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“Como é horrível ver o filho comer e perguntar ‘tem mais?’ Esta palavra fica oscilando dentro do cérebro de uma mãe que olha as panelas e não tem mais.” - Carolina Maria de Jesus, São Paulo, 1960.
“Esse vale gás seria uma ajuda muito grande porque eu pago aluguel, água e luz. Estou desempregada e temos uma filha para criar. Aqui onde moro, o gás está R$100 e tem lugar que está R$120, por isso que três meses é pouco, mas já é uma ajuda para quem está desempregado e não tem como pagar.” - Hélia Maria, São Paulo, 2021.
Apesar dos 61 anos que separam esses dois depoimentos, proferidos por mulheres humildes de São Paulo, ambos estão ligados por uma história em comum: as dificuldades financeiras na maior cidade do País. Carolina Maria morou na favela e criou três filhos com quase nenhuma ajuda. Hoje, é reconhecida pelos diários que escreveu sobre a vida.
A auxiliar de limpeza Hélia Maria conversou com o portal Brasil61.com e contou que apesar de estar desempregada e cadastrada em diversos programas sociais não recebe nenhuma quantia por nenhum deles. Para pagar todas as despesas, ela conta com a ajuda do marido, mas o dinheiro não é suficiente.
Assim como Hélia, cerca de 14% das pessoas aptas a trabalhar estão sem ocupação em São Paulo, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A crise de desemprego é uma das consequências da pandemia da Covid-19, que desestabilizou todo mercado de trabalho pelo País.
Por isso, cada governante precisou reorganizar as contas e investir em programas sociais para ajudar a população mais vulnerável. E um dos exemplos é a ampliação do Vale Gás em São Paulo, que passou a beneficiar 426,9 mil famílias em todo o Estado, o que corresponde a mais de 2 milhões de pessoas.
O Vale Gás tem um valor total de R$ 300 e é pago em três parcelas de R$ 100 a cada dois meses. A expectativa do projeto é tentar assegurar a compra de botijões de gás de cozinha (GLP 13kg) para as famílias em situação de extrema pobreza e pobreza (o que significa ter uma renda mensal per capita de até R$ 178), e que estejam inscritas no CadÚnico (mas que não tenham o Bolsa Família).
A secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Célia Parnes, explica que desde o começo da pandemia da Covid-19, com a execução de programas assistenciais para ajudar as famílias mais carentes e vulneráveis, percebeu-se que além do apoio para compra de alimentos seria preciso fornecer uma forma segura para o preparo da comida, uma vez que muitas famílias passaram a usar lenha e outras formas mais perigosas para aquecer esses alimentos.
“Pelo aumento do gás e pela dificuldade orçamentária que a pandemia acabou imprimindo nessas famílias, muitas vezes, pela dificuldade, [elas] acabavam usando métodos alternativos e muito perigosos. Dessa forma, às vezes eram causados incêndios, doenças respiratórias. Então, o gás é essencial para a vida dessas famílias mais vulneráveis do estado de São Paulo”, destacou a secretária.
Durante o anúncio da ampliação do programa, o governador de São Paulo, João Dória, elogiou o esforço das equipes que atuam no projeto e lembrou que sua família já passou por necessidades semelhantes. “Só quem viveu essa experiência de não ter dinheiro para comprar o gás, sabe como é. Durante uma fase da vida, minha mãe não tinha dinheiro suficiente para nos sustentar e não podia comprar o gás. Então ela usava uma espiriteira, que é uma lata de sardinha pregada em uma tábua em que minha mãe colocava álcool e a panela em cima. Por isso é importante ter um programa para a população”, avaliou.
O Vale Gás faz parte de um programa maior, chamado “Bolsa do Povo”, que foi lançado em maio deste ano, para gerenciar ações e projetos do governo estadual voltados para pessoas em situação de vulnerabilidade social, como explica a coordenadora de Desenvolvimento Social da SEDS, Simone Malandrino. “Os programas sociais do governo do Estado de São Paulo têm como objetivo mitigar a vulnerabilidade social, como inclusão produtiva, distribuição de renda e programas com diversos públicos diferentes, para atender a maior parte dessa população em situação de necessidade”, ressaltou Malandrino.
Serviço
Em caso de dúvidas, o cidadão pode ligar gratuitamente para a Central de Atendimento Bolsa do Povo: 0800 7979 800. O programa também disponibiliza o assistente virtual do Bolsa do Povo via Whatsapp, pelo número (11) 98714-2645, para orientações aos usuários.
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