O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que o número de casos de Síndrome Respiratória Grave (SRAG) por Covid-19 tem aumentado no Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba.
Apesar da alta ainda não ter gerado grandes impactos nas hospitalizações por SRAG, a população deve ficar atenta aos cuidados respiratórios e à vacinação. A análise é referente ao período de 17 a 23 de agosto.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, destaca que a vacinação é essencial para proteger a população, especialmente a vacina contra a Covid-19. Segundo ela, estar imunizado é a principal forma de proteção contra os casos graves e óbitos da doença.
Tatiana Portella frisa a importância de as pessoas dos grupos de risco verificarem se estão em dia com a vacina.
“Por isso a gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, reforça Portella.
Conforme o Boletim, o aumento dos casos de SRAG no Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás ocorre principalmente nas crianças e adolescentes de dois a 14 anos. O documento informa que a alta pode estar sendo impulsionada pelo rinovírus.
Já o crescimento de SRAG vem ocorrendo especificamente na faixa etária de 2 a 14 anos em diversos estados do centro-sul brasileiro, com destaque para São Paulo. No estado paulista o avanço é acentuado, conforme o levantamento.
Apenas no Amazonas, o crescimento do número de casos ocorre entre crianças pequenas e é causado pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O estado também é o único que ainda apresenta avanço de SRAG por VSR no país.
A pesquisa identificou que duas das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco – referente às últimas duas semanas – com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, nas últimas seis semanas, até a semana 34. As capitais são: Cuiabá (MT) e Manaus (AM).
Em 2025, já foram notificados 163,9 mil casos de SRAG, sendo 53,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 24,6% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 45,1% foram de vírus sincicial respiratório, 44,8% de rinovírus e 11,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
O Brasil vive um momento de alerta no acompanhamento da Covid-19. Um boletim recente do Instituto Todos pela Saúde mostra que, até o dia 16 de agosto, houve oito semanas consecutivas de alta na confirmação de casos da doença.
A elevação foi observada em todas as faixas etárias, com impacto mais acentuado entre os adultos de 30 a 59 anos. Entre os estados, o Distrito Federal registrou a maior taxa na última semana, com 19%, seguido do Rio de Janeiro e de São Paulo, ambos com 18%.
O Brasil vive um momento de alerta no acompanhamento da Covid-19. Um boletim recente do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que, até o dia 16 de agosto, houve oito semanas consecutivas de alta na confirmação de casos da doença. Nos últimos 28 dias, a taxa de positividade de testes saltou de 5 % para 13 %, indicando maior circulação do vírus no país.
A elevação foi observada em todas as faixas etárias, com impacto mais acentuado entre os adultos de 30 a 59 anos. Entre os estados, o Distrito Federal registrou a maior taxa na última semana, com 19%, seguido do Rio de Janeiro e de São Paulo, ambos com 18%.
Apesar do aumento dos casos, os demais vírus respiratórios ainda registram positividade igual ou inferior a 5 %, reforçando o protagonismo do SARS-CoV-2 nesta fase.
O infectologista Julival Ribeiro explica que o coronavírus segue em circulação em todos os países e que não foi erradicado. “O vírus da Covid-19 continua em todos os países, não foi erradicado. Portanto, a gente continua vendo casos praticamente durante o ano inteiro”, afirma.
Ele ressalta que a chegada do inverno, período marcado por aglomerações, favorece a disseminação do vírus, assim como ocorre com a gripe. “Quanto maior a aglomeração, a tendência é disseminar mais o vírus. Então, o mais importante, segundo a própria Organização Mundial da Saúde, é para aquelas pessoas, sobretudo, que estão em grupo de risco, se vacinar, porque a vacina que existe hoje também cobre essas novas variantes que estão surgindo a nível mundial da Covid-19”, destacou.
Além da vacinação, Ribeiro recomenda medidas adicionais de prevenção. “Se tiver com síndrome gripal, evite sair. Se sair, use máscara, faça higienização das mãos e evite, sobretudo, contato se souber que alguém está com um assínio gripal”, orientou.
O especialista lembrou que o Brasil já dispõe de tratamento gratuito para casos graves. “Hoje, o Ministério da Saúde distribui o antiviral para quem pega Covid-19, segundo os critérios estabelecidos. Pessoas mais graves, internadas, se precisar, nós dispomos hoje, no Brasil, de maneira gratuita, esse antiviral para tratar a Covid-19”, explicou.
Sobre a nova variante XFG, detectada inicialmente no Sudeste Asiático e já identificada no Brasil em um paciente do Ceará, Ribeiro reforça que, até o momento, não representa uma ameaça maior. “Essa nova variante da Covid, segundo a própria OMS, é considerada como de baixo risco à saúde pública. É muito importante esse papel que os órgãos públicos estão fazendo, detectando pessoas com a Covid-19, fazendo os estudos mais sofisticados para saber se é uma nova variante ou se não é, e ver qual é o comportamento dela, o que é indicado pelo Ministério da Saúde e que é realizado pela Fiocruz, aqui no Brasil”, completou.
Diante da escalada de casos, especialistas reforçam a importância de manter a vacinação em dia, especialmente para idosos, gestantes, imunossuprimidos e crianças pequenas. O uso de máscara em ambientes fechados ou em contato com grupos de risco continua sendo recomendado, além da testagem em caso de sintomas gripais.
A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (31), relata um aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) nos estados do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte. O estudo epidemiológico também aponta para uma retomada do crescimento da faixa etária no Rio Grande do Sul.
Em contraste, no cenário nacional, as ocorrências associadas ao VSR e à influenza A seguem em queda na maior parte do país. O quadro reflete uma tendência de redução nas hospitalizações causadas por esses vírus, embora a incidência ainda seja elevada. A pesquisa é referente à Semana Epidemiológica 30, de 20 a 26 de julho.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância da adoção de medidas preventivas para evitar o aumento dos casos.
“Pedimos para que as pessoas que moram nos estados onde ainda se observa uma alta de casos de SRAG continuem tomando alguns cuidados, como usar máscaras dentro dos postos de saúde, em locais mais fechados e com maior aglomeração de pessoas”, reitera.
O Boletim aponta a incidência elevada de SRAG em 20 estados, mas sem tendência de crescimento no longo prazo.
Em relação aos casos de SRAG entre crianças pequenas, associados ao VSR, os níveis permanecem altos na maioria das unidades da federação, com exceção do Amapá, Espírito Santo, Piauí, Tocantins, e do Distrito Federal.
Já entre os idosos, as ocorrências de SRAG seguem em níveis de moderada a alta em diversas áreas das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste, com destaque para o estado do Pará, que registra indícios de retomada ou início de aumento de casos na população idosa, porém ainda sem identificação do agente viral.
A análise também revela que as notificações dos casos graves por Covid-19 seguem em baixa na maioria dos estados. No entanto, o Ceará tem mostrado indícios de crescimento dos casos de SRAG pelo vírus.
Com o objetivo de conter o avanço, a pesquisadora enfatiza a relevância de manter a carteira de vacinação atualizada.
“Por isso, a gente vem aqui reforçar a importância das pessoas estarem em dia com a vacinação contra o vírus da influenza e também contra o vírus da Covid-19, já que a vacina contra esses vírus é a principal forma de prevenção contra os casos graves”, afirma Portella.
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 145.517 casos de SRAG, sendo 53,4% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 46,1% |
Influenza A | 26,1% |
Rinovírus | 23,2% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 7% |
Influenza B | 1,1% |
As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o VSR é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por rinovírus e influenza A.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 47,7% |
Influenza A | 17,4% |
Rinovírus | 31% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 4% |
Influenza B | 1,5% |
Entre os óbitos registrados no mesmo recorte temporal, a influenza A é a principal responsável.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 17,7% |
Influenza A | 57,6% |
Rinovírus | 15,3% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 6,4% |
Influenza B | 2,6% |
A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (17), revela que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue em queda na maior parte do país, embora a incidência ainda esteja elevada.
O cenário reflete a interrupção do crescimento ou diminuição das hospitalizações por vírus sincicial respiratório (VSR). O estudo é referente à Semana Epidemiológica 28, de 6 a 12 de julho.
Nesse contexto, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância da adoção de medidas preventivas para seguir com a redução dos casos.
“A vacina contra a gripe continua sendo bastante relevante para que a gente consiga diminuir cada vez mais esses casos graves pelo vírus e também os óbitos em níveis de incidência baixos e seguros para a população”.
A análise destaca que as crianças pequenas são o grupo mais atingido pela SRAG, tendo o vírus sincicial respiratório (VSR) como o agente predominante, seguido do rinovírus e da Influenza A. Já entre os idosos, a influenza A se sobressai como principal causa de hospitalizações e óbitos.
Os dados também evidenciam que apesar do rinovírus já ter superado a influenza A em número de internações entre crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, o VSR continua sendo o principal responsável por casos graves em crianças pequenas.
O Boletim aponta a incidência elevada de SRAG em 23 estados. Apesar da tendência de redução dos casos, ainda existem locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias.
Em relação aos casos associados ao VSR, os níveis permanecem altos na maioria dos estados brasileiros, com exceção do Piauí, Tocantins e Distrito Federal, onde já se observa uma melhora no cenário.
Roraima é o único estado em que ainda há aumento contínuo de SRAG entre crianças pequenas, vinculado ao mesmo vírus. Já em Alagoas, há sinais de retomada do crescimento dos casos nesse mesmo grupo etário e também relacionado ao VSR.
Já em Minas Gerais e no Pará, foram identificados indícios de retomada ou início de aumento de SRAG entre idosos, embora o agente viral ainda não tenha sido identificado. Na Paraíba, por sua vez, observa-se crescimento dos casos também entre idosos, associado à influenza A.
A análise também evidencia um leve aumento de SRAG por Covid-19 entre os idosos no Rio de Janeiro, no entanto não há impacto no resultado de hospitalizações totais por SRAG.
Com o intuito de manter o crescimento sob controle, a pesquisadora enfatiza a relevância de manter a carteira de vacinação atualizada.
“A vacina protege contra os casos graves. Portanto, é importante que a população esteja em dia. Para caso surja uma nova onda do vírus, as pessoas estejam protegidas e não evoluam para as formas mais graves e também óbitos da doença”.
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 133.116 casos de SRAG, sendo 52,9% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 45,9% |
Influenza A | 26,8% |
Rinovírus | 22,3% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 7,3% |
Influenza B | 1,1% |
Em relação aos óbitos por SRAG, até o momento, foram registrados 7.660 casos. Destes, 53,7% foram positivos para algum vírus respiratório. Sendo eles:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 10,7% |
Influenza A | 54,7% |
Rinovírus | 10,2% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 23,3% |
Influenza B | 1,7% |
A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada na quinta-feira (10), revela que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) parou de crescer ou está em queda na maior parte do país. O estudo é referente à Semana Epidemiológica 27, de 29 de junho a 5 de julho.
O cenário reflete a interrupção do crescimento ou diminuição das hospitalizações por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas e de influenza A em idosos.
Apesar da tendência de redução dos casos, ainda existem locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias e os números de hospitalizações por SRAG ainda são considerados altos. Com isso, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância das medidas preventivas:
“É importante que todos estejam em dia com a vacina contra a gripe, continuem tomando alguns cuidados e mantendo a etiqueta respiratória, como fazer isolamento ou sair de casa usando máscaras em casos de aparecimento de sintomas de gripe, ou resfriado, além de usar máscara em postos de saúde, locais fechados e com muita aglomeração de pessoas”, ressalta.
SRAG permanece elevada em 25 estados
O Boletim aponta incidência elevada de SRAG em 25 estados, com tendência de aumento entre idosos, especialmente nos estados do Nordeste, como Paraíba e Sergipe, associada à Influenza A. Já em Roraima, observa-se aumento de casos entre crianças pequenas, relacionado ao VSR.
Observa-se ainda que a incidência de SRAG em crianças pequenas permanece elevada na maioria dos estados, com exceção do Tocantins e Distrito Federal.
Em idosos, os casos seguem em níveis de moderado a muito alto em todos os estados da região Centro-Sul, bem como em parte do Norte (Amapá, Rondônia e Roraima) e Nordeste (Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba).
Além disso, 20 capitais ainda apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas.
Covid-19
A análise também evidencia estabilidade nos casos de SRAG causados por Covid-19 na maior parte do país. Porém, há um leve crescimento no estado do Rio de Janeiro. Por isso, a pesquisadora enfatiza a necessidade de manter o calendário vacinal atualizado.
“Pedimos que as pessoas verifiquem se estão em dia com a vacina contra a Covid-19, lembrando que idosos e pessoas imunocomprometidas precisam tomar doses de reforço a cada seis meses”.
Cenário nacional
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 126.828 casos de SRAG, sendo 52,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus |
Prevalência (%) |
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) |
45,8% |
Influenza A |
26,8% |
Rinovírus |
22,2% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) |
7,6% |
Influenza B |
1,1% |
Os grupos mais afetados são jovens, adultos e idosos
Dados do último Boletim InfoGripe da Fiocruz revelam um aumento na quantidade de hospitalizações por influenza em algumas regiões do Brasil. Os quadros chegam a níveis de moderados a altos de incidência em alguns estados, sobretudo no Norte e no Centro-Sul do país, além do Ceará.
Os grupos mais afetados são jovens, adultos e idosos. Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, faz um alerta para que a população fique atenta e adote meios para evitar as contaminações por esses vírus.
“A gente pede que as pessoas tomem alguns cuidados especiais, como uso de máscara em áreas fechadas, com aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde.
Em caso de aparecimento de sintoma de gripe ou resfriado, a gente pede que essas pessoas fiquem em casa, em isolamento, se for possível. Se não for possível, pedimos que a pessoa saia de casa usando uma boa máscara. Por fim, para as pessoas elegíveis, recomendamos que tomem a vacina contra Influenza A”, destaca.
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Ainda de acordo com o levantamento também foi notada uma elevação de casos de Síndrome Respiratória Aguda nas crianças de até 2 anos, em muitas regiões, principalmente no Centro-Oeste. Esses casos são associados ao vírus sincicial respiratório. Apesar disso, o estudo verifica um sinal de desaceleração do crescimento desses casos nas crianças pequenas no Centro-Oeste do país.
Vale destacar que, mesmo diante da baixa incidência de Síndrome Respiratória Aguda por Covid-19 no país, o vírus tem sido a principal causa de mortalidade entre os idosos nas últimas semanas, seguido pela influenza A.
O levantamento mostra ainda que 13 unidades da federação apresentam incidência de Síndrome Respiratória Aguda em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. São elas:
Além disso, o estudo revela que 14 capitais contam com incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. A lista é composta pelas seguintes cidades: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
O aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave tem levado municípios do Sul e Sudeste do país a decretarem situação de emergência em saúde pública. Um exemplo é a cidade de Florianópolis. De acordo com a prefeitura da capital de Santa Catarina, nos últimos dias foi registrado uma elevação significativa nos índices de internações em leitos de unidades de terapia intensiva neonatal, pediátrica e de adultos.
Segundo o Diário Oficial do município, a medida tem prazo de 180 dias, contados a partir do último dia 1° de maio. Pelos termos do Decreto, os leitos de retaguarda hospitalares estão 100% ocupados. Esses leitos são destinados a pacientes que não precisam de cuidados intensivos, mas que demandam um ambiente mais tranquilo para se recuperar.
Em meio a esse quadro, o decreto autoriza a contratação de profissionais, de forma temporária, para a rede municipal de saúde. Além disso, há determinação para ampliação da carga horária dos contratos administrativos em vigor, assim como a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços voltados para o enfrentamento da emergência sanitária.
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Cenário semelhante também está sendo vivenciado em Minas Gerais. Pelo menos seis cidades mineiras decretaram, nos últimos dias, situação de emergência em saúde pública. O motivo é o mesmo: o aumento de casos de doenças respiratórias. A lista é composta por municípios como Belo Horizonte, Betim, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Pedro Leopoldo e Santa Luzia.
O governo do estado informou que, até o momento, Minas Gerais recebeu 5,7 milhões de doses, distribuídas aos municípios. Em 26 de abril, houve a ampliação da vacinação para toda a população acima de 6 meses de idade, com metas de cobertura vacinal de 90%.
De acordo com o último Boletim InfoGripe da Fiocruz, tanto Minas Gerais quanto Santa Catarina estão entre os estados com sinal de crescimento na tendência de aumento de casos. Outra unidade da federação que aparece em destaque é Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste do país. Na capital, Campo Grande, um decreto situação de emergência em saúde pública também está em vigor.
Informações disponibilizadas pela prefeitura reforçam que as crianças, sobretudo menores de um ano, têm sido as mais afetadas. Dos 971 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave notificados desde o início do ano, 486 foram confirmados e 66 evoluíram para óbito.
Entre os vírus mais presentes estão o Influenza A, o Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — este último comumente associado a quadros graves em crianças menores de seis meses.
Segundo a pesquisadora do Programa do Processamento Científico da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, de maneira geral, em todo o país, as crianças pertencem ao grupo mais afetados por essas enfermidades, de acordo com o último levantamento.
“A gente continua observando um aumento das hospitalizações por vírus sincicial respiratório, atingindo nível de incidência de moderado a muito alto em boa parte da região Centro-Sul, e em muitos estados das regiões Norte e Nordeste do país. Além disso, temos observado um aumento das notificações de casos de síndrome respiratória aguda grave por influenza em muitos estados do país”, destaca.
O levantamento também mostra que 18 das 27 capitais registraram incidência de síndrome respiratória aguda grave em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo:
O Ministério da Saúde recebeu na quinta-feira (1º) um novo reforço para a imunização contra a Covid-19: mais de 1,3 milhão de doses de vacina, destinado à população adulta. O lote faz parte da primeira entrega de um total de 7,4 milhões de doses previstas. A distribuição para os estados e o Distrito Federal começará já na próxima semana.
Para este ano, a estimativa do ministério é aplicar mais de 15 milhões de doses. A vacinação segue recomendada para grupos prioritários, como crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos, ribeirinhos e quilombolas. Adultos que ainda não tomaram nenhuma dose também devem buscar a imunização.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a agilidade no processo de entrega, que levou apenas 14 dias, superando até mesmo os prazos registrados durante o período mais crítico da pandemia. “Essa entrega aconteceu em 14 dias. Foi um recorde, mais rápido até mesmo que no período da pandemia. Isso mostra a garantia e a segurança da empresa que está fornecendo para o Ministério da Saúde”, afirmou.
Essa remessa integra uma aquisição maior, com previsão de fornecimento de 57 milhões de doses ao longo de dois anos. O contrato firmado prevê entregas em etapas, de acordo com a demanda populacional, garantindo o acesso às versões mais recentes das vacinas, aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A responsabilidade de repassar os imunizantes aos municípios ficará a cargo dos governos estaduais.
O contrato firmado no fim de 2024 integra uma ata de registro de preços, com validade de até dois anos. Ainda que a vigência permita entregas até 2026, os valores acordados poderão ser utilizados antes, caso haja necessidade e disponibilidade financeira. As vacinas entregues seguirão critérios tecnológicos atualizados, com foco na proteção eficaz da população.
Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, em 2021, o Brasil já aplicou mais de 568 milhões de doses. Só em 2024, foram mais de 12,3 milhões de vacinas administradas em todo o país, reforçando o compromisso com a saúde pública e o controle da doença.
Até o dia 5 de abril deste ano, foram registrados 175.694 casos de covid-19 no país e 1.236 óbitos pela doença. Dados do boletim da Semana Epidemiológica (SE) 14, do Ministério da Saúde, indicam que apenas nesta semana 7.477 casos da doença foram confirmados e 144 pessoas morreram. O documento informa que, em comparação com a semana anterior, os casos recuaram 12,72% e os óbitos, 12,43%. Apesar disso, o informe aponta aumento nos casos de influenza e vírus sincicial respiratório (VSR) no país.
Entre as unidades da federação que apresentaram maior taxa de incidência de covid-19 no período, variando de 2,8 a 11,7 casos por 100 mil habitantes, estão RS, GO, DF, SP e RO.
Na vigilância sentinela de síndrome gripal, o documento aponta que foi observada uma tendência de aumento na positividade dos vírus influenza, principalmente influenza B e influenza A (H1N1). Conforme a publicação, nas SE de 12 a 14 a influenza A cresceu nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Com relação à vigilância de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), até a SE 14 foram notificados 13.754 casos hospitalizados em 2025, com identificação de vírus respiratórios. Nas últimas semanas, da SE 12 a 14, a predominância nos casos positivos foi de VSR (49%), rinovírus (26%) e influenza A (7%). Em relação aos óbitos por SRAG, no mesmo período, a covid-19 representou 43% das mortes, seguida por 24% rinovírus e 15% influenza A, com aumento relevante de casos por VSR, rinovírus e influenza A na última semana epidemiológica.
Já os dados do do Boletim InfoGripe referentes à SE 14, que corresponde ao período de 30 de março a 5 de abril, apontam que 13 UFs apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 14: AC, AP, DF, ES, GO, MA, MT, MS, MG, PA, RN, RR e SE. A manutenção do aumento de SRAG em níveis de incidência de moderado a alto na maioria desses estados está atrelado em especial às crianças pequenas e está associada ao VSR.
Já na faixa etária de 2 a 14 anos, a continuidade do crescimento em estados do DF, MG, RR e SE está relacionada principalmente ao rinovírus. Em Mato Grosso do Sul também é observado um início de aumento de casos de SRAG entre jovens, adultos e idosos, provavelmente associado à influenza A.
O Ministério da Saúde iniciou a campanha nacional de vacinação contra a influenza no dia 7 de abril. A pasta informou que o imunizante disponibilizado na rede pública protege contra três vírus do tipo influenza e garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.
O objetivo da Saúde é imunizar 90% dos grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes. Além disso, também podem receber a dose:
A distribuição da vacina contra a gripe começou no país no dia 21 de março. Até o final de abril, segundo a Pasta, 35 milhões de doses devem chegar a todos os estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste.
No último dia 14, o Ministério da Saúde também começou a campanha de vacinação em escolas públicas de 5.544 municípios de todas as regiões do país. O intuito é vacinar quase 30 milhões de estudantes, o que representa 90% desse público nestas escolas. A imunização dos alunos está condicionada à autorização prévia dos pais e responsáveis dos menores. A campanha vai até 25 de abril.
Até o dia 29 de março, foram registrados 168.217 casos de covid-19 no país e 1.092 óbitos pela doença. Dados do boletim da Semana Epidemiológica (SE) 13, do Ministério da Saúde, indicam que, apenas nesta semana, 3.779 casos da doença foram confirmados e 33 pessoas morreram. O documento informa que, em comparação com a semana anterior, os casos recuaram 7,58% e os óbitos, 0,25%. Apesar disso, o informe aponta aumento nos casos de influenza e vírus sincicial respiratório (VSR) no país.
Entre as unidades da federação que apresentaram maior taxa de incidência de covid-19 no período estão Goiás, Distrito Federal, Roraima, Tocantins e Mato Grosso do Sul , com variação entre 3,87 a 30,69 casos por 100 mil habitantes.
Na vigilância sentinela de síndrome gripal, o documento aponta que foi observada uma tendência de aumento na positividade dos vírus Influenza, principalmente Influenza B e Influenza A (H1N1). Inclusive, nas SE 12 e 13 influenza A cresceu nas regiões Nordeste e Sudeste. Já a influenza B teve estabilidade em todas as regiões.
Com relação à vigilância de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), até a SE 13 foram notificados 12.025 casos hospitalizados em 2025, com identificação de vírus respiratórios. Nas últimas semanas, da SE 11 a 13, a predominância nos casos positivos foi de VSR (41%), rinovírus (30%) e covid-19 (11%). Em relação aos óbitos por SRAG, no mesmo período, covid-19 representou 48% das mortes. Influenza A e rinovírus, 16% cada, com aumento relevante de óbitos por influenza A na última semana.
Dados do Boletim InfoGripe referentes à SE 13, que corresponde ao período de 23 a 29 de março, apontam que 11 UFs apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com crescimento na tendência de longo prazo até a SE 13. Os estados são: AC, AP, BA, DF, ES, GO, MA, MS, PA, RN e RR. Alguns outros estados das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, como AM, MT, TO e SE, também têm incidência de SRAG em níveis de alerta ou risco, porém com sinal de estabilização ou oscilação na tendência de longo prazo.
Nas crianças de até dois anos, o crescimento de SRAG em estados do Norte (AC e AP), Centro-Oeste (DF e GO) e Sudeste (ES, MG e SP) está associado ao VSR, informa o Boletim.
O Ministério da Saúde iniciou a campanha nacional de vacinação contra a influenza na segunda-feira (7). O objetivo é imunizar 90% dos grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes. Além disso, também podem receber a dose:
Conforme o Ministério da Saúde, o imunizante disponibilizado na rede pública protege contra três vírus do tipo influenza e garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.
A distribuição da vacina contra a gripe começou no país no dia 21 de março. Até o final de abril, segundo a Pasta, 35 milhões de doses devem chegar a todos os estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste.