Em 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Eventos relativos à data vêm sendo realizados em todo o país desde 1º de julho e prosseguem até o fim do mês.
Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, mulher negra e latino-americana, a data é um importante instrumento de combate à discriminação racial e de gênero.
“É um dia de celebração, reflexão sobre as lutas, conquistas e as necessidades de reconhecimento dos legados e direitos das mulheres negras. O respeito à sua existência e a necessidade de implementação de ações de reparação reais para impactar a sociedade”, afirma a ministra.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi instituído em 1992, ano em que ocorreu em Santo Domingo, na República Dominicana, o 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas. No mesmo ano, a Organização das Nações Unidas reconheceu a data como dia internacional.
Ações afirmativas
A assessora de Participação Social e Diversidade do Ministério da Cultura, Mariana Braga, ressalta a importância desta celebração para o Ministério da Cultura: “O 25 de julho é uma oportunidade para dar visibilidade às mulheres fazedoras de cultura nesse Brasil que estão aí na linha de frente dos territórios culturais, os projetos culturais, as ações culturais, as expressões culturais brasileiras.”
De acordo com Mariana Braga, o MinC vem adotando estratégias e implementando ações afirmativas às políticas culturais especialmente voltadas às mulheres negras. Essas ações afirmativas se expressam por meio de cotas, de editais específicos, de bônus de pontuação dentro dos processos seletivos.
“Então a gente lançou no Ministério da Cultura ações afirmativas com foco em mulheres negras dentro do audiovisual, também dentro do livro e leitura, e estamos fazendo um processo de implementação nacional de ações afirmativas por meio da Política Nacional Aldir Blanc em todos os estados e quase todos os municípios brasileiros”, informa.
A data também é importante para destacar nomes de mulheres negras que têm contribuído para a cultura brasileira, além de reconhecer o protagonismo que essas mulheres merecem na atualidade.
“De Maria Firmina dos Reis a Lélia González, de Carolina Maria de Jesus a Rute de Souza e tantas mulheres anônimas, nós somos herdeiras de uma ancestralidade poderosa. O governo brasileiro vem trabalhando para que mulheres negras e latinas e todas as mulheres estejam acolhidas nas políticas federais e nas políticas culturais, porque representatividade importa e as nossas histórias precisam ser contadas. Celebramos o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, uma data para honrar a força, a beleza e a resistência de tantas mulheres que construíram e constroem nossa história”, destaca a ministra Margareth Menezes.
Vale lembrar que, no Brasil, o 25 de julho é também Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em homenagem a Tereza de Benguela, líder do Quilombo Quariterê e símbolo da resistência negra brasileira. A data foi instituída por lei em 2014.