Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

InfoGripe: 12 estados seguem com tendência de aumento de casos graves de síndrome respiratória

A incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento nas UFs, bem como hospitalizações por SRAG nas crianças pequenas, associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) em estados das regiões Sul, Nordeste e Norte; confira os estados

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O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento em 12 das 27 unidades da Federação. Além disso, o documento aponta que as hospitalizações por SRAG nas crianças pequenas, associadas ao vírus sincicial respiratório (VSR), seguem em alta em vários estados das regiões Sul, Nordeste e Norte, além de Mato Grosso. A análise é referente à semana epidemiológica 25, de 15 a 21 de junho.

Conforme a publicação, a incidência de SRAG na maioria dos estados continua alta e requer atenção da população.

Segundo o boletim, os vírus responsáveis pelo aumento de casos graves no país são o da influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR). Inclusive, em alguns estados do Centro-Sul, Norte e Nordeste as hospitalizações por influenza continuam crescendo.

Diante do cenário de alta nas hospitalizações por Influenza A no país, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca a importância da vacinação, especialmente para as pessoas do grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Além disso, frisa a importância do uso de máscara em caso de sintomas respiratórios.

“Como a gente tem observado aí uma alta das hospitalizações pelo vírus da influenza em muitos estados do país, a gente continua pedindo para que as pessoas que ainda não se vacinaram contra o vírus, que tomem a vacina contra o vírus da influenza. E a gente também continua pedindo aí algumas medidas de proteção, como uso de máscaras dentro dos postos de saúde, em locais fechados e para a aglomeração de pessoas e que também para que as pessoas adotem aí uma etiqueta respiratória, principalmente em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado", indica Portella.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o Boletim aponta que a influenza A prevaleceu entre os casos positivos, com 37,5%. Já a influenza B teve apenas 0,9% de casos positivos. Por outro lado, 45,6% foram de vírus sincicial respiratório (VSR), 19,2% de rinovírus e 1,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). 

Tocantins é o único estado onde os casos de SRAG caíram significativamente. Segundo o Boletim, a UF atingiu um nível baixo e seguro de incidência.

Confira as 12 das 27 UFs que apresentam incidência de SRAG com sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 25: 

  • Alagoas;
  • Bahia; 
  • Mato Grosso; 
  • Minas Gerais;
  • Paraná; 
  • Paraíba;
  • Pará;
  • Rio Grande do Norte;
  • Rio Grande do Sul;
  • Rondônia;
  • Roraima;
  • Sergipe.

Crianças pequenas 

O VSR é responsável pela hospitalização especialmente das crianças pequenas e tem crescido nas regiões Sul, Nordeste e Norte, além de Mato Grosso.

Confira os estados onde as ocorrências de SRAG associada ao VSR continuam em crescimento:

  • Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • Nordeste: Alagoas, Bahia, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe;
  • Norte: Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima;
  • Centro-Oeste: Mato Grosso.

Conforme o documento, o cenário sinaliza uma interrupção do crescimento ou início de queda dessas hospitalizações no Sudeste, nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e em boa parte da região Centro-Oeste, como no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul. Também integram a lista, alguns estados do Norte, sendo Acre, Amapá e Tocantins, e do Nordeste, como Ceará, Maranhão e Pernambuco.

“Ainda assim, é importante ressaltar que a incidência dessas hospitalizações permanece alta na maioria desses estados, o que requer atenção”, reforça a pesquisadora.

Cenário epidemiológico no país 

Em 2025, já foram notificados 110.412 casos de SRAG, 51,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 26,3% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 45,4% foram de vírus sincicial respiratório, 22% de rinovírus e 8,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). 
 

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