Em recente boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, é possível observar que as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associadas ao vírus da gripe voltaram a aumentar na Região Centro-Sul, com a chegada do inverno. O destaque fica por conta de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul com aumento de SRAG por influenza A, especialmente entre adolescentes, adultos e idosos.
A longo prazo, 11 estados apresentam tendência de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo. Por isso, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda o uso de uma boa máscara para evitar o contágio pelo vírus da gripe.
“Sempre que for sair, for receber alguém, coloque uma boa máscara, uma N95, uma PFF2, aquelas que têm uma capacidade de filtragem maior e se ajustam melhor ao rosto, porque elas diminuem muito o risco de passar o vírus para as outras pessoas, liberar o vírus no ambiente. Além disso, qualquer pessoa, mesmo não estando com sintomas, mas que for visitar ou estiver indo à uma unidade de saúde, bote uma boa máscara, porque evita contrair o vírus respiratório na unidade de saúde e levar pra casa, levar para o transporte público, enfim, para outros locais.”
Entre as práticas de prevenção ao vírus da gripe, o Ministério da Saúde também recomenda lavar frequentemente as mãos com água e sabão; não compartilhar objetos de uso pessoal; manter os ambientes ventilados; evitar contato com pessoas com sintomas gripais; e evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
Outra ferramenta essencial para se proteger da gripe é a vacinação. Mesmo após o término da campanha do Ministério da Saúde, a maioria dos postos de saúde ainda possui estoque de doses disponíveis gratuitamente.
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VSR: Fiocruz alerta para o aumento nas internações por infecções respiratórias
Casos de SRAG registram aumento contínuo no Brasil; alerta Fiocruz
Brasil registra sinalização de queda no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Cada organismo reage de maneira diferente quando infectado por um vírus, mas no caso das síndromes respiratórias, seja pela infecção do vírus SARS-CoV-2 — que causa a Covid — ou da Influenza, causador da gripe, alguns sintomas são comuns às duas doenças.
O médico infectologista do hospital de Base de Brasília, Tazio Vanni, explica quais os primeiros sinais dessas infecções.
“Coriza, nariz escorrendo, dor de garganta, tosse, febre — às vezes cursando com cefaleia — [sintomas] que são bastante semelhantes aos quadros que a gente observa com o vírus da gripe, que é Influenza, ou vírus sincicial respiratório, que causa bronquiolite em crianças, mas também causa quadro clínico parecido com o que eu estou descrevendo em adultos e idosos.”
Segundo o Ministério da Saúde, a infecção pelo SARS-CoV-2 pode variar de assintomática a casos críticos. É preciso ter atenção especial para sinais que indicam piora e necessitam hospitalização, como dispneia – sensação de falta de ar –, pressão no tórax e baixa oxigenação no sangue.
Lavar as mãos e evitar locais fechados quando houver suspeita ou confirmação de qualquer síndrome gripal também faz parte dos cuidados que devem continuar, mesmo sem a emergência da pandemia.
A vacinação para o público prioritário com a vacina que protege contra a cepa em maior circulação atualmente já está disponível em todo o país, basta preocupar uma unidade de saúde.
Procure uma Unidade Básica de Saúde, leve a caderneta e vacine-se contra a Covid-19.
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É comum que pacientes infectados por dengue sintam dores no corpo, febre alta e tenham manchas na pele. Esses sintomas duram em torno de 5 a 7 dias. Porém, mesmo após a cura, alguns sintomas podem persistir, como a fadiga extrema, dores musculares e articulares, além de manchas na pele.
Estou com dengue, o que fazer?
O infectologista Julival Ribeiro aponta que as pessoas diagnosticadas com dengue grave, chamada de dengue hemorrágica, podem continuar com sintomas e ter sequelas, como insuficiência cardíaca e miocardite – uma inflamação do tecido muscular do coração. Julival menciona, ainda, que podem haver sequelas cerebrais.
“A depender do quadro clínico da dengue, se foi grave, podem surgir manifestações neurológicas, por exemplo, perda de memória, se a pessoa teve uma inflamação no cérebro, e irritabilidade. Tudo isso pode acontecer a longo prazo com a dengue”, destaca o infectologista.
Caso o paciente apresente sintomas semanas após a cura, deve procurar assistência médica. “Nas pessoas que tiveram dengue grave, é que essas alterações podem durar por longo tempo, ou mesmo tornar-se um problema crônico. Portanto, quem teve dengue, apresenta sintomas depois de várias semanas ou meses, deve procurar um serviço de saúde para esclarecer”, indica Julival.
As alterações de saúde afetam, em especial, pacientes que tiveram dengue hemorrágica. O especialista em doenças tropicais do hospital Anchieta e infectologista, Manuel Palácios, explica como a dengue clássica evolui para a hemorrágica.
“A dengue pode evoluir para dengue hemorrágica, ou dengue grave, quando há um aumento da permeabilidade vascular, levando a vazamento de plasma, sangramentos graves e falência de órgãos. A fase crítica, onde o paciente está mais vulnerável, pode durar de 24 a 48 horas”, pontua.
Segundo Manuel Palácios, os sintomas da progressão da doença costumam aparecer entre o 3º e o 7º dia e coincidem com a queda da febre. Os sintomas são:
A médica intensivista do Hospital Santa Marta, localizado em Taguatinga Sul no Distrito Federal, Adele Vasconcelos, explica que a dengue causa desidratação interna por perda de líquido, o que faz com que o sangue engrosse e as plaquetas caiam – fatores que aumentam o risco de hemorragia. “A evolução da dengue para a hemorrágica depende de organismo para organismo. A gente só considera uma dengue como hemorrágica se o paciente tiver algum tipo de sangramento, seja ocular, no nariz, na boca, na urina, nas fezes, às vezes até na cabeça, um AVC”, salienta a médica.
Em relação às sequelas da dengue grave, órgãos como coração, rins, fígado e cérebro podem ser afetados. A professora do Gama, no Distrito Federal, Gláucia Ferreira Matos, 45 anos, teve a doença em março deste ano. Ela relata que, além da dengue ter afetado a imunidade dela, tem investigado problemas nos rins e fígado.
“A dengue atingiu gravemente o meu fígado, consequentemente o meu rim também e, agora, eu venho fazendo acompanhamento, exames de sangue, hemograma, alguns exames mais específicos para acompanhar, porque eu venho sentindo sintomas que eu nunca tive na vida antes de ter dengue”, conta a professora.
Têm maior risco de desenvolver dengue hemorrágica crianças, idosos, gestantes, portadores de doenças imunossupressoras (HIV/Aids, doenças autoimunes, neoplasias), além de pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão e indivíduos previamente infectados com um sorotipo diferente do vírus da dengue.
O Ministério da Saúde pontua que, em 2024, o avanço histórico da doença no país fez 10 estados e o Distrito Federal decretarem situação de emergência.
Veja alguns dados sobre atendimentos por dengue na rede pública do país:
Em um levantamento realizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), de 3 a 13 de maio de 2024, 96% dos hospitais paulistas registraram aumento de internações de pacientes por dengue e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Segundo o informe da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o número de diagnósticos e mortes por dengue em 2024, com 82% dos casos registrados no mundo, sendo 6,3 milhões de casos prováveis e 3 milhões confirmados em laboratório.
Com uma vistoria de 10 minutos semanais em casa, os moradores podem acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, segundo o Ministério da Saúde. Confira alguns cuidados:
Para mais informações sobre a dengue e formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.
O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que dez estados apresentam alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O rinovírus e Sars-CoV-2 – vírus que causa a Covid-19 – são responsáveis pelo aumento de casos no país.
O informe mostra que as 10 das 27 unidades federativas (UFs) que apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a SE 36, são: Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins.
A publicação mostra que, em muitos estados, o rinovírus é o responsável por casos graves – que atinge principalmente crianças e adolescentes.
Já a Covid-19 também tem impulsionado o avanço de SRAG em vários estados, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, além de estados como Pará e Maranhão – com impacto maior na população adulta e idosa.
Diante do cenário de aumento de casos de Covid-19, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, reforça que a vacinação é essencial para proteger a população contra os casos graves e óbitos da doença.
Portella destaca, ainda, a importância da atualização da caderneta de vacinação.
“Por isso a gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, afirma.
A região Sul é a única em que nenhum estado apresenta tendência de crescimento de SRAG. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 36, período de 31 de agosto a 6 de setembro.
Pelo documento, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os casos positivos de rinovírus chegaram a 48,9% e 15,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Já outros 20,8% foram de Vírus Sincicial Respiratório (VSR); 8,3% de influenza A; e 1,8% de influenza B.
Conforme a análise da FioCruz, a Covid-19 está associada ao aumento de SRAG na população adulta e/ou idosa do Pará e do Maranhão. Além disso, avanço também foi registrado no Centro-Oeste, em Goiás e no Distrito Federal, e no Sudeste, em estados como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Pelo boletim, houve verificação de um leve crescimento nas notificações de SRAG por Covid-19 em dez estados, embora sem ainda causar alta nas hospitalizações por SRAG. Confira:
Além das 10 UFs que apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risc, nove UFs também mostram incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco. No entanto, sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Os estados são: Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. Segundo o InfoGripe, a alta de casos na maioria desses estados reflete a temporada dos vírus influenza A e VSR que seguem em tendência de queda na maior parcela do Brasil.
Seis capitais também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo:
Em 2025, já foram notificados 172.498 mil casos de SRAG, sendo 53,3% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 24% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 44,2% foram de vírus sincicial respiratório, 26,1% de rinovírus e 7,3% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
O Ministério da Saúde anunciou a produção nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), em parceria com o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer. Segundo a pasta, as primeiras 1,8 milhão de doses chegam até o fim deste ano, sendo 832,5 mil já em novembro, quando começa a aplicação na rede pública de saúde.
O imunizante é recomendado para gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, garantindo proteção imediata aos recém-nascidos. A expectativa é beneficiar cerca de 2 milhões de bebês nascidos vivos por ano, prevenir até 28 mil internações e reduzir casos graves da doença, responsável por 80% das bronquiolites e 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos.
No Brasil, o VSR causa, anualmente, cerca de 20 mil internações de bebês menores de 1 ano. O risco é ainda maior entre prematuros, que apresentam mortalidade sete vezes superior à de crianças nascidas a termo. Entre 2018 e 2024, foram registradas 83 mil internações desse grupo por complicações ligadas ao vírus.
Além da vacina, o governo anunciou também a produção nacional do natalizumabe, medicamento usado no tratamento da esclerose múltipla, por meio de transferência de tecnologia da farmacêutica Sandoz para o Instituto Butantan. Segundo o ministério, medidas como essas reforçam a soberania do SUS e reduzem a dependência de importações em saúde.
O Ministério da Saúde anunciou a extensão até dezembro de vacinação de jovens de 15 a 19 anos contra o HPV (Papilomavírus Humano). Segundo a pasta, essa é primeira vez que essa faixa etária passa a receber a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A meta do ministério é alcançar cerca de 7 milhões de jovens que perderam a imunização na idade recomendada (9 a 14 anos).
A ginecologista Denise Yanasse explica que o HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. “O HPV é transmitido por meio de relações sexuais e é o principal causador do câncer de colo do útero em mulheres. Ele também está associado a outros tipos de câncer em homens e mulheres, além de provocar verrugas genitais.”
Embora a maioria das infecções seja eliminada pelo organismo em até dois anos, em alguns casos o vírus persiste e pode causar doenças graves. Além do câncer de colo do útero, quase totalmente associado ao HPV, o vírus também está ligado a casos de câncer anal, de pênis, de boca e de orofaringe, além de provocar verrugas genitais.
VEJA MAIS:
Os municípios brasileiros estão arcando cada vez mais com os custos da saúde pública, em especial no atendimento de Média e Alta Complexidade (MAC). Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em 2024, os municípios aplicaram, em média, 21,6% das receitas correntes líquidas de impostos em ações e serviços públicos de saúde, percentual bem acima do piso constitucional de 15%.
Em termos absolutos, a despesa municipal com saúde somou R$ 160,6 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 4,1% em relação a 2023. Do total, R$ 57,4 bilhões correspondem a valores aplicados acima do mínimo exigido, evidenciando o esforço adicional dos gestores locais para manter os serviços.
A sobrecarga financeira, no entanto, vem comprometendo a sustentabilidade fiscal dos municípios. Em 2024, a maior parte dos custos do MAC foi bancada por recursos próprios de impostos e transferências municipais (50,3%), o que gerou um déficit operacional acumulado de aproximadamente R$ 3 bilhões.
O envelhecimento da população e o consequente aumento da incidência de doenças crônicas, entre outros fatores, têm impulsionado o crescimento dos gastos em saúde nas últimas décadas, impondo grandes desafios à gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse contexto, a CNM analisou os dados municipais de despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) e apresentou os percentuais médios de aplicação em saúde pelos municípios de cada estado, na tabela abaixo.
UF | Municípios que enviaram o SIOPS | Cumprimento do mínimo | Cumprimento do mínimo (%) | Percentual médio aplicado | ||
---|---|---|---|---|---|---|
2024 | 2023 | 2024 | 2024 | 2023 | 2024 | |
AC | 22 | 21 | 22 | 100,0% | 17,3% | 16,0% |
AL | 102 | 102 | 99 | 97,1% | 20,7% | 18,0% |
AM | 62 | 61 | 60 | 96,8% | 20,9% | 19,7% |
AP | 13 | 12 | 13 | 100,0% | 17,7% | 20,6% |
BA | 415 | 415 | 413 | 99,5% | 22,0% | 19,7% |
CE | 184 | 184 | 184 | 100,0% | 24,8% | 23,3% |
ES | 73 | 73 | 73 | 100,0% | 22,3% | 21,3% |
GO | 244 | 242 | 244 | 100,0% | 22,2% | 21,9% |
MA | 216 | 216 | 211 | 97,7% | 20,8% | 20,3% |
MG | 838 | 838 | 832 | 99,3% | 23,5% | 21,8% |
MS | 79 | 79 | 79 | 100,0% | 23,8% | 23,6% |
MT | 139 | 139 | 139 | 100,0% | 23,9% | 23,2% |
PA | 139 | 139 | 138 | 99,3% | 20,3% | 19,8% |
PB | 221 | 220 | 219 | 99,1% | 22,6% | 20,0% |
PE | 184 | 184 | 182 | 98,9% | 24,1% | 20,5% |
PI | 223 | 222 | 218 | 97,8% | 19,3% | 18,5% |
PR | 377 | 375 | 377 | 100,0% | 24,8% | 23,8% |
RJ | 86 | 85 | 85 | 98,8% | 25,3% | 24,6% |
RN | 164 | 163 | 164 | 100,0% | 25,2% | 23,7% |
RO | 52 | 52 | 51 | 98,1% | 24,3% | 22,1% |
RR | 14 | 13 | 13 | 92,9% | 17,7% | 17,5% |
RS | 471 | 471 | 469 | 99,6% | 21,9% | 20,8% |
SC | 276 | 276 | 276 | 100,0% | 21,7% | 21,0% |
SE | 75 | 75 | 73 | 97,3% | 19,5% | 18,1% |
SP | 635 | 634 | 635 | 100,0% | 27,3% | 25,1% |
TO | 139 | 137 | 134 | 96,4% | 19,4% | 18,2% |
BR | 5.443 | 5.428 | 5.403 | 99,3% | 23,1% | 21,6% |
Fonte: Siops/Elaboração: Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
A tabela mostra que, em 2024, 99,3% do total de 5.428 dos municípios que declararam seus dados ao Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops) cumpriram o limite mínimo constitucional de aplicação em ASPS. Em 11 estados, todos os municípios atingiram integralmente o piso exigido para a área. Os maiores percentuais médios de investimento foram registrados em São Paulo (25,1%), Rio de Janeiro (24,6%) e Paraná (23,8%).
Em relação aos estados e ao Distrito Federal, todos cumpriram o limite mínimo constitucional de 12% da Receita Corrente Líquida (RCL) em ASPS. Em 2024, a média de aplicação foi de 14,7% das receitas, o que representa R$ 19,3 bilhões acima do piso legal. Apesar de atender à exigência constitucional, os dados mostram que os investimentos adicionais refletem a dificuldade de ampliar a capacidade de resposta dos sistemas estaduais de saúde.
“Essa situação gera repercussões negativas em outras áreas cruciais da gestão municipal, como a Atenção Primária à Saúde, que pode sofrer com a limitação de investimentos e o redirecionamento de recursos para cobrir déficits em outros níveis de atenção”, afirmou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
A entidade reforça a urgência na revisão dos critérios de financiamento do SUS, apontando que a atual distribuição de custos, concentrada nos municípios, compromete os princípios de universalidade e equidade.
O Brasil já soma, em 2025, mais de 244 mil casos novos de Covid-19 e 2 mil óbitos em decorrência da doença. Os dados são do painel do Ministério da Saúde, com informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
Apenas na semana entre 24 a 30 de agosto (Semana epidemiológica 35), foram notificados mais de 8 mil novos casos e 18 mortes em decorrência da Covid-19. O número de notificações representa um aumento de 70,9% em comparação ao período anterior (SE 34), quando foram registrados 4,7 mil novos casos.
O comportamento da pandemia permanece desigual entre as regiões (ver tabela abaixo). O Sudeste registrou 4,3 mil novos casos e 13 mortes na SE 35. No Centro-Oeste, foram 1,5 mil novos casos e duas mortes no mesmo período
Já o Sul notificou 618 casos e dois óbitos. No Nordeste, os números foram mais baixos, com 411 casos e um óbito. No Norte, a semana trouxe 1,1 mil novos casos, sem registro de mortes.
Região | População | Casos novos notificados | Casos acumulados | Incidência Covid-19 | Óbitos novos | Óbitos acumulados | Taxa de mortalidade (100 mil hab.) |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Sudeste | 88.371.433 | 4.338 | 15.738.754 | 116,67 | 13 | 346.149 | 1,55 |
Centro-Oeste | 16.297.074 | 1.523 | 4.617.538 | 257,70 | 2 | 67.347 | 0,49 |
Sul | 29.975.984 | 618 | 8.311.862 | 70,13 | 2 | 113.590 | 0,59 |
Nordeste | 57.071.654 | 411 | 7.635.671 | 86,18 | 1 | 137.296 | 0,50 |
Norte | 18.430.980 | 1.180 | 3.014.402 | 159,40 | 0 | 52.244 | 0,62 |
A última edição do boletim InfoGripe da Fiocruz, também referente ao período de 24 a 30 de agosto, aponta um aumento nas notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19 no centro-sul brasileiro e na região Nordeste.
A alta foi registrada no Distrito Federal e nos estados do Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais,Piauí e Paraíba.
Apesar do aumento de notificações nestas localidades, o levantamento revela que o número de novos casos de SRAG por Covid-19 ainda segue em níveis relativamente baixos nesses estados.
Especialistas chamam atenção para a queda da imunidade ao longo do tempo e a circulação de novas variantes. Segundo o infectologista Julival Ribeiro, a vacinação continua sendo fundamental para evitar hospitalizações e mortes:
“Vale lembrar que as pessoas devem tomar a vacinação para a Covid-19, sobretudo as pessoas com maior risco, como idosos, imunossuprimidos, pessoas com doenças crônicas, porque essas pessoas têm uma maior probabilidade de desenvolver infecção grave pelo vírus da Covid-19”, afirmou.
Ribeiro alerta que além da vacina, os sintomas da COVID-19 confundem-se com gripe e resfriados, especialmente no grupo de risco. Nesses casos, a recomendação é procurar uma unidade de saúde para realizar exame laboratorial.
“Vale salientar que, sobretudo no grupo de risco, as pessoas com síndrome gripal devem procurar uma unidade de saúde para ver se está com a COVID-19, com resfriado ou mesmo com gripe, pois são sinais semelhantes e só através de um exame laboratorial a gente vai dizer qual realmente é o diagnóstico."
Medidas básicas, como higienizar as mãos, usar máscara em caso de sintomas e evitar aglomerações em locais fechados, continuam indicadas para reduzir o risco de novas transmissões.
O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que foi observado um crescimento nas notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 nas regiões Centro-Sul e Nordeste. A alta foi registrada no Distrito Federal e nos estados do Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais,Piauí e Paraíba. Apesar do aumento de notificações nestas localidades, o número de novos casos de SRAG por Covid-19 ainda segue em níveis relativamente baixos nesses estados.
A publicação também alerta que a Covid-19 é a principal causa de hospitalização de idosos por SRAG no Rio de Janeiro e no Amazonas, nas últimas semanas. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 35, período de 24 a 30 de agosto.
Conforme o Boletim, no Amazonas, os casos de SRAG seguem crescendo especialmente em crianças pequenas de até quatro anos e estão relacionados a um aumento das hospitalizações por Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, ressalta que a vacinação contra a Covid-19 é essencial para proteger a população. Ela afirma que vacinar é a principal forma de proteção contra os casos graves e óbitos da doença.
Tatiana Portella destaca a importância de as pessoas dos grupos de risco verificarem se estão em dia com a vacina.
“Por isso a gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, pontua Portella.
No Distrito Federal e estados como Amapá, Goiás e Rio de Janeiro, o estudo aponta que o avanço das ocorrências atinge mais as crianças e os adolescentes e está ligado ao rinovírus. Já no Espírito Santo, o aumento de SRAG ocorre principalmente na população idosa.
Oito capitais também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco. No entanto, sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Joao Pessoa, Porto Alegre, Salvador e São Luís.
Entre as capitais, Manaus, Macapá e Rio de Janeiro apresentam aumento dos casos e SRAG que se concentra nas crianças e adolescentes de até 14 anos. Em Vitória, as notificações atingem especialmente os idosos a partir de 65 anos.
O informe mostra que seis das 27 Unidades Federativas (UFs) apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco – referente às últimas duas semanas – com sinal de crescimento na tendência de longo prazo, que diz respeito às últimas seis semanas. até a SE 35, sendo: Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás e Rio de Janeiro.
O estudo também aponta que 14 UFs apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, mas sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo.
Segundo os pesquisadores do InfoGripe, o alto número de casos em grande parte desses estados ainda é reflexo, em grande parte, da temporada dos vírus influenza A e VSR, que seguem em tendência de queda na maior parte do país.
Em 2025, já foram notificados 168.538 mil casos de SRAG, sendo 53,4% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 24,3% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 44,7% foram de vírus sincicial respiratório, 47% de rinovírus e 14% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os óbitos positivos foi de 23,8% para influenza A; 2,2% para influenza B; 18,1% para VSR; 27,9% para rinovírus; e 26,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que o número de casos de Síndrome Respiratória Grave (SRAG) por Covid-19 tem aumentado no Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba.
Apesar da alta ainda não ter gerado grandes impactos nas hospitalizações por SRAG, a população deve ficar atenta aos cuidados respiratórios e à vacinação. A análise é referente ao período de 17 a 23 de agosto.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, destaca que a vacinação é essencial para proteger a população, especialmente a vacina contra a Covid-19. Segundo ela, estar imunizado é a principal forma de proteção contra os casos graves e óbitos da doença.
Tatiana Portella frisa a importância de as pessoas dos grupos de risco verificarem se estão em dia com a vacina.
“Por isso a gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, reforça Portella.
Conforme o Boletim, o aumento dos casos de SRAG no Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás ocorre principalmente nas crianças e adolescentes de dois a 14 anos. O documento informa que a alta pode estar sendo impulsionada pelo rinovírus.
Já o crescimento de SRAG vem ocorrendo especificamente na faixa etária de 2 a 14 anos em diversos estados do centro-sul brasileiro, com destaque para São Paulo. No estado paulista o avanço é acentuado, conforme o levantamento.
Apenas no Amazonas, o crescimento do número de casos ocorre entre crianças pequenas e é causado pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O estado também é o único que ainda apresenta avanço de SRAG por VSR no país.
A pesquisa identificou que duas das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco – referente às últimas duas semanas – com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, nas últimas seis semanas, até a semana 34. As capitais são: Cuiabá (MT) e Manaus (AM).
Em 2025, já foram notificados 163,9 mil casos de SRAG, sendo 53,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 24,6% foram de influenza A e apenas 1,1% de influenza B. Por outro lado, 45,1% foram de vírus sincicial respiratório, 44,8% de rinovírus e 11,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
O Brasil vive um momento de alerta no acompanhamento da Covid-19. Um boletim recente do Instituto Todos pela Saúde mostra que, até o dia 16 de agosto, houve oito semanas consecutivas de alta na confirmação de casos da doença.
A elevação foi observada em todas as faixas etárias, com impacto mais acentuado entre os adultos de 30 a 59 anos. Entre os estados, o Distrito Federal registrou a maior taxa na última semana, com 19%, seguido do Rio de Janeiro e de São Paulo, ambos com 18%.
Desde quarta-feira (27), o Programa Mais Médicos ampliou a cobertura da atenção primária e à saúde da família em 987 municípios e 23 Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), com a chegada de 1.498 profissionais da saúde. Do total, 1.446 médicos foram para as equipes de Saúde da Família e 53 foram para os DSEIs, garantindo o maior acesso e cuidado à saúde indígena.
Distribuição regional dos profissionais
Região | Número de médicos |
---|---|
Sudeste | 461 |
Nordeste | 443 |
Sul | 259 |
Norte | 235 |
Centro-Oeste | 100 |
De acordo com o Ministério da Saúde, a convocação integra a segunda chamada do 41° ciclo do programa. Além de ampliar a cobertura, a pasta mantém o compromisso com a equidade nas políticas de saúde no perfil dos novos médicos: são 46 profissionais com deficiência e 331 pertencentes a grupos étnico-raciais.
Cronograma
Entre os dias 27 de agosto e 5 de setembro, os municípios recebem os médicos formados no Brasil com registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM). Os médicos formados no exterior ou estrangeiros participarão do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), com início previsto a partir de novembro.
Programa Mais Médicos
O Programa Mais Médicos é uma política pública que enfrenta o desafio da melhoria no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS. Atualmente, o programa garante assistência a cerca de 67 milhões de pessoas em todo Brasil. Hoje, são aproximadamente 26,4 mil profissionais, distribuídos em 4,5 mil municípios, com a meta de chegar a 28 mil médicos até 2027.
Os valores complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de agosto já estão disponíveis para consulta. Os montantes foram detalhados na Portaria GM/MS nº 8.013, de 25 de agosto de 2025, publicada pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União.
A quantia a ser transferida totaliza R$ 802.906.607,83, entre os valores destinados à execução municipal e estadual.
O recurso é repassado aos entes federados mensalmente. O objetivo é que, com a verba, estados e municípios possam efetuar o pagamento do piso de profissionais da categoria.
No entanto, o advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira, afirma que é necessário que a destinação desse dinheiro seja fiscalizada, para garantir que os valores cheguem aos trabalhadores.
“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, aponta Teixeira.
Municípios como Monteiro (PB), Oeiras (PI) e Lucas do Rio Verde (MT), receberão mais de R$ 200 mil, cada. Para Sobral (CE), Teófilo Otoni (MG) e Londrina (PR), a previsão é de destinação de mais de R$ 2 milhões para cada.
Região | UF | Valor Transferido para Estado | Valor Transferido para Município | Valor Transferido em agosto - Total |
---|---|---|---|---|
Centro-Oeste | GO | 5.165.872,03 | 12.432.701,29 | 17.598.573,32 |
Centro-Oeste | MS | 1.839.782,71 | 9.991.835,11 | 11.831.617,82 |
Centro-Oeste | MT | 1.439.594,34 | 9.230.202,64 | 10.669.796,98 |
Centro-Oeste | DF | 362.525,30 | 362.525,30 | |
Nordeste | BA | 28.584.975,94 | 56.419.587,86 | 85.004.563,80 |
Nordeste | PE | 36.031.180,16 | 32.530.496,33 | 68.561.676,49 |
Nordeste | MA | 15.027.761,55 | 45.940.746,13 | 60.968.507,68 |
Nordeste | CE | 5.501.500,25 | 40.049.800,16 | 45.551.300,41 |
Nordeste | PB | 6.603.589,67 | 28.048.898,44 | 34.652.488,11 |
Nordeste | RN | 3.977.415,18 | 17.962.910,32 | 21.940.325,50 |
Nordeste | PI | 3.605.917,90 | 16.861.304,48 | 20.467.222,38 |
Nordeste | AL | 2.061.742,63 | 15.983.173,27 | 18.044.915,90 |
Nordeste | SE | 4.609.375,98 | 5.868.656,04 | 10.478.032,02 |
Norte | PA | 12.658.952,56 | 36.431.193,47 | 49.090.146,03 |
Norte | AM | 10.448.442,47 | 12.744.571,50 | 23.193.013,97 |
Norte | TO | 4.522.216,90 | 6.460.687,23 | 10.982.904,13 |
Norte | RO | 2.123.880,67 | 6.125.005,07 | 8.248.885,74 |
Norte | AP | 522.377,67 | 4.577.003,66 | 5.099.381,33 |
Norte | AC | 1.701.898,76 | 1.155.071,71 | 2.856.970,47 |
Norte | RR | 981.349,10 | 981.349,10 | |
Sudeste | MG | 5.061.347,24 | 108.477.888,51 | 113.539.235,75 |
Sudeste | RJ | 5.036.790,78 | 45.609.323,72 | 50.646.114,50 |
Sudeste | SP | 14.003.097,62 | 30.801.529,59 | 44.804.627,21 |
Sudeste | ES | 9.103.421,81 | 7.839.379,15 | 16.942.800,96 |
Sul | PR | 16.756.848,64 | 13.916.987,41 | 30.673.836,05 |
Sul | RS | 10.462.733,18 | 15.055.969,98 | 25.518.703,16 |
Sul | SC | 8.177.807,43 | 6.019.286,29 | 14.197.093,72 |
Entre os estados, o maior valor foi destinado a Minas Gerais, que conta, no total, com mais de R$ 113,5 milhões. Na sequência aparece Bahia, com cerca de R$ 85 milhões, entre valores de execução estadual e municipal.
O Brasil vive um momento de alerta no acompanhamento da Covid-19. Um boletim recente do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que, até o dia 16 de agosto, houve oito semanas consecutivas de alta na confirmação de casos da doença. Nos últimos 28 dias, a taxa de positividade de testes saltou de 5 % para 13 %, indicando maior circulação do vírus no país.
A elevação foi observada em todas as faixas etárias, com impacto mais acentuado entre os adultos de 30 a 59 anos. Entre os estados, o Distrito Federal registrou a maior taxa na última semana, com 19%, seguido do Rio de Janeiro e de São Paulo, ambos com 18%.
Apesar do aumento dos casos, os demais vírus respiratórios ainda registram positividade igual ou inferior a 5 %, reforçando o protagonismo do SARS-CoV-2 nesta fase.
O infectologista Julival Ribeiro explica que o coronavírus segue em circulação em todos os países e que não foi erradicado. “O vírus da Covid-19 continua em todos os países, não foi erradicado. Portanto, a gente continua vendo casos praticamente durante o ano inteiro”, afirma.
Ele ressalta que a chegada do inverno, período marcado por aglomerações, favorece a disseminação do vírus, assim como ocorre com a gripe. “Quanto maior a aglomeração, a tendência é disseminar mais o vírus. Então, o mais importante, segundo a própria Organização Mundial da Saúde, é para aquelas pessoas, sobretudo, que estão em grupo de risco, se vacinar, porque a vacina que existe hoje também cobre essas novas variantes que estão surgindo a nível mundial da Covid-19”, destacou.
Além da vacinação, Ribeiro recomenda medidas adicionais de prevenção. “Se tiver com síndrome gripal, evite sair. Se sair, use máscara, faça higienização das mãos e evite, sobretudo, contato se souber que alguém está com um assínio gripal”, orientou.
O especialista lembrou que o Brasil já dispõe de tratamento gratuito para casos graves. “Hoje, o Ministério da Saúde distribui o antiviral para quem pega Covid-19, segundo os critérios estabelecidos. Pessoas mais graves, internadas, se precisar, nós dispomos hoje, no Brasil, de maneira gratuita, esse antiviral para tratar a Covid-19”, explicou.
Sobre a nova variante XFG, detectada inicialmente no Sudeste Asiático e já identificada no Brasil em um paciente do Ceará, Ribeiro reforça que, até o momento, não representa uma ameaça maior. “Essa nova variante da Covid, segundo a própria OMS, é considerada como de baixo risco à saúde pública. É muito importante esse papel que os órgãos públicos estão fazendo, detectando pessoas com a Covid-19, fazendo os estudos mais sofisticados para saber se é uma nova variante ou se não é, e ver qual é o comportamento dela, o que é indicado pelo Ministério da Saúde e que é realizado pela Fiocruz, aqui no Brasil”, completou.
Diante da escalada de casos, especialistas reforçam a importância de manter a vacinação em dia, especialmente para idosos, gestantes, imunossuprimidos e crianças pequenas. O uso de máscara em ambientes fechados ou em contato com grupos de risco continua sendo recomendado, além da testagem em caso de sintomas gripais.