas condições climáticas favorecem a criação de ambientes propícios para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
O especialista, porém, destaca que a diminuição da temperatura — com o final do verão e a diminuição do volume de chuvas — poderá contribuir com a diminuição dos casos de dengue.
“Para evitar outros casos, outras contaminações, o ideal é evitar aqueles objetos que venham acumular água nos terrenos baldios, nos quintais e também usar repelente durante o dia. Lembrando que se você enxergar mosquito dentro da sua casa, o transmissor da dengue, é porque deve ter alguma coleção de água em pelo menos um perímetro de 200 metros, que é a autonomia do mosquito”, explica.
Tatiana Araújo, estudante de 24 anos e moradora de Brasília, conta sua experiência com a dengue, destacando que os primeiros sintomas foram as pintinhas pelo corpo que inicialmente eram leves, mas se intensificaram causando coceira. Ela também teve febre alta e fortes dores de cabeça.
“Para evitar a proliferação do mosquito, são as mesmas medidas que eu tomava, inclusive antes de pegar. Que é evitar deixar água parada. Evitar o acúmulo de água na calha e também colocamos um produto químico para evitar a proliferação do mosquito”, relata.
De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos um terço das doses enviadas aos 521 municípios foram aplicadas até agora. Das 1.235.119 doses distribuídas, 534.631 foram registradas como aplicadas, enquanto 700.488 ainda não tiveram esse registro.
O governo recebeu uma nova remessa — com 930 mil doses — que serão distribuídas para os 521 municípios anteriormente selecionados e para os 154 previstos na ampliação. Dessa forma, será possível garantir que a vacinação continue, sem que haja falta do imunizante.
O grupo prioritário para essa fase de vacinação é de jovens de 10 a 14 anos.
Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 1.318 e 115.441 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 46 mortes confirmadas, com outras 71 ainda sob investigação.
Diante do aumento de focos e proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya, o descarte irregular de lixo e entulho em vias do Distrito Federal aparece como um desafio. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), 7.782 casos suspeitos de dengue foram notificados na capital. Destes, 7.614 eram casos prováveis.
Para combater essa prática, o Governo do Distrito Federal (GDF) vai aplicar multas a quem jogar lixo nas ruas de maneira irregular. Conforme o GDF, agentes da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) estão intensificando a fiscalização de pontos de despejo irregular, lotes sujos e até mesmo quem coloca lixo orgânico fora do dia e horário. As punições para a população que jogar lixo nas ruas variam de notificações a multas que vão de R$ 2.799 ou até R$ 27.799.
Para a infectologista Joana D’arc Golçalves, as estratégias de combate à dengue exigem ações interligadas entre sociedade e governo.
“A dengue é uma doença que a gente já conhece há um bom tempo no Brasil. Com relação aos cuidados e como se prevenir a gente até sabe o que fazer agora, executar isso é o que tem sido um pouco difícil. As estratégias de combate à dengue não são centradas em um único indivíduo. São ações multidisciplinares que envolvem toda a sociedade e os órgãos de governo e também a iniciativa privada. Porque cada um tem seu papel tanto na parte educativa quanto na parte de fiscalização”, explica.
A infectologista ainda destaca que o trabalho de conscientização e prevenção contra a dengue é contínuo e não pode ser interrompido.
“A gente não pode deixar para fazer as ações de combate à dengue somente quando está chovendo, quando a gente tem os surtos. É um trabalho ininterrupto, porque se eu faço toda a coleta adequada dos resíduos, a fiscalização na época de seca, se eu fiscalizo os terrenos onde tem a possibilidade de proliferação do vetor. Se as medidas de vigilância funcionam na seca, na chuva, a gente não vai ter dengue. Então é esse monitoramento, ele é permanente”, ressalta.
Além da fiscalização das vias, a SES-DF informou que esta implementando o “carro fumacê” nas regiões administrativas para combater o mosquito transmissor e os agentes comunitários também estão realizando visitas domiciliares para a eliminação de focos e retirada de entulhos e lixo nas vias públicas. De acordo com a SES-DF, cerca de 1.300 servidores da área estão realizando as visitas.
Em 2023, a DF Legal realizou quase 20 mil vistorias. De acordo com a pasta, em relação ao descarte irregular de resíduos da construção civil e volumosos, foram realizadas 11.940 vistorias, aplicadas 1.745 notificações e lavradas 216 multas. Já no caso do descarte irregular de resíduos sólidos domiciliares, em 2023, o órgão fez 5.782 vistorias, aplicou 1.452 notificações e lavrou 24 multas. Na fiscalização das condições de lotes vazios, foram feitas 2.058 vistorias, 275 notificações e 11 multas.
Outra medida de combate a dengue desenvolvida pelo órgão é a vistoria de escoamento de água suja em endereços ou vias públicas, como de tanque, fossa, entre outras. No ano passado, foram registrados 927 relatórios, 134 notificações e 20 multas.
Ainda conforme o boletim da SES-DF, entre 31 de dezembro de 2023 e 13 de janeiro houve um aumento de 435% no número de casos prováveis de dengue em residentes no DF, em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 1.370 casos prováveis da doença.
As regiões administrativas que apresentaram os maiores números de casos prováveis foram: Ceilândia (1.855), seguida de Samambaia (521 casos prováveis), Sol Nascente/Por do Sol (496 casos), Brazlândia (476 casos prováveis) e Taguatinga (327) casos prováveis. Essas cinco regiões administrativas concentraram 50,1% (n= 3.675) dos casos prováveis de dengue no DF.
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Foram registrados 2.054 casos prováveis de dengue entre 31 de dezembro e 6 de janeiro
No Distrito Federal, foram registrados 2.054 casos prováveis de dengue entre 31 de dezembro e 6 de janeiro, representando um aumento de 207% em comparação ao mesmo período de 2023, que teve 669 casos. Os dados são do primeiro boletim epidemiológico de 2024 do DF.
De acordo com o boletim, as maiores incidências ocorrem em Ceilândia com 172,66 casos por 100 mil habitantes, Varjão com 142,5 casos por 100 mil habitantes e Brazlândia com 135,31 por 100 mil. Todas as regiões administrativas do DF registraram casos prováveis de dengue.
Jadir Costa, diretor da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do DF, destaca que o aumento das chuvas nesta época do ano no Distrito Federal exige que a população intensifique os cuidados para prevenir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Ele recomenda dedicar pelo menos 10 minutos semanais para inspecionar e eliminar potenciais criadouros do mosquito em casa, como bebedouros de animais, tampas de garrafas e latas que possam acumular água.
“Esse trabalho colabora muito com o que é efetuado pelos agentes de vigilância ambiental. Importante reforçar para a população que ao receber o agente de vigilância ambiental que vai estar devidamente caracterizado com seu crachá e o seu colete, que o receba que deixa ele fazer essa inspeção, para que juntos a gente consiga combater a dengue”, considera.
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, durante as visitas domiciliares os agentes de saúde buscam identificar possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, com ênfase nos criadouros mais comuns. Quando focos são encontrados, a situação é comunicada à equipe de Saúde da Família (eSF) e, se necessário, à equipe de Vigilância Ambiental, que podem tomar medidas de controle, incluindo a aplicação de larvicidas e mobilização comunitária.
Luciano Moresco Agrizzi, secretário adjunto de Assistência da Secretaria de Saúde do DF, afirma que o Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses inclui medidas para combater a doença e fornecer informações relevantes à população do Distrito Federal. O plano também foca na capacitação dos profissionais de saúde com estratégias assistenciais e de suporte para mitigar os impactos da dengue no cenário atual.
“Entre as principais medidas, a saúde tem monitorado e agido de forma eficaz e ágil nas ações, utilizando o fumacê, de forma tática, em que a equipe da Vigilância em Saúde avalia os locais, juntamente com as equipes assistenciais”, explica.
O secretário enfatiza a importância da participação ativa da população no combate à dengue, e pede para que as pessoas inspecionem regularmente seus quintais para identificar e eliminar locais que possam servir como criadouros do mosquito, contribuindo assim para reduzir a incidência da doença.
Para quem apresenta sintomas, é recomendada a busca por atendimento em uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF.
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Até o momento, não foram reportadas novas mortes, somando 48.266 notificações da doença
No Paraná, foram registrados 3.234 novos casos de dengue entre agosto de 2023 e início de janeiro de 2024, totalizando 9.189 casos. Até o momento, não foram reportadas novas mortes, somando 48.266 notificações da doença. Os dados são do primeiro boletim epidemiológico da dengue de 2024, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Ao todo, 254 municípios tiveram casos confirmados, porém Londrina (1.177), Apucarana (801), Maringá (733), Jandaia do Sul (479), Capitão Leônidas Marques (422), Santa Izabel do Oeste (401), Paranavaí (358), Jacarezinho (333) e Paranaguá (325), são as cidades com os maiores números de registros.
Fonte: boletim epidemiológico da dengue de 2024
Para combater a dengue, a Sesa e as secretarias municipais estão adotando estratégias de contingência personalizadas para cada município. As medidas incluem o controle vetorial, mutirões para a remoção de criadouros, uso de fumacê para reduzir a infestação e vigilância epidemiológica para identificar e corrigir vulnerabilidades, visando melhorar a gestão e resposta à doença.
Julival Ribeiro, infectologista, enfatiza que a prevenção mais eficaz contra a dengue é impedir a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito responsável pela transmissão da doença.
“Eliminando a água armazenada, que pode se tornar possíveis criadouros, como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso, sem manutenção e para se ter uma ideia, até mesmo recipientes pequenos como tampas de garrafa podem servir de criadouros para a dengue”, explicando.
O infectologista alerta que em caso de suspeita de dengue, é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde para realizar exames e orientações sobre tratamento.
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DF registra 37.698 casos prováveis de dengue em 2023
O Distrito Federal registrou 37.698 casos prováveis de dengue, até a Semana Epidemiológica 51 de 2023, uma redução de 49,2% em relação ao ano anterior. As regiões administrativas com mais casos prováveis de dengue no DF foram Ceilândia com 4.517 casos prováveis, seguida por Samambaia com 3.250, Brazlândia com 2.397, Recanto das Emas com 2.340 e Planaltina com 2.131, somando 41,17% do total.
Durante o período, o DF registrou 10 casos graves e uma morte. Os dados são do último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
Com o objetivo de reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya, com o início das chuvas, o Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou, a pulverização de inseticida de ultrabaixo volume (UBV) nas ruas, o fumacê.
A pulverização do fumacê ocorre das 17h30 às 22h e das 5h às 10h.
Regiões atendidas na primeira semana de janeiro:
A aplicação do inseticida iniciou no último dia 2 e já passou pelas regiões da Asa Sul, Vila Planalto, Taguatinga, Samambaia e Jardim Botânico.
Robson Reis, infectologista, avalia que a febre é o principal sintoma da dengue e é importante ficar atento caso a doença evolua para uma forma mais grave.
“A febre alta e dor no corpo são as características mais comuns num paciente com dengue, também podendo ter cefaleia, dores articulares, mas as mais importantes seriam essas duas [primeiras]. Paciente com dengue também pode evoluir para formas mais graves da doença, vindo a apresentar acometimento hepático e encefalite pelo vírus da dengue — e sangramentos, podendo esse paciente vir a óbito”, explica.
Patrick Jaber, estudante de 22 anos e morador de Brasília - DF, relata que pegou dengue quatro vezes em 2020. Ele conta que sentiu fraqueza, manchas na pele e febre. Hoje ele continua com os cuidados para evitar a proliferação do mosquito.
“Não deixar objetos acumulando água parada; toda vez que eu vejo alguma coisa com água parada eu tiro”, conta.
Para combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, é importante eliminar pontos de acúmulo de água, evitando assim a proliferação do mosquito. Medidas preventivas incluem remover água parada de locais como pneus, recipientes plásticos, vasos de plantas, garrafas, calhas e lajes. Para proteção adicional contra as picadas do mosquito, também é recomendado o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas.
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