Vacina

29/11/2025 04:00h

Boletim da Fiocruz indica alta circulação de rinovírus entre crianças e aumento de influenza A em parte do país

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O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforça a importância da vacinação, embora os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentem sinais de queda, tanto nas tendências de curto quanto de longo prazo no âmbito nacional. Segundo o relatório, manter a imunização em dia é crucial para conter a circulação dos principais vírus responsáveis pela SRAG, como o influenza e o Sars-CoV-2, causador da Covid-19.

O relatório mostra ainda que as hospitalizações por influenza A continuam avançando no Espírito Santo e na Bahia, enquanto já há indícios de desaceleração ou início de queda em São Paulo e Rio de Janeiro.

SRAG em crianças e adolescentes

O boletim também destaca que o rinovírus permanece como a principal causa de hospitalizações por SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos no país. Há ainda um leve aumento das notificações associadas ao metapneumovírus em crianças de até dois anos.

Embora os casos graves de influenza A tenham diminuído significativamente no Centro-Oeste e apresentem sinais de queda ou estabilização em parte do Sudeste — como em São Paulo e no Rio de Janeiro —, o vírus ainda é a principal causa de SRAG entre jovens e adultos de 15 a 49 anos. Entre os idosos, ele continua sendo uma das principais causas de hospitalização, ao lado da Covid-19.

Em nota, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenadora do InfoGripe, Tatiana Portella, explica que o aumento de casos no Pará se concentra em crianças de 2 a 4 anos e em idosos acima de 65 anos. “Nas crianças, esse crescimento tem sido impulsionado pelo rinovírus e adenovírus. Já nos idosos, ainda não há dados laboratoriais suficientes para identificar qual vírus tem impulsionado esse aumento”, destaca.

Estados e capitais

Oito estados apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento no longo prazo: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

Entre as capitais, apenas Aracaju (SE), Cuiabá (MT) e Vitória (ES) registram níveis de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco.

Casos e óbitos

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de:

  • 37,1% – rinovírus
  • 26% – influenza A
  • 14,4% – Covid-19
  • 5,5% – vírus sincicial respiratório (VSR)
  • 2,3% – influenza B

Entre os óbitos confirmados no período, os números indicam:

  • 40,3% – Covid-19
  • 30,3% – influenza A
  • 12,9% – rinovírus
  • 4% – VSR
  • 2% – influenza B

O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 22 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 47. Confira outros detalhes no link.

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22/11/2025 04:00h

Rinovírus lidera infecções respiratórias entre menores de 14 anos; oito estados seguem em nível de alerta, aponta Fiocruz

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O mais recente Boletim InfoGripe divulgado nesta sexta-feira (21) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Impulsionadas principalmente pelo rinovírus, as notificações atingiram níveis de alerta, risco ou alto risco em cinco estados — Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima — até a Semana Epidemiológica 46.

De acordo com o levantamento, uma das causas para o aumento de SRAG em crianças no estado do Rio de Janeiro é a contaminação por metapneumovírus e influenza A. Além disso, o adenovírus também tem colaborado para o crescimento de casos no Pará e em Mato Grosso do Sul. No Pará, houve ainda aumento de casos entre idosos, embora o vírus responsável ainda não tenha sido identificado pelas autoridades de saúde.

O boletim também indica que outros oito estados apresentaram incidência SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco na última semana, mas sem tendência de crescimento no longo prazo (últimas seis semanas). São eles: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Santa Catarina e Sergipe.

Cenário nacional

No cenário nacional, há uma tendência de queda dos casos de SRAG na tendência de longo prazo e de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas).

Entre as capitais, apenas Boa Vista, em Roraima, apresenta nível de atividade considerado de risco para SRAG nas últimas duas semanas epidemiológicas, com manutenção de tendência de alta no longo prazo.

Casos e óbitos

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos de SRAG foi de:

  • 37,8% para rinovírus, 

  • 25,3% para influenza A; 
  • 14,7% para Covid-19; 
  • 5,8% para vírus sincicial respiratório (VSR); 
  • 1,9% para influenza B. 

Entre os óbitos confirmados, foram registrados:

  • 39,4% para Covid-19; 
  • 31,7% para influenza A; 
  • 14,9% de rinovírus; 
  • 3,4% para VSR; 
  • 1% para influenza B.

O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 15 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 46. Confira outros detalhes no link.

Prevenção à SRAG

Diante deste cenário, a pesquisadora do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, recomendou, em nota, o uso de uma boa máscara, como a PFF2 ou a N95, em unidades de saúde e por pessoas que estejam com sintomas de gripe ou resfriado. “Também é importante que os pais evitem levar seus filhos para a escola ou creche caso apresentem esses sintomas, para evitar transmitir o vírus para outras crianças”, recomenda. “Além disso, é fundamental que as crianças, assim como os demais grupos prioritários, estejam com a vacinação contra Influenza e Covid-19 em dia”, orienta Portella.

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11/11/2025 04:30h

Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta aumento de infecções por influenza A em São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e início de crescimento na Bahia; três estados estão em nível de alerta para SRAG

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A mais recente edição do Boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (6), aponta a manutenção do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pela influenza A em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O boletim também alerta para o início de crescimento na Bahia.

O levantamento, referente à semana epidemiológica 44 (de 26 de outubro a 1º de novembro), integra o sistema de vigilância do SUS e monitora a evolução dos casos graves de infecções respiratórias no país.

Vírus em circulação e estados em alerta

Além da influenza A, a covid-19 apresenta tendência de crescimento no Paraná, Santa Catarina e São Paulo, embora ainda em níveis baixos de incidência. Em Sergipe, houve aumento atípico de casos de SRAG por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas.

Três estados estão em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG com tendência de crescimento: Mato Grosso do Sul, Paraíba e Tocantins. Em Mato Grosso do Sul e na Paraíba, o aumento está concentrado em crianças pequenas e tem sido impulsionado pelo rinovírus.

No Tocantins, os casos crescem principalmente entre pessoas com mais de 50 anos, possivelmente por influência da influenza A.
Entre as capitais, Florianópolis (SC), João Pessoa (PB) e Palmas (TO) também apresentam aumento de casos e nível de alerta.

Dados epidemiológicos

Em 2025, o Brasil já registrou 204.086 casos de SRAG, sendo:

  • 52,6% com resultado positivo para algum vírus respiratório;
  • 36,4% negativos;
  • 4,5% ainda aguardando resultado.

Entre os casos positivos, 23,2% foram por influenza A, 1,2% por influenza B, 40,1% por vírus sincicial respiratório, 28,2% por rinovírus e 8,2% por Sars-CoV-2 (Covid-19).

Neste ano, já foram confirmados 12.151 óbitos por SRAG, sendo 49,4% causados por influenza A e 23,4% por covid-19.

Vacinação e prevenção

A Fiocruz reforça a importância de manter as vacinas contra gripe e covid-19 em dia, especialmente entre idosos, crianças pequenas, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde.

A cobertura vacinal contra a gripe está abaixo do ideal, com média nacional de cerca de 41% entre os grupos prioritários, quando o recomendado é de 90%.

Com a chegada do fim de ano e o aumento da circulação viral, a instituição recomenda:

  • Ventilar ambientes;
  • Lavar as mãos com frequência;
  • Cobrir a boca ao tossir ou espirrar;
  • Usar máscara em caso de sintomas gripais;
  • Evitar contato próximo com pessoas vulneráveis.

Esses cuidados e a vacinação ajudam a reduzir o risco de agravamentos e internações durante o período de maior incidência de doenças respiratórias no país.

As informações são da FioCruz.
 

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05/11/2025 04:25h

Governo reforça prevenção e anuncia R$ 183,5 milhões para ampliar tecnologias de controle do Aedes aegypti em todo o país

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Mesmo com a redução de 75% nos casos de dengue em 2025, em comparação com o ano anterior, o Ministério da Saúde reforça que o combate ao Aedes aegypti deve continuar em todo o país. Na segunda-feira (3), a pasta lançou a campanha 'Não dê chance para dengue, zika e chikungunya', voltada à prevenção das arboviroses, e apresentou o cenário epidemiológico atual. Além disso, foram anunciados R$183,5 milhões para ampliar o uso de novas tecnologias de controle vetorial no país.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mesmo com a melhora no cenário, o Brasil não pode reduzir a vigiância. A dengue continua sendo a principal endemia do país e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia.

O Brasil registra 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, uma redução de 75% em relação a 2024 e 1,6 mil mortes, queda de 72% no mesmo período. A maior concentração de casos está em São Paulo (55%), seguido por Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

De acordo com o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), 30% dos municípios estão em situação de alerta para dengue, zika e chikungunya. As regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte apresentam as maiores incidências, com destaque para Mato Grosso do Sul, Ceará e Tocantins.

O trabalho de prevenção deve começar antes do período de maior transmissão. Por isso, o Ministério da Saúde promove, no próximo sábado (8), o Dia D da Dengue, com ações de mobilização em todo o país, e divulgou o novo mapeamento entomológico, que identifica áreas de risco em mais de 3 mil municípios.

Com os recursos anunciados, o Ministério vai expandir o uso de tecnologias de controle vetorial, como o método Wolbachia, atualmente presente em 12 cidades e que será ampliado para 70 até o fim de 2025. Em Niterói (RJ), primeira cidade com 100% de cobertura da técnica, houve redução de 89% nos casos de dengue e 60% nos de chikungunya.

A campanha também incentiva medidas preventivas, como eliminar recipientes com água parada, tampar caixas-d’água, limpar calhas e ralos e usar telas e repelentes.

Além da mobilização, o ministério reforçou o uso de estações disseminadoras de larvicidas, a técnica do inseto estéril e a borrifação residual intradomiciliar. Em 2025, a Força Nacional do SUS (FN-SUS) apoiou a instalação de até 150 centros de hidratação, distribuiu 2,3 milhões de sais de reidratação oral, 1,3 milhão de testes laboratoriais e 1,2 mil nebulizadores portáteis em cidades com alta incidência.

Em Curitiba (PR), foi inaugurada a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, com capacidade de produção de 100 milhões de ovos por semana.

Vacinação

Na área da vacinação, o ministério espera o registro da vacina 100% brasileira do Instituto Butantan até o fim de 2025. Em parceria com a empresa WuXi Biologics, a produção deve alcançar 40 milhões de doses por ano a partir de 2026. O imunizante já é aplicado em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios prioritários, com 10,3 milhões de doses enviadas até outubro.

O ministro reforça que o combate às arboviroses é uma responsabilidade compartilhada entre governo e população e que a prevenção é essencial para evitar novos surtos. Agora é hora de organizar a assistência à saúde, reforçar as ações de prevenção e identificar os pontos estratégicos nas cidades.

As informações são do Ministério da Saúde.

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18/10/2025 04:05h

Postos de saúde estarão abertos para atualizar a caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos; a Campanha Nacional de Multivacinação segue até o fim de outubro

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O Ministério da Saúde (MS) promove neste sábado (18) o Dia D de mobilização, para atualizar a caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Os postos de saúde estarão abertos em todo o país.  

A Campanha Nacional de Multivacinação, estrelada pela apresentadora Xuxa Meneghel, segue até o fim de outubro e oferece gratuitamente todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação. No total, foram distribuídas 22 milhões de doses.

As prioridades serão o resgate do público infantojuvenil não vacinado contra HPV, febre amarela e sarampo

Confira as vacinas disponibilizadas:

  • BC
  • Covid-19
  • DTP
  • Febre amarela
  • Hepatite A
  • Hepatite B
  • HPV
  • Influenza
  • Meningocócica C (conjugada) / Meningocócica ACWY (conjugada)
  • Penta (DTP/Hib/HB)
  • Pneumocócica 10 valente (conjugada)
  • Poliomielite inativada
  • Rotavírus
  • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
  • Varicela

Meu SUS Digital

Pais e responsáveis podem acompanhar a situação vacinal de crianças e adolescentes pelo aplicativo Meu SUS Digital, que permite verificar quais vacinas já foram aplicadas e quais ainda estão pendentes. O sistema também disponibiliza alertas sobre as próximas doses, lembretes e atualizações em tempo real.

Sarampo e febre amarela

O MS abrange a vacinação contra sarampo e febre amarela para pessoas de até 59 anos. A imunização contra febre amarela será priorizada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

VEJA MAIS: 

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12/10/2025 04:05h

O estudo epidemiológico aponta alta nas incidências em sete estados; Covid-19 lidera os óbitos por SRAG nas últimas quatro semanas, com 53,3%

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A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada na quinta-feira (9), aponta avanço dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por influenza A no estado de São Paulo (SP). Em 2025, o vírus já é responsável por metade das mortes por SRAG, com cerca de 50,7% dos óbitos. 

De acordo com os pesquisadores, o crescimento de notificações em SP acende um alerta, devido às amplas conexões com outras regiões do país, fator que pode acelerar a disseminação do vírus em território nacional

O levantamento epidemiológico ainda indica situação de alerta, risco ou alto risco para os casos de SRAG em sete estados brasileiros:

  • Amazonas;
  • Goiás;
  • Paraná; 
  • Pará;
  • Rio de Janeiro; 
  • Roraima;
  • Santa Catarina.

A análise é referente à Semana epidemiológica (SE) 40, de 28 de setembro a 4 de outubro.

Covid-19

A pesquisa revela que a Covid-19 é responsável por 53,3% de óbitos por SRAG nas últimas quatro semanas. O vírus segue a impulsionar o aumento dos casos de SRAG no Sul, nos estados do Paraná e Santa Catarina. Por outro lado, no Distrito Federal, Espírito Santo e Goiás os índices associados ao vírus mostram sinais de interrupção do crescimento.

Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para evitar a alta das notificações.

“Por isso, a gente vem aqui reforçar a importância das pessoas estarem em dia com a vacinação contra o vírus da influenza e também contra o vírus da Covid-19, já que a vacina contra esses vírus é a principal forma de prevenção contra os casos graves”, enfatiza Portella.

Rinovírus e VSR

O rinovírus tem contribuído para o aumento das incidências de SRAG, especialmente entre crianças e adolescentes, em diversos estados do país. Os principais registros ocorrem nas regiões Norte, como Amazonas, Pará e Roraima, e no Sul, com destaque para Paraná e Santa Catarina, além do Rio de Janeiro.

No estado do Amazonas, os casos provocados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças menores de dois anos seguem em crescimento.

Incidência

No cenário nacional, o número de notificações de SRAG apresenta sinal de crescimento nas tendências de curto e longo prazo. As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o rinovírus é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por covid-19 e influenza A. 

Vírus Prevalência (%)
Rinovírus 41,5%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 16,1%
Influenza A 17,1%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 11,1%
Influenza B 2%

Fonte: Fiocruz

Em relação aos óbitos registrados no mesmo período, a Covid-19 aparece como a principal causa, seguida pelo rinovírus e pela influenza A.

Vírus Prevalência (%)
Sars-CoV-2 (Covid-19) 52,3%
Rinovírus 22%
Influenza A 15,9%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 5,1%
Influenza B 2,3%

Fonte: Fiocruz

Ano epidemiológico

Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados mais de 189 mil casos de SRAG, sendo 52,9% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre as notificações positivas:

Vírus Prevalência (%)
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 42,1%
Rinovírus 27,4%
Influenza A 23,3%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 7,9%
Influenza B 1,2%

Fonte: Fiocruz

No mesmo recorte temporal, já foram contabilizadas mais de 11 mil mortes. Desse total, 51,8% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, com destaque para a influenza A, principal agente identificado.

Vírus Prevalência (%)
Influenza A 50,7%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 22,7%
Rinovírus 13,8%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 11,9%
Influenza B 1,8%

Fonte: Fiocruz

 

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13/09/2025 04:40h

Com 1,8 milhão de doses previstas até o fim do ano, imunizante será oferecido para gestantes, garantindo proteção imediata

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O Ministério da Saúde anunciou a produção nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), em parceria com o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer. Segundo a pasta, as primeiras 1,8 milhão de doses chegam até o fim deste ano, sendo 832,5 mil já em novembro, quando começa a aplicação na rede pública de saúde.

O imunizante é recomendado para gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, garantindo proteção imediata aos recém-nascidos. A expectativa é beneficiar cerca de 2 milhões de bebês nascidos vivos por ano, prevenir até 28 mil internações e reduzir casos graves da doença, responsável por 80% das bronquiolites e 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos.

No Brasil, o VSR causa, anualmente, cerca de 20 mil internações de bebês menores de 1 ano. O risco é ainda maior entre prematuros, que apresentam mortalidade sete vezes superior à de crianças nascidas a termo. Entre 2018 e 2024, foram registradas 83 mil internações desse grupo por complicações ligadas ao vírus.

Além da vacina, o governo anunciou também a produção nacional do natalizumabe, medicamento usado no tratamento da esclerose múltipla, por meio de transferência de tecnologia da farmacêutica Sandoz para o Instituto Butantan. Segundo o ministério, medidas como essas reforçam a soberania do SUS e reduzem a dependência de importações em saúde.

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21/08/2025 03:00h

Pesquisa realizada no Brasil mostra que Qdenga reduz em até 67,5% as hospitalizações por dengue em jovens de 10 a 14 anos

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Um estudo conduzido pela Fiocruz e pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) comprovou a eficácia da vacina contra dengue TAK-003, conhecida como Qdenga, em adolescentes. A pesquisa, realizada no Brasil durante a epidemia de dengue de 2024, que vitimou mais de seis mil pessoas, foi publicada em 19 de agosto na revista científica The Lancet Infectious Diseases.

A vacina é aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas de 4 a 60 anos, fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e atualmente tem sua aplicação focada em adolescentes entre a idade de 10 a 14 anos. 

Com base em mais de 92 mil testes realizados em jovens dessa faixa etária no estado de São Paulo, os resultados apontaram que uma única dose da vacina oferece aproximadamente 50% de proteção contra casos sintomáticos e 67,5% de eficácia na prevenção de hospitalizações decorrentes da doença. A pesquisa também observou que a eficácia da primeira dose diminui após 90 dias, reforçando a necessidade de complementar o esquema vacinal com duas doses. 

O estudo utilizou o método “teste-negativo”, que cruzou dados da vigilância epidemiológica com registros de vacinação. Além disso, confirmou que a vacina é eficaz contra os sorotipos 1 — o mais comum —  e 2, que tende a ser mais grave, do vírus da dengue. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, a situação epidemiológica apresenta queda de 75,07% nos casos, em comparação com o ano passado. Em 2024, foram registrados 6.167 óbitos por dengue, enquanto em 2025, até o momento, foram relatados 1.584 mortes. Entre os 27 estados, o Acre é o que apresenta maior crescimento no número de casos, à medida que outros registram redução. 

A dengue é uma arbovirose transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, responsável por surtos frequentes no país, especialmente na temporada chuvosa, de outubro a maio. Condições como urbanização acelerada, falta de saneamento básico e fatores climáticos agravam o cenário e favorecem a contaminação. 

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14/08/2025 15:43h

País tem redução de 74,2% nos casos prováveis em relação a 2024; especialistas destacam importância da vacinação e de ações contínuas de prevenção

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O Brasil começou o ano de 2025 registrando uma queda significativa nos casos de dengue em comparação com 2024. Conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, até o início de agosto foram contabilizados 1.642.986 casos prováveis, com 1.558 mortes confirmadas e 433 óbitos em investigação.

Esse montante representa uma redução expressiva diante de 2024, quando, no mesmo período, o país enfrentou 6.363.431 casos prováveis e 6.159 mortes. Nos primeiros oito meses de 2025, os dados apontam para uma queda de 74,2% nos casos prováveis em relação ao mesmo período de 2024. 

O estado de São Paulo lidera com vasta vantagem o número de índices de casos prováveis, com 892.862 casos confirmados, 1.056 óbitos com mais 156 e investigação.

Contexto histórico

O ano de 2024 foi o pior da história do país em termos de dengue. Até 7 de outubro, foram registrados 6,5 milhões de casos prováveis, com 5.536 mortes confirmadas e 1.591 em investigação. Esse número representa um aumento de quatro vezes em relação a 2023.

Além disso, em 2023 o Brasil já havia superado o número de óbitos dos oito anos anteriores juntos, encerrando o ano com 6.264 mortes.

Fatores de vulnerabilidade

Especialistas apontam que as desigualdades sociais, como falta de saneamento, habitações precárias e infraestrutura urbana frágil contribuem significativamente para a disseminação da doença. A presença de criadouros do Aedes aegypti em áreas mais vulneráveis agrava o risco de surtos.

Ações do Ministério da Saúde

Para combater a epidemia, o governo federal adotou diversas medidas, como:

  • Ativação do Centro de Operações de Emergência para Dengue e Arboviroses (COE-Dengue) em janeiro de 2025;
  • Distribuição de 4,5 milhões de testes de diagnóstico;
  • Expansão do método Wolbachia em 44 cidades;
  • Visitas técnicas e articulações com entidades científicas e sociedade civil 

Vacinação: a esperança contra a dengue

 Para o infectologista Fernando Chagas, a vacina contra a dengue representa uma estratégia crucial de prevenção:

“É uma vacina maravilhosa, tem uma proteção de mais de 95%. Pena que tem muito pouco. Mas é importante que os adolescentes sejam vacinados, porque a gente já tira uma importante população, muito acometida pela doença, do alvo. Fato é que estamos aguardando que essa vacina impacte positivamente na diminuição de casos de dengue que, especialmente nesses dois últimos anos, têm se apresentado com números cada vez maiores.”

No Brasil, desde dezembro de 2024, a vacina Qdenga foi incorporada ao SUS, com esquema de duas doses, com intervalo de três meses. A vacinação começou por crianças de 10 a 11 anos, em fevereiro de 2024, inicialmente em 67 municípios. Posteriormente, foi ampliada para adolescentes de 10 a 14 anos e em abril foi autorizada para faixa de 6 a 16 anos, conforme disponibilidade de doses.

Panorama atual

Embora os dados indiquem uma redução robusta dos casos de dengue até agosto de 2025, o país ainda registra mais de um milhão de casos prováveis e centenas de mortes confirmadas, o que exige continuidade e intensificação das ações de vigilância, controle vetorial e vacinação.

A incorporação da vacina Qdenga ao calendário vacinal público é um avanço significativo, mas sua efetividade depende da ampliação de cobertura e da garantia de doses suficientes. Segundo Fernando Chagas, a proteção elevada da vacina pode alterar positivamente os indicadores epidemiológicos nos próximos anos.

O que acompanha a situação:

  • Monitoramento contínuo pelo Observatório de Arboviroses, que oferece dados diários e relatórios semanais por município e estado;
  • Ações integradas envolvendo governo, profissionais de saúde e sociedade;
  • Educação em saúde e eliminação de criadouros como base das estratégias preventivas.

O Brasil apresenta, atualmente, um cenário de estabilidade e redução de casos de dengue em 2025, mas permanece em estado de alerta. A vacina surge como ferramenta promissora  com boa eficácia segundo especialistas  e precisa ser acessível e amplamente aplicada. A continuidade das medidas de controle e vigilância é essencial para consolidar a queda nos casos e prevenir novas epidemias.
 

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09/07/2025 20:00h

Na capital, as Unidades Básicas de Saúde disponibilizam as doses do imunizante, especialmente para os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde

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Atenção, moradores de Natal e região metropolitana. As Unidades Básica de Saúde estão mobilizadas na vacinação contra a gripe. Na capital, 60 salas de vacinação disponibilizam as doses do imunizante, especialmente para os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. 

A meta é atingir 90% do público prioritário do Calendário Nacional de Vacinação, que inclui crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas, e idosos com 60 anos e mais. Para os outros grupos serão contabilizadas as doses aplicadas.

Vacinação contra Influenza: público-alvo prioritário:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Idosos com 60 anos ou mais
  • Outros grupos prioritários (sem meta percentual, mas com doses contabilizadas):
  • Povos indígenas
  • Quilombolas
  • Pessoas em situação de rua
  • Trabalhadores da saúde
  • Professores de escolas públicas e privadas
  • Profissionais das forças de segurança, salvamento e das Forças Armadas
  • Trabalhadores portuários
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário urbano e de longo curso
  • Trabalhadores dos Correios
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais
  • População privada de liberdade
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas

A vacina está liberada para toda a população de acordo com a disponibilidade em cada cidade.

Os gestores de saúde alertam para a importância da imunização. Isso porque a influenza segue predominando nos estados brasileiros e representa risco para as pessoas não vacinadas. Entre janeiro e 21 de junho (SE 25), foram registrados no Rio Grande do Norte 104 casos de Síndrome Respiratória Aguda por influenza e 13 óbitos.

E para garantir proteção ampla é preciso aumentar as coberturas vacinais. Neste ano, o índice de vacinação de gestantes, crianças e idosos na capital está em 36%.

Por isso, procurar uma unidade básica de saúde para a vacinação é fundamental. É o que ressalta o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti.

"O Sistema Único de Saúde (SUS) tem uma grande capilaridade no território. Então, temos mais de 35 mil salas de vacina e a maioria delas está nos postos de saúde – no 'postinho' mais perto de casa – nas Unidades Básicas de Saúde. Então, a população pode se vacinar no posto, na unidade de saúde mais próxima da sua casa. Normalmente, o SUS garante as vacinas de rotina presentes nessas unidades de saúde e as pessoas podem atualizar a sua caderneta." 

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina trivalente usada este ano protege contra os vírus H1N1, H3N2 e tipo B, os mais comuns neste período. É capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e óbitos. 

Procure uma Unidade Básica de Saúde com a Caderneta de Vacinação ou documento com foto. Garanta a sua proteção! 

Para mais informações, acesse www.gov.br/vacinacao. 
 

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