Data de publicação: 29 de Janeiro de 2021, 00:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:32h
O setor da construção civil piauiense apresentou crescimento pelo terceiro mês consecutivo. Em dezembro de 2020, o nível de atividade igual ao usual apresentou o percentual de 52,2% no Piauí, enquanto a região Nordeste ficou em 45,1%. O percentual do estado é o maior já mensurado desde setembro do ano passado, mostrando uma crescente retomada das atividades.
Os dados são da pesquisa de Sondagem da Indústria da Construção Civil, da Federação das Indústrias do estado do Piauí com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada em dezembro do ano passado.
De acordo com a pesquisa, a estabilidade nos empregos em todo o Nordeste no mês de novembro ficou em 58,5%. O estado piauiense, no entanto, superou a marca regional, atingindo 65,2% em relação à evolução no número de empregados na construção civil.
“Não tenho dúvidas de que a ajuda emergencial contribuiu muito para esse resultado. Os números da região como um todo mostram também que os efeitos nocivos da pandemia foram minimizados com esse auxílio. As pessoas estão fazendo mais compras, sobretudo pequenas reformas ou até mesmo construções, e isso realmente acaba alavancando o setor da construção civil”, avalia o presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), César Bergo.
“O setor é o que mais emprega, é o que apresenta maior vantagem nessa geração de empregos”, completa.
Segundo os números da Sondagem, a tendência é de aumento na compra de insumos e matérias-primas em torno de 47% para os próximos seis meses – a projeção para o Nordeste é de crescimento de 38%.
A pesquisa é considerada um termômetro para o setor de construção civil, em especial se indicar aumento de novos empreendimentos e serviços. Mas César Bergo faz um alerta. “A parte ruim é que o preço do material de construção também está subindo, inclusive acima da média da inflação, exatamente por conta dessa demanda.”
A expectativa da pesquisa é de que, até junho, o setor continue nessa evolução. “O ano de 2021 deve mostrar uma pequena recuperação, porque ainda temos que resolver a questão sanitária, mas ainda não o suficiente para voltarmos aos números anteriores à pandemia”, projeta o economista.