Data de publicação: 06 de Novembro de 2022, 17:30h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
A ingestão de carboidratos fermentáveis, como o açúcar, e a má higiene bucal podem desencadear a produção de ácidos por bactérias da boca e provocar cáries. Doenças como diabetes e hipertensão, por exemplo, também podem diminuir a quantidade de saliva e aumentar o risco de infecção nos dentes.
“A cárie é uma doença infecciosa. Na ausência de tratamento, pode progredir até destruir totalmente a estrutura dentária por meio do ataque de ácidos. É uma doença multifatorial, na qual várias características genéticas, ambientais e comportamentais interagem”, explica a odontologista Mara Cristina Mourão Marques.
A higiene bucal correta, de três a quatro vezes por dia, a redução do consumo de açúcar e o uso de flúor, que pode estar presente na água e no creme dental, previnem contra a cárie. Fazer boa hidratação também é uma medida preventiva, segundo a dentista Mara Cristina. “O consumo frequente de água é muito importante para a produção de saliva, que serve como neutralizante daqueles ácidos produzidos pelas bactérias da boca”, conclui.
A advogada Camila França, de 33 anos, sempre sofreu com cárie. Ela consumiu muitos produtos com açúcar ao longo da vida, mas mudou os hábitos com o passar dos anos. “Sempre comi muito doce, bala. Quando comecei a ficar mais velha, comecei a me conscientizar da importância e passei a cuidar mais. Usei mais fio dental, dei mais importância para a escovação”, conta.
Tratamento
Há vários tipos de tratamento das lesões de cárie, a depender do estágio da infecção. Nas formas iniciais, o uso do flúor é eficaz. Existe ainda o tratamento restaurador atraumático, abordagem minimamente invasiva com instrumentos de escavação manual.
“Quando a cárie está em estágio mais avançado e já houve cavitação, no esmalte ou na dentina, será necessário realizar remoção da parte infectada, com caneta de alta rotação, micromotor e brocas, os famosos motorzinhos, e posterior restauração do dente com resina composta. Quando estiver muito profunda, será necessário tratamento de canal”, diz Mara Cristina.