Voltar
Baixar áudioA edição 2025 do Índice de Desenvolvimento da Agropecuária Municipal (Idam), desenvolvido pela Confederação Nacional Municípios (CNM), lista os 150 municípios com maiores índices de desenvolvimento agropecuário. O levantamento aponta que os 10 melhores resultados estão situados nas regiões Nordeste e Centro-Oeste e concentrados em quatro estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Para ranquear os municípios, o Idam utiliza dimensões relativas à produção e produtividade, geração de emprego formal, captação de crédito agrícola e pecuário e arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR).
A ferramenta monitora a atividade econômica relacionada ao meio rural e tem o potencial de apoiar os gestores no planejamento e na organização das ações municipais de incentivo ao desenvolvimento da produção no campo.
Conforme a CNM, o Idam foi desenvolvido em 2022 pela confederação e tem o intuito de promover uma visão ampliada do impacto do agronegócio brasileiro. Os resultados do Idam 2025 refletem os dados brutos municipais de 2022.
Assim como na edição anterior, o Idam 2025 identificou 150 Municípios com elevado desenvolvimento agropecuário – com índice igual ou superior a 0,8.
Este ano, 13 municípios saíram da faixa 5 para a faixa 4, enquanto outros 13 avançaram para a faixa superior. “Esse movimento revela dinamicidade nos resultados e reforça a importância do acompanhamento contínuo das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento rural municipal”, diz um trecho do levantamento.
O município de São Desidério (BA) saltou do 4º lugar em 2024 para o topo da lista em 2025, com índice 0,9693. Nas dimensões arrecadação, emprego e produção, a cidade ganhou 1 ponto para cada; já no quesito crédito, alcançou 0,86.
Em seguida, aparece o município de Mineiros (GO), que ocupava a 1ª posição no ano passado. No índice de 2025, o município goiano ganhou nota máxima apenas em arrecadação.
Já Canarana (MT), que ficou em 3º em 2025, havia ocupado a 11ª posição em 2024. Este ano, a cidade atingiu nota máxima apenas na dimensão de emprego. Além disso, obteve o menor número em arrecadação entre os 10 municípios – de 0,92.
De acordo com o levantamento, as regiões Nordeste e Norte se recuperaram da queda observada na edição anterior do Idam. Além disso, a região Centro-Oeste segue em um curso de elevação da atividade agropecuária.
As regiões Centro-Oeste e Norte cresceram 10,4% e 13,7% em 10 anos. Os resultados refletem o aumento nas dimensões de arrecadação e crédito.
No último ano, a seca que afetou a Região Sul causou uma retração de -3%, resultado da queda de -3% e -5% nas dimensões crédito e produção.
Em contrapartida, as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste tiveram crescimento de 1,2%, 1,8% e 1,2%.
O estudo também aponta que os municípios que integram a área do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) seguem relevantes no cenário regional, com avanço de 2,1% no Idam. O resultado é puxado pela elevação em todas as dimensões analisadas pelo Idam, com destaque para o emprego, com avanço de 3,4% em 2025.
O Idam 2025 apresenta, ainda, três estados com alto desenvolvimento: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná.
A publicação mostra que, nos últimos 10 anos, há destaque para o crescimento do índice em RO, TO, RR e MT. A análise evidencia que o avanço é resultado do aumento nas dimensões crédito e arrecadação.
Entre os estados, este ano o DF teve destaque em função do efeito do aumento na dimensão produção (28%) e em RO o destaque foi para o aumento no emprego (28%) e na produção (10%).
Entre os 20 municípios com maior desenvolvimento no setor agropecuário, 14 concentram-se nos estados de GO, MS e MT.
Copiar o textoCotações da soja caem em Paranaguá; trigo registra alta no Rio Grande do Sul
Baixar áudioA saca de 60 kg da soja, nesta quarta-feira (22), registra queda no interior do Paraná e queda no litoral do estado, em Paranaguá. Na primeira região, o grão é negociado a R$ 132,95, com queda de 0,05%, enquanto no litoral a cotação teve queda de 0,18%, chegando a R$ 138,27.
| Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
|---|---|---|---|---|
| 21/10/2025 | 132,95 | -0,05% | 3,16% | 24,67 |
| 20/10/2025 | 133,01 | -0,41% | 3,20% | 24,75 |
| 17/10/2025 | 133,56 | 0,45% | 3,63% | 24,71 |
| 16/10/2025 | 132,96 | -0,20% | 3,17% | 24,41 |
| 15/10/2025 | 133,23 | -0,05% | 3,38% | 24,41 |
| Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
|---|---|---|---|---|
| 21/10/2025 | 138,27 | -0,18% | 3,48% | 25,66 |
| 20/10/2025 | 138,52 | -0,18% | 3,67% | 25,78 |
| 17/10/2025 | 138,77 | 0,43% | 3,85% | 25,67 |
| 16/10/2025 | 138,17 | -0,07% | 3,41% | 25,37 |
| 15/10/2025 | 138,26 | 0,00% | 3,47% | 25,34 |
O preço do trigo apresenta queda de 0,31% no Paraná e a tonelada é negociada a R$ 1.201,30. E no Rio Grande do Sul, a tonelada do grão registra valorização de 0,09%, sendo cotada a R$ 1.110,43.
| Data | Valor R$/t* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$/t* |
|---|---|---|---|---|
| 21/10/2025 | 1.201,30 | -0,31% | -4,72% | 222,92 |
| 20/10/2025 | 1.205,06 | -0,54% | -4,43% | 224,28 |
| 17/10/2025 | 1.211,63 | 0,30% | -3,91% | 224,13 |
| 16/10/2025 | 1.207,95 | -1,96% | -4,20% | 221,77 |
| 15/10/2025 | 1.232,09 | -0,03% | -2,28% | 225,78 |
| Data | Valor R$/t* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$/t* |
|---|---|---|---|---|
| 21/10/2025 | 1.110,43 | 0,09% | -9,42% | 206,06 |
| 20/10/2025 | 1.109,39 | -0,18% | -9,50% | 206,47 |
| 17/10/2025 | 1.111,42 | -0,45% | -9,34% | 205,59 |
| 16/10/2025 | 1.116,48 | -0,63% | -8,92% | 204,97 |
| 15/10/2025 | 1.123,56 | -2,47% | -8,35% | 205,89 |
Os dados são do Cepea.
A saca de soja e a saca de trigo são as principais unidades de comercialização de grãos no Brasil. Cada saca equivale a 60 quilos, padrão adotado por órgãos oficiais como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Esse formato padronizado facilita o comércio da soja e do trigo, além de permitir um acompanhamento mais preciso das cotações e variações de preços no mercado nacional.
Copiar o textoNesta terça-feira (22), a saca de 60 kg da soja é negociada a R$130,83 no interior do Paraná, com baixa de 0,47%. No litoral do estado, a cotação seguiu outra tendência e teve alta 0,25%, chegando a R$ 138,11 em Paranaguá.
Preço da soja nos últimos 5 dias em Paranaguá:
| Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$ |
|---|---|---|---|---|
| 21/07/2025 | 138,11 | 0,25% | 2,27% | 24,80 |
| 18/07/2025 | 137,77 | 0,23% | 2,02% | 24,66 |
| 17/07/2025 | 137,46 | 0,72% | 1,79% | 24,78 |
| 16/07/2025 | 136,48 | 0,06% | 1,07% | 24,54 |
| 15/07/2025 | 136,40 | -0,06% | 1,01% | 24,52 |
Preço da soja nos últimos 5 dias no Paraná:
| Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$ |
|---|---|---|---|---|
| 21/07/2025 | 130,83 | -0,47% | 1,30% | 23,50 |
| 18/07/2025 | 131,45 | 0,50% | 1,78% | 23,53 |
| 17/07/2025 | 130,80 | 0,99% | 1,28% | 23,58 |
| 16/07/2025 | 129,52 | -0,48% | 0,29% | 23,29 |
| 15/07/2025 | 130,14 | 0,30% | 0,77% | 23,40 |
A cotação do trigo também apresentou alta nesta terça-feira (22), segundo dados atualizados do mercado. No Paraná, o preço do trigo teve alta de 0,17%, com a tonelada sendo negociada a R$ 1.479,74. Já no Rio Grande do Sul, o valor do grão manteve estabilidade e a tonelada do trigo continua cotada a R$ 1.327,46.
Preço médio do trigo nos últimos 5 dias no Paraná:
| Data | Valor R$/t | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$/t |
|---|---|---|---|---|
| 21/07/2025 | 1.479,74 | 0,17% | -0,60% | 265,76 |
| 18/07/2025 | 1.477,18 | 0,00% | -0,77% | 264,44 |
| 17/07/2025 | 1.477,18 | 0,09% | -0,77% | 266,30 |
| 16/07/2025 | 1.475,81 | -0,04% | -0,86% | 265,34 |
| 15/07/2025 | 1.476,47 | 0,04% | -0,82% | 265,46 |
Preço médio do trigo nos últimos 5 dias no Rio Grande do Sul:
| Data | Valor R$/t | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$/t |
|---|---|---|---|---|
| 21/07/2025 | 1.327,46 | 0,00% | -0,74% | 238,41 |
| 18/07/2025 | 1.327,46 | 0,00% | -0,74% | 237,64 |
| 17/07/2025 | 1.327,46 | 0,01% | -0,74% | 239,31 |
| 16/07/2025 | 1.327,32 | 0,27% | -0,75% | 238,64 |
| 15/07/2025 | 1.323,79 | 0,38% | -1,01% | 238,01 |
Os dados são do Cepea.
A saca de soja e a saca de trigo são as principais unidades de comercialização de grãos no Brasil. Cada saca equivale a 60 quilos, padrão adotado por órgãos oficiais como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Esse formato padronizado facilita o comércio da soja e do trigo, além de permitir um acompanhamento mais preciso das cotações e variações de preços no mercado nacional.
Copiar o textoA maioria das cidades está situada no Nordeste do país. A região conta com 621 entes nessa condição
Baixar áudioO Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) estabeleceu a metodologia de aferição de perdas de rendimento agrícola dos municípios elegíveis, como critério para acesso à linha de crédito destinada à renegociação de dívidas rurais. Essa linha está prevista na Resolução n° 5.247/2025 do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Pelo menos 1.419 cidades do país estão aptas a buscar esse acordo. A maioria dos municípios está situada no Nordeste do país. A região conta com 621 entes nessa condição, com destaque para o estado da Paraíba, com 150 cidades registradas. A metodologia consta na Portaria nº 114/2025.
A linha de crédito é decorrente da Medida Provisória nº 1.314/2025, que autorizou a criação da linha de crédito, assim como da Medida Provisória nº 1.316/2025, que abriu crédito extraordinário de R$12 bilhões.
Paralelamente, foi publicada a Resolução CMN Nº 5.257, que admite o acesso à linha de crédito por produtores e cooperativas de produção agropecuária, cujo empreendimento financiado esteja situado em municípios do Rio Grande do Sul e tenham decretado estado de calamidade pública ou situação de emergência em pelo menos três anos no período de 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2024.
Valor Bruto da Produção do Agro atinge R$1,4 trilhão em agosto
O MAPA informou que, no último dia 15 de outubro, foi publicada a Portaria SPA/MAPA nº 117/2025. O documento contém a lista dos 56 municípios gaúchos elegíveis pelo novo critério, que se somam aos 1.363 iniciais, totalizando 1.419.
As taxas de juros variam entre 6% e 10% ao ano, com prazo de até 9 anos para pagamento.
Copiar o texto
Baixar áudioApós dois meses da aplicação das sobretaxas pelos Estados Unidos nas exportações brasileiras do agronegócio, os municípios do país já sentem os efeitos na economia local. De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os impactos negativos somam uma queda de 29,7%, o que representa US$ 608,3 milhões a menos na economia dos municípios, na comparação entre agosto e setembro de 2024.
Os setores mais afetados incluem cana-de-açúcar, produtos florestais, carne bovina e cafeicultura. Entre os municípios mais impactados estão Imperatriz (MA), com queda de US$ 27,9 milhões; Caçador (SC), com redução de US$ 15,3 milhões; Matão (SP) e Três Lagoas (MG), ambos com perdas de US$ 26 milhões; e Lins (SP), com queda de US$ 12,5 milhões.
A CNM alerta para a necessidade de políticas públicas que minimizem os efeitos das sobretaxas e busquem alternativas para fortalecer o comércio exterior brasileiro, visando a recuperação econômica dos municípios afetados.
As informações são da Confederação Nacional de Municípios
Copiar o texto
Baixar áudioO Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 203/2025, que propõe liberar empreendimentos ferroviários da exigência de licença ambiental prévia para enquadramento como prioritários, deve ser analisado em breve pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
A proposta, de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), já foi aprovada pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e agora segue para nova etapa antes de chegar ao plenário.
Na prática, o texto revoga o artigo 4º da Portaria nº 689/2024, do Ministério dos Transportes, que condiciona o enquadramento à apresentação da licença. O status de “prioritário” é requisito para que projetos tenham acesso a debêntures incentivadas e de infraestrutura, mecanismos que reduzem custos de financiamento e aumentam a atratividade para investidores privados.
Para Marinho, a medida é essencial para destravar obras e modernizar a logística nacional. “Em um contexto de alta demanda por infraestrutura logística, especialmente no transporte de cargas de longa distância, a expansão da malha ferroviária é estratégica para reduzir custos operacionais, aumentar a competitividade das exportações e promover o desenvolvimento regional.”
VEJA MAIS:
A safra 2024/25 atingiu 350 milhões de toneladas de grãos — um recorde, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, apenas 19,1% da carga agrícola é transportada por ferrovias em percursos de até 2 mil quilômetros até os portos.
Dados da Esalq/Log e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que o Brasil possui 30,5 mil km de malha ferroviária, mas menos de um terço opera em seu potencial máximo.
Segundo Elisângela Pereira Lopes, assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o modal ferroviário é mais sustentável e tem custo menor em relação ao rodoviário, mas ainda é subutilizado.
“Para além de não termos uma linha férrea abrangendo todo o país, ainda existe a questão do que está em operação hoje. Podemos dividir assim: quase 12 mil quilômetros não estão funcionando de jeito nenhum; 9 mil quilômetros fazem apenas uma operação por dia; e o restante trabalha, em média, em baixa ociosidade. Por isso, é muito importante aumentar a oferta de ferrovias para atender ao agronegócio. Hoje, parte não funciona, a que funciona destina pouco ao agro, e onde funciona não é nas áreas em que a produção mais tem crescido”, explica a assessora da CNA.
Elisangela destaca o potencial logístico do modal. “Uma composição ferroviária pode carregar 16 mil toneladas de uma vez, o que equivale a 400 caminhões. Isso torna o frete ferroviário muito mais barato que o rodoviário.”
O gargalo, no entanto, é a infraestrutura disponível. O Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, tem apenas 366 km de ferrovia, com densidade de 0,4 km a cada mil km². Para efeito de comparação, São Paulo chega a 19,3 km.
Outro entrave, segundo Elisângela Pereira Lopes, é o tempo para viabilizar projetos. “Hoje, em média, um licenciamento de obras de infraestrutura leva de 7 a 10 anos. No caso da [ferrovia] Norte-Sul, foram 30 anos; a Transnordestina está há mais de 30 anos e não foi concluída.”
Ela lembra que projetos estratégicos, como a Ferrogrão — planejada para ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA) —, já deveriam estar prontos. “A Ferrogrão já chega atrasada para a região. Vai reduzir em 40% o custo do frete, diminuir a emissão de gases de efeito estufa e reduzir os acidentes na BR-163, que ceifa centenas de vidas todos os anos” lembra.
Já o professor Carlos Penna Brescianini, especialista em mobilidade urbana, lembra que, após a priorização do rodoviarismo no governo de Juscelino Kubitschek, o país nunca mais recuperou sua rede ferroviária: “Hoje pagamos com congestionamentos, acidentes e uma frota de mais de 100 milhões de automóveis. Não podemos repetir o mesmo erro estratégico com as ferrovias”. Mas para ele, a proposta pode abrir caminho para retrocessos. “Sou defensor das ferrovias, mas é um erro avançar sem licenciamento ambiental. Linhas que cortam florestas e cerrados podem causar impactos irreversíveis na fauna, na flora e nas comunidades locais”, avalia.
Copiar o textoConab aponta alta de 16,3% sobre a temporada anterior; soja, milho e algodão puxam crescimento
Baixar áudioO Brasil colheu a maior safra de grãos de sua história. O 12º Levantamento da Safra 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (11), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília, mostra que a produção totalizou 350,2 milhões de toneladas, um crescimento de 16,3% em relação ao ciclo anterior, ou 49,1 milhões de toneladas a mais.
Soja, milho, arroz e algodão respondem por quase todo esse avanço, juntos somando cerca de 47 milhões de toneladas adicionais.
Segundo a Conab, a expansão foi impulsionada pelo aumento de 1,9 milhão de hectares na área cultivada e pela recuperação da produtividade média, estimada em 4.284 quilos por hectare, alta de 13,7% em relação a 2023/24.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que o resultado é fruto de planejamento e tecnologia. Fávaro completou ainda que, ao considerar toda a produção agropecuária, o Brasil ultrapassa a marca de 1,2 bilhão de toneladas em 2024/2025.
“Não se trata apenas dos 350 milhões de toneladas de grãos. Temos ainda cerca de 650 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 70 milhões de toneladas de proteínas animais, 70 milhões de toneladas de frutas, além de celulose e outros produtos. Tudo isso sai do campo, abastece a mesa dos brasileiros e também chega às mesas de consumidores em todo o mundo, graças à competência dos homens e mulheres do agro brasileiro”, ressaltou.
Entre os destaques estão a maior safra de soja já registrada, com 171,4 milhões de toneladas (alta de 13,3% sobre 2023/24), e a produção recorde de milho, com 139,4 milhões de toneladas (crescimento de mais de 20%). O algodão em pluma também atingiu o melhor resultado da série, com 4,06 milhões de toneladas, avanço de 9,7%.
A produção de arroz chegou a 12,8 milhões de toneladas, alta de 20,6%, impulsionada pelo clima favorável no Rio Grande do Sul, principal produtor do país. Já o trigo, apesar da recuperação da produtividade, deve fechar o ciclo com 7,5 milhões de toneladas, queda de 4,5% em relação à temporada anterior, em função da redução de 19,9% na área plantada.
Copiar o textoO preço do trigo, por sua vez, registra alta de 0,07% no Paraná e estabilidade no Rio Grande do Sul
Baixar áudioO valor da saca de 60 kg da soja abre esta segunda-feira (8) com queda, tanto no interior do Paraná quanto no litoral do estado, em Paranaguá.
Na primeira região, o grão teve recuo de 0,27% e a saca é negociada a R$ 134,75. Na segunda, a baixa foi de 0,21%, com a mercadoria cotada a R$ 140,82.
INDICADOR DA SOJA CEPEA/ESALQ - PARANAGUÁ
| Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 140,82 | -0,21% | 0,90% | 26,02 |
| 04/09/2025 | 141,11 | -0,11% | 1,11% | 25,91 |
| 03/09/2025 | 141,27 | 0,81% | 1,23% | 25,88 |
| 02/09/2025 | 140,13 | 0,11% | 0,41% | 25,60 |
| 01/09/2025 | 139,97 | 0,29% | 0,29% | 25,71 |
INDICADOR DA SOJA CEPEA/ESALQ - PARANÁ
| Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 134,75 | -0,27% | 0,37% | 24,89 |
| 04/09/2025 | 135,11 | 0,05% | 0,64% | 24,81 |
| 03/09/2025 | 135,04 | 0,47% | 0,59% | 24,74 |
| 02/09/2025 | 134,41 | 0,37% | 0,12% | 24,55 |
| 01/09/2025 | 133,92 | -0,25% | -0,25% | 24,59 |
O preço do trigo, por sua vez, registra alta de 0,07% no Paraná e estabilidade no Rio Grande do Sul. No estado paranaense, a tonelada é vendida a R$ 1.396,16, enquanto no gaúcho, é comercializada a R$ 1.275,89.
PREÇO MÉDIO DO TRIGO CEPEA/ESALQ - PARANÁ
| Data | Valor R$/t* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$/t* |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 1.396,16 | 0,07% | -0,86% | 257,93 |
| 04/09/2025 | 1.395,14 | -0,25% | -0,93% | 256,18 |
| 03/09/2025 | 1.398,67 | -0,68% | -0,68% | 256,26 |
| 02/09/2025 | 1.408,24 | -0,05% | -0,00% | 257,21 |
| 01/09/2025 | 1.408,88 | 0,04% | 0,04% | 258,75 |
PREÇO MÉDIO DO TRIGO CEPEA/ESALQ - RIO GRANDE DO SUL
| Data | Valor R$/t* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$/t* |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 1.275,89 | 0,00% | -0,62% | 235,71 |
| 04/09/2025 | 1.275,89 | -0,29% | -0,62% | 234,28 |
| 03/09/2025 | 1.279,54 | -0,20% | -0,34% | 234,43 |
| 02/09/2025 | 1.282,12 | -0,09% | -0,14% | 234,18 |
| 01/09/2025 | 1.283,33 | -0,04% | -0,04% | 235,69 |
Os dados são do Cepea.
A saca de soja e a saca de trigo são as principais unidades de comercialização de grãos no Brasil. Cada saca equivale a 60 quilos, padrão adotado por órgãos oficiais como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Esse formato padronizado facilita o comércio da soja e do trigo, além de permitir um acompanhamento mais preciso das cotações e variações de preços no mercado nacional.
Copiar o textoO café robusta teve redução de 3,12% no preço, com a mercadoria comercializada a R$ 1.358,45
Baixar áudioO preço do café arábica registra queda de 0,68% nesta segunda-feira (8), com a saca de 60 kg negociada a R$ 2.277,03 na cidade de São Paulo.
INDICADOR DO CAFÉ ARÁBICA CEPEA/ESALQ
| Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$ |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 2.277,03 | -0,68% | -1,98% | 421,36 |
| 04/09/2025 | 2.292,66 | -0,33% | -1,31% | 420,98 |
| 03/09/2025 | 2.300,20 | 0,05% | -0,98% | 421,44 |
| 02/09/2025 | 2.299,01 | -1,45% | -1,04% | 419,91 |
| 01/09/2025 | 2.332,86 | 0,42% | 0,42% | 428,44 |
O café robusta teve redução de 3,12% no preço, com a mercadoria comercializada a R$ 1.358,45.
INDICADOR DO CAFÉ ROBUSTA CEPEA/ESALQ
| Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$ |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 1.358,45 | -3,12% | -11,47% | 251,38 |
| 04/09/2025 | 1.402,21 | -1,79% | -8,62% | 257,48 |
| 03/09/2025 | 1.427,76 | -0,29% | -6,95% | 261,59 |
| 02/09/2025 | 1.431,92 | -2,88% | -6,68% | 261,54 |
| 01/09/2025 | 1.474,40 | -3,91% | -3,91% | 270,78 |
Já o preço do açúcar cristal apresenta redução nas principais praças do estado de São Paulo. Na capital, a saca de 50 kg aponta elevação de 1,98%, cotada a R$ 119,65.
INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL BRANCO CEPEA/ESALQ - SÃO PAULO
| Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 119,65 | 1,98% | 1,02% | 22,10 |
| 04/09/2025 | 117,33 | -0,41% | -0,94% | 21,54 |
| 03/09/2025 | 117,81 | -0,99% | -0,53% | 21,58 |
| 02/09/2025 | 118,99 | 0,13% | 0,46% | 21,73 |
| 01/09/2025 | 118,84 | 0,34% | 0,34% | 21,82 |
Em Santos (SP), a mercadoria é negociada a R$ 120,03, após recuo de 1,63% na média de preços sem impostos.
Indicador Açúcar Cristal - Santos (FOB)
| Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 120,03 | -1,63% | -3,43% | 22,24 |
| 04/09/2025 | 122,02 | -1,24% | -1,83% | 22,35 |
| 03/09/2025 | 123,55 | -0,69% | -0,60% | 22,68 |
| 02/09/2025 | 124,41 | -0,07% | 0,10% | 22,75 |
| 01/09/2025 | 124,50 | 0,17% | 0,17% | 22,89 |
A saca de 60 kg do milho, por sua vez, é vendida a R$ 64,78, após alta de 0,12%
INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA
| Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 64,78 | 0,12% | 0,76% | 11,97 |
| 04/09/2025 | 64,70 | 0,19% | 0,64% | 11,88 |
| 03/09/2025 | 64,58 | 0,08% | 0,45% | 11,83 |
| 02/09/2025 | 64,53 | 0,30% | 0,37% | 11,79 |
| 01/09/2025 | 64,34 | 0,08% | 0,08% | 11,82 |
Os valores são do Cepea.
Café arábica e café robusta são as duas principais variedades cultivadas e comercializadas no Brasil, ambas medidas em sacas de 60 kg.
A saca de açúcar cristal no Brasil é padronizada em 50 quilos, especialmente para comercialização no mercado atacadista e para uso na indústria alimentícia. Essa unidade de medida é adotada pelo Cepea/Esalq-USP, principal fonte de cotações diárias do açúcar cristal no país.
A saca de milho equivale a 60 kg de grãos, mesmo padrão utilizado para soja e trigo. Essa medida é oficializada por instituições como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Cepea, sendo amplamente usada em negociações e relatórios de preço do milho.
Copiar o textoJá a carcaça suína especial registra manutenção no preço, ainda negociada a R$ 13,66, por quilo
Baixar áudioO preço do boi gordo registra queda de 0,41% nesta segunda-feira (8), e a arroba é negociada a R$ 312,10, no estado de São Paulo.
INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/ESALQ
| Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
|---|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 312,10 | -0,41% | 0,52% | 57,66 |
| 04/09/2025 | 313,40 | 0,00% | 0,93% | 57,42 |
| 03/09/2025 | 313,40 | -0,08% | 0,93% | 57,42 |
| 02/09/2025 | 313,65 | 1,01% | 1,01% | 57,29 |
| 01/09/2025 | 310,50 | 0,00% | 0,00% | 57,29 |
Nos atacados da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, tanto o frango congelado quanto o resfriado registram estabilidade nos preços. O primeiro segue comercializado a R$ 7,17 e o segundo, a R$ 7,18.
PREÇOS DO FRANGO CONGELADO CEPEA/ESALQ - ESTADO SP
| Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês |
|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 7,17 | 0,00% | -0,14% |
| 04/09/2025 | 7,17 | 1,85% | -0,14% |
| 03/09/2025 | 7,04 | 0,43% | -1,95% |
| 02/09/2025 | 7,01 | -0,71% | -2,37% |
| 01/09/2025 | 7,06 | -1,67% | -1,67% |
PREÇOS DO FRANGO RESFRIADO CEPEA/ESALQ - ESTADO SP
| Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês |
|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 7,18 | 0,00% | -0,14% |
| 04/09/2025 | 7,18 | 1,84% | -0,14% |
| 03/09/2025 | 7,05 | 0,43% | -1,95% |
| 02/09/2025 | 7,02 | -0,85% | -2,36% |
| 01/09/2025 | 7,08 | -1,53% | -1,53% |
A carcaça suína especial também registra manutenção no preço, ainda negociada a R$ 13,66 por quilo nos atacados da Grande São Paulo.
PREÇOS DA CARCAÇA SUÍNA ESPECIAL (R$/kg)
| Data | Média | Var./Dia | Var./Mês |
|---|---|---|---|
| 05/09/2025 | 13,66 | 0,00% | 0,07% |
| 04/09/2025 | 13,66 | -0,15% | 0,07% |
| 03/09/2025 | 13,68 | -0,22% | 0,22% |
| 02/09/2025 | 13,71 | 0,37% | 0,44% |
| 01/09/2025 | 13,66 | 0,07% | 0,07% |
O preço do suíno vivo também aponta estabilidade em quase todos os estados, com destaque para São Paulo, onde o preço é R$ 9,45.
| Data | MG - posto | PR - a retirar | RS - a retirar | SC - a retirar | SP - posto |
|---|---|---|---|---|---|
| ago 2025 | 8,57 | 8,27 | 8,15 | 8,19 | 8,76 |
| jul 2025 | 8,13 | 7,90 | 7,91 | 7,87 | 8,47 |
| jun 2025 | 8,36 | 8,02 | 8,07 | 7,96 | 8,57 |
| mai 2025 | 8,44 | 8,17 | 8,10 | 8,06 | 8,56 |
| abr 2025 | 8,34 | 8,04 | 8,04 | 7,91 | 8,41 |
Os valores são do Cepea.
O boi gordo é o bovino macho pronto para o abate, com peso mínimo de 16 arrobas líquidas de carcaça (aproximadamente 240 kg) e até 42 meses de idade. Atende aos padrões do mercado nacional e internacional, incluindo exportações para Europa, China e cota Hilton.
O frango congelado passa por congelamento rápido, com temperaturas abaixo de -12°C, garantindo maior vida útil para armazenamento e transporte a longas distâncias.
Já o frango resfriado é mantido entre 0°C e 4°C, com validade de 5 a 7 dias, oferecendo textura e sabor mais próximos do fresco, ideal para consumidores exigentes e restaurantes.
Copiar o texto
Baixar áudioA cafeicultura brasileira vive um ponto de inflexão. Maior produtor e exportador mundial, o Brasil possui aproximadamente 2,22 milhões de hectares plantados com café (Arábica e Conilon), segundo dados da Embrapa Café e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A produção ultrapassa 50 milhões de sacas por safra, mas apenas um quarto da área é mecanizada. O restante ainda depende do trabalho manual, que enfrenta um obstáculo cada vez mais crítico: a falta de mão de obra.
“Há uma carência muito grande, principalmente de trabalhadores qualificados para a colheita. Em algumas regiões, produtores chegam a buscar trabalhadores em outros estados, oferecendo uma série de vantagens durante a safra”, relata Ronaldo Goulart Magno Júnior, professor da Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal. Ele lembra que o trabalho manual é pesado, feito sob sol forte e, muitas vezes, em posição desconfortável, o que desestimula a permanência no campo.
O impacto no bolso é significativo. Conforme o professor, quase 50% do custo de produção do café vem da colheita, e a mecanização pode reduzir esse valor pela metade. Ele diz que enquanto um trabalhador experiente colhe manualmente de 6 a 10 medidas (60 litros cada) por dia, uma colhedora chega a processar até 100 medidas por hora, com possibilidade de seletividade — derriçando apenas frutos maduros, que garantem cafés de qualidade superior e maior valor de mercado.
Não por acaso, a mecanização avança em todas as regiões produtoras. Além das grandes propriedades, pequenos e médios produtores começam a se organizar em associações para adquirir máquinas em conjunto. Pesquisas para adaptar a mecanização a áreas inclinadas, microterraceamento e modelos mais compactos e versáteis também estão em curso.
Observando esta tendência, a empresa OXBO, fabricante de máquinas agrícolas desenvolveu e lançou no mercado uma colhedora de arrasto. Desenvolvida para atender especialmente médios e pequenos produtores, justamente onde o custo da colheita pesa proporcionalmente mais que nas grandes propriedades. “A ideia foi levar eficiência e cuidado com a lavoura, trazendo aos produtores uma opção viável de mecanização sem comprometer a qualidade dos frutos e com melhor custo-benefício”, afirma a diretora de vendas e marketing da divisão de frutas da Oxbo, Kathryn Vanweerdhuizen.
Com mão de obra escassa, custos altos e pressão por qualidade, o movimento é claro: mecanizar já não é tendência, é necessidade. E a corrida por soluções mais eficientes promete mudar o cenário das lavouras brasileiras nos próximos anos.
Copiar o texto