22/11/2025 04:50h

Debate na Green Zone apontou caminhos para pecuária de baixo carbono na região, além de destacar a importância do financiamento sustentável na Amazônia

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A programação oficial da COP30 reuniu pesquisadores, técnicos, produtores e gestores públicos para debater a pecuária sustentável na Região Amazônica. Durante o “Dia da Pecuária Verde e Financiamento Sustentável”, realizado no pavilhão do Banco da Amazônia, na Green Zone da COP30, os participantes destacaram caminhos para a pecuária de baixo carbono na região, inclusive, com o apoio de financiamento sustentável.

O debate acompanha a demanda por uma transição para uma pecuária de baixo carbono, cuja adoção é essencial para aliar produção, conservação e inclusão social. A pecuária segue como um dos principais motores da economia amazônica, no entanto, desafia o território com pressões ambientais sobre a degradação do solo.

Pecuária Verde na Amazônia

No encontro, foram apresentadas experiências voltadas à redução das emissões de carbono na atividade no âmbito do programa Pecuária Verde. O programa do Banco da Amazônia combina crédito rural, assistência técnica, métricas de monitoramento e incentivos a produtores que adotam práticas sustentáveis. 

O modelo está em fase piloto em Roraima e, segundo participantes do debate, tem mostrado que a recuperação de áreas degradadas e a elevação da produtividade dependem sobretudo do manejo adequado e de sistemas integrados de produção – de lavoura e pecuária.

Entre os objetivos estão o aumento da produtividade, além da recuperação de áreas degradadas, bem como a redução das emissões de CO2.

O coordenador do Grupo de Trabalho sobre Pecuária Verde do Banco da Amazônia, Augusto Bastos, destacou que a proposta marca um avanço na forma de produzir na Amazônia, ao buscar conciliar conservação ambiental, regeneração de áreas e geração de renda.

“O Pecuária Verde traz uma sequência bem grande de inovações que vão revolucionar o crédito rural em termos de monitoramento e comprovação dos impactos socioambientais e econômicos que cada operação na pecuária vai trazer para as metas nacionais e para os objetivos do desenvolvimento sustentável”, disse Bastos.

O pesquisador da Embrapa, Amaury Bendahan, lembrou do papel social da pecuária na Amazônia e afirmou que a atividade integra as soluções climáticas. 

“A pecuária é o maior uso da terra na Amazônia, envolve mais de 200 mil produtores. Tem um papel social dentro da Amazônia e é parte da solução climática. A pecuária não pode ser vista de maneira diferente. Ela é um sumidouro de carbono quando você maneja ela bem, tem boas práticas, contribui na mitigação dos gases efeitos estufa”, ressaltou Bendahan.

O objetivo é expandir o Pecuária Verde de forma gradual em toda a região – tendo em vista que a pecuária está presente em todos os municípios da Amazônia.
 

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21/11/2025 11:00h

Encontro reuniu no Centro Cultural Banco da Amazônia pesquisadores, ativistas e lideranças negras para discutir Cabanagem, titulação quilombola e equidade na Amazônia

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O Dia Nacional de Combate ao Racismo, celebrado em 18 de novembro, promoveu reflexões e trocas de saberes em Belém (PA) – com o I Seminário Igualdade Racial, realizado no Centro Cultural Banco da Amazônia. O evento reuniu professores, pesquisadoras e militantes dos movimentos negros para discutir memória, território e identidade negra na Região Amazônica, em meio à exposição internacional Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação.

O diretor Corporativo do Banco da Amazônia, Diego Lima, abriu o evento e compartilhou sua trajetória de homem negro, destacando a importância de discutir desigualdades estruturais.

Para Diego, a promoção da equidade é crucial para o respeito à diversidade. “Esse tem sido um trabalho do Banco da Amazônia: promover a mudança social e o respeito às diferenças. O Banco, hoje, oferece crédito, soluções e valorização da cultura, para um caminho mais justo e inclusivo”, afirmou.

Cabanagem além do registro oficial

O primeiro painel teve como tema “Revolução da Cabanagem e protagonismo quilombola – resistência popular e luta por igualdade”. A revolução popular aconteceu entre 1835 e 1840 na Amazônia e os especialistas analisaram o contexto histórico da Cabanagem e seus reflexos na luta quilombola, destacando a participação de negros, indígenas e mestiços na revolução amazônica.

A professora da Universidade Federal do Pará, Magda Ricci, estuda o tema há mais de três décadas e chamou atenção para a diversidade dos cabanos e a necessidade de romper a invisibilidade dentro do movimento. “Estudar a Cabanagem não pode se limitar à visão do Império. Deve-se ir além das fronteiras amazônicas. A invisibilidade provoca grandes distorções na compreensão da natureza dos cabanos”, disse.

Ela destacou, ainda, a importância da semana da consciência negra para fomentar o respeito e a reflexão sobre a diversidade de povos. “Então, é essencial que isso seja mais do que relevante nesta semana. Uma semana que é inclusiva, tem muitos pretos na cabanagem, mas o mais bonito dela é que tem muita diversidade”, afirmou Ricci.

Já o historiador, professor, estudioso do patrimônio histórico, Michel Pinho, salientou que a Cabanagem evidencia os traços da história de Belém, que vão além da cultura indígena. Para ele, os vestígios culturais do período cabano, espalhados por ruas, prédios e espaços públicos, ajudam a compor uma identidade documentada.

Na avaliação do especialista, o debate no Centro Cultural Banco da Amazônia tem papel relevante em destacar a identidade cultural dos cabanos em Belém.

“Abrir esse espaço para uma discussão entre história e cabanagem é fundamental para a gente pensar na participação cidadã. O Banco da Amazônia tem um papel importante em relação a isso, que é garantir às pessoas a pensarem sobre a sua identidade”, ressaltou Pinho.

Titulação quilombola e justiça racial

O segundo painel mostrou a trajetória de Zélia Amador de Deus, uma das principais referências da militância negra no Pará e no Brasil. O tema da apresentação foi “A luta de Zélia Amador de Deus – titulação das terras quilombolas e justiça racial”.

A especialista em direitos quilombolas, Isabel Cabral, destacou o papel da educadora na articulação pela titulação de terras quilombolas e da movimentação popular em prol de melhores condições de vida em todas as esferas.

“A principal importância é mostrar que a organização social é que conquista esses direitos, porque a gente sempre fala que os governantes não acordam do dia para a noite e resolvem atender esses clamores. Não, é a sociedade organizada quem conquista esses direitos. Rever essa história da professora Zélia mostra, principalmente para os jovens que estão hoje se organizando, que esse é o caminho mesmo – é a intercessão também dos direitos à moradia, à terra, à educação”, pontuou.

A advogada e pesquisadora quilombola da comunidade Genipaúba, em Abaetetuba,  Flávia Santos, apontou entraves que ainda persistem nos processos de regularização fundiária. Segundo ela, apenas em Santarém e Belém há cerca de 80 processos de titulação parados. 

Flávia salientou, ainda, que a titulação contribui para a proteção da floresta e das comunidades. “Território quilombola não titulado é território violado. A titulação é solução para a crise climática”, afirmou.

Resistência, memória e equidade

Já o painel abordou o tema: “Resistência e liderança – Dandara dos Palmares e Nelson Mandela: lutas por liberdade e igualdade” – nomes de peso que atuaram na defesa da liberdade e igualdade. 

A ativista do coletivo Sapato Preto, Juliana Miranda, destacou o papel pedagógico dos movimentos negros. “O movimento negro é educador. Mostra o genocídio da população negra e a luta contra o apagamento social. O racismo não é um inimigo distante”, disse.

Para a professora e ativista Sabrina Figueiredo Souza, resistir também é transmitir memória e afirmar identidades. “Não falamos de igualdade, mas de equidade. Não somos todos iguais. Nem queremos ser. Queremos ser respeitados nas nossas diferenças”, afirmou.

Exposição

Em meio à exposição sobre Mandela, o seminário reforçou que as lutas por justiça racial — locais e globais — seguem conectadas.

A mostra “Mandela - Ícone Mundial de Reconciliação”, reúne  50 painéis de fotografias e uma instalação audiovisual para mostrar a trajetória de vida de Mandela desde a infância, passando pela luta contra o apartheid, os 27 anos de prisão e a histórica eleição como o primeiro presidente negro da África do Sul.

A exposição vai até 30 de novembro, com entrada gratuita, no Centro Cultural Banco da Amazônia – localizado no prédio matriz do Banco. 
 

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21/11/2025 04:55h

Sem mudança na tabela, microempreendedores têm migrado de regime para continuar formalizados e acompanhar o aumento do faturamento; representante da Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa) defende correção automática dos valores

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No início de 2025, Evelin Gusmão Cecílio, 28 anos, de Vicente Pires (DF), teve que migrar para o MEI Caminhoneiro porque o teto de R$ 81 mil – previsto no regime do Simples Nacional – ficou defasado em relação à realidade do seu faturamento. A empresária ressalta que a atualização da tabela de enquadramento no MEI tem um papel decisivo para manter a formalidade dos empresários.

A caminhoneira foi MEI de 2021 a 2024 e migrou para o MEI Caminhoneiro em janeiro deste ano. Evelin avalia que a atualização do Simples Nacional vai evitar que pequenos empresários como ela busquem a informalidade.

Como os valores do regime estão desatualizados desde 2018, Evelin aponta que os limites atuais não acompanham a realidade do mercado. No caso dela, a única saída para manter a formalidade e continuar crescendo foi migrar de regime. 

“A possibilidade de mudar para o MEI Caminhoneiro, com limite mais compatível com meu faturamento, foi o que garantiu que continuasse formalizada, emitindo notas, contribuindo com meus impostos e mantendo tudo certinho. Esse tipo de atualização é essencial para que mais pessoas possam permanecer dentro da legalidade e não precisem escolher entre crescer ou ficar regular”, relata Evelin. 

A realidade de Evelin é diferente da de milhares de empresários brasileiros, já que mais de 570 mil MEIs foram desenquadrados em 2024 por excederem o limite de receita bruta permitido para a categoria. O dado foi levantado pela pela Contabilizei e baseado em informações da Receita Federal.

O reajuste está previsto no Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/21 – parado na Câmara há quatro anos. Pela proposta, o teto do MEI passaria de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil.

Estímulo ao crescimento

A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) está engajada na votação do reajuste ainda este ano e tem defendido a urgência da atualização em prol dos empresários brasileiros.

O vice-presidente jurídico da CACB, Anderson Trautman, destaca que o reajuste é fundamental para garantir a expansão do empresariado e a formalização dos pequenos empresários.
 
“É um movimento extremamente representativo que muito contribuirá para o crescimento da economia no Brasil. Mais formalização, mais competitividade e que resultará, inclusive, em mais arrecadação, sem impacto negativo para as contas públicas”, menciona Trautman.

Na avaliação de Evelin, a mudança vai evitar que microempreendedores que estão crescendo sejam penalizados por isso – com risco de desenquadramento do Simples Nacional.

“Esse ajuste é importante justamente para que pequenos empresários não sejam penalizados pelo próprio crescimento e possam se manter regulares, contribuindo com um sistema de forma justa”, diz a empresária.

Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa), Evenson Robles Dotto, destaca que o Simples abrange mais de 90% dos CNPJs do país e tem um papel fundamental na movimentação dos empresários brasileiros.

Para ele, o limite defasado não estimula investimentos e, consequentemente, afeta o desenvolvimento econômico dos proprietários das empresas.

“Você atinge o limite do Simples, quer crescer e é penalizado – já que a carga tributária aumenta significativamente. O empresário começa a ver que não vale a pena crescer e isso inibe o crescimento, inibe o investimento e atrapalha muito o crescimento das empresas”, afirma.

Dotto defende a urgência do reajuste e uma atualização automática dos valores das tabelas de enquadramento no regime. 

“Esse reajuste tem que ser mais do que urgente porque são muitos e muitos anos com o valor defasado. Reajustando e atualizando, as empresas vão se adaptando, vai crescendo, você libera o crescimento. O governo tem que incentivar para que todas as empresas possam crescer e todas sejam bem grandes”, pontua Dotto.

Projeto de Lei que reajusta o Simples 

O Projeto de Lei 108/2021, que tramita na Câmara, estabelece novos tetos para o regime. 

Confira como ficam os enquadramentos, conforte o PL:

  • MEI de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil;
  • Microempresa: de R$ 360 mil para R$ 869,4 mil;
  • Empresa de pequeno porte, de R$ 4,8 milhões para R$ 8,69 milhões.

Cálculos da CACB apontam que a medida pode gerar 869 mil empregos e injetar mais de R$ 81,2 bilhões na economia. A Confederação também pleiteia que a proposta inclua a correção anual da tabela do Simples Nacional pela inflação. 

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20/11/2025 04:55h

CACB apresenta sete metas para acelerar transição energética, fortalecer a bioeconomia e ampliar inclusão na Amazônia

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Nesta quarta-feira (19), em meio às discussões da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), em Belém (PA), a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) lançou a Agenda Empresarial de Desenvolvimento Econômico Sustentável 2030. O documento elenca sete objetivos voltados à transição energética, bioeconomia e logística reversa. 

A ação inédita voltada à sustentabilidade reúne propostas para estimular políticas verdes, promover a inclusão social e estabelecer metas a serem cumpridas até o fim da década. Entre os objetivos estão regulamentar o sistema brasileiro de comércio de emissões de efeito estufa, estimular a criação de incentivos junto ao governo federal, fomentar programas de logística reversa e promover a educação ambiental no meio empresarial.

Outra ação prevista é o programa CEP Para Todos Amazônia, destinado à regularização de endereços e à inclusão documental de comunidades ribeirinhas e rurais na Região Amazônica.

O coordenador do Conselho Empresarial da Amazônia Legal da CACB, Marco César Kobayashi, ressaltou que a entidade conta com a parceria das associações para avançar com a agenda. Ele também destaca o potencial das medidas para a sociedade civil:

“A nossa expectativa é que a agenda possa balizar as ações das associações comerciais e federações de todo o país, no propósito de alcançar o avanço do desenvolvimento econômico e social de forma sustentável, justa e responsável”, afirma.

Segundo Kobayashi, a implementação das ações deve gerar impactos relevantes no PIB brasileiro e na economia local.

O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (Faciapa), Leonardo Pinheiro, ressaltou a importância da execução da agenda no Norte do país. “Vamos construir as ações para cumprir esse projeto com todas as associações e seus associados”. Já a presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Elizabeth Grunvald, reforçou a adesão do setor empresarial à agenda. “Estamos muito felizes com esse compromisso”, salientou.

Conheça a Agenda de Desenvolvimento Econômico Sustentável 2030 da CACB

A agenda foi organizada pelo Conselho Empresarial da Amazônia Legal da CACB e assinada na ACP. 

A iniciativa marca o início de uma articulação nacional, com ênfase numa aliança do setor produtivo que busca levar a agenda sustentável para além da Amazônia e envolver empresas de todos os setores até 2030.

Confira os sete objetivos:

  • Regulamentar o sistema de gases de efeito estufa;  
  • Provocar incentivos junto ao governo federal;
  • Fomentar a logística reversa;
  • Promover educação ambiental nas empresas;
  • Apoiar a transição energética do setor produtivo;
  • Valorizar a bioeconomia; e
  • Viabilizar o programa CEP Para Todos Amazônia, em parceria com Instituto Liberal de São Paulo.

A CACB será responsável por executar a agenda por meio da mobilização das federações estaduais e das associações municipais. 
 

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20/11/2025 04:35h

Debate na Green Zone evidenciou que técnicas como plantio direto e manejo eficiente do solo têm potencial para aumentar a produção, reduzir custos e emissões de carbono

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Durante a programação oficial da COP30, especialistas, produtores e representantes do setor privado discutiram caminhos para ampliar a agricultura regenerativa e práticas de baixo carbono na Região Amazônica. Os participantes destacaram que técnicas regenerativas, como plantio direto, manejo eficiente do solo e uso racional de insumos, podem elevar a produtividade e, ainda, reduzir a pressão pela abertura de novas áreas no local.

O debate ocorreu no pavilhão do Banco da Amazônia, na Green Zone, em Belém (PA), no painel “Agricultura Regenerativa e Plano Clima: o desafio de contribuir para a NDC brasileira”. Os especialistas mostraram perspectivas sobre o papel do setor agrícola na redução de emissões de gases do efeito estufa.

O executivo de agronegócios do Banco da Amazônia, Guido Bianchi, destacou a importância da agricultura regenerativa e as linhas de crédito do banco direcionadas a práticas sustentáveis.

Segundo ele, as técnicas de manejo do solo voltadas à sustentabilidade aumentam a produção e ainda reduzem custos e as emissões de carbono na atmosfera.

“Através da agricultura regenerativa, nós conseguimos aumentar a produção e reduzir custos de acordo e, logicamente, reduzir a emissão de carbono, melhorando a nossa atmosfera. E o Banco da Amazônia vem, através das políticas de crédito, incentivando essa agricultura de baixo carbono, a pecuária de baixo carbono, o ABC, que faz com que a gente possa cumprir o acordo tratado de Paris, de acordo com as diretrizes e as metas impostas pela NDC”, ressaltou Guido Bianchi.

A NDC é a sigla para Contribuição Nacionalmente Determinada – documento apresentado no ano passado, durante a última COP, que reforça o compromisso voluntário do Brasil com a redução de carbono até 2035.

Diálogo 

O painel contou com a participação de Deise Dalla Nora, da Yara Fertilizantes, Isabela Malphigui, vice-presidente de Sustentabilidade LATAM e Márcio Santos, CEO da Bayer Brasil. O debate foi mediado pela diretora técnica do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Alessandra Fajardo.  

Além da discussão voltada à agricultura regenerativa, houve um painel com foco na transição regenerativa na agricultura familiar. Foi possível acompanhar no espaço experiências práticas da região. 

Por exemplo, o gerente de agricultura de cacau da Nestlé, Igor Mota, mostrou que as técnicas têm trazido resultados concretos entre produtores na Transamazônica a partir do projeto “Mais Inteligência, Mais Cacau”. A iniciativa atende 50 agricultores e tinha como meta alcançar 20% de matérias-primas regenerativas até 2025 – patamar que já foi superado.

O debate também contou com a participação dos agricultores Pedro e Carmen Gotargom, além do gerente de sustentabilidade da PMI, Marco Follador.

Guido Bianchi afirmou que o espaço do Banco na Green Zone tem promovido reflexões acerca da adoção de técnicas sustentáveis tanto nas propriedades rurais quanto em empresas da região.

“Fazer com que eles conheçam a agricultura de baixo carbono, implantem isso na propriedade deles e não só nas propriedades, nas empresas, nas indústrias”, disse Bianchi.
 

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18/11/2025 17:00h

Com a presença de estudantes, profissionais do setor, lideranças empresariais e representantes de diversas instituições, debate mostrou que a descarbonização só avança quando há recursos destinados a projetos de infraestrutura essencial

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A implementação de projetos de infraestrutura verde na Amazônia foi discutida na programação oficial da COP30. O debate reforçou que a descarbonização só avança quando há investimentos em obras essenciais — especialmente em saneamento básico. O encontro, promovido pelo Banco da Amazônia em seu pavilhão na Green Zone, em Belém (PA), reuniu especialistas para discutir caminhos possíveis.

A ênfase no saneamento não foi à toa: além de reduzir emissões e melhorar a qualidade de vida nas comunidades, essa infraestrutura prepara os territórios para receber projetos de energia renovável. Os participantes ressaltaram que o avanço da infraestrutura verde depende diretamente de investimentos estruturantes e bem planejados.

O espaço atraiu estudantes, profissionais do setor, lideranças empresariais e representantes de diversas instituições. Também foram discutidos temas como inovação, baterias de íons-lítio, microgeração solar e tecnologias limpas voltadas a comunidades isoladas da região.

Na avaliação de Nélio Gusmão, Gerente Executivo de Crédito Corporate do Banco da Amazônia, a movimentação no pavilhão reforça que a transição energética tem sido buscada na região, “mostrando que a transição energética não é apenas discurso, ela já está acontecendo”, ressaltou.

Visibilidade a modelos já adotados

Em relação aos casos de sucesso voltados à promoção de uma vida mais digna na região com acesso à água potável, a diretora de Sustentabilidade da Águas do Pará, Adriana Albanese, apresentou o caso da Vila da Barca, em Belém (PA).

A vila paraense recebeu investimentos em saneamento que transformaram a realidade de 5 mil moradores, que passaram a receber água potável regularmente após a implantação, em apenas três meses, de 2,3 km de redes elevadas. A iniciativa foi financiada pelo Banco da Amazônia.

A medida mostra a importância da infraestrutura básica para a população, ao criar e fomentar melhores condições para saúde e adaptação climática.

Ao longo dos debates, os especialistas discutiram o papel do financiamento sustentável na viabilização de projetos que exigem escala e continuidade – o que é considerado crucial para transformar inovação em impacto real. 

O diretor de Crédito do Banco da Amazônia, Roberto Schwartz, destacou o papel do financiamento sustentável para viabilizar as transformações apresentadas. “Quando diferentes empresas acreditam que o banco pode ajudar a transformar o que está no papel em realidade, isso vira impacto concreto. Esse é o poder transformador do financiamento sustentável”, afirmou . 

Para Schwartz, a união entre tecnologia, capital e articulação institucional é o que garante que os projetos cheguem efetivamente às comunidades amazônicas.

Energia com foco em redução de custos

Outra experiência apresentada foi destinada a mostrar aplicações de baterias de íons-lítio capazes de reduzir custos, estabilizar o fornecimento de energia e substituir geradores a diesel – utilizações comuns na região.

O caso foi mostrado pelo presidente do Conselho de Administração da Matrix Energia, Wilson Ferreira Júnior, por exemplo.

“Com placas solares e baterias, você carrega durante o dia e utiliza à noite. A comunidade ganha autonomia energética e abandona o diesel. É uma solução limpa, eficiente e replicável”, ressaltou Wilson. Inclusive uma parcela dessas iniciativas foi financiada pelo Banco da Amazônia para sua implementação..

Ainda no painel sobre transição energética, Flávio Carminati, presidente da Juparanã, empresa do ramo do agronegócio, reforçou que o financiamento é um dos principais pilares da transição energética. 

“O Banco da Amazônia foi o primeiro com quem fiz uma operação financeira, e essa parceria cresceu porque viabiliza projetos reais. Isso mostra como o apoio financeiro é determinante para iniciativas estruturais”, apontou Carminati.

 

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18/11/2025 16:30h

Debate na Green Zone destaca que novos corredores logísticos precisam considerar impactos sobre comunidades ribeirinhas e floresta

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Durante a programação oficial da COP30, autoridades debateram os caminhos para o futuro logístico da Amazônia em um momento marcado pela pressão por novos corredores de transporte. O encontro destacou os principais desafios e oportunidades para o setor após a Conferência do Clima, com foco em destravar o potencial econômico da região sem comprometer a Floresta Amazônica e em identificar oportunidades de desenvolvimento local. A discussão foi promovida pelo Banco da Amazônia, em seu pavilhão na Green Zone, em Belém (PA).

A discussão contou com a participação do Ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, além de especialistas do governo, setor privado e instituições de planejamento. O debate teve o objetivo de discutir como expandir a infraestrutura da Região Norte sem repetir modelos que pressionam ainda mais o território. 

Importância do diálogo na logística da região

O diretor de crédito do Banco da Amazônia, Roberto Schwartz, abriu o debate e destacou a importância do diálogo com o MPor em um momento de reorganização dos corredores logísticos do país.

Segundo ele, a presença de órgãos reguladores e especialistas ajuda a esclarecer caminhos para a reorganização logística da região.

“Esse é o nosso objetivo, conseguir promover discussão, conseguir promover debate para que a gente tenha cada vez mais uma sociedade consciente, uma sociedade segura para poder debater e dialogar os assuntos de sustentabilidade e logística na região”, afirmou Roberto Schwartz.

Debate

O painel evidenciou a urgência de soluções que evitem ampliar o desmatamento e os impactos sobre comunidades ribeirinhas, que ficam mais evidentes conforme aumenta a pressão por novos corredores logísticos. Nesse cenário, a infraestrutura verde – conceito que combina eficiência logística com soluções baseadas na natureza – aparece como alternativa estratégica.

As medidas envolvem a incorporação de elementos naturais ao planejamento, como áreas de amortecimento contra cheias, drenagem natural e manejo florestal em faixas logísticas. Dessa forma, os projetos podem reduzir riscos, prolongar a vida útil das obras e evitar intervenções mais agressivas ao ambiente.

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15/11/2025 04:55h

CACB defende reforma administrativa; IFI alerta que cenário atual é insustentável a médio e longo prazo

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Até agora, em 2025, o Brasil já gastou R$ 4,5 trilhões em despesas primárias da União, estados, municípios e DF. A escalada de gastos é mostrada em tempo real pela plataforma Gasto Brasil, da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), desenvolvida em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de São Paulo (ACSP). 

Com os gastos em alta e sem sinal de desaceleração, o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Marcus Pestana, analisa que o panorama atual de desequilíbrio fiscal é “insustentável” a médio e longo prazo. “O grande desafio do Brasil é no terreno fiscal. É preciso que a sociedade, os três poderes, os municípios, os estados e a União discutam um novo pacto fiscal, porque a trajetória atual é insustentável.”

A plataforma Gasto Brasil aponta que a Previdência Social sozinha já consumiu R$ 1,2 trilhão neste ano. “As despesas obrigatórias estão crescendo num ritmo acelerado e automático. Previdência, benefício de prestação continuada, auxílio-desemprego, abono salarial, como também as verbas vinculadas à educação e saúde – nem sempre respeitando o limite do crescimento da receita, ou seja, do dinheiro disponível”, avalia Pestana.

Impactos: setor produtivo e geração de empregos 

O vice-presidente Jurídico da CACB, Anderson Trautman, alerta que o aumento do gasto público e da carga tributária pressiona o setor produtivo e afeta diretamente a geração de empregos. “Infelizmente, o ônus tributário cresce à medida que, obviamente, há um descontrole do gasto público. Se fôssemos mais eficientes, precisaríamos de um custo tributário menor. Ocorre o inverso. Isso está trazendo para o setor produtivo um ônus que, em algum momento, se torna excessivo, inclusive, para a manutenção dos negócios no Brasil. Isso não está distante de ocorrer e vários setores têm sinalizado nesse sentido”, salienta Trautman.

Ele também destaca a crescente dificuldade das empresas em contratar mão de obra qualificada. “É fundamental que tenhamos a melhor política social que podemos ter no Brasil, a geração de emprego. Infelizmente, estamos tendo cada vez mais dificuldade no setor produtivo de obtenção de mão de obra.”

Já Marcus Pestana destaca que o cenário de despesas crescentes afeta a confiança do mercado e o empresariado do país. “O investidor quer segurança, regras claras, estabilidade institucional, olhar para o futuro do país e enxergar que o investimento dele vai ter um solo fértil para se multiplicar em resultados. Essa confiança se esboça reagindo a um cenário factível, sólido, com regras fiscais que deem segurança de que não vai se perder o fio da meada e que a coisa não vai degringolar”, diz.

Reforma administrativa

Na avaliação de Pestana, o desempenho econômico do país não é ruim em aspectos como nível de desemprego, balança comercial e reservas internacionais. O problema está na falta de controle nos gastos públicos. “O governo tem que disciplinar seus gastos para não pressionar a taxa de juros, para não precisar se endividar tanto e permitir que a economia funcione bem e que os investidores confiem e venham para o Brasil.”

Para Pestana, a fragilidade fiscal do país precisa de uma reforma na área, além de unir uma série de medidas que promovam o desenvolvimento do país.

Confira medidas que Marcus Pestana, da IFI, considera fundamentais para reequilibrar as contas públicas:

  • Diminuir incentivos e despesas tributárias;
  • Revisitar aspectos da previdência;
  • Fazer uma reforma administrativa;
  • Interromper as vinculações e as indexações orçamentárias.

Anderson Trautman também destaca a necessidade de mudanças administrativas para estimular o desenvolvimento do país, bem como a melhoria na gestão das despesas. 
“Precisamos de uma reforma administrativa que traga o melhor equilíbrio e uma maior eficiência para o gasto público. Nós estamos vendo uma série de mudanças tributárias e todas elas trazendo impactos significativos”, lembra.

Trautman aponta, ainda, que as mudanças são urgentes para garantir a redução da carga tributária para o setor produtivo e resultados melhores no ano que vem.

“É urgente uma reforma administrativa que possibilite uma redução do gasto público ou uma eficiência melhor no gasto público para que nós tenhamos a possibilidade de um alento na carga tributária. Não estou falando nem de uma redução imediata, mas de um alento nas medidas que são incessantes no sentido da elevação da carga tributária, como vimos ao longo de todo 2025. Termos isso de novo ao longo do ano de 2026, mais uma vez trará, sem dúvida alguma, um impacto na nossa economia”, observa.

Gasto Brasil: Mecanismo de transparência e cobrança

O Gasto Brasil busca ampliar a transparência das contas públicas. A disponibilização dos montantes em tempo real permite que qualquer cidadão acompanhe os valores aplicados pelo poder público. 

Para Alfredo Cotait, presidente da CACB, o Gasto Brasil é uma ferramenta de transparência e monitoramento para o cidadão.“Há 20 anos nós criamos o Impostômetro, que é na verdade uma forma de você mostrar para a sociedade quanto nós estamos pagando de impostos. Então nós criamos o Gasto Brasil, que é uma ferramenta para que a população tomasse conhecimento de onde e como estavam sendo gastos as despesas da União, estados e municípios.”

A plataforma apresenta os os gastos públicos primários no país, que englobam o Governo Federal, os Governos Estaduais (incluindo o Distrito Federal) e os Governos Municipais. Além de informações sobre as despesas com pessoal por poderes, Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública.

Os dados do Governo Federal referem-se, na prática, aos números do Governo Central, que incluem também as despesas da autarquia Banco Central, tornando-o tecnicamente mais completo. As despesas do Governo Federal são classificadas em mais de 60 itens, agrupados em 28 categorias. Dentre essas, 11 categorias representam aproximadamente 96% do total das despesas. As duas maiores destas – Previdência e Despesas com Pessoal e Encargos Sociais – correspondem a cerca de 60% do total. A soma destas duas despesas com os gastos com investimentos e com inversões financeiras leva a um resultado de aproximadamente 65% do total.

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15/11/2025 04:45h

Com presença do TCU, debate promovido pelo Banco da Amazônia mostrou como práticas ESG e padrões internacionais podem abrir caminho a investimentos de grande escala

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Durante a programação oficial da COP30, autoridades discutiram os caminhos da transição verde na Amazônia. O encontro ocorrido na última quinta-feira (13) deixou claro que o principal obstáculo ao desenvolvimento sustentável da região não é a falta de projetos, mas a necessidade de aprimorar a governança. O debate foi promovido pelo Banco da Amazônia, em seu pavilhão na Green Zone, em Belém (PA).

Em um cenário em que investidores internacionais exigem segurança jurídica, transparência e regras previsíveis para direcionar recursos à floresta, o banco reuniu especialistas no painel “Governança Pública como Caminho para o Desenvolvimento Econômico e Social”. Entre os participantes estava o ministro e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, convidado de honra da discussão.

O consenso é que a governança se tornou peça central para viabilizar financiamentos de grande porte. Para Nardes, fortalecer esse processo é o primeiro passo para gerar confiança e garantir que os recursos sejam aplicados de forma eficiente e segura.

“A governança é direcionar, avaliar e monitorar. A avaliação do risco, que é um dos fundamentos da governança, é importante para que se possa aplicar bem o dinheiro que pertence ao povo brasileiro. Então, a avaliação do risco é um dos temas mais importantes na governança, mas a definição é direcionar, avaliar e monitorar o tempo todo”, avaliou o ministro.

A discussão partiu do questionamento: como garantir que o dinheiro destinado à Amazônia seja aplicado para o real desenvolvimento sustentável, de forma transparente e auditável?

Para esclarecer o cenário e buscar fomentar o desenvolvimento econômico e a socioeconomia, o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, pontuou que a presença do TCU no painel foi crucial para a compreensão do papel da governança na Amazônia Legal.

“Tudo isso que estamos falando precisa de ter um regramento e uma orientação, para que as coisas aconteçam da forma correta e a nossa última instância, que cuida da governança para que as coisas aconteçam da forma correta, é o Tribunal de Contas da União”, frisou Lessa.

A Controladoria Geral da União (CGU) define que a governança envolve mecanismos e princípios que auxiliam na tomada de decisão e na relação das instituições com a sociedade, alinhando boas práticas de gestão e ética.

Rumo à transição verde na Amazônia  

Ao longo do painel, foram debatidas ideias voltadas a construir práticas de investimento que considerem fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) na tomada de decisões financeiras focadas em finanças sustentáveis.

O espaço do Banco também reuniu outras discussões aliadas à governança, como a adoção dos padrões IFRS S1 (Sustentabilidade Geral) e IFRS S2 (Riscos Climáticos). As normas, que começam a se consolidar como referência global, criam uma linguagem comum para empresas e bancos reportarem riscos socioambientais e climáticos.

O Banco da Amazônia é uma das principais instituições de fomento da região e procura exercer um papel pioneiro nesse processo de implementação. Com uma carteira de crédito de R$62,8 bilhões, a instituição avalia que uma maior transparência é necessária para ampliar os investimentos.

Ativos financeiros 

Com a adoção dessa arquitetura de governança, ativos como Fundos Verdes, green bonds e a CPR Verde (Cédula de Produtor Rural Verde) – título voltado ao financiamento de projetos sustentáveis no campo, regulamentado em 2021 – passam a ter maior chance de aceitação no mercado internacional.

A CPR está em fase de estruturação no Banco da Amazônia. Já o Amazon Bond, por sua vez, é desenvolvido pelo Banco Mundial, tendo o Banco da Amazônia como parceiro nas discussões sobre a implementação e definição das regras para o título.
 

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14/11/2025 11:28h

Evento oferece visitação noturna, arte urbana e experiências imersivas durante a programação cultural

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O Centro Cultural do Banco da Amazônia passa a integrar, pela primeira vez, o circuito do “Uma Noite no Museu”, programa da Secretaria de Cultura do Pará (Secult) que promove visitas noturnas e gratuitas a espaços culturais. Nesta sexta-feira (14), o público poderá conhecer o espaço em horário especial, das 18h às 22h, com entrada franca.

Aberto em outubro, o centro cultural já se firmou como um novo ponto de encontro da cena artística de Belém. A fachada do prédio foi transformada na primeira galeria de arte urbana da cidade, com projeções visuais que valorizam a criação amazônica, intervenção que segue até dezembro, um mês após o encerramento da COP30.

Segundo o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, a participação no programa reforça o compromisso da instituição com o acesso à cultura e o desenvolvimento regional. “Aderimos ao programa porque entendemos que a Cultura também é um patrimônio essencial na construção de uma sociedade mais consciente e saudável”, afirma.

Instalações imersivas recebem o público

Logo na entrada, duas obras convidam à imersão artística. A instalação “Banzeiro”, da artista Roberta Carvalho, forma um túnel sensorial que combina projeções dos rios amazônicos com sons e palavras. Já a obra de Keyla Sobral, com curadoria de Orlando Maneschy, exibe frases-poema que refletem sonhos e esperanças para o futuro da Amazônia.

Três exposições gratuitas estão abertas ao público

Dentro do Museu estão em funcionamento, simultaneamente, três exposições.

Galeria 1 – “Mandela: Ícone Mundial de Reconciliação”: é uma exposição inédita com 50 painéis fotográficos e uma instalação audiovisual que retratam a trajetória de Nelson Mandela. A exposição tem curadoria de Christopher Till e realização do Instituto Brasil África (IBRAF) em parceria com a Fundação Nelson Mandela, com patrocínio do Banco da Amazônia e do Governo Federal.

A mostra apresenta fotos, vídeos, objetos pessoais e materiais históricos que retratam a trajetória do ex-presidente sul-africano desde sua luta contra o apartheid na África do Sul até sua atuação como líder mundial pela justiça e igualdade. Além disso, a exposição busca destacar a importância de seus princípios de perdão e diálogo na construção de uma sociedade mais justa. “Uma conexão direta com nossa relação com a região. O diálogo, a atenção, o cuidado são valores essenciais para o desenvolvimento da população da Amazônia”, explica o presidente Luiz Lessa.

Galeria 2 – A exposição “Habitar a Floresta” apresenta 14 projetos arquitetônicos inspirados nos saberes ancestrais de povos tradicionais da Amazônia e da América Latina. Tem Curadoria dos arquitetos Marcelo Rosenbaum e Fernando Serapião, com produção da LP3. 

O projeto nasceu a partir de um pedido do presidente da COP30, André Corrêa do Lago, para pensar em uma mostra voltada à arquitetura dos trópicos com o encontro de saberes científicos e tradicionais. “Na discussão do clima a Amazônia está no âmago do debate. E todos os trabalhos apresentados aqui têm esse objetivo de mostrar que manter os habitantes dentro da floresta é a melhor forma de mantê-la conservada”, explica o curador Fernando Serapião. “Vemos o ‘habitar’ como esse lugar de encontro e de empatia com outras vivências”, observa um dos curadores, Marcelo Rosenbaum.

Galeria 3 – “Clima: O Novo Anormal” tem direção de Cláudio Ângelo e Fernando Meirelles, a exposição une arte e ciência para abordar a crise climática global. É uma realização da Ponto Produção, com apoio do Observatório do Clima, patrocínio master do Banco da Amazônia e via Lei Rouanet pelas empresas Sanofi e Netshoes.

A exposição convida os visitantes a repensar a forma de habitar o mundo, com um alerta que propõe a saída da crise ambiental pela ação, sempre articulando informação e experiência. Com 30 monitores, painéis e dispositivos multimídia, ela apresenta uma imersão visual pelos dados climáticos do planeta. Um globo digital suspenso, alimentado por quatro projetores, exibe o aumento das temperaturas e as mudanças no nível dos oceanos sob diferentes cenários de aquecimento. 

Para a gerente de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima, a exposição oferece uma visão geral da crise climática e convoca as sociedades contemporâneas a iniciar transformações coletivas em favor de um mundo sustentável. “O momento exige a reinvenção da nossa forma de viver e das nossas práticas. O conhecimento e os meios de ação estão todos aí”, destacou ela.

O Centro Cultural do Banco da Amazônia fica na Avenida Presidente Vargas, 800, Campina.

Uma Noite no Museu

O “Uma Noite no Museu” é um sucesso de público: a primeira edição recebeu mais de 10 mil visitantes; a segunda, mais de 12 mil. Além das exposições, o circuito oferece feira de economia criativa, apresentações artísticas, exibição de filmes e atividades educativas.

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