18/09/2025 04:45h

Estudo da ICC Brasil aponta potencial em setores como alimentos, agronegócio e saúde; Banco da Amazônia amplia linhas de crédito para projetos sustentáveis na região

Baixar áudio

 

O estudo “O Potencial do Brasil na Bioeconomia do Conhecimento”, elaborado pela ICC Brasil, aponta que o país pode movimentar entre US$ 100 bilhões e US$ 140 bilhões por ano até 2032 com o fortalecimento desse setor, que combina ciência, inovação e biodiversidade para criar produtos e soluções sustentáveis. O crescimento é esperado principalmente nos segmentos de alimentos, agronegócio, saúde e cosméticos.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a bioeconomia é um modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos, voltado a oferecer alternativas que aumentem a sustentabilidade dos sistemas produtivos.

Com foco nesse potencial, o Banco da Amazônia atua para impulsionar o desenvolvimento sustentável na região, oferecendo linhas de crédito específicas para fomentar a bioeconomia amazônica. Entre as iniciativas apoiadas está o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que ao longo de 2024, beneficiou cerca de 22 mil famílias e para 2025, tem como principal meta beneficiar cerca de 100 mil famílias, com uma expectativa de investimento na ordem dos R$ 2.5 Bilhões. 

Já no primeiro semestre o Banco da Amazônia ampliou sua participação em investimentos voltados para projetos nas áreas de infraestrutura sustentável, conservação e recuperação de áreas degradadas, bem como os de bioeconomia, sendo financiados no Banco da Amazônia sobretudo as culturas do açaí, cacau, apicultura e dendê, já alcançando a marca de 12 mil famílias que, trabalhando com essas culturas, foram diretamente beneficiadas com os recursos do Banco da Amazônia. 

Linhas de financiamento: fortalecimento sustentável

Amazônia Rural Verde

Linha do Banco da Amazônia voltada a produtores rurais (PF ou PJ), populações tradicionais e empresas do setor rural, com foco em atividades agropecuárias sustentáveis. Essa linha tem como principal finalidade o financiamento a projetos de base sustentável, eficiência energética e adoção de fontes alternativas e renováveis, com vistas a beneficiar sobretudo produtores rurais, populações tradicionais da Amazônia e empresas do setor rural.

FNO Biodiversidade

Também alinhado aos conceitos aqui abordados, o FNO biodiversidade destina-se a apoiar a recuperação de áreas e o uso sustentável de recursos naturais e a conservação da biodiversidade, através do incentivo a técnicas como o plantio direto na palha que reaproveita o que ficou da safra colhida sem revolver o solo. Além disso, operações com recursos dessa linha investem também em técnicas para recuperação de pastagem, uso da fixação de nutrientes no solo além do reflorestamento com espécies nativas. Estando disponível para produtores rurais em geral. 

PRONAF Bioeconomia

A linha do PRONAF Bioeconomia é direcionada sobretudo para sistemas extrativistas e de base agroecológica, promovendo a substituição de tecnologias de alto impacto por soluções sustentáveis, financiando, dentre outras coisas a substituição de equipamentos a combustíveis fósseis por renováveis, implantação e expansão de sistemas de tratamento de efluentes e compostagem, silvicultura, sistemas agroflorestais (SAFs), turismo rural, construção/ampliação de unidades de bioinsumos e biofertilizantes para uso próprio.

Pronaf Floresta

Adicionalmente o PRONAF Floresta apoia agricultores familiares na implantação e manutenção de sistemas agroflorestais, estimulando práticas de uso sustentável do solo, é passível de acesso a linha todos os agricultores que estão devidamente enquadrados no perfil estabelecido nas regras do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). 

AMABIO

Para além dos esforços na aplicação do recurso, o Banco também vem trabalhando em outras inciativas que, tendo como principal objetivo o fortalecimento das cooperativas e associações que trabalham com bioeconomia na Amazônia, dentre as quais destaca-se o Programa AMABIO, parceria do Banco da Amazônia com a Agencia Francesa de Desenvolvimento, com execução em conjunto com a Expertise France. 

O programa AMABIO conta com 3 componentes, entre esses o componente 1 é voltado de forma exclusiva a bioeconomia, com recursos disponibilizados para editais de fortalecimento a cooperativas, associações e startups que trabalham com bioeconomia tem recursos na ordem de até R$ 4 milhões para este primeiro ano, em recursos não reembolsáveis, para financiar iniciativas sustentáveis na Região Amazônica.  

O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destaca que o intuito é fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, além de promover inovação na Região Amazônica.

“Esse edital é um marco para a bioeconomia amazônica. Ele reconhece o papel estratégico das organizações locais e busca apoiar soluções baseadas na floresta, na ciência e nos conhecimentos tradicionais para gerar renda, inclusão e sustentabilidade”, afirma Lessa. 

Sustentabilidade do Banco da Amazônia

Conforme o Banco da Amazônia, a instituição reforça o compromisso com a sustentabilidade considerando aspectos como o financiamento das atividades produtivas regionais a partir dos recursos captados. Além disso, o banco também promove apoio financeiro à cadeia produtiva, desde o agricultor familiar ao projeto de infraestrutura.

Já entre os benefícios gerados pela instituição nos empreendimentos financiados estão a geração de empregos, salários e tributos e a indução de adesão de modelos de negócios sustentáveis por meio do crédito.

Copiar textoCopiar o texto
18/09/2025 04:00h

Pesquisa da Nexus também mostra que 48% dos entrevistados apontam que até conseguem pagar as contas, mas dinheiro não sobra; já 51% têm dívidas com cartão de crédito

Baixar áudio

A relação dos brasileiros com dinheiro foi investigada por um estudo da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados. Os dados mostram que 63% dos brasileiros das classes A, B e C estão preocupados com dinheiro para o futuro. Do total, 48% dos entrevistados apontam que até conseguem pagar as contas, porém os recursos não sobram no final do mês.

Em relação ao gerenciamento do dinheiro, 30% disseram que conseguem gerenciar bem e ainda sobra. Já 11% precisam pedir ajuda ou empréstimos para pagar as contas. Outros 5% deixam uma ou mais contas para o mês seguinte e 6% não quiseram ou não souberam responder.

Pelo estudo, o percentual de brasileiros que pagam as contas, mas não conseguem guardar dinheiro, é maior entre os mais jovens – chega a 55%. Os moradores do Sudeste representam, ainda, 53% desse público e quem estudou até o ensino médio 51%. Entre moradores do Nordeste ou quem estudou até o ensino médio, 7% responderam que precisam deixar as contas para o mês seguinte por falta de recursos para efetuar os pagamentos.

Cartão de crédito

A pesquisa sobre o endividamento no Brasil aponta que o cartão de crédito é o principal vilão – ocupando o lugar de dívida mais comum para 51% da população. É o caso do profissional de soluções de segurança cibernética, William Freire de Souza, 37 anos, morador de Ceilândia (DF). Na faixa etária dele, 66% dos respondentes têm dívidas nesse formato.

William conta que, há alguns anos, vive num ciclo onde o salário não acompanha o custo de vida com os imprevistos do cotidiano – com gastos com o carro, por exemplo. Ele relata que recorre ao cartão de crédito para complementar, porém vive nessa situação de decadência do cartão há anos.

Segundo William, o salário acaba não suprindo todas as necessidades da sua família – cenário que o leva a aumentar cada dia a dívida com o crédito.

“Você vai comprando coisas parceladas e fica com seu crédito comprometido, com seu salário comprometido e quando percebe, já usa todo o seu salário para pagar fatura e outras despesas fixas e só lhe resta o cartão de crédito para se manter durante o mês e vai acumulando mais e mais dívida cada mês que passa”, diz.

Apesar de definir a sua situação com o cartão de crédito como “uma bola de neve”, William ressalta que tem buscado melhorar a sua questão financeira. “Estou tentando reorganizar minha vida financeira para poder gerenciar esses gastos”, afirma o profissional.

Além do cartão de crédito, outros tipos de dívidas também têm um peso significativo na vida dos entrevistados, conforme a pesquisa, como os empréstimos pessoais (28%) e o financiamento de veículos ou imóveis (17%).

Futuro financeiro 

Em relação à parcela da população preocupada com o futuro financeiro, 35% se dizem muito preocupados e apenas 2% afirmaram não ter nenhuma preocupação em relação ao futuro financeiro.

William destaca os impactos que sofre a partir da dependência do cartão de crédito e do acúmulo de dívidas, como a dificuldade de fazer planos para o futuro:

“O impacto que isso tem, ou a consequência, do acúmulo de dívidas de cartão de crédito, é que não sobra dinheiro para planejar o financiamento de um imóvel, troca de um veículo, fazer uma viagem, investir em algum tipo de aperfeiçoamento, porque você está sempre comprometido, nunca tem salário sobrando. Então, fica difícil fazer planos para o futuro.”

O futuro financeiro demonstra ser uma preocupação maior dos jovens entre 16 a 24 anos. Cerca de 84% se disseram preocupados (27%) ou muito preocupados (57%) com dinheiro.

Em relação à renda, os brasileiros das classes A dividem a maior preocupação com o futuro financeiro com quem é da Classe B: 80% dos mais ricos afirmam estar preocupados ou muito preocupados com o futuro financeiro. Entre quem é da classe B, o percentual atinge 79%.

Ligada ao futuro financeiro, a aposentadoria também é uma grande preocupação para 33% dos brasileiros das classes A, B e C. Outros 24% se disseram apenas preocupados, somando 57%. 

Recorte regional

Na região Nordeste, 58% dos brasileiros têm dívidas com cartão de  crédito. No Sudeste e Sul do país o percentual chegou a 54%. Já Norte e Centro-Oeste registrara, 33% das respostas.

Em relação ao futuro incerto, enquanto o percentual nacional é de 63%, apenas as regiões Sudeste e Sul apresentaram entrevistados preocupados ou muito preocupados acima do percentual nacional –  69% e 68%, respectivamente. Norte e Centro-Oeste somaram 53% e Nordeste 56% dos entrevistados.

Quanto à incerteza futura, 57% demonstram receio ao pensar na aposentadoria. Novamente, apenas as regiões Sudeste e Sul apresentaram entrevistados preocupados ou muito preocupados – sendo 61%. Norte e Centro-Oeste, 41% e Nordeste 57%.

No cenário em que está apertado, considerando que consegue pagar todas as contas, mas não sobra nada – 53% dos entrevistados são do Sudeste e 50% do Sul. O percentual cai para 40% nas regiões Norte e Centro-Oeste e para 43% no Nordeste.

Metolologia

Para realizar  o estudo, a Nexus entrevistou 1.010 cidadãos com idade a partir de 16 anos, das classes A, B e C, nas 27 Unidades da Federação (UFs). As entrevistas foram realizadas de forma online entre 08 e 09 de agosto de 2025. 

A margem de erro no total da amostra é de 3 p.p, com intervalo de confiança de 95%. 

A pesquisa considerou as classes A, B e C, segundo o Critério Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep). De acordo com a instituição, no total, essas classes representam cerca de 120 milhões de brasileiros.

Confira a renda média de cada classe conforme a Abep:

  • A – R$ 26.811,68
  • B1 – R$ 12.683,34
  • B2 – R$ 7.017,64
  • C1 – R$ 3.980,38
  • C2 – R$ 2.403,04
Copiar textoCopiar o texto
17/09/2025 04:45h

Presença no Coopera Mais Brasi reforça compromisso da instituição com pequenos produtores da região amazônica, afirma gerente; durante o evento, ministro do Desenvolvimento Agrário anunciou R$ 600 milhões em crédito

Baixar áudio

O Banco da Amazônia marcou presença no maior encontro de cooperativismo do país, o Coopera Mais Brasil, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), com a meta de destinar R$ 2,3 bilhões em créditos para os agricultores da região amazônica.

O gerente executivo de Agricultura Familiar do Banco da Amazônia, Daniel Moura, representou a instituição no evento e destacou que mais de 64% do crédito nos últimos anos foi destinado a micro e pequenos negócios, fomentando a geração de empregos e renda.

“O Banco da Amazônia está presente no grande evento de cooperativa da agricultura familiar para reforçar o compromisso com os pequenos produtores da região amazônica”, disse.

Moura ressaltou que 95% das operações de crédito contratadas pelo banco têm como foco os pequenos negócios. “Reforçando o compromisso do Banco da Amazônia e no fomento aos pequenos empreendedores rurais e urbanos com a distribuição de renda e equilíbrio de desenvolvimento socioeconômico da nossa região.”
Para o novo Plano Safra, a instituição pretende beneficiar 100 mil famílias com recursos que fortaleçam cadeias produtivas, como a da castanha-do-Brasil.

Coopera Mais Brasil

O Coopera Mais Brasil ocorreu de 8 a 11 de setembro, em Brasília, e reuniu 400 participantes na abertura, incluindo representantes do governo, bancos públicos, cooperativas, universidades e lideranças ligadas à agricultura familiar. 

Durante o evento, o Banco da Amazônia promoveu painéis, contou com estande e participação ativa de gestores, reforçando seu compromisso com inovação, capacitação e desenvolvimento das cooperativas na Amazônia.

Anúncios 

Durante o encontro, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou a destinação de R$ 600 milhões em crédito voltado à inovação para fortalecer a agricultura familiar em todo o país. 

Também foram lançados o Edital Coopera Mais, o edital do CEAGESP para seleção de 100 organizações da agricultura familiar para o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) e editais do FNDCT/FINEP, que destinam R$ 150 milhões às cooperativas.

Copiar textoCopiar o texto
17/09/2025 04:40h

Karlen Oliveira, de 14 anos, soma 20 medalhas de ouro e afirma que o patrocínio do Banco da Amazônia foi fundamental para sua seleção; judoca destaca compromisso da instituição em apoiar talentos nortistas.

Baixar áudio

A atleta Karlen Oliveira, de 14 anos, desponta como um verdadeiro prodígio da nova geração do judô paraense. A belenense pratica o esporte desde 2021 e já conquistou 23 medalhas – 20 delas de ouro. Agora, a adolescente se prepara para disputar o Campeonato Brasileiro de Judô Sub-13 e Sub-15, em outubro, em Uberlândia (MG).

Desde março deste ano, Karlen é patrocinada pelo Banco da Amazônia. Os recursos do patrocínio são destinados à compra de kimonos e ao custeio de passagens e hospedagens em competições fora do estado.

A judoca faixa roxa afirma que o apoio financeiro tem sido essencial para seu desenvolvimento no esporte. “O patrocínio do Banco da Amazônia é fundamental. Além de contribuir com os custos da viagem e dos materiais, ele representa o reconhecimento da minha dedicação pelo judô”, diz.

Karlen Oliveira foi ouro nos seguintes campeonatos em 2025:

  • CAMPEONATO BRASILEIRO REGIÃO I - 30/03/2025, em Manaus (AM); 
  • I CIRCUITO PARAENSE DE JUDÔ - 03/05/2025, em Belém (PA); 
  • II COPA SAMURAI DE JUDÔ - 28/06/2025, em Acará (PA);
  • I COPA BERSA DE JUDÔ - 20/07/2025, em Belém (PA);
  • X COPA CAMPOS DE JUDÔ - 30/08/2025, em Belém (PA).

Segundo a atleta, o patrocínio foi crucial para sua evolução e para a seleção que a levará a disputar o campeonato em Minas Gerais. “O apoio do Banco da Amazônia é muito importante para minha carreira. Ele me permite continuar treinando e participando de competições de alto nível, ganhando visibilidade e experiência”, afirma.

O pai da atleta, o funcionário público Paulo André Oliveira, de 49 anos, também elogia a iniciativa do banco. “Somos muito gratos ao Banco da Amazônia por ter nos dado essa oportunidade, para que ela possa seguir se preparando ainda mais para disputar competições nacionais e adquirir materiais que precisa para o treinamento.” 
Patrocínio que impulsiona sonhos

O sonho de Karlen é, um dia, disputar as Olimpíadas, representando o Pará. Ela avalia que o Banco da Amazônia atua como incentivador do esporte na região, apoiando talentos nortistas em ascensão.

“Além de possibilitar minha participação em grandes eventos nacionais, o Banco da Amazônia também fortalece o judô da nossa região, mostrando que os atletas do Norte também têm potencial e merecem mais oportunidades”, pontua a judoca.

Paulo André Oliveira reforça a importância do patrocínio: “É muito importante esse patrocínio, principalmente para os atletas que dependem desse recurso financeiro. Viagens, deslocamento e hospedagem são caros. Sem esse incentivo, muitos atletas não conseguiriam continuar o seu sonho”, completa.

Patrocínio do Banco da Amazônia

No primeiro trimestre de 2025, o Banco da Amazônia destinou R$ 3,4 milhões para patrocinar projetos esportivos, ambientais, sociais, culturais e exposições na Amazônia Legal. Segundo a instituição, o dado reforça seu compromisso com a inclusão social e esportiva na região. Além de oferecer linhas de crédito e inclusão financeira, a instituição também apoia atletas regionais, como Karlen Oliveira.

Copiar textoCopiar o texto
17/09/2025 04:15h

Ministério da Fazenda apontou “sinais de desaceleração” da atividade econômica para recuo de 2,5% para 2,3% do PIB em 2025; recuo da estimativa penaliza setor produtivo, diz especialista

Baixar áudio

Diante da redução da estimativa para o crescimento do PIB em 2025 de 2,5% para 2,3% pelo Ministério da Fazenda, especialistas avaliam que o recuo da projeção reflete uma política fiscal expansionista sem contrapartidas econômicas. Além disso, a atuação também exige que o Banco Central tenha uma política monetária contracionista, com a taxa de juros elevada.

Segundo a pasta, a revisão do percentual está relacionada a “sinais de desaceleração” da atividade econômica.

Os dados compõem o Boletim MacroFiscal, feito pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda

O economista-chefe da Genial Investimentos José Márcio de Camargo afirma que a redução da projeção decorre da perda de fôlego da economi

“O Ministério da Fazenda reduziu a projeção de crescimento do PIB porque começa a ficar cada vez mais claro que a economia brasileira está desacelerando. A razão pela qual isso está acontecendo está relacionada ao fato de que o governo tem uma política fiscal bastante expansionista, com um déficit público bastante elevado e crescendo substancialmente todos os anos”, afirma.

Já o professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômicas (MackLiber), Allan Gallo, salienta que a queda da projeção da economia não é apenas um número. 

Segundo Gallo, as consequências podem atingir não apenas o setor produtivo de forma negativa, mas também a população brasileira.

“Quando você diminui a atividade econômica, além de você penalizar o setor produtivo, as pessoas que consomem e as empresas têm menos espaço para arrecadação, você está danificando a base de arrecadação, que vai significar mais pressão sobre o déficit, que está aumentando, e consequentemente, você vai ter juros mais altos por mais tempo. É um ciclo da morte, um ciclo vicioso. O governo gasta mal, o déficit sobe, o Banco Central responde com juros elevados e o PIB cresce menos”, aponta.

Irresponsabilidade fiscal

Para Gallo, o governo Lula mantém uma política de gastos elevados que limita o crescimento de longo prazo: “Quando a política fiscal é expansionista e desordenada, que é o caso do governo atual, a política monetária tem que ser mais contra-economista. Quem estuda um pouco de macroeconomia sabe que nesse cenário, juros elevados e gastos em excesso, o resultado é um crescimento menor. Não tem como sustentar um crescimento a longo prazo”, afirma Gallo.

Na avaliação dele, a falta de responsabilidade econômica na gestão reflete em custos de consumo.

“Isso é o típico caso em que a irresponsabilidade fiscal se traduz diretamente no custo social, mas não adianta dizer que não se come PIB – como as pessoas às vezes as pessoas maldosamente falam – porque diminui a produtividade, diminui o padrão de vida das pessoas. Não é uma questão apenas do alto empresariado, é uma questão da pessoa que está lá na ponta, na base da pirâmide mesmo, que tem o seu consumo prejudicado”, pondera Gallo.

Já José Márcio de Camargo diz que o aspecto importante desse processo é o excesso de gastos. “No caso do Brasil, não apenas a quantidade de gastos é muito elevada, como a qualidade dos gastos é muito ruim, ou seja, você tem gastos elevados e ao mesmo tempo com uma qualidade bastante ruim, então é certo”, destaca Camargo.

Impactos sociais

Segundo Gallo, o governo falha ao “gastar muito e gastar mal, sem ajustar as despesas obrigatórias”. Para ele, esse cenário cria um ambiente de estagnação econômica.

“Não é uma surpresa que o PIB tenha sido revisado para baixo, que o ambiente criado é de estagnação induzida pela própria política econômica do governo”, avalia Gallo.

Segundo ele, o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, não explica sozinho o recuo da projeção do PIB. “No nosso caso aqui, o maior peso vem de dentro, que o governo insiste em políticas de gastos sem algum tipo de contrapartida e isso acaba minando a credibilidade do arcabouço fiscal.”

Já Camargo destaca que, como o Banco Central tende a manter a Selic alta, acarreta em impactos para a sociedade.

“Isso significa que o custo dessa política fiscal extremamente expansionista é uma política monetária também muito contracionista e extremamente cara para a sociedade brasileira em termos do custo para manter a inflação na meta”, pontua Camargo.

Motivos da desaceleração da atividade econômica 

Conforme o Boletim MacroFiscal, a atividade tem mostrado sinais de desaceleração no país. “O PIB do segundo trimestre revelou moderação no crescimento de atividades cíclicas e contribuição negativa da absorção doméstica para o crescimento. O ritmo de expansão das concessões de crédito tem se reduzido, junto com o aumento nas taxas de juros bancárias e na inadimplência. Embora a taxa de desemprego siga no menor patamar da série histórica, já se percebe uma tendência de desaceleração na expansão da massa de rendimentos real”, diz um trecho da publicação.

O Boletim informa que esse o desaquecimento da atividade econômica está associado à política monetária restritiva, Segundo o documento, a ação acarreta na desaceleração do crédito – considerando a taxa de juros básica em 15% ao ano.

Entre os motivos do recuo da atividade, a publicação também aponta que o mercado de trabalho também demonstra sinais de desaquecimento. “Apesar da taxa de desemprego ainda estar em 5,8%, no mínimo histórico, o ritmo de expansão tanto da população ocupada como da força de trabalho tem desacelerado na comparação interanual”, diz o boletim.

A expectativa para o próximo trimestre é de que a desaceleração da atividade continue, de acordo com o Ministério da Fazenda.

Copiar textoCopiar o texto
17/09/2025 04:00h

Montante é 12% superior ao repasse do mesmo período do ano passado

Baixar áudio

Os mais de 5,5 mil municípios brasileiros recebem, na próxima sexta-feira (19), o segundo repasse de setembro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O valor total a ser distribuído soma R$ 1,57 bilhão, montante 12% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

O assessor de orçamento Cesar Lima destaca que, embora a segunda parcela de setembro seja menor que a do primeiro decêndio, o repasse mantém um resultado positivo.

Segundo ele, os próximos meses exigem atenção às mudanças no cenário econômico brasileiro. “Temos a expectativa não só da manutenção do emprego frente ao tarifaço, como também desse período prolongado de uma taxa Selic bem elevada. É preciso acompanhar a conjuntura econômica e observar, principalmente, o comportamento do emprego no Brasil”, aponta.

SP e MG recebem os maiores valores

Entre os estados, São Paulo e Minas Gerais concentram os maiores volumes de repasse. O estado paulista receberá mais de R$ 193,5 milhões, enquanto o repasse para Minas ultrapassa R$ 192,4 milhões. Os recursos devem ser divididos entre municípios como Indaiatuba, Praia Grande e Mogi das Cruzes (SP), além de Araguari, Coronel Fabriciano e Passos (MG).

Em contrapartida, o Amapá, que possui apenas 16 municípios, recebeu 0,12% do total distribuído: cerca de R$ 1,8 milhão. Santana ficou com a maior parcela no estado (R$ 379 mil), seguida por Laranjal do Jari, que recebeu R$ 232 mil neste decêndio.

Municípios bloqueados

Conforme o Tesouro Nacional, 20 cidades estavam bloqueadas de receber o repasse neste decêndio até o dia 15 de setembro. A maioria das cidades está localizada na Região Nordeste, em estados como Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte. A lista pode ser acessada no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).    

Confira a lista dos municípios bloqueados:  

  • Candido Sales (BA)
  • Lagoa Real (BA)
  • Jaguaratema (CE)
  • Brejetuba (ES)
  • Iuna (ES)
  • Pancas (ES)
  • Bom Jardim de Goias (GO)
  • Simolandia (GO)
  • Luis Domingues (MA)
  • Assuncao (PB)
  • Tacima (PB)
  • Francisco Santos (PI)
  • Porto (PI)
  • Arapongas (PR)
  • Cabo Frio (RJ)
  • Governo do Estado do Rio Grande do Norte (RN)
  • Derrubadas (RS)
  • Mostardas (RS)
  • Santiago (RS)
  • Santo Amaro da Imperatriz (SC)

O bloqueio do FPM acarreta em consequências como o impedimento de que as cidades recebam os recursos federais destinados a custear serviços essenciais, como saúde, educação e transporte.

A suspensão ocorre, geralmente, por conta de pendências com órgãos de controle, como Receita Federal, INSS ou tribunais. Além disso, pode comprometer o funcionamento da administração local.  

Copiar textoCopiar o texto
16/09/2025 04:10h

Estudo do Instituto Trata Brasil aponta que Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Macapá (AP) registram maiores ganhos per capita com expansão do acesso aos serviços; vantagens abrangem aumento da produtividade no trabalho e diminuição de custos com saúde

Baixar áudio

A universalização do saneamento na Amazônia Legal pode gerar benefícios socioeconômicos superiores a R$ 330 bilhões. O diagnóstico faz parte do estudo “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento na Amazônia Legal”, realizado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a Ex Ante Consultoria.

O levantamento aponta que a expansão do saneamento básico impulsiona avanços para população, economia local e meio ambiente.

A presidente executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, destaca a importância da universalização do saneamento básico para a população da Amazônia Legal.

“A população quando passa a ter acesso ao saneamento, passa a ter mais saúde e isso se reverbera na educação, na produtividade e no desenvolvimento econômico social de toda a região”, afirma.

Entre os benefícios à população mediante acesso universal aos serviços sanitários estão o aumento da produtividade no trabalho, a diminuição de custos com saúde e a valorização imobiliária e do turismo.

Luana Pretto reforça que, para alcançar a universalização do saneamento na Amazônia Legal, o tema precisa ser tratado como prioridade no Parlamento, com maior destinação de investimentos.

“Nosso objetivo é que a gente enxergue que a Amazônia ainda convive com problemas do século passado em relação ao saneamento, a falta do acesso ao saneamento básico, que isso deteriora o meio ambiente de uma maneira geral. E que o investimento em saneamento, a priorização desse tema na agenda pública vai fazer com que haja benefícios enormes para a população”, pondera.

Principais ganhos com a universalização 

Entre 2024 e 2040, os benefícios devem alcançar R$ 516,6 bilhões, sendo:

  • R$ 273,7 bilhões em benefícios diretos – relacionados à renda gerada pelos investimentos, atividades de saneamento e impostos sobre consumo e produção;

  • R$ 242,9 bilhões associados à redução de perdas e externalidades.

Os custos sociais no período devem somar aproximadamente R$ 186,5 bilhões.

Entre as capitais, Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Macapá (AP) apresentam os maiores potenciais de ganhos per capita:

  • Rio Branco (AC): benefícios de R$ 735,93 por habitante;
  • Porto Velho (RO), com R$ 706,14;
  • Macapá (AP), que registra R$ 650,65.

Benefícios da universalização do saneamento na Amazônia Legal

De acordo com a publicação, o acesso universalizado do saneamento na Amazônia Legal deve implicar em ganhos nas áreas de saúde pública, na geração de emprego e renda, valorização ambiental e imobiliária. Além disso, os ganhos também devem abranger a escolaridade das crianças e adolescentes e turismo, promovendo justiça social.

Entre 2024 e 2040, a estimativa é de haja redução do custo com horas pagas e não trabalhadas por conta do afastamento por diarreia ou vômito e por doenças respiratórias, bem como redução das despesas com internações por infecções gastrointestinais e respiratórias na rede hospitalar do SUS nos municípios da Amazônia Legal.

Conforme o estudo, o valor economizado com a melhoria das condições de saúde da população desses municípios entre 2024 e 2040 deve ser de R$ 2,702 bilhões – que resultará num ganho anual de R$ 158,9 milhões. 

Em relação à produtividade, estima-se que o valor do aumento de renda do trabalho com a expansão do saneamento entre 2024 e 2040 será de R$ 192,9 bilhões. Nesse caso, o  ganho anual será de R$ 11,3 bilhões. 

Levando em conta o acesso às moradias aos serviços de esgotamento sanitário e de abastecimento de água potável, em termos de renda imobiliária, estima-se que os proprietários de imóveis tenham ganhos na ordem de R$ 1,477 bilhão por ano no conjunto dos municípios da Amazônia Legal. No total, o ganho será de R$ 25,1 bilhões entre 2024 e 2040. 

Na avaliação de Luana Pretto, os benefícios devem contribuir, ainda, para o desenvolvimento regional.

“Vemos um desenvolvimento de toda a economia local. Tudo isso traz um benefício enorme para a população e para o desenvolvimento da região.”

A valorização ambiental também deve fortalecer o turismo regional. Pelo levantamento, no período estimado, os ganhos do ramo devem alcançar R$ 22,1 bilhões, com um fluxo médio anual de R$ 1,303 bilhão no período. A valorização pode ser alcançada com a despoluição dos rios e córregos e a oferta universal de água tratada.

Investimento em saneamento básico

Para formalizar a infraestrutura de saneamento, é necessário investimento consistente "Na região Norte, o investimento médio em saneamento básico é de R$ 66,52 por ano para habitante, quando a gente deveria estar investindo em média para alcançar as metas do Marco Legal, R$ 223 por ano para habitante. Então o investimento em saneamento básico na região norte ele está bastante abaixo da média do Brasil que é de 126 reais por ano por habitante", aponta.

Amazônia Legal

Em termos de território, a publicação reforça que a Amazônia Legal possui uma grande relevância para a preservação ambiental, bem como para a proteção dos povos tradicionais e contribui para a manutenção das florestas. 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, os 772 municípios do território abrigam 26,651 milhões de pessoas. O montante corresponde a 13,1% da população brasileira. Além disso, os nove estados da região – Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso – representam quase 60% do território nacional.

Copiar textoCopiar o texto
15/09/2025 04:05h

Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) afirma que resultado de agosto indica necessidade de cautela; especialista avalia possível continuidade do processo de moderação dos preços no Brasil

Baixar áudio

Diante da queda de 0,11% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em agosto, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o recuo representa deflação passageira. O cenário, de acordo com a instituição, demonstra um alívio temporário para os consumidores.

Apesar da deflação no índice, em nota a CNC argumentou que o resultado não muda o quadro de inflação que ainda é pressionada pelos serviços. Em 12 meses, o índice acumulado ficou em 5,13% – acima do limite superior de 4,5% do Conselho Monetário Nacional.

O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, explica que a deflação é temporária e ocasionada principalmente pelo bônus de Itaipu. O crédito é uma desconto anual destinada a consumidores residenciais e rurais do Sistema Interligado Nacional (SIN) que consumiram menos de 350 kWh em pelo menos um mês do ano anterior.

Em relação à energia elétrica, o recuo foi de 4,21% em por conta do bônus de Itaipu, creditado nas faturas de agosto. “Então, de fato, a deflação é pontual em função desse componente”, elucida Galhardo.

O especialista lembra que outros grupos de produtos mapeados pelo IBGE também mostraram deflação de julho para agosto, como alimentos e bebidas. Galhardo aponta que o cenário deve implicar numa recomposição dos preços da energia em setembro.

“Mais uma deflação e isso pesa bastante no bolso do consumidor. Cinco dos nove grupos do IPCA registraram deflação em agosto, então de fato foi uma deflação temporária, haverá recomposição dos preços da energia em setembro, isso deve ocasionar uma variação forte de inflação em setembro, mas também pontual.”

Galhardo avalia, ainda, que apesar da deflação pontual – a inflação segue desacelerando.

“De modo geral, o que isso mostra para a gente, embora tenha havido uma deflação pontual e um aumento forte esperado para setembro, são as duas coisas pontuais. De modo geral, a inflação segue desacelerando, convergindo para um cenário mais benigno, para consumidores, para empresas, os preços brasileiros, embora a inflação ainda esteja acima do teto da meta, os últimos meses foram marcados por um processo gradual, mas mais de desaceleração dos preços aqui no Brasil”, destaca.

Na avaliação da CNC, o contraste entre bens industriais e serviços mostra a dificuldade no controle dos preços no país – considerando que os bens industriais desaceleraram para 3,4% no acumulado em 12 meses, já os serviços subiram para 6,16%.

“Esse movimento está diretamente ligado ao peso dos salários, que representam dois terços dos custos do setor e refletem o fortalecimento do mercado de trabalho”, diz um trecho da nota.

O especialista avalia possível continuidade de moderação dos preços no Brasil. “A gente está esperando uma variação perto de 0,58 em setembro, que é uma variação forte para o mês, mas, de modo geral, a gente espera continuidade do processo de moderação dos preços aqui no Brasil.”

Projeções 

A CNC defende que o resultado de agosto reforça a necessidade de cautela. Além disso, a entidade projeta que a Selic permanecerá em 15% ao ano até o fim de 2025 e, ainda, que a trajetória da inflação dependerá, entre outros motivos, do desfecho das negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos sobre tarifas. 

De acordo com a entidade, a expectativa é de alta de 4,8% no IPCA para o acumulado do ano.

“Se as projeções do mercado estiverem corretas, teremos a menor variação anual média em um quadriênio desde o começo do Plano Real, quadriênios que coincidem com mandatos presidenciais, será menor desde a implantação do plano. Quer dizer que está tudo bem, que está tudo certo? De jeito nenhum, a meta da implantação é 6, é uma meta impraticável, é verdade, mas a meta é 3, o teto da meta é 4,5, nós estamos em 5,13 nesse momento e a gente deve encerrar esse ano com uma variação perto de 5%”, avalia Galhardo.

“Então fecharemos acima do teto da meta, mas isso diz mais respeito à meta estar no lugar errado do que um descontrole inflacionário, um problema mais grave”, completa.

Em relação aos próximos meses, o especialista afirma que o movimento econômico deve se manter dentro da normalidade para o período.

“O que nós teremos em novembro, outubro, novembro, dezembro, no último trimestre é um comportamento bastante típico da inflação brasileira acelerando ligeiramente na passagem de um mês para o outro, mas dentro das margens, dos desvios padrão que a gente encontra nos anos anteriores”, aponta.

Outros dados do IPCA

Em contrapartida, setores como Educação (+0,75%) e Vestuário (+0,72%) registraram alta no mês. Já no setor de Transportes, houve queda de 0,27%, com redução nos preços das passagens aéreas e dos combustíveis. Além disso, a gasolina caiu 0,94% e soma alta de apenas 1,18% em 12 meses.

O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1980 e mede a variação dos preços para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. O índice abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. 

Copiar textoCopiar o texto
13/09/2025 04:45h

Boletim da FioCruz aponta que alta foi registrada em 10 estados, especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste; confira cenário epidemiológico do país

Baixar áudio

O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que dez estados apresentam alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O rinovírus e Sars-CoV-2 – vírus que causa a Covid-19 – são responsáveis pelo aumento de casos no país.

O informe mostra que as 10 das 27 unidades federativas (UFs) que apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a SE 36, são: Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins.

A publicação mostra que, em muitos estados, o rinovírus é o responsável por casos graves – que atinge principalmente crianças e adolescentes. 

Já a Covid-19 também tem impulsionado o avanço de SRAG em vários estados, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, além de estados como Pará e Maranhão – com impacto maior na população adulta e idosa.

Diante do cenário de aumento de casos de Covid-19, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, reforça que a vacinação é essencial para proteger a população contra os casos graves e óbitos da doença.

Portella destaca, ainda, a importância da atualização da caderneta de vacinação. 

“Por isso a gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, afirma.  

A região Sul é a única em que nenhum estado apresenta tendência de crescimento de SRAG. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 36, período de 31 de agosto a 6 de setembro.

Pelo documento, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os casos positivos de rinovírus chegaram a 48,9% e 15,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Já outros 20,8% foram de Vírus Sincicial Respiratório (VSR); 8,3% de influenza A; e 1,8% de influenza B.

Covid-19

Conforme a análise da FioCruz, a Covid-19 está associada ao aumento de SRAG na população adulta e/ou idosa do Pará e do Maranhão. Além disso, avanço também foi registrado no Centro-Oeste, em Goiás e no Distrito Federal, e no Sudeste, em estados como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

Pelo boletim, houve verificação de um leve crescimento nas notificações de SRAG por Covid-19 em dez estados, embora sem ainda causar alta nas hospitalizações por SRAG. Confira:

  • Mato Grosso;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Santa Catarina;
  • São Paulo;
  • Paraná;
  • Bahia;
  • Piauí;
  • Paraíba;
  • Amazonas;
  • Amapá.

Capitais e estados

Além das 10  UFs que apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risc, nove UFs também mostram incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco. No entanto, sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Os estados são: Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. Segundo o InfoGripe, a alta de casos na maioria desses estados reflete a temporada dos vírus influenza A e VSR que seguem em tendência de queda na maior parcela do Brasil.

Seis capitais também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo:

  • Boa Vista (RR);
  • Cuiabá (MT);
  • Florianópolis (SC);
  • João Pessoa (PB);
  • Salvador (BA);
  • São Luís (MA).

Balanço epidemiológico

Em 2025, já foram notificados 172.498 mil casos de SRAG, sendo 53,3% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 24% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 44,2% foram de vírus sincicial respiratório, 26,1% de rinovírus e 7,3% de Sars-CoV-2 (Covid-19).    

Copiar textoCopiar o texto
12/09/2025 04:45h

Rildo Saldanha despontou na equipe All Star Rodas Pará – projeto patrocinado pelo Banco da Amazônia

Baixar áudio

O paratleta de basquete em cadeira de rodas Rildo Saldanha, 37 anos, de Belém (PA), embarca no próximo dia 20 de setembro para jogar na França. Contratado pelo CTH Lannion, disputará a temporada 2025/26 do Campeonato Francês e a Eurocopa 2025 da modalidade.

Revelado na All Star Rodas Pará Banco da Amazônia, Rildo será o primeiro atleta da equipe paraense a defender um time internacional. O convite veio após a segunda colocação conquistada no Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão.

Rildo afirma que jogar no exterior é a realização de um sonho e atribui a conquista ao apoio do Banco da Amazônia, patrocinador do clube desde 2002. “Através do All Star Rodas, o patrocínio do Banco da Amazônia vem mudando as vidas. Mudou a minha”, conta.

Para Rildo, representar a Região Norte e a instituição financeira no exterior é motivo de orgulho. “Só temos a agradecer ao Banco por todos esses anos de parceria com a All Star Rodas. E estou tendo essa oportunidade de disputar uma liga estrangeira, juntamente com todas as bandeiras que represento. Sem dúvida, é um orgulho muito grande”, afirma.

Mesmo atuando na Europa, Rildo seguirá defendendo a equipe paraense, já que os calendários das competições não coincidem.

All Star Rodas Pará: patrocínio que transforma

O projeto reúne 60 atletas de alto rendimento em Belém, promovendo qualidade de vida e inclusão social. Segundo o técnico e fundador, Wilson Caju, o apoio do Banco da Amazônia garante estrutura para competir: cadeiras, alimentação, viagens e hospedagem.

 “[O apoio] É importantíssimo. Se não fosse o Banco da Amazônia, não participaríamos de nenhuma competição. Porque viajamos por conta do Banco durante todo o ano. O respeito que o banco tem com a gente é muito importante”, pontua Caju.

A gerente de Marketing do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima, reforça que o patrocínio ao projeto vai além do incentivo ao esporte. 

"Confiamos no propósito do projeto e estamos cientes do impacto direto que ele tem na vida e nos sonhos de cada participante. Com essa iniciativa, tornamos possível que muitas pessoas obtenham mais qualidade de vida . O Banco da Amazônia e o governo federal, potencializa a presença do All Star Rodas, oferecendo mais recursos aos atletas de base formados anualmente. Essa visibilidade permite que sejam reconhecidos no mercado brasileiro, sendo que muitos já integraram a seleção brasileira de basquete nesta modalidade. Estamos comprometidos em viabilizar o que antes parecia impossível, criando um verdadeiro valor para quem vive na Amazônia e impulsionando aqueles que moldam o futuro da região."

Ruth Helena acrescenta que a atuação do Banco também está alinhada ao desenvolvimento sustentável da região. “Na jornada do Banco da Amazônia, o propósito de impulsionar o desenvolvimento sustentável segue firme, e cada passo que damos reflete nosso compromisso com um futuro mais inovador, inclusivo e responsável. Ao longo do ano, fortalecemos nossa solidez financeira, ampliamos nosso impacto positivo e criamos oportunidades por meio de iniciativas voltadas à preservação ambiental, inclusão social e inovação econômica.”

All Star Rodas Pará: trajetória 

A equipe All Star Rodas Banco da Amazônia faz parte do Clube dos Deficientes Físicos do Pará – All Star Rodas, uma organização não governamental. A entidade foi fundada em 1997 e tem como objetivo promover o bem-estar e a integração social da pessoa com deficiência por meio de atividades esportivas, sociais e de lazer.

Além de formar atletas para competições nacionais e internacionais, a iniciativa promove inclusão, autoestima e autonomia para pessoas com deficiência. “A importância do projeto é muito grande. Para os atletas, o que foi mais importante foi eles saírem de casa. Hoje em dia, a maioria é independente”, revela Caju.

Os atletas recebem treinamentos que visam alavancar talentos esportivos para atuarem seja a nível local, regional ou nacional. Hoje, mantém duas equipes femininas, duas masculinas e uma Sub-23, com treinos realizados no Ginásio do SESI, em Ananindeua.

Copiar textoCopiar o texto