O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desta semana mostra que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 continuam em crescimento e expansão pelo país. O aumento se deu principalmente no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em Minas Gerais e no Paraná também houve um leve aumento de SRAG em idosos, provavelmente associado à Covid-19, segundo a Fiocruz.
O boletim também revela o contínuo aumento dos casos de SRAG associada ao rinovírus em crianças e adolescentes de até 14 anos em vários estados da região Centro-Sul e Norte-Nordeste. Nessa mesma faixa etária, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos.
Na tendência de curto e longo prazo, há um sinal de aumento de SRAG, em função do avanço dos casos de rinovírus e Covid-19 em muitas regiões do país. Segundo o InfoGripe, 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.
Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Teresina (PI).
Outro ponto importante do boletim é que, apesar da diminuição dos casos graves de influenza A na maior parte do país, houve um aumento no estado do Rio Grande do Sul.
A pesquisadora do Boletim InfoGripe Tatiana Portella reforça a importância da imunização contra o vírus.
“É importante que todas as pessoas dos grupos de risco do estado do Rio Grande do Sul, que ainda não tomaram a vacina contra a influenza, procurem um posto de saúde para tomar a vacina contra o vírus.”
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 13,1% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 4,4% à influenza B; 8,1% ao VSR, 32,1% ao rinovírus, e 34,8% à Covid-19. Entre os óbitos, 22,3% estavam associados à influenza A, 4,6% à influenza B, 1,8% ao VSR, 8% ao rinovírus e 56% à Covid-19.
Diante desse cenário de alta da Covid-19, Tatiana Portella reforça a importância de estar em dia com a vacinação.
“É muito importante que todas as pessoas dos grupos de risco também estejam em dia com a vacinação contra o vírus. Nós também mantemos a recomendação do uso de máscaras em locais fechados, em locais com maior aglomeração de pessoas, dentro dos postos de saúde. E nós também recomendamos que, em caso de aparecimento de sintomas, o ideal é que a pessoa fique em isolamento em casa, evitando transmitir o vírus para outras pessoas.”
A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 37, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 8 a 14 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19.
VSR: Vírus Sincicial Respiratório
Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.
Influenza A ou H1N1
Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.
Rinovírus
Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora.
“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.
Covid-19
O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.
Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.
“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e, apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.”
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Covid-19 é responsável por metade das mortes por doenças respiratórias
Covid-19: boletim InfoGripe registra aumento de casos em MS, RJ e DF
Como já estimativam as edições anteriores do Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), houve um espalhamento da Covid-19 para outras regiões do país. Nas últimas semanas epidemiológicas, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados ao coronavírus estavam concentrados em Goiás e São Paulo, regiões de grande fluxo de pessoas para outros estados brasileiros. Mas agora, também há registro de aumento das ocorrências no Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Diante desse cenário, Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz, reforça a importância de estar em dia com a vacinação.
“É muito importante que todas as pessoas dos grupos de risco — como idosos, crianças, pessoas com comorbidade — estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. A gente mantém as recomendações de sempre, como o uso de máscaras em locais fechados. Também dentro dos postos de saúde é importante usar máscara. E em caso de aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, se recuperando da infecção, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas.”
O Boletim InfoGripe também constatou que o rinovírus se destaca entre as ocorrências em crianças e adolescentes de até 14 anos, especialmente em estados das regiões Centro-Sul, Nordeste e Amapá. Já em alguns outros estados, como São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal, há uma desaceleração do aumento de SRAG causada por esse vírus. Em relação aos casos de SRAG associados ao VSR e à influenza A, continua a tendência de queda na maior parte do território nacional.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 14,4% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 3,2% à influenza B; 9% ao VSR, 34,7% ao rinovírus, e 32% à Covid-19. Entre os óbitos, 25,4% estavam associados à influenza A, 4,1% à influenza B, 3,7% ao VSR, 9,8% ao rinovírus e 50,2% à Covid-19.
Na tendência de longo prazo, 15 unidades federativas apresentaram crescimento de SRAG: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).
Em 2024, já foram notificados 126.904 casos de SRAG. Desses, 61.015 (48,1%) deram positivo em testes laboratoriais para algum vírus respiratório e 7.845 (6,2%) estão aguardando resultado. Dentre os casos positivos, 18,6% são influenza A, 0,7% são influenza B, 40,8% são VSR, 23,5% são rinovírus e 18,2% são Covid-19.
A análise do Boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica 36 tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe entre 1 e 7 de setembro. Confira outros detalhes no link.
InfoGripe: crescem os casos de Covid-19 em SP e GO
VSR, SRAG, Covid: o que significam as siglas ligadas às doenças respiratórias
O mais recente Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19, principalmente em São Paulo e Goiás. Por conta da grande circulação de pessoas no estado paulista e que vão para as demais regiões do país, os pesquisadores da Fiocruz alertam para o risco de aumento de Covid-19 em outros estados nas próximas semanas.
Segundo a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe Tatiana Portella, a maioria das hospitalizações por Covid-19 em Goiás são de pacientes idosos e, em São Paulo, já se observa internações de pacientes adultos também.
Diante desse cenário, a pesquisadora da Fiocruz reforça os cuidados de proteção contra a Covid-19.
“A gente reforça que todas as pessoas dos grupos de risco estejam em dia com a vacinação contra o Covid-19. Nós também reforçamos a importância do uso de máscaras em locais fechados, com menor circulação de ar e maior aglomeração de pessoas, e também dentro dos postos de saúde. Em caso do aparecimento de sintomas, o ideal é ficar em isolamento em casa.”
O boletim também revela que os casos de SRAG associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à Influenza A apresentaram uma tendência de queda na maior parte do território nacional. Por outro lado, ainda há um aumento de SRAG por rinovírus, especialmente entre crianças e adolescentes de até 14 anos, em muitos estados da Região Nordeste, Centro-Sul e alguns estados da Região Norte. Inclusive, o rinovírus e o VSR são as principais causas de internações e óbitos de crianças de até dois anos de idade em todo o país.
Na tendência de longo prazo, 17 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).
Em 2024, já foram notificados 123.082 casos de SRAG. Desses, 59.410 (48,3%) deram positivo em testes laboratoriais para algum vírus respiratório e 7.692 (6,2%) estão aguardando resultado. Dentre os casos positivos, 18,7% são influenza A, 0,6% são influenza B, 41,6% são VSR, e 18% são Covid-19.
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Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registraram aumento em todas as faixas etárias. É o que mostra o mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com base nos dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe entre 18 e 24 de agosto.
O levantamento mostra a manutenção do aumento de casos de SRAG associados à Covid-19 entre os idosos e o início do crescimento da doença na faixa etária entre 15 e 64 anos. Em relação ao vírus influenza A e ao vírus sincicial respiratório (VSR), houve uma diminuição do número de casos. Já o rinovírus tem mostrado uma tendência de aumento em vários estados do país e é a principal causa de SRAG entre as crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos.
Nas regiões Nordeste e Centro-Sul, o aumento dos casos de SRAG é observado principalmente em crianças e adolescentes de até 14 anos e está associado ao rinovírus. Em Goiás e São Paulo, o crescimento dos casos concentra-se na população idosa e está relacionado à Covid-19.
Segundo a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe Tatiana Portella, esse aumento dos casos de Covid-19 em São Paulo é preocupante devido à possibilidade de espalhamento do vírus para outras regiões do país.
“O estado de São Paulo é um estado economicamente muito importante e que tem uma grande conectividade, fluxo de pessoas em outras regiões, o que pode facilitar esse espalhamento do vírus para outros locais. Então é muito provável que nas próximas semanas a gente observe um aumento do número de casos de Covid-19 em outras regiões do país.”
Diante desse cenário, a pesquisadora da Fiocruz deixa as recomendações:
“A gente alerta para que hospitais e unidades sentinelas de síndrome gripal fiquem atentos para qualquer sinal de aumento mais expressivo da circulação do vírus em outras regiões do país, além de São Paulo e Goiás. A gente também chama atenção para a importância da vacinação contra Covid-19, especialmente nas pessoas dos grupos de risco, como idosos, crianças pequenas, pessoas com comorbidade, que têm uma chance maior de desenvolver o quadro mais grave da doença e também de irem a óbito.”
Na tendência de longo prazo, 12 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG: Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Entre as capitais, os indícios de aumento de casos e SRAG foram observados em Aracaju (SE), Brasília (DF), Boa Vista (RR), Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
Em 2024, já foram notificados 119.554 casos de SRAG. Desses, 57.644 (48,2%) deram positivo em testes laboratoriais para algum vírus respiratório e 7.896 (6,6%) estão aguardando resultado. Dentre os casos positivos, 18,9% são influenza A, 0,6% são influenza B, 42,4% são VSR, e 17,8% são Covid-19.
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COVID-19: Sintomas podem ser confundidos com outras síndromes gripais
O mais recente Boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (22) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na Bahia, Goiás, Paraíba, São Paulo e Sergipe.
Nos estados do Nordeste (Bahia, Paraíba e Sergipe) e em São Paulo, o aumento de SRAG se concentra em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, e está associado ao rinovírus.
Já em Goiás, o aumento dos casos de SRAG acontece em todas as faixas etárias a partir dos 15 anos e na população idosa, com as ocorrências associadas à Covid-19. Além disso, em São Paulo, as notificações de SRAG por Covid-19 entre os idosos já ultrapassam os casos associados à influenza A.
Diante desse cenário, a pesquisadora do Programa de Processamento de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portela, ressalta a importância da vacinação.
“Então é importante que, com esse aumento do número de casos de Covid-19, todas as pessoas que são do grupo de risco estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. Apesar dos casos de influenza A estarem diminuindo já em todo o país, agora é a época que a influenza B começa a aumentar. Então é importante que todos também estejam em dia com a vacinação contra a influenza.”
Segundo o Boletim InfoGripe, há uma oscilação de casos de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e indícios de aumento na de curto prazo (últimas três semanas). As notificações de SRAG associadas ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à influenza A mantêm uma tendência de queda na maior parte do país.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 22,6% para VSR; 19,4% para Covid-19; 16,3% para influenza A; e 1,8% para influenza B.
O estudo aponta ainda que sete capitais apresentaram sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Brasília (DF), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Tatiana Portela reforça outras medidas de proteção contra a SRAG.
“Em caso de aparecimento de sintomas, o ideal é que a pessoa fique em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, principalmente para essas pessoas que são do grupo de risco, como idosos, crianças pequenas. Mas se não for possível fazer esse isolamento, é importante que a pessoa saia de casa usando uma boa máscara.”
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, até o dia 17 de agosto, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 33. Confira outros detalhes no link.
Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam aumentando no Brasil, revela o novo Boletim Infogripe da Fiocruz. O coordenador do estudo, Marcelo Gomes, destaca que o cenário atual é resultado do crescimento dos casos do vírus sincicial respiratório (VSR) e de influenza em diversas regiões do país.
A análise ressalta que o aumento da circulação do VSR tem ocasionado um aumento significativo na incidência e mortalidade de SRAG em crianças pequenas, ultrapassando os números associados à Covid-19 nessa faixa etária.
“Semana após semana, continuamos observando o aumento de internações associadas, principalmente a esses dois vírus respiratórios, em praticamente todo o país, em estados de todas as regiões brasileiras. Com isso, obviamente, reforço a importância da população buscar a vacina contra a gripe em particular, sabemos que está com a campanha aberta em todo o país”, pontua Gomes.
De acordo com o Ministério da Saúde, todas as pessoas com mais de 6 meses de idade podem se vacinar contra a gripe. Os estados e municípios têm autonomia para definir os públicos, de acordo com seus estoques de vacina.
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Manoel Palácios, infectologista do Hospital Anchieta (DF), informa que a vacina contra a gripe é importante para reduzir as formas graves da doença em pacientes de alto risco, como idosos, gestantes e imunossuprimidos.
“Também para reduzir a transmissão dos pacientes saudáveis para aqueles que têm maior risco de adoecer. Em uma estratégia de, por exemplo, vacinar as pessoas que moram com pacientes imunossuprimidos para evitar que eles desenvolvam doenças. Ou vacinamos profissionais de saúde, evitando que eles transmitam a doença para os seus pacientes, que são populações já fragilizadas”, explica.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência dos casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 24,3% para influenza A, 0,4% para influenza B, 58,0% para vírus sincicial respiratório e 7,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre as capitais, 19 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG. São elas:
A uma semana do fim da campanha de vacinação contra a gripe (influenza) no Pará, a cobertura no estado está em 23% e a meta é de 90%, segundo a Secretaria da Saúde do estado (SESPA). Conforme a secretaria, 2,7 milhões de pessoas fazem parte dos grupos prioritários no estado, mas até o momento, 869.816 pessoas foram vacinadas.
Na Região Norte, a vacinação contra a gripe iniciou no dia 13 de novembro de 2023, visando proteger a população amazônica antes do período chuvoso. Segundo a coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, a partir do dia 1º de março não haverá mais doses disponíveis para a vacinação.
“Estrategicamente, nós estamos vivenciando a vacinação da população contra a gripe para enfrentar o inverno amazônico. A grande vacinação contra a gripe no estado do Pará e nos estados da região norte termina agora no dia 29 de fevereiro. Passando este período, nós não teremos mais doses de vacina influenza disponível. Nós só estaremos vacinando novamente na aproximação de vacinação, que será exatamente final de outubro e novembro, que é quando a partir daí vai ficar a vacinação da região norte contra a gripe”, explica.
A coordenadora alerta a população sobre a importância da vacinação contra a gripe. “A vacinação contra a gripe tem o grande objetivo de evitar as complicações e hospitalizações causadas pela gripe. Então, é super importante que toda a população esteja vacinada. Um quadro de gripe pode complicar, se transformar numa síndrome respiratória aguda grave, precisar de terapia e ainda vir ao óbito”, ressalta.
De acordo com a SESPA, a vacinação estar disponível para toda a população, mas o foco principal da vacinação é com as pessoas dos grupos prioritários.
“A vacinação contra a gripe é direcionada para os grupos que são mais suscetíveis, como no caso as crianças, os idosos, as gestantes, as puérperas e aquela população que convive em meios de grande multidão, como no caso os professores e os trabalhadores da saúde. Tem também a população de comorbidade, que são aquelas pessoas que têm uma doença de base. Essas pessoas, elas não entram exatamente no grupo prioritário chamado, mas elas também têm vacina para receber”, destaca.
Segundo a secretaria, a cobertura vacinal para o grupo de idosos é de 26%. Nos demais públicos, as coberturas vacinais são: crianças (25%), gestantes (13%), puérperas (7%), trabalhadores de saúde (17%), e professores (15%). A vacina está disponível em todos os postos de saúde nos 144 municípios do estado.
Produzida pelo Instituto Butantan, a vacina contra a gripe protege contra três vírus respiratórios: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A vacina também ajuda a proteger contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Segundo o infectologista Julival Ribeiro, a influenza ou gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus da influenza, que possui um grande potencial de transmissão. O vírus da influenza A e B são os responsáveis pelas epidemias sazonais da doença. Ele destaca os principais sintomas da gripe.
“Os sintomas da gripe pode afetar cada pessoa com intensidade diferente, mas, de uma maneira geral, o indivíduo infectado pelo vírus da influenza acaba por ter febre geralmente acima dos 38°, dores no corpo, dor de cabeça, tosse seca, dor de garganta, cansaço e mal-estar. Apesar da maioria das pessoas terem gripe e não ter complicação nenhuma, é importante a gente lembrar que crianças, idosos, pessoas com comorbidades, têm o maior risco de desenvolver complicações da gripe.” destaca.
Para o infectologista a vacinação é a ŵmelhor maneira de prevenir a gripe ou influenza. Ele cita outras medidas preventivas que a população pode adotar.
“Além da vacinação, é muito importante lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel, principalmente antes de você consumir algum alimento. Utilizar o lenço descartável para fazer a higiene nasal. Cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir. Evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca, porque sua mão pode estar contaminada com o vírus e pode levar a doença. Manter um ambiente bem ventilado. Evitar contato próximo a pessoas que apresenta sinais ou sintomas de gripe. E sobretudo se você suspeitar que está com gripe ou influenza, o correto é procurar a unidade de saúde para fazer o diagnóstico”, recomenda.
A vacinação contra a gripe nos estados da região Norte foi antecipada pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, a adequação da vacinação contra influenza ao período do “inverno amazônico” visa reduzir complicações, internações e mortalidade decorrentes das infecções pelos vírus da influenza na região. Durante esse período, há maior circulação viral e de transmissão da gripe na região. A estimativa para a campanha na região é de que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas.
Conforme o Ministério da Saúde, para a campanha foram distribuídas 598.750 doses para Rondônia; 320.710 ao Acre; 1,5 milhão para o Amazonas; 100 mil a Roraima; 2.788.990 para o Pará; 400.570 ao Amapá e 50 mil doses para o Tocantins. A campanha segue até o dia 15 de dezembro e o dia "D" de mobilização para a vacina está previsto para 25 de novembro. Dentre os grupos prioritários que podem se vacinar estão:
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A vacina também ajuda a proteger aqueles que são mais vulneráveis às doenças graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza.
Segundo a pasta, em 2024, a vacinação contra a gripe acontece no primeiro semestre do ano nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na região Norte vai acontecer no segundo semestre.
De acordo com o Ministério da Saúde, a gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
Dentre os principais sintomas da influenza estão: dor no corpo, febre, coriza, tosse, podendo evoluir com sinusite até pneumonia. A intensidade e variação dos sintomas podem depender do quadro clínico e da imunidade de cada pessoa.
Já a transmissão ocorre por via respiratória, por gotícula, ou seja, pelo contato perto de pessoas doentes, tossindo, espirrando ou por secreções. O médico infectologista Werciley Júnior alerta sobre a importância da vacinação contra a gripe.
“A vacinação sempre tem que ser incentivada nesse sentido, para aumentar a adesão das pessoas. A gente sabe que tem que aumentar principalmente a população de risco: crianças menores que 5 anos, imunocomprometidos, pessoas que já tem baixa imunidade e pessoas idosas. Essa é uma população que tem que receber vacina. Então, a única maneira de prevenir, além da vacinação habitual, seria de as pessoas fazer higiene. Quem estiver gripado, evitar frequentar aglomerações, fazer higiene de mãos e proteção também”, diz.
O infectologista ressalta ainda que a população deve ficar atenta aos primeiros sinais da infecção para tomar as providências.
“A população também tem que ficar alerta aos primeiros indícios de sintomas para que possa usar a medicação chamada Oseltamivir, que pode fazer o bloqueio também dos quadros graves - Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG)”, explica
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A campanha de vacinação contra a influenza no Pará se estende até 15 de dezembro. A iniciativa teve início nesta segunda-feira (13). Os grupos prioritários incluem profissionais da saúde, crianças com mais de 6 meses, idosos acima de 60 anos, professores, gestantes, puérperas, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, além de pessoas em situação de rua.
Em outubro e novembro, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) não registrou casos de influenza no estado. Apesar desse panorama, o infectologista Hemerson Luz destaca a importância contínua da prevenção com a vacina.
“É muito importante receber a vacina contra a gripe anualmente, pois ela é atualizada de acordo com as principais cepas que estão circulando no mundo. Essas cepas são responsáveis pelo maior número de casos e também relacionadas com os quadros de maior gravidade todo ano é importante participar da campanha de vacinação contra gripe”, afirma o especialista.
O infectologista também afirma que a gripe é uma doença que passa de pessoa para pessoa, causada pelo vírus influenza. Ele explica quais são os sintomas em caso de infecção.
“A gripe é uma doença contagiosa causada pelo vírus da influenza, os sintomas mais comuns são febre alta geralmente acima de 38 graus. Tosse que pode ser produtiva com saída de secreção, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e uma dor no corpo com cansaço e até mesmo falta de ar”, diz o especialista.
De acordo com a Sespa, a vacinação é importante para toda a região Norte, levando em consideração a diferença climática, geográficas e da idade da população. Conforme informações do estado, em março de 2023 as vacinações começaram, uma ação segundo eles importante para o combate da doença.
De acordo com o infectologista, a vacina é contraindicada apenas para indivíduos alérgicos à proteína do ovo ou aqueles com uma contraindicação específica recomendada por um médico. No entanto, é considerada segura para uso em toda a população.
A Bahia criou o Comitê de Enfrentamento para combater e controlar a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), também conhecida como gripe aviária. O Grupo de Trabalho (GT) é sediado na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), na capital baiana.
O coordenador do Programa de Sanidade Avícola da Adab, José Klinger, avalia que o objetivo do comitê é agregar todos os órgãos e entidades privadas para que as ações sejam executadas de forma coordenada e de acordo com a competência de cada um.
“Por exemplo, a Adab faz a vigilância dos animais, das propriedades, faz a coordenação para instalar as barreiras, faz também a coleta de material e o envio ao laboratório. Temos também a Secretaria Estadual de Saúde que faz o monitoramento das pessoas que tiveram contato com as aves doentes”, explica.
De acordo com informações do Ministério da Agricultura (Mapa), desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária no Brasil em maio de 2023, após a declaração de estado de emergência zoossanitária em âmbito nacional, foram realizadas mais de 1.700 investigações relacionadas à doença. Dos 420 exemplares coletados pelos técnicos do Mapa, 80 testaram positivo para o vírus da influenza aviária.
Klinger ressalta que as ações do GT visam especificamente a contenção e eliminação do foco de influenza aviária. “Resultando em menor prejuízo o retorno ao status livre de influenza aviária no menor tempo possível. Vale ressaltar que a Bahia não tem casos de influenza aviária em suas granjas comerciais, ou na criação de fundo de quintal e subsistência”, aponta.
O coordenador esclarece que caso ocorra algum caso de influenza aviária nas granjas comerciais ou nas de fundo de quintal, será implementado o plano de contingência que visa eliminar o foco no menor tempo possível.
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