As aeronaves contratadas pelo Governo Federal para o maior mapeamento aéreo da história do Rio Grande do Sul iniciam, nesta terça-feira (12), os voos para gerar imagens e dados de alta precisão que vão orientar obras de prevenção e reconstrução no estado. A visita aos equipamentos e aviões ocorreu nesta segunda-feira (11). É a primeira vez que a tecnologia de 8 pontos por metro quadrado será utilizada no país.
A ação, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), faz parte dos investimentos estruturantes para apoiar a reconstrução do estado e prevenir novos desastres. O projeto vai gerar modelos digitais de terreno e superfície, além de ortoimagens (imagens aéreas corrigidas geometricamente para remover distorções) de alta precisão, fundamentais para embasar estudos hidrológicos e permitir ações estruturantes de combate definitivo a enchentes. Os voos ocorrerão durante o dia, com aproveitamento máximo da iluminação solar para as fotografias e o mapeamento a laser. O investimento é de R$ 46 milhões, contratados pelo MIDR, com previsão de conclusão entre 14 e 16 meses.
Nesta segunda-feira (11), o diretor do Departamento de Projetos Estratégicos (DPE) da Secretaria Nacional de Segurança Hidrica (SNSH) do MIDR, Bruno Cravo, esteve no Aeroclube Belém Novo, em Porto Alegre, para conhecer de perto as aeronaves e os equipamentos das empresas que compõem o consórcio responsável pelo trabalho. Cravo ressaltou que o trabalho integra o conjunto de ações de reconstrução e prevenção coordenadas pelo governo federal. “O levantamento aéreo permitirá gerar informações detalhadas que vão orientar obras e medidas de prevenção. É um trabalho técnico, mas com impacto direto na vida das pessoas, porque significa planejar um Rio Grande do Sul mais seguro”, afirmou.
O secretário de Apoio à Reconstrução do RS, Maneco Hassen, destacou que a iniciativa é mais um passo importante no apoio ao estado. “O mapeamento vai gerar produtos essenciais para embasar estudos hidrológicos e permitir ações estruturantes para combate definitivo a cheias. Essa é uma ação pós-atendimento emergencial, que vai garantir, no futuro, mais segurança para o povo gaúcho”, afirmou.
Coordenado pela Saibrasil, o consórcio reúne ainda as empresas Aerossat e Fototerra, que juntas somam mais de 70 anos de experiência no setor de aerolevantamento e mapeamento. Segundo o coordenador do projeto, Roberto Ruy, serão mapeados 167 mil quilômetros quadrados. “O objetivo final é permitir que o estado faça análises e estudos hidrológicos, especialmente diante das enchentes graves registradas nos últimos anos. Começaremos com três aeronaves, partindo de Porto Alegre, Santa Maria e Garibaldi, voando de acordo com as condições meteorológicas”, explicou.