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Baixar áudioO Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a B3 realizaram nesta quinta-feira (27), em São Paulo, o primeiro leilão do programa AmpliAR, que assegurou R$ 731,6 milhões em investimentos privados para 13 aeroportos estratégicos do Nordeste e da Amazônia Legal.
A iniciativa prevê a inclusão de terminais regionais em contratos de concessão existentes, por meio de reequilíbrios econômico-financeiros, como redução de outorgas ou ampliação dos prazos de licença. De acordo com a Pasta, a concorrência ocorreu pelo critério de maior deságio, ou seja, o desconto aplicado sobre os parâmetros de receita e custos calculados pelo governo.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, classificou o leilão como “um marco histórico para a agenda de desenvolvimento do Brasil”. Segundo ele, o país passa de 59 para 72 concessões, com meta de superar 100 aeroportos concedidos nos próximos dois anos.
O secretário-executivo do MPor, Tomé Franca, destacou a importância da medida. “Estamos diante de um programa que não apenas coloca 13 novos aeroportos sob a gestão de importantes concessionárias que atuam no país, como também incorpora terminais regionais cuja modelagem apresentava enorme dificuldade para serem levados ao mercado”.
Para Franca, “quando falamos de concessão, não falamos apenas de limitação orçamentária do Estado, falamos de uma solução que traz eficiência, melhora a logística do país e gera oportunidades e empregos em todas as regiões”.
Com o objetivo de elevar o nível de serviço e segurança, os contratos contemplam obras de modernização em pistas, terminais de passageiros e pátios. Entre os maiores investimentos estão:
Outros aeroportos beneficiados incluem Barreirinhas (MA), Araguaína (TO), São Raimundo Nonato (PI), Cacoal (RO), Canoa Quebrada (CE), Serra Talhada (PE), Porto Alegre do Norte (MT), Garanhuns (PE) e Araripina (PE).

Já os terminais de Itaituba (PA), Tarauacá (AC), Guanambi (BA), Barcelos (AM), Itacoatiara (AM) e Parintins (AM) não receberam propostas e permanecem sob gestão atual.
“O Programa AmpliAR é um modelo inovador e disruptivo, que coloca esses aeroportos sob gestão de operadoras de expertise, reputação e capacidade de trazer melhoria para a infraestrutura aeroportuária brasileira. Hoje é um marco, mas continuamos firmes no trabalho até que tenhamos todos os investimentos realizados e os aeroportos regionais com a infraestrutura que o nosso país merece”, destacou o secretário nacional de Aviação Civil, Daniel Longo.
A formalização dos contratos está prevista para ocorrer entre dezembro de 2025 e março de 2026, quando será oficializada a incorporação dos novos aeroportos aos acordos e consolidados os cálculos de reequilíbrio. Em seguida, terão início as obras e a transferência da gestão operacional.
Durante o evento, Costa Filho destacou ainda os avanços recentes da aviação brasileira, com a inclusão de mais de 30 milhões de novos passageiros.
“Em três anos do governo do presidente Lula, nós incluímos mais de 30% na aviação do país, ou seja, foram mais de 30 milhões de passageiros que passaram a voar. Houve crescimento de mais de 10% no turismo de lazer, mais de 15% no turismo de negócios e o turismo internacional, que tinha média histórica de 7 milhões de passageiros, está fechando 2025 com quase 10 milhões de turistas estrangeiros vindo para o Brasil”, afirmou o ministro.
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Baixar áudioO município de Barcelos (AM), conhecido como a capital da pesca esportiva e maior em extensão territorial do estado, foi selecionado para o Programa AmpliAR, iniciativa do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) voltada à ampliação da conectividade aérea e ao desenvolvimento regional.
O AmpliAR permite que concessionárias privadas assumam a gestão de aeroportos regionais deficitários em troca de reequilíbrios contratuais, como redução de outorgas ou ampliação dos prazos de concessão. A medida visa modernizar a infraestrutura aeroportuária, garantir operações estáveis e viabilizar novas rotas regionais.
A sessão pública de abertura das propostas para a administração dos terminais incluídos na fase inicial do programa está agendada para o dia 27 de novembro, às 10h, na B3, em São Paulo (SP).
Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Daniel Longo, o AmpliAR “foi pensado para melhorar a conectividade entre cidades médias e pequenas e os grandes centros. No caso de Barcelos, trata-se de um aeroporto estratégico, que pode potencializar o turismo e impulsionar atividades econômicas importantes para o Amazonas, como a pesca esportiva e o ecoturismo”.
O turismo representa um dos principais pilares da economia de Barcelos, município localizado a aproximadamente 400 quilômetros de Manaus (AM). Durante a temporada de pesca esportiva, que ocorre entre setembro e março, a cidade recebe turistas nacionais e estrangeiros, o que impulsiona o setor hoteleiro, os restaurantes, os serviços de transporte e o comércio local.
De acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), nesse período, a população local praticamente dobra com a chegada dos turistas, mesmo diante das limitações de acesso, tendo em vista que o trajeto fluvial até a capital pode levar até 30 horas. O crescimento da demanda turística evidencia a necessidade de melhorias na infraestrutura de transporte.
Com a inclusão no Programa AmpliAR, Barcelos deverá receber investimentos no aeroporto local, com foco na ampliação da estrutura e no aumento da oferta de voos. A conexão aérea com Manaus, que leva cerca de 1h30, promete encurtar distâncias, facilitar o deslocamento e abrir novas perspectivas para o turismo, os negócios e o desenvolvimento regional.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a importância da conectividade aérea para o desenvolvimento da Região Norte.
“Garantir que cidades amazônicas como Barcelos estejam conectadas ao restante do Brasil é investir em oportunidades, inclusão e desenvolvimento sustentável. A aviação regional tem um papel fundamental na integração nacional e na geração de emprego e renda, especialmente em regiões de difícil acesso”, disse.
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Baixar áudioO Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta semana, o documento “Orientações sobre Resolução de Pendências do PDDE”, que reúne instruções para a regularização de escolas com pendências pare receber recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). A iniciativa, executada em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), busca permitir que as instituições regularizem sua situação e possam receber os repasses do programa.
De acordo com o MEC, cerca de 22 mil escolas apresentam algum tipo de pendência e devem resolver as irregularidades até 31 de outubro.
O material traz orientações específicas para diferentes tipos de problemas, com destaque para os três mais frequentes:
O PDDE transfere, todos os anos, recursos diretamente às escolas públicas para atender necessidades prioritárias, como manutenção do funcionamento, melhorias na infraestrutura física e pedagógica, e aquisição de materiais.
Para garantir o recebimento dos repasses de 2025, as instituições precisam estar com o cadastro atualizado e sem pendências. Ao todo, estão previstos R$ 2 bilhões em repasses nas diversas modalidades do programa.
As informações são do Ministério da Educação (MEC).
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Baixar áudioTramita no Congresso Nacional uma Medida Provisória que cria o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), com o objetivo de agilizar a análise de benefícios do INSS. A proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados, segue agora para o Senado.
O programa prevê pagamento extra para servidores do INSS e peritos médicos que atuarem na revisão e reavaliação de processos com atraso. O valor por processo varia de R$ 68 a R$ 75, com limite anual e sem incorporação à remuneração.
Com duração inicial de 12 meses e orçamento de R$ 200 milhões, o PGB poderá ser prorrogado até o fim de 2026. As atividades seguirão prioridades definidas por portaria, como reavaliações do BPC e perícias com prazo judicial vencido.
Foi criado também um comitê de acompanhamento para avaliar o desempenho do programa e propor melhorias. Relatórios trimestrais com os resultados deverão ser publicados pelo INSS e pelo Ministério da Previdência.
Apesar do apoio à medida, deputados apontaram que a iniciativa é paliativa e cobraram soluções estruturais para os atrasos no sistema previdenciário.
Com informações da Câmara dos Deputados.
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Baixar áudioAté 30 de junho, o programa Desenrola Pequenos Negócios registrou um volume financeiro renegociado superior a R$ 2,1 bilhões. Nesse período, 60.864 clientes conseguiram renegociar seus contratos. As informações foram divulgadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (MEMP) e o Ministério da Fazenda.
Os microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte podem renegociar dívidas bancárias por meio do programa Desenrola Pequenos Negócios.
Adriano Marrocos, conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade, explica que o Desenrola Pequenos Negócios é um plano que integra o Programa Acredita, do governo federal, em colaboração com o Sebrae, que atua como avalista para facilitar o acesso ao crédito através do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe).
Marrocos pontua que esta medida visa beneficiar empresas com receita anual de até R$ 4,8 milhões.
"Alguns dados são importantes. O primeiro é que as dívidas são aquelas geradas até 23 de janeiro de 2024, o segundo é que o prazo de adesão se encerra em 31 de dezembro e o terceiro ponto é que os descontos variam de 40% a 90%. Então, além desse benefício, o desconto na dívida, o plano traz a regularização cadastral para novas operações financeiras, como empréstimos de financiamentos e operações comerciais", destaca.
Joana dos Santos, de 48 anos, mora em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, e trabalha como MEI. Ela explica que possui uma loja de roupas íntimas e está enfrentando dificuldades para pagar o Simples Nacional, o imposto devido como microempreendedor, por priorizar as contas da família em vez das do comércio.
Ela ainda diz que pretende participar do programa. "Eu acho que esse desenrola vai ajudar os microempreendedores e os pequenos negócios, conseguirem superar as dificuldades com dívidas", completa.
MEIs e pequenas empresas já podem renegociar dívidas bancárias pelo Desenrola. Saiba como
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Para participar do programa Desenrola Pequenos Negócios, o microempreendedor ou pequeno empresário precisa contatar a instituição financeira onde possui a dívida. As renegociações podem ser feitas através dos canais de atendimento disponíveis, como agências bancárias, internet ou aplicativos móveis. Cada banco participante estabelece suas próprias condições e prazos para a renegociação.
O programa conta com a participação de sete bancos, que representam 73% do total da carteira de crédito de micro e pequenas empresas nacionais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil.
A região Sudeste foi a que renegociou o maior valor (R$ 1.043.097.842), seguida pelo Nordeste (R$ 397.934.392), Sul (R$ 340.383.388), Centro-Oeste (R$ 237.706.948) e Norte (R$ 104.611.156).
O estado de São Paulo se destacou como o estado com maior volume renegociado, totalizando R$ 588.119.527, com 18.229 contratos. Em seguida ficou o Paraná, com um total de R$ 149.538.734 e 4.277 contratos.
Nordeste
Bahia (BA)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 127.259.706
Total de Contratos: 3.421
Pernambuco (PE)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 73.323.597
Total de Contratos: 2.167
Ceará (CE)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 67.734.799
Total de Contratos: 2.007
Maranhão (MA)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 55.869.310
Total de Contratos: 1.273
Rio Grande do Norte (RN)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 32.436.059
Total de Contratos: 828
Piauí (PI)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 31.564.637
Total de Contratos: 828
Paraíba (PB)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 28.171.635
Total de Contratos: 854
Alagoas (AL)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 21.315.846
Total de Contratos: 606
Sergipe (SE)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 13.800.492
Total de Contratos: 439
Norte
Pará (PA)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 66.064.198
Total de Contratos: 1.412
Amazonas (AM)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 30.357.275
Total de Contratos: 799
Rondônia (RO)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 18.948.520
Total de Contratos: 500
Tocantins (TO)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 13.360.189
Total de Contratos: 393
Amapá (AP)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 11.804.547
Total de Contratos: 285
Acre (AC)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 9.133.488
Total de Contratos: 164
Roraima (RR)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 6.900.337
Total de Contratos: 153
Centro-Oeste
Goiás (GO)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 80.360.107
Total de Contratos: 2.241
Distrito Federal (DF)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 63.724.539
Total de Contratos: 1.374
Mato Grosso (MT)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 44.477.518
Total de Contratos: 1.125
Mato Grosso do Sul (MS)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 35.530.220
Total de Contratos: 945
Sudeste
São Paulo (SP)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 588.119.527
Total de Contratos: 18.229
Rio de Janeiro (RJ)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 172.759.365
Total de Contratos: 5.418
Minas Gerais (MG)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 168.617.323
Total de Contratos: 4.974
Espírito Santo (ES)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 22.575.379
Total de Contratos: 817
Sul
Paraná (PR)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 149.538.734
Total de Contratos: 4.277
Rio Grande do Sul (RS)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 96.030.050
Total de Contratos: 2.801
Santa Catarina (SC)
Volume Financeiro Renegociado: R$ 93.956.329
Total de Contratos: 2.417
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Baixar áudioO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a Medida Provisória que estabelece o Programa Acredita, lançado nesta segunda-feira (22). Uma das metas centrais desta iniciativa é apoiar os Microempreendedores Individuais (MEIs) e as empresas de pequeno porte, ampliando o crédito e incentivando a renegociação de dívidas.
Para Asafe Gonçalves, especialista em direito tributário e sócio diretor do Asafe Gonçalves Advogados, o programa pode ser um passo para a solução do problema da arrecadação fiscal.
“Porque se nós falamos de arrecadação federal, estamos falando de algo que precisa gerar mais renda. Estamos cada vez mais deficitários em relação à previdência social. Estamos deficitários em relação, muitas vezes, à arrecadação, ou o governo acaba gastando mais do que pode”, aponta o especialista.
Gonçalves explica que o programa traz trabalhadores informais, que não geram receita para o estado, para a formalidade, aumentando a atividade econômica desenvolvida por eles — e impulsionando o crescimento de pequenos negócios pela facilidade do crédito.
Para ele, fazer essa movimentação na atividade econômica vai gerar uma maior arrecadação de Imposto de Renda (IR), consumo e outros tributos.
“Porque formalizando, você traz para o regramento contábil fiscal algo que antes não existia. Um vendedor que vende um coco na beira da praia não recolhe o IR, nem tributo. Mas se ele quer ampliar o negócio, comprar um quiosque, quer fazer alguma coisa, ele consegue ter crédito porque se formalizou”, explica.
O Programa Acredita cria o ProCred 360, uma iniciativa que estabelece condições especiais de taxas e garantias através do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para operações direcionadas a MEIs e microempresas com receita anual limitada a R$ 360 mil. Para esse grupo, o programa oferece taxas de juros competitivas, estabelecidas em Selic + 5% ao ano.
Para as empresas de porte médio, com receita de até R$ 300 milhões, a medida diminui os custos do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), com uma redução de 20% no Encargo por Concessão de Garantia (ECG).
O assessor econômico da FecomercioSP, Jaime Vasconcellos, destaca que o Acredita também cria um programa que incentiva a renegociação de dívidas para MEIs e para micro e pequenas empresas, inspirado no Desenrola.
“Informações do Banco Central mostram que, no país, temos uma taxa de inadimplência empresarial de 2,59% e esse é o maior patamar para o mês de fevereiro. Desde fevereiro de 2018. Se a gente olhar apenas os micro, pequenos e médios negócios essa taxa saltou para 4,33 em fevereiro de 2024”, informa.
Para ele, essa realidade impõe a necessidade de projetos de cunho federal, ativos e práticos, para diminuir a inadimplência e endividamento de empresas.
Vasconcellos ressalta que agora é preciso ver se as medidas de renegociação de dívidas e linhas de créditos vão funcionar na prática — e chegar de forma desburocratizada e facilitada para linhas novas ou para renegociação de linhas já existentes e que estão inadimplentes.
“O que nós vamos aguardar daqui pra frente são os atos do executivo para operacionalizar o programa, como a descrição de taxas de juros, de inscrição de número de parcelamentos, descrição do número de carência, seja para as linhas de crédito novas anunciadas, seja para renegociação de dívidas existentes pelos micro pequenos e microempreendedores individuais”, enfatiza.
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Copiar o textoO Sudeste possui a maior densidade e proporção de médicos, com 3,76 profissionais por mil habitantes
Baixar áudioNo Brasil, há atualmente 575.930 médicos ativos, o que equivale a uma proporção de 2,81 profissionais por cada mil habitantes. As informações são da Demografia Médica CFM - Dados Oficiais sobre o Perfil dos Médicos Brasileiros 2024. Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), o aumento foi motivado por fatores como a ampliação do ensino médico e o aumento na procura por serviços de saúde.
O maior crescimento no número de médicos ocorreu entre 2022 e 2023, quando o número foi de 538.095 para 572.960, representando um aumento de 6,5%.
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Paulo Bonilha, pediatra e sanitarista do Sistema Único de Saúde (SUS), afirma que esse número deve ser comemorado, pois há cerca de 12 anos, o Brasil tinha aproximadamente 1,2 médicos para cada mil habitantes.
“Isso representa o maior acesso da população à médicos. É uma vitória de uma política pública do Ministério da Saúde, o programa Mais Médicos, que investiu na ampliação de faculdades de medicina. E o estímulo à vinda de médicos do exterior, emergencialmente, para garantir a assistência à população brasileira”, aponta o pediatra.
Apesar do aumento de médicos no Brasil, Bonilha destaca que o número está distante da recomendação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 3,5 médicas para cada mil habitantes.
“O Brasil vai atingir esse número por volta de 2030, só daqui 6 anos. Por outro lado, atingindo essa meta recomendada, ainda tem outros desafios a serem enfrentados, por exemplo, a qualidade desses profissionais”, explica.
De acordo com o estudo, o aumento no número de médicos ao longo das últimas décadas não foi acompanhado por uma distribuição igualitária em todo o país. O Sudeste possui a maior densidade e proporção de médicos, com 3,76 profissionais por mil habitantes e abriga 51% do total de médicos.
Por outro lado, o Norte apresenta a menor proporção de médicos, com apenas 1,73 profissionais por mil habitantes. No Nordeste, embora contenha 19,3% dos médicos e 26,8% da população, o número é de 2,22 médicos por mil habitantes.
Cesar Lima, especialista em orçamento, afirma que o estudo remonta um problema estrutural antigo do Brasil, e que apesar de programas como o Mais Médicos terem conseguido resolver parte disso, ainda é um desafio.
“Enquanto no Sul temos quase oito médicos para cada mil habitantes, no interior do Amazonas não chegamos a um quarto de profissionais para cada mil habitantes, nós temos 0,2 médicos para cada mil. Eles preferem ficar em grandes centros, nas cidades maiores, até pelas condições de trabalho. Você tem equipamentos, mais capacidade de atendimento e de suporte à vida do que no interior do Amazonas ou do Maranhão, por exemplo”, ressalta Lima.
Nas capitais, a média de médicos por mil habitantes atinge o nível de 7,03, enquanto nas cidades do interior o número cai para 1,89.
Copiar o textoEconomista explica formas de usar o dinheiro do programa de forma consciente e planejada
Baixar áudioOs sistemas de ensino e as instituições federais que ofertam o ensino médio devem enviar por meio do Sistema Gestão Presente as informações relativas à matrícula dos estudantes até 8 de março. Dessa forma, os alunos elegíveis ao Programa Pé-de-Meia podem receber o Incentivo-Matrícula (parcela única no valor de R$ 200), entre os dias 26 de março e 7 de abril. As informações são do Ministério da Educação (MEC).
O programa irá pagar até R$ 9,2 mil para estudantes que completarem os três anos do ensino médio e realizarem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essa iniciativa funciona como uma "poupança", visando reduzir a desigualdade no acesso à educação superior e ao mercado de trabalho.
Para Francisco Rodrigues, economista especialista em finanças pessoais, o Pé-de-Meia é um programa relevante que veio para dar um suporte financeiro aos estudantes. De acordo com ele, uma das melhores formas de utilizar o dinheiro de forma consciente é investindo em um melhor desempenho do estudante.
“Então ele deve ser direcionado para auxiliar numa boa alimentação desse aluno, no deslocamento para a escola. Em relação aos materiais escolares também, o vestuário e a comunicação. Em relação à comunicação, que esse aluno possa investir em ter um bom aparelho, um bom computador e uma boa conexão com a internet, que é super relevante para aprimorar o conhecimento e dar a esse aluno mais inclusão digital”, explica.
Rodrigues alerta para que os estudantes evitem cair em armadilhas, como comprar celulares de valores altos, que podem chegar a custar mais de R$ 11 mil. Dessa forma, o valor dos três anos do programa é comprometido.
O economista também recomenda que os estudantes poupe 50% do valor recebido, para garantir o pagamento parcial ou integral de um curso tecnólogo ou de uma faculdade. “Ao fazer isso, eu estou criando possibilidades de pagar minha faculdade integral ou parcial, dependendo da modalidade. E eu também poderei fazer um curso tecnólogo com esse dinheiro, um curso EAD à distância. E, também, poderei ter de imediato uma profissão fazendo os cursos técnicos. Então esse dinheiro pode te ajudar não só a concluir o ensino médio com qualidade, mas também ter uma nova profissão”, completa.
O estudante do Colégio Estadual do Paraná (CEP) Emanuel Eduardo Medeiros, de 15 anos, está cursando o primeiro ano do ensino médio. Ele afirma que irá participar do Programa Pé-de-Meia e planeja guardar o dinheiro, como uma poupança.
“Eu acho um excelente programa porque será muito bom para os alunos que não possuem uma boa renda. É importante lembrar desses estudantes, porque é triste ver eles sofrerem para poder pegar ônibus e não terem dinheiro — e ver mãe e pai sofrendo juntos porque é muito gasto para os pais”, afirma.
De acordo com Ministério da Educação, para participar do programa é preciso:
O benefício será pago de acordo com essas etapas:
Até o dia 27 de fevereiro, o MEC recebeu 167 assinaturas do termo de compromisso do Pé-de-Meia. O programa contou com a adesão de todas as redes estaduais que oferecem essa etapa de ensino, além de 74 secretarias municipais de educação que também oferecem ensino médio regular. Além disso, 66 instituições federais que oferecem ensino médio se comprometeram a colaborar para a execução do Pé-de-Meia.
Segundo a pasta, são aguardadas até 180 adesões para conseguir levar o benefício a todos os estudantes brasileiros que se enquadram no perfil.
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Copiar o textoCerca de 80% das redes estaduais que oferecem o ensino médio já aderiram ao programa
Baixar áudioAs redes ofertantes de ensino médio (federais, estaduais, distritais e municipais) têm até domingo (25) para realizar a adesão à primeira fase do Programa Pé-de-Meia, por meio do módulo Pé-de-Meia do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).
A adesão das redes ocorre por meio da assinatura do termo de compromisso e da indicação dos representantes responsáveis pelo envio dos dados mensais dos estudantes ao Ministério da Educação (MEC). Apenas os perfis dos secretários estaduais e municipais de educação, bem como dos reitores das instituições federais que oferecem ensino médio regular, têm autorização para acessar o módulo e realizar a adesão.
O economista César Bergo explica que o Pé-de-Meia é um programa idealizado pelo governo federal, como se fosse uma poupança, para que os estudantes do ensino médio possam chegar até o final dos estudos nas suas faculdades.
“É um programa importante, sobretudo para o país, e também para os estados. Porque é um programa federal que vai ter recursos federais. E pode auxiliar o governo estadual na condução política de educação de cada estado. Lembrando que é um ganho médio a longo prazo. Os estados acabam, de alguma forma, tendo menos evasão escolar”, avalia.
A estudante do Colégio Estadual do Paraná (CEP) Julia Bassetti Salatino tem 15 anos e cursa o primeiro ano do ensino médio. Para ela, o programa pode ajudar os estudantes de baixa renda a ter um futuro “melhor”.
“Eu tenho interesse em aderir ao Programa Pé-de-Meia e estou me organizando com ajuda da minha mãe para ver todos os requisitos. E é uma ajuda para quem é baixa renda conseguir ir para o colégio”, afirma.
De acordo com o MEC, até o dia 21 de fevereiro o programa teve adesão de 20 estados brasileiros e do Distrito Federal — ou seja, 78% das redes estaduais que oferecem o ensino médio. No total, foram 108 assinaturas do termo de compromisso enviadas.
A pasta aguarda até 180 adesões para garantir o benefício para os estudantes brasileiros que atendem aos critérios estabelecidos.
Segundo o MEC, foi anunciado o pagamento de R$ 6,1 bilhões para custear o Pé-de-Meia, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O programa irá pagar até R$ 3 mil por estudante, totalizando o máximo de R$ 9.200 ao término do ensino médio.
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Copiar o textoDe acordo com a Sehab, 116 municípios estão aptos para participar da fase 3 do programa
Baixar áudioAs prefeituras que apresentaram proposta de adesão em 2022 ao "A Casa É Sua” têm até o dia 5 de fevereiro para enviar a documentação necessária para a etapa de habilitação dos municípios na fase 3 do programa.
O secretário-adjunto de Habitação e Regularização Fundiária, Roger Vasconcellos, informa que os documentos podem ser enviados de forma on-line para o portal da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, o Sehab digital.
“Nessa etapa, exige-se basicamente um formulário de habilitação com plano de trabalho, apresentação do projeto social, declaração de infraestrutura e viabilidade técnica da documentação dos projetos e a confirmação dos recursos para contrapartida”, informa.
O regulamento e o edital do programa também estão disponíveis no site. Segundo o secretário, os demais documentos técnicos de engenharia serão exigidos a partir do dia 6 de fevereiro, após o término do prazo para a habilitação dos 116 municípios que já pré-definiram interesse no programa.
“Os municípios serão chamados em ordem de habilitação para apresentação da documentação técnica, para que a nossa equipe técnica possa analisar e validar os projetos técnicos. A partir daí o município está apto a firmar o convênio dependendo da disponibilidade orçamentária do estado”, ressalta Vasconcellos.
O programa A Casa é Sua é destinado à construção de unidades habitacionais para a população de área urbana inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) e renda familiar de até três salários mínimos.
As prefeituras participam com a complementação do valor das unidades habitacionais que elas propõem, com o aporte de no mínimo 30% do valor como contrapartida.
Além disso, compete ao município apresentar os lotes particulares ou próprios providos de infraestrutura básica, com serviços complementares que podem ser executados ao longo das construções das casas.
As informações são da Sehab.
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