Todos os estados e o DF já estão abastecidos com as doses da vacina contra a Covid-19. segundo atualização do Ministério da Saúde. O lote emergencial de vacinas — com 1,2 milhão de doses — foi distribuído integralmente entre as unidades da federação e os gestores locais locais deverão fazer a distribuição conforme a necessidade de cada local.
Outro lote — com 69 milhões de doses — foi arrematado pelo Ministério e deve garantir a cobertura da população pelos próximos 2 anos.
A vacina usada hoje para combater as cepas mais circulantes do coronavírus é a XBB 1.5. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 4,4 milhões de doses desse imunizante foram aplicadas em todo o Brasil. A cobertura vacinal mostra que cerca de 86% dos brasileiros têm ao menos duas doses da vacina.
A vacina contra a Covid-19 faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e deve ser aplicada em crianças entre seis meses e menores de 5 anos de idade, na rotina. Além disso, é fundamental para garantir a proteção de pessoas dos grupos prioritários — como diabéticos, hipertensos e imunossuprimidos. Quem nunca recebeu nenhuma dose da vacina também precisa se imunizar. Para isso, basta ir a um posto de saúde levando o documento de identificação.
O Brasil mantém estabilidade no número de casos de Covid-19, com 7.706 casos da doença registrados na última semana epidemiológica, segundo dados do Painel Coronavírus, do Ministério da Saúde. O número total de mortes pela doença até 2 de novembro foi de 5.440.
Segundo o informe da vigilância sobre síndromes gripais, os casos de SRAG por Covid-19 seguem mostrando sinais de queda na maioria dos estados
O último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao coronavírus tem apresentado maior impacto em crianças pequenas e idosos. A taxa de mortalidade tem sido mais elevada em indivíduos com 65 anos ou mais.
Além disso, apesar da manutenção da queda dos casos de Covid-19 na maioria dos estados do Centro-Sul do país, há indícios de retomada do crescimento de notificações no Rio de Janeiro.
Já em relação ao rinovírus, a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella aponta que esse vírus continua sendo a principal causa de hospitalizações em crianças e adolescentes de até 14 anos.
“Temos observado que essas novas hospitalizações por rinovírus estão em queda, ou até estáveis, em muitos estados do país, com exceção apenas dos estados do Maranhão e do Rio de Janeiro, onde ainda observamos o aumento das hospitalizações por rinovírus.”
Na tendência de longo prazo, quatro unidades federativas apresentam crescimento de SRAG: Espírito Santo, Maranhão, Piauí e Rio de Janeiro. Já Mato Grosso, Pará, Paraíba e Pernambuco registram sinais de estabilidade de novos casos, especialmente entre os idosos.
Entre as capitais, seis apresentam crescimento das doenças respiratórias: Brasília (DF), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 12,6% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 10,6% à influenza B; 4,8% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 34,4% ao rinovírus, e 24,3% à Covid-19.
A pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella reforça que, apesar da melhoria no cenário epidemiológico, é importante manter as medidas de prevenção.
“Mantemos as recomendações de uso de máscaras em locais fechados e em postos de saúde. Recomendamos que, em caso de aparecimento de sintomas, a pessoa saia de casa usando uma boa máscara, principalmente se ela não puder ficar em casa se recuperando da infecção e em isolamento. E, claro, é importante manter a vacinação em dia, principalmente para as pessoas dos grupos de risco como idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidade.”
A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 43, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 20 e 26 de outubro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19.
VSR: Vírus Sincicial Respiratório
Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.
Influenza A ou H1N1
Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.
Rinovírus
Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora.
“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.
Covid-19
O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.
Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.
“A vacina da Covid-19 é atualizada para as novas variantes e, apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.”
Confira outros detalhes no link.
O Ministério da Saúde emitiu uma nota confirmando a conclusão da distribuição das doses de vacinas contra a Covid-19 para 10 estados, além do Distrito Federal: Paraíba, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Paraná, Sergipe, Tocantins e São Paulo. Segundo a pasta, todos os estados serão contemplados com celeridade.
O lote com 1,2 milhão de doses é parte da compra emergencial de imunizantes. Agora, cabe aos estados a responsabilidade de abastecer os municípios de acordo com a demanda local.
O Ministério da Saúde também reforça que um novo pregão já foi concluído para a compra de mais 69 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, garantindo a proteção contra as cepas atualizadas pelos próximos dois anos. As entregas pelos fabricantes serão feitas de forma gradual, de acordo com a adesão da população e as atualizações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em setembro deste ano, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrou que 64,7% dos municípios brasileiros estavam com falta de vacinas. O imunizante contra a Covid-19 para crianças era apontado como o segundo com estoques mais desfalcados.
Na nota publicada na última semana, o Ministério da Saúde ressaltou que “não há falta generalizada de vacinas no Brasil” e que “adota estratégias para manter a vacinação em dia e garantir a proteção da população”.
Em 2024, foram notificados 5.222 óbitos por Covid-19, segundo o mais recente Informe da Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde. O número está bem próximo do recorde de mortes por dengue este ano — 5.680 até agora, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.
O médico infectologista Marcelo Daher destaca que, em 2024, o Brasil bateu o recorde histórico de mortes por dengue. No entanto, em comparação com os óbitos da Covid-19, é preciso considerar quais foram realmente provocados pela doença.
“A gente tem que tentar distinguir o que é morte por Covid-19 e morte com Covid-19. Isso é uma discussão ampla, que está acontecendo em vários lugares do mundo, porque muitas vezes você identifica Covid-19, mas essa não foi a causa do óbito. Mas é importante que as pessoas entendam que a doença ainda circula e, se as medidas de contenção não forem tomadas, nós teremos outro surto de dengue e Covid-19, que continuarão acontecendo e matando.”
O último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta uma diminuição dos novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 na maioria dos estados brasileiros. Entre o total de óbitos por SRAG, em 2024, 52% estavam relacionados à doença.
Em 2024, foram notificados 5.157 óbitos por Covid-19, segundo o mais recente Informe da Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde. O número está bem próximo do recorde de mortes por dengue este ano — 5.661 até agora, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.
O médico infectologista Marcelo Daher destaca que, em 2024, o Brasil bateu o recorde histórico de mortes por dengue. No entanto, em comparação com os óbitos da Covid-19, é preciso considerar quais foram realmente provocados pela doença.
“A gente tem que tentar distinguir o que é morte por Covid-19 e morte com Covid-19. Isso é uma discussão ampla, que está acontecendo em vários lugares do mundo, porque muitas vezes você identifica Covid-19, mas essa não foi a causa do óbito. Mas é importante que as pessoas entendam que a doença ainda circula e, se as medidas de contenção não forem tomadas, nós teremos outro surto de dengue e Covid-19, que continuarão acontecendo e matando.”
O levantamento do Ministério da Saúde sobre a Covid-19 tem como base os dados inseridos no sistema até 12 de outubro. De acordo com a apuração, só na última semana epidemiológica (SE 41), foram registrados 169 óbitos pela no país, um aumento de 31,9 % na média móvel de óbitos em comparação com a SE 40.
Também é possível observar que o número de óbitos notificados em 2024 apresentou variação ao longo do ano. O primeiro ponto mais alto aconteceu logo na segunda semana epidemiológica, com 260 mortes registradas. O ponto mais alto até agora foi registrado na SE 38, com 305 óbitos. Já o ponto mais baixo aconteceu na SE 31, com 12 mortes pela Covid-19. Os dados também podem ser conferidos no Painel de Monitoramento da Covid-19 do Ministério da Saúde.
Na última semana epidemiológica (SE 41), São Paulo foi o estado que registrou o maior número de óbitos pela Covid-19 (87), seguido por Minas Gerais (39), Bahia (10), Rio de Janeiro (8) e Rio Grande do Sul (8).
Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe não registraram nenhuma morte por Covid-19 na SE 41.
Santa Catarina registrou 6 óbitos associados ao coronavírus; Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, 3 cada; Amazonas e Tocantins, 2 cada; e Paraná contabilizou uma morte por Covid-19 no período.
Já em relação ao número de óbitos por Covid-19 acumulados desde o início da pandemia, o ranking estadual é:
Confira no mapa o número de óbitos pela Covid-19, em 2024, no seu município:
O mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta uma diminuição de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 na maioria dos estados do Centro-Sul do país.
Ao todo, em 2024, já foram notificados 144.365 casos de SRAG. Desses, 47,5% deram positivo para algum vírus respiratório em exame laboratorial e 5,5% ainda aguardam resultado. Entre os positivos, 18,9% estavam associados à Covid-19. Entre os óbitos, 52% estavam relacionados à Covid-19.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, apesar da melhoria no cenário nas últimas epidemiológicas, é importante manter as medidas de prevenção.
“O recomendado é que a gente continue usando boas máscaras ao sair de casa, em caso de aparecimento de sintomas de síndrome gripal. Então, com qualquer sintoma como nariz escorrendo, tosse, garganta arranhando, espirro, o ideal é sair de casa usando uma boa máscara para evitar transmitir esses vírus para outras pessoas e, com isso, com essa simples atitude, a gente consegue manter a circulação desses vírus respiratórios em queda ou em baixa na maior parte do país”, orienta.
O mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta uma diminuição de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 na maioria dos estados do Centro-Sul do país. Além disso, no Acre e no Pará, há indícios de interrupção do crescimento ou início de queda dos casos graves de SRAG entre idosos, que podem estar associados ao coronavírus.
Apenas em Mato Grosso e Pernambuco ainda há sinais de crescimento de SRAG. Inclusive, Pernambuco é o único estado que ainda tem registro de casos graves de rinovírus, especialmente entre crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos, e aumento de Covid-19, principalmente na população adulta e idosa.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, apesar da melhoria no cenário epidemiológico, é importante manter as medidas de prevenção.
“O recomendado é que a gente continue usando boas máscaras ao sair de casa, em caso de aparecimento de sintomas de síndrome gripal. Então, com qualquer sintoma como nariz escorrendo, tosse, garganta arranhando, espirro, o ideal é sair de casa usando uma boa máscara para evitar transmitir esses vírus para outras pessoas e, com isso, com essa simples atitude, a gente consegue manter a circulação desses vírus respiratórios em queda ou em baixa na maior parte do país.”
Na tendência de longo prazo, seis capitais apresentam crescimento de SRAG: Brasília (Distrito Federal), Macapá (Amapá), Manaus (Amazonas), Natal (Rio Grande do Norte), Rio Branco (Acre) e São Luís (Maranhão).
Ao todo, em 2024, já foram notificados 144.365 casos de SRAG. Desses, 47,5% deram positivo para algum vírus respiratório em exame laboratorial e 5,5% ainda aguardam resultado. Entre os positivos, 17,9% estavam associados à influenza A; 1,2% à influenza B; 37,5% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 25,1% ao rinovírus e 18,9% à Covid-19. Entre os óbitos, 28,7% estavam associados à influenza A, 13% à influenza B, 9% ao VSR, 8,5% ao rinovírus e 52% à Covid-19.
A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 41, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 6 e 12 de outubro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19.
VSR: Vírus Sincicial Respiratório
Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.
Influenza A ou H1N1
Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.
Rinovírus
Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora.
“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.
Covid-19
O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.
Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.
“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.”
Confira outros detalhes no link.
Covid-19: nova variante XEC pode ser mais transmissível
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A nova variante XEC da Covid-19, encontrada no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina, tem maior potencial de transmissão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A informação foi confirmada pela virologista Paola Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
“A Organização Mundial de Saúde elevou essa linhagem XEC para uma variante sob monitoramento devido ao seu potencial de ser mais transmissível. Então rapidamente, em questão de meses, ela ganhou diferentes continentes, diferentes países, chegando ao Brasil e sendo detectado mais recentemente em três estados.”
A XEC foi identificada pela primeira vez em junho de 2024, com um aumento de casos na Alemanha, e, desde então, se espalhou rapidamente para 35 países da Europa, Américas, Ásia e Oceania.
No Brasil, a nova variante foi identificada após a decodificação de sequências genéticas de duas amostras de swab nasal de pacientes diagnosticados com Covid-19 no Rio de Janeiro, em 26 de setembro e 7 de outubro. Depois, outros pesquisadores também identificaram a linhagem XEC em amostras de pacientes de São Paulo, coletadas em agosto, e em duas amostras de pacientes de Santa Catarina, coletadas em setembro.
Segundo a virologista Paola Resende, ainda é preciso entender melhor como será o comportamento dessa variante no Brasil.
“A princípio, não houve aumento do número de casos, nem de casos graves, nesses três estados onde essa variante já foi detectada. A Covid-19 continua sendo detectada, mas a níveis que não geram alerta desse aumento. Nossa população tem um certo background imunológico, uma memória imunológica, diferentemente de outras populações ao redor do mundo. Por exemplo, aqui circulou altamente a variante de preocupação Gama P.1, que em outras regiões do mundo não teve tanto sucesso.”
A nova linhagem XEC faz parte da família Ômicron e pode ter surgido a partir da combinação genética de outras cepas. Isso acontece quando um indivíduo é infectado por duas linhas virais ao mesmo tempo. A infectologista Raquel Stucchi, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica como essa nova linhagem pode ter surgido.
“Sabemos que as variantes vão surgindo de combinações de outras linhagens que existem e ela recombina dois vírus da linhagem JN.1, que é a que estava circulando aqui entre nós e também circulava no hemisfério norte.”
Segundo a infectologista Raquel Stucchi, as vacinas que estão disponíveis atualmente para a população são capazes de proteger contra a linhagem XEC. “A expectativa é que sim. Como ela é derivada da variante JN.1, as vacinas que nós temos devem, sim, conferir uma proteção também contra esta variante”, esclarece.
Segundo a virologista da Fiocruz Paola Resende, apesar de ter maior capacidade de transmissão, “isso não significa que é uma variante grave e também não significa que é uma variante que escapa da resposta imune”.
A OMS possui um grupo consultivo técnico para tratar sobre a imunização contra o coronavírus, que se reúne duas vezes por ano. No último mês de abril, o grupo recomendou uma reformulação das vacinas com base na linhagem JN.1. A próxima reunião deve acontecer em dezembro.
Apesar do alto potencial de transmissibilidade da XEC, o monitoramento da Fiocruz mostra que a linhagem JN.1 ainda predomina entre os casos no Brasil, desde o final do ano passado.
A virologista da Fiocruz Paola Resende reforça a importância de manter o monitoramento constante da dinâmica das variantes do coronavírus.
“A vigilância genômica é uma importante ferramenta para o monitoramento da circulação e emergência de novas variantes e ela precisa continuar de forma homogênea no país. O Ministério da Saúde tem um acordo com notas técnicas, manuais, guias de vigilância genômica, que tem alguns critérios que elegem algumas amostras positivas para o SARS-CoV-2 para serem sequenciadas dentro da rede nacional de sequenciamento genômico.”
Segundo a especialista, apesar dos esforços, ainda há muitos desafios na coleta de amostras de infectados, “uma vez que os casos, em geral, são brandos e acabam não chegando nos laboratórios centrais ou acabam sendo só testados por testes rápidos de antígeno”.
O Guia de Vigilância Genômica do SARS-CoV-2 do Ministério da Saúde está disponível no link.
Covid-19 cresce entre idosos nas regiões Norte e Nordeste, aponta InfoGripe
Covid-19: InfoGripe alerta para aumento dos casos graves entre crianças pequenas
O último Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra uma tendência de interrupção do crescimento e até diminuição dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em estados da região Centro-Sul do país. Apenas Minas Gerais e Pernambuco ainda apresentam sinais de aumento.
No entanto, o estudo revela um crescimento de SRAG entre os idosos em alguns estados das regiões Norte e Nordeste, como Acre, Pará e Pernambuco. Segundo a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, os dados laboratoriais ainda não permitem dizer qual é o vírus responsável por esse crescimento, mas é provável que esteja associado à Covid-19.
Mesmo diante do cenário de interrupção do crescimento dos casos, a pesquisadora da Fiocruz recomenda estar com a vacinação em dia.
“A gente reforça a importância da vacinação contra a Covid-19, especialmente para as pessoas dos grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidade. E eu gostaria de reforçar a importância da vacinação em crianças pequenas, já que esse é um dos grupos, junto com os idosos, que possuem uma das maiores incidências de internações pelo vírus. Então é muito importante que os pais levem seus filhos para se vacinar contra a Covid-19.”
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 30% dos casos positivos de SRAG estavam associados à Covid-19. Entre os óbitos, o índice foi de 63%.
Em relação ao rinovírus, que atinge principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, o Infogripe revela uma diminuição dos casos graves. O resultado é positivo em quase todos os estados do país, com exceção de Santa Catarina e Pernambuco, onde há aumento dos casos graves de SRAG por rinovírus.
Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo continuam mantendo os sinais de queda dos casos de SRAG por Covid-19, enquanto Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal têm interrupção do crescimento.
Entre as capitais, dez apresentaram indícios de aumento dos casos de SRAG: Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE), Rio Branco (AC), Vitória (ES).
A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 40, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 29 de setembro e 5 de outubro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19.
VSR: Vírus Sincicial Respiratório
Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.
Influenza A ou H1N1
Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.
Rinovírus
Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora.
“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.
Covid-19
O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.
Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.
“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.”
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Covid-19: InfoGripe alerta para aumento dos casos graves entre crianças pequenas
O mais recente Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chama atenção para o aumento dos casos graves de Covid-19 em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, principalmente entre crianças de até 2 anos.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, as autoridades de saúde têm observado uma baixa cobertura vacinal contra o coronavírus nessa faixa etária.
“É muito importante que os pais levem seus filhos para se vacinarem contra Covid-19 nos postos de saúde. Além disso, a vacina também é recomendada para outros grupos, como idosos, pessoas com comorbidade, grávidas, puérperas e profissionais da saúde. Então é muito importante que todas as pessoas desses grupos estejam em dia com a vacinação contra Covid-19.”
Segundo o Infogripe, também houve um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre os idosos em alguns estados do Nordeste, Norte e Sul do país, mas os dados laboratoriais ainda não permitem associar o vírus responsável por esse crescimento. Para a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, é provável que esse crescimento de SRAG entre os idosos também esteja associado à Covid-19.
“Levando em consideração o cenário epidemiológico do país e a faixa etária mais afetada, que são os idosos, muito provavelmente a Covid-19 tem sido responsável por esse aumento do número de casos nesses estados.”
Apesar do avanço da Covid-19 em alguns estados, outras localidades apresentaram sinais de interrupção do crescimento ou início de queda, como Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Já em relação aos casos de SRAG associados ao rinovírus, que atingem principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, o Infogripe continua revelando queda em boa parte do país, com exceção de alguns estados do Nordeste e do Sul do país.
Na tendência de longo prazo, sete unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins.
Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém (PA), Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Porto Alegre (RS) e Recife (PE).
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 14,2% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 6,2% à influenza B; 6,4% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 30,5% ao rinovírus, e 32,3% à Covid-19. Entre os óbitos, 20,4% estavam associados à influenza A, 4,8% à influenza B, 1,1% ao VSR, 5,6% ao rinovírus e 63,3% à Covid-19.
A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 39, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 22 e 28 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19.
VSR: Vírus Sincicial Respiratório
Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.
Influenza A ou H1N1
Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralment,e ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.
Rinovírus
Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora.
“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.
Covid-19
O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.
Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.
“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e, apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.”
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Já os casos de SRAG associados ao rinovírus desaceleram em grande parte do Centro-Sul e Nordeste
O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 continuam em expansão em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e São Paulo.
Nesta semana, a reportagem do Brasil 61 fez uma apuração da situação epidemiológica nos estados apontados pela Fiocruz com maior expansão dos casos de SRAG associados à Covid-19. Em Goiás, Rio de Janeiro e Distrito Federal, há uma tendência de queda do número de casos confirmados de infecção pelo coronavírus. No entanto, isso não significa que as notificações por síndrome respiratória não estejam aumentando, já que muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas.
Segundo o InfoGripe, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul já é possível verificar uma desaceleração dos casos graves de síndrome respiratória por Covid-19. Mas, apesar disso, a doença é ainda apontada como a principal causa de morte por SRAG entre idosos. Por isso, a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella reforça a importância da vacinação para os grupos de risco.
“É muito importante que todos os idosos e pessoas dos grupos de risco, que ainda não tomaram vacina contra o vírus, busquem um posto de saúde e se vacinem contra a Covid-19.”
Já os casos de SRAG associados ao rinovírus, que atingem principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, desaceleraram ou tiveram queda em grande parte dos estados da região Centro-Sul e Nordeste, com exceção do Ceará e Pernambuco, onde ainda apresentam aumento.
Na tendência de longo prazo, dez unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Acre, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.
Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém (PA), Boa Vista (RR), Belo Horizonte(MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 13% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 5% à influenza B; 7% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 31,7% ao rinovírus, e 34,6% à Covid-19. Entre os óbitos, 18,1% estavam associados à influenza A, 4,4% à influenza B, 0,8% ao VSR, 7,2% ao rinovírus e 61,9% à Covid-19.
A pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella mantém as recomendações para se proteger dos vírus associados à SRAG.
“A gente mantém a recomendação de sempre, de uso de máscaras em locais fechados, com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde, para as pessoas que moram nesses estados, com aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Também é importante lembrar que na Região Norte já começou a campanha de vacinação contra a influenza. Então é importante que todas as pessoas elegíveis a tomar essa vacina busquem se vacinar contra o vírus.”
A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 38, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 15 e 21 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19.
VSR: Vírus Sincicial Respiratório
Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.
Influenza A ou H1N1
Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.
Rinovírus
Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora.
“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.
Covid-19
O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.
Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.
“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.”
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COVID-19: secretarias estaduais de saúde registraram tendência de queda de casos no DF, GO e RJ
Covid-19 é responsável por metade das mortes por doenças respiratórias
O mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com dados até 14 de setembro, destacou um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 nos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Distrito Federal.
A infectologista Joana D’arc Gonçalves da Silva explica que esse aumento dos casos ocorreu por conta da maior aglomeração de pessoas em São Paulo e do fluxo de indivíduos que entram e saem desse estado para outras regiões do país.
“Em São Paulo, a densidade populacional é maior, as pessoas circulam muito de vários locais do país e do mundo. E esse aglomerado de pessoas e movimentação em diferentes regiões, passando por São Paulo, levam também a um aumento de doenças, principalmente essas de transmissão respiratória e doenças de contato.”
Após a análise da Fiocruz, os levantamentos mais recentes das secretarias estaduais de saúde desses estados mostram uma tendência de queda. Em Goiás, o painel de indicadores da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde registrou 1.377 casos confirmados da doença na semana epidemiológica entre 15 e 21 de setembro. O número mostra um recuo em relação à semana imediatamente anterior, quando foram registrados 1.980 novos casos e uma queda ainda maior, se comparado ao pico de 2.825 notificações entre 25 e 31 de agosto.
No Rio de Janeiro, o painel da Secretaria de Saúde, atualizado no último dia 23 de setembro, mostra um aumento de 709 casos em relação à semana anterior. Na atualização do dia 16 de setembro, o estado fluminense havia registrado 898 novos casos. Na primeira semana do mês foram 1.415 notificações, o que também revela uma tendência de queda.
No Distrito Federal, o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde indicou 641 novos casos da doença na semana terminada em 21 de setembro, um recuo de 21% em comparação às 811 notificações da semana anterior.
Apenas no Mato Grosso do Sul, o mais recente Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde registrou 368 novos casos confirmados de Covid-19 na semana epidemiológica 37, um aumento desde a semana epidemiológica 35, quando o estado confirmou 20 novos casos e, na semana seguinte, 197 notificações.
Em São Paulo, os dados mais recentes publicados pela Secretaria de Estado de Saúde sobre a situação epidemiológica da Covid-19 são de 27 de junho de 2024. Nem mesmo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde atualizou as informações sobre o estado paulista. A equipe de reportagem do Brasil 61 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde, mas não obteve resposta até o fechamento da reportagem.
Apesar dos dados mostrarem uma tendência de queda dos casos de Covid-19 nesses estados, a pesquisadora do Boletim InfoGripe da Fiocruz, Tatiana Portella, reforça a importância de estar em dia com a vacinação.
“É muito importante que todas as pessoas dos grupos de risco — como idosos, crianças, pessoas com comorbidade — estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. A gente mantém as recomendações de sempre, como o uso de máscaras em locais fechados. Também dentro dos postos de saúde é importante usar máscara. E em caso de aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, se recuperando da infecção, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas.”
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