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Baixar áudioO governo dos Estados Unidos removeu a tarifa de 40% imposta a 238 produtos agrícolas listados, dos quais 85 foram exportados pelo Brasil em 2024. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão representa um avanço importante na renovação da agenda bilateral entre as duas nações. De acordo com o estudo divulgado pela entidade, nesta sexta-feira (21), a medida faz com que 37,1% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano (US$ 15,7 bilhões) fiquem livres de taxas adicionais.
Pelo que destaca o levantamento, pela primeira vez desde agosto, o volume exportado isento das sobretaxas ficou acima do submetido à tarifa cheia de 50%, que atinge 32,7% das exportações.
Os cálculos levam em conta dados de 2024, com base em estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos. O superintendente de Relações Internacionais da CNI, Frederico Lamego, explica que, nessa nova determinação, 231 produtos exportados pelo Brasil passam a ter alíquota zero. Segundo ele, a publicação feita pelos Estados Unidos teve como motivação dois principais aspectos.
“O primeiro é a pressão inflacionária nos Estados Unidos, e o segundo é a primeira ordem executiva que cita nominalmente o processo de negociações em curso entre os Estados Unidos e o Brasil. Ou seja, isso já é um ato de boa vontade do governo americano no sentido de que avancem as negociações entre Brasil e Estados Unidos o quanto antes”, afirma Lamego.
Para o presidente da entidade, Ricardo Alban, essa movimentação também condiz com o papel do Brasil como parceiro comercial do país norte-americano. “Vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano”, destaca. Ainda segundo Alban, o setor privado tem atuado de forma consistente para contribuir com a evolução das negociações envolvendo o tarifaço.
“A complementaridade das economias é real e agora precisamos evoluir nos termos para a entrada de bens da indústria, para a qual os EUA são nosso principal mercado, como para o setor de máquinas e equipamentos, por exemplo”, pontua o presidente.
Mesmo com a mudança, 62,9% das vendas brasileiras àquele país continuam sujeitas a algum tipo de tarifa adicional, considerando tanto as medidas horizontais quanto as setoriais, como as aplicadas para aço e alumínio.
Entre os produtos incluídos na lista de itens isentos à sobretaxa de 40%, aplicada ao Brasil desde agosto, estão a carne bovina, café e cacau - insumos considerados comuns da cesta de consumo da população dos Estados Unidos.
Na avaliação da CNI, essa nova medida faz com que os produtos brasileiros voltem a ficar competitivos no mercado, já que a remoção das tarifas recíprocas, de 10%, na última semana, havia deixado os itens nacionais em “condições menos vantajosas".
Após o anúncio de Donald Trump acerca da remoção da tarifa de 40% imposta a centenas de produtos agrícolas nacionais, o governo brasileiro informou, na quinta-feira (20), por meio de nota, que recebeu a notícia com “satisfação”.
Na publicação, o Executivo afirma que manterá o diálogo, a fim de resolver questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas. “O Brasil seguirá mantendo negociações com os EUA com vistas à retirada das tarifas adicionais sobre o restante da pauta de comércio bilateral”, diz a nota.
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Além disso, na própria quinta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em vídeo postado nas redes sociais, que essa suspensão anunciada por Trump foi um sinal importante.
"Não é tudo o que eu quero, não é tudo que o Brasil precisa, mas é uma coisa importante. O presidente Trump acaba de anunciar que vai começar a reduzir vários produtos brasileiros que foram taxados em 40%. Isso é um resultado muito importante", afirma Lula.
No fim de julho, o presidente dos Estados Unidos impôs uma tarifa adicional de 40% aos produtos do Brasil. Esse acréscimo foi somado à tarifa recíproca de 10% aplicada em escala global, que totalizou 50%. No entanto, o decreto apresentou uma lista com quase 700 exceções, a exemplo do suco de laranja e produtos de aviação.
Na última semana, Donald Trump assinou uma ordem executiva que retirava a tarifa recíproca de 10% sobre a importação de produtos como café, banana, tomate e carne bovina.
Na ocasião, o governo norte-americano disse que manteve a tarifa adicional de 40% para o Brasil. Essa taxa, porém, caiu para diversos produtos na quinta-feira (20). Com isso, itens como carne e café agora estão com a taxação zerada.
Café
O café brasileiro foi um dos produtos mais afetados pelas tarifas, principalmente porque ficou fora da primeira lista de exceções, divulgada em 31 de julho.
De acordo com o Conselho de Exportadores de Cafés do Brasil (Cecafé), os Estados Unidos foram o principal importador dos cafés do Brasil no acumulado dos 10 primeiros meses de 2025. Nesse período, o país norte-americano importou do Brasil 4,711 milhões de sacas. Esse volume corresponde a uma queda de 28,1% na comparação com o adquirido entre janeiro e outubro de 2024.
Esse volume corresponde a 14,2% dos embarques totais no agregado do ano. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, afirma que, em meio a essas movimentações tarifárias, houve uma perspectiva de que seria registrada uma perda de mais 30% do mercado, totalizando 80%, caso as taxações continuassem avançando.
“Significa uma queda na balança comercial da ordem de aproximadamente 2 bilhões de dólares, somente para os Estados Unidos. Um outro fator muito relevante é que o Brasil, para se manter permanente nas exportações para os outros países, vem sofrendo com uma pressão muito grande em relação aos diferenciais aplicados para o café brasileiro, que inclusive, mesmo com uma safra menor, esses diferenciais que a gente chama de desconto sobre a Bolsa, se alargaram bastante”, destaca.
Carne
A carne, outro produto relevante da pauta exportadora brasileira aos EUA, também foi contemplada.
Dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) revelam que, mesmo com as tarifas adicionais impostas pela Casa Branca, as exportações de carne bovina continuaram em um ritmo bom, em outubro, e registraram uma receita de US$ 1,897 bilhão, ou seja, uma elevação de 37,4%, para uma movimentação de 360,28 mil toneladas (+12,8%).
No mesmo mês do ano passado, a receita foi de US$1,380 bilhão e a movimentação, de 319,3 mil toneladas.
Frutas e outros produtos
O documento divulgado pelo governo dos Estados Unidos também inclui frutas como goiaba, abacate, banana, manga, cacau e açaí. Entre outros itens contemplados, ainda estão nozes, água de coco, raízes e tubérculos.
No início de setembro, a CNI liderou uma missão empresarial a Washington (EUA), com o intuito de abrir canais de diálogo e contribuir com as negociações para reverter ou reduzir o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A comitiva reuniu cerca de 130 empresários, dirigentes de federações estaduais e representantes de associações industriais.
A agenda incluiu reuniões no Capitólio, encontros bilaterais com instituições parceiras, plenária com representantes do setor público e privado dos dois países e audiência pública na US International Trade Commission, no âmbito da investigação aberta pelo governo americano contra o Brasil, com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974.
Entre os setores mais afetados pelo tarifaço e que foram representados na missão, estiveram máquinas e equipamentos, madeira, café, cerâmica, alumínio, carnes e couro. Grandes empresas, como Embraer, Stefanini, Novelis, Siemens Energy e Tupy também integraram a comitiva.
Estudos da CNI já alertaram que as tarifas adicionais poderiam gerar um impacto negativo de até R$20 bilhões no PIB brasileiro e a perda de 30 mil empregos.
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Baixar áudioA Região Norte do Brasil registrou, nos primeiros nove meses de 2025, o maior volume de passageiros dos últimos dez anos. Cinco aeroportos, Manaus (AM), Palmas (TO), Marabá (PA), Rio Branco (AC) e Parauapebas (PA), somaram juntos 3,6 milhões de embarques e desembarques, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O resultado supera todas as marcas anteriores desde 2016, evidenciando o crescimento do transporte aéreo regional e a importância estratégica desses terminais para o desenvolvimento da região.
O destaque fica para o Aeroporto Internacional de Manaus, que ultrapassou pela primeira vez a marca de 2,35 milhões de passageiros, superando o recorde pré-pandemia de 2019. Palmas também bateu seu recorde histórico, com 553 mil passageiros, enquanto Rio Branco registrou 269 mil, superando o pico de 2018.
Em território paraense, Marabá e Parauapebas alcançaram 284 mil e 158 mil passageiros, respectivamente, ambos com crescimento expressivo em relação a 2024.
O Aeroporto de Belém manteve sua posição como o mais movimentado de toda a Região Norte, registrando 2,83 milhões de passageiros. Esse número representa uma leve acomodação após o recorde de 2024 para este período, quando atingiu a marca de 2,97 milhões de passageiros, mas ainda é o segundo melhor resultado do terminal na última década no acumulado de janeiro a setembro.
E, ainda que o Aeroporto de Belém continue sendo o mais movimentado da região, com 2,83 milhões de passageiros, os demais terminais demonstram um avanço contínuo, impulsionado por políticas de modernização e investimentos em infraestrutura.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou o compromisso do governo federal com a melhoria dos aeroportos regionais: "O Governo Federal está comprometido com a modernização dos aeroportos em todo o país, e a Região Norte é parte desse esforço. O bom desempenho da movimentação regional demonstra o potencial da área e reforça a importância de continuarmos investindo em sua infraestrutura aeroportuária."
A diretora do Departamento de Investimentos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Luiza Deusdará, reforça o papel da regionalização da aviação: "O Ministério de Portos e Aeroportos está concentrando esforços para a regionalização porque acreditamos no potencial desse segmento para a integração nacional e também para a ampliação do acesso a serviços de saúde e outras políticas públicas.”
Segundo Luiza, a prova de que os brasileiros desejam viajar, conhecer o país, visitar familiares distantes, são os recordes de movimentação de passageiros na Região Norte. “Os aeroportos de Manaus, Palmas, Marabá, Rio Branco e Parauapebas somaram mais de 3 milhões de passageiros até setembro deste ano, isso sem contar com o aeroporto de Belém, que ainda terá um salto enorme por conta da COP30".
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Baixar áudioO Índice da Bolsa de Valores Brasileira (Ibovespa) fechou a última sessão aos 154.770 pontos, com queda de 0,39%.
Mesmo após a suspensão das tarifas de importação de 40% sobre os produtos brasileiros nos Estados Unidos, o índice seguiu um movimento internacional de aversão a investimentos de risco. No cenário internacional, investidores se mostram preocupados com a bolha de alto investimento em projetos de Inteligência Artificial e a incerteza de um novo corte de juros nos EUA, que causa instabilidade no mercado.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume total negociado na B3 foi de R$ R$ 24.208.634.444, em meio a 3.614.804 negócios.
Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
Copiar o textoAlta reflete uma preocupação crescente relativa aos altos investimentos em projetos de IA
Baixar áudioO dólar encerrou o último pregão cotado a R$5,40, com alta de 1,18%. Em um dia marcado pelo aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, a alta refletiu a preocupação crescente dos investidores com a sustentabilidade dos altos investimentos em projetos de inteligência artificial.
De acordo com especialistas, o dia foi marcado pela volatilidade do mercado decorrente da anulação das tarifas de 40% dos EUA sobre produtos brasileiros. Outro fator que influenciou o movimento foram as declarações feitas por um dirigente do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos relativas a um novo corte dos juros em dezembro.
O euro, por sua vez, encerrou a sessão cotado a R$6,21, o que representa uma alta de 1,11%.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
| Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| BRL | 1 | 0.1851 | 0.1608 | 0.1413 | 28.9624 | 0.1496 | 0.2609 | 0.2866 |
| USD | 5.4020 | 1 | 0.8688 | 0.7632 | 156.45 | 0.8081 | 1.4094 | 1.5489 |
| EUR | 6.2189 | 1.1510 | 1 | 0.8785 | 180.09 | 0.9302 | 1.6222 | 1.7827 |
| GBP | 7.0770 | 1.3103 | 1.1384 | 1 | 205.00 | 1.0589 | 1.8467 | 2.0294 |
| JPY | 0.0345 | 0.0064 | 0.0056 | 0.0049 | 1 | 0.5165 | 0.0090 | 0.0099 |
| CHF | 6.6848 | 1.2375 | 1.0751 | 0.9444 | 193.62 | 1 | 1.7441 | 1.9166 |
| CAD | 3.8328 | 0.7095 | 0.6164 | 0.5415 | 111.02 | 0.5734 | 1 | 1.0990 |
| AUD | 3.4887 | 0.6457 | 0.5609 | 0.4927 | 101.01 | 0.5217 | 0.9100 | 1 |
Os dados são da Investing.com
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Baixar áudioNo início de 2025, Evelin Gusmão Cecílio, 28 anos, de Vicente Pires (DF), teve que migrar para o MEI Caminhoneiro porque o teto de R$ 81 mil – previsto no regime do Simples Nacional – ficou defasado em relação à realidade do seu faturamento. A empresária ressalta que a atualização da tabela de enquadramento no MEI tem um papel decisivo para manter a formalidade dos empresários.
A caminhoneira foi MEI de 2021 a 2024 e migrou para o MEI Caminhoneiro em janeiro deste ano. Evelin avalia que a atualização do Simples Nacional vai evitar que pequenos empresários como ela busquem a informalidade.
Como os valores do regime estão desatualizados desde 2018, Evelin aponta que os limites atuais não acompanham a realidade do mercado. No caso dela, a única saída para manter a formalidade e continuar crescendo foi migrar de regime.
“A possibilidade de mudar para o MEI Caminhoneiro, com limite mais compatível com meu faturamento, foi o que garantiu que continuasse formalizada, emitindo notas, contribuindo com meus impostos e mantendo tudo certinho. Esse tipo de atualização é essencial para que mais pessoas possam permanecer dentro da legalidade e não precisem escolher entre crescer ou ficar regular”, relata Evelin.
A realidade de Evelin é diferente da de milhares de empresários brasileiros, já que mais de 570 mil MEIs foram desenquadrados em 2024 por excederem o limite de receita bruta permitido para a categoria. O dado foi levantado pela pela Contabilizei e baseado em informações da Receita Federal.
O reajuste está previsto no Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/21 – parado na Câmara há quatro anos. Pela proposta, o teto do MEI passaria de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil.
A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) está engajada na votação do reajuste ainda este ano e tem defendido a urgência da atualização em prol dos empresários brasileiros.
O vice-presidente jurídico da CACB, Anderson Trautman, destaca que o reajuste é fundamental para garantir a expansão do empresariado e a formalização dos pequenos empresários.
“É um movimento extremamente representativo que muito contribuirá para o crescimento da economia no Brasil. Mais formalização, mais competitividade e que resultará, inclusive, em mais arrecadação, sem impacto negativo para as contas públicas”, menciona Trautman.
Na avaliação de Evelin, a mudança vai evitar que microempreendedores que estão crescendo sejam penalizados por isso – com risco de desenquadramento do Simples Nacional.
“Esse ajuste é importante justamente para que pequenos empresários não sejam penalizados pelo próprio crescimento e possam se manter regulares, contribuindo com um sistema de forma justa”, diz a empresária.
Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa), Evenson Robles Dotto, destaca que o Simples abrange mais de 90% dos CNPJs do país e tem um papel fundamental na movimentação dos empresários brasileiros.
Para ele, o limite defasado não estimula investimentos e, consequentemente, afeta o desenvolvimento econômico dos proprietários das empresas.
“Você atinge o limite do Simples, quer crescer e é penalizado – já que a carga tributária aumenta significativamente. O empresário começa a ver que não vale a pena crescer e isso inibe o crescimento, inibe o investimento e atrapalha muito o crescimento das empresas”, afirma.
Dotto defende a urgência do reajuste e uma atualização automática dos valores das tabelas de enquadramento no regime.
“Esse reajuste tem que ser mais do que urgente porque são muitos e muitos anos com o valor defasado. Reajustando e atualizando, as empresas vão se adaptando, vai crescendo, você libera o crescimento. O governo tem que incentivar para que todas as empresas possam crescer e todas sejam bem grandes”, pontua Dotto.
O Projeto de Lei 108/2021, que tramita na Câmara, estabelece novos tetos para o regime.
Confira como ficam os enquadramentos, conforte o PL:
Cálculos da CACB apontam que a medida pode gerar 869 mil empregos e injetar mais de R$ 81,2 bilhões na economia. A Confederação também pleiteia que a proposta inclua a correção anual da tabela do Simples Nacional pela inflação.
Copiar o textoOs voos são realizados com aeronaves Boeing 737, com capacidade para 186 passageiros
Baixar áudioA nova rota aérea direta entre Petrolina (PE) e Salvador (BA), em operação desde o fim de setembro, já representa um avanço na interiorização do transporte aéreo brasileiro e na integração regional do Nordeste.
Operada pela Gol Linhas Aéreas, a ligação conta com três frequências semanais e aumentou em 16% a oferta de voos e assentos no interior de Pernambuco.
A iniciativa, que conecta o Sertão do São Francisco à capital baiana, beneficia também municípios vizinhos, como Juazeiro (BA), e fortalece o desenvolvimento econômico e turístico do Vale do São Francisco, região reconhecida pela força do agronegócio e da vitivinicultura.
De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a criação da linha faz parte dos esforços do governo federal para ampliar a conectividade regional e democratizar o acesso ao transporte aéreo.
"O Governo Federal e o Ministério de Portos e Aeroportos estão apostando na aviação regional para incluir cada vez mais pessoas. Essa nova rota é um exemplo disso, estimulando o turismo de passageiros e de negócios", afirmou o ministro.
A secretária executiva adjunta do MPor, Thairyne Oliveira, destacou que a ação integra o plano nacional de regionalização do transporte aéreo. "A regionalização do transporte aéreo é uma meta de todo o nosso ministério. Cada novo voo que liga cidades do interior a grandes capitais traz novas oportunidades de negócios e integração. O voo Salvador-Petrolina não beneficia apenas essas duas cidades, mas também a população de localidades próximas, facilitando o acesso das pessoas aos serviços e à mobilidade aérea", destacou Thairyne.
O prefeito de Petrolina, Simão Durando, também celebrou o lançamento da rota e agradeceu o apoio do governo federal. "Essa conquista é muito importante não apenas para Petrolina, mas para todo o Vale do São Francisco. É uma oportunidade de integração com a Bahia, ampliando o turismo, os negócios e as conexões logísticas. Petrolina é a cidade que mais cresce no Nordeste, e essa rota reforça o nosso potencial econômico", disse.
Os voos partem de Salvador às segundas e quintas, às 23h55, chegando a Petrolina à 1h05, e aos sábados às 15h10, com chegada às 16h20. No sentido inverso, decolam de Petrolina às terças e sextas, às 2h, chegando à capital baiana às 3h10, e aos sábados às 12h50, com pouso às 14h. As operações são realizadas com aeronaves Boeing 737, com capacidade para 186 passageiros.
Copiar o textoÍndice sofreu pausa nos ganhos, com forte queda dos preços do petróleo
Baixar áudioO Ibovespa fechou o pregão em queda de 0,73%, batendo os 155.380 pontos. O desempenho do índice teve influência das ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), que recuaram com a desvalorização do petróleo no mercado, e de um ambiente de aversão a riscos, com a ata da reunião do Fed e as expectativas sobre o balanço da Nvidia.
A ata da reunião dessa quarta-feira (19) do Federal Reserve (Fed) — o Banco Central estadunidense — indicou incertezas da organização sobre uma possível nova redução da taxa de juros do país em dezembro. Além disso, investidores esperam a divulgação do balanço da Nvidia — empresa que produz placas gráficas utilizadas no processamento de inteligências artificiais —, o que poderia expor uma dita “bolha” de IA que envolveria valuations e performances de empresas artificialmente inflados.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:
Ações em alta no Ibovespa
Diagnósticos da America S.A. (DASA3): +14,69%
T4F Entretenimento S.A. (SHOW3): +9,84%
Ações em queda no Ibovespa
Alpargatas SA (ALPA3): -15,59%
Tronox Pigmentos do Brasil SA Pfd Registered Shs A (CRPG5): -12,30%
O volume total negociado na B3 foi de R$26.081.083.778, em meio a 4.400.079 negócios.
Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
Copiar o textoRecuo firme do petróleo e reunião do Fed influenciaram a subida
Baixar áudioO dólar comercial encerrou o último pregão em alta de 0,39% frente ao real, cotado a R$5,34, alinhado ao avanço da moeda ante divisas de outros países emergentes no exterior.
A valorização da moeda estadunidense tem relação com a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) — o Banco Central do país —, que reforçou incertezas quanto a uma possível diminuição da taxa de juros em dezembro. O petróleo também fechou a sessão em considerável queda, o que auxiliou o avanço do dólar.
Além disso, o feriado do Dia da Consciência Negra, que ocorre nesta quinta-feira (20) no Brasil, também manteve investidores cautelosos. Analistas do setor mencionam uma aversão global a riscos, à espera da divulgação do balanço da Nvidia — empresa produtora de placas gráficas utilizadas no processamento de inteligências artificiais. Eles explicam que há incertezas quanto ao possível rompimento de uma “bolha” que envolve as empresas de IA, com avaliações supervalorizadas e performances aquém do esperado.
O euro, por sua vez, encerrou a sessão cotado a R$6,15, o que representa uma baixa de 0,20%.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
| Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| BRL | 1 | 0.1879 | 0.1626 | 0.1436 | 29.1864 | 0.1497 | 0.2633 | 0.2897 |
| USD | 5.3380 | 1 | 0.8622 | 0.7602 | 157.00 | 0.8061 | 1.4057 | 1.5381 |
| EUR | 6.1505 | 1.1524 | 1 | 0.8832 | 180.92 | 0.9290 | 1.6197 | 1.7824 |
| GBP | 6.9634 | 1.3049 | 1.1342 | 1 | 204.87 | 1.0519 | 1.8342 | 2.0183 |
| JPY | 3.42625 | 0.643791 | 0.55506 | 0.489392 | 1 | 0.5129 | 0.90211 | 0.99025 |
| CHF | 6.6801 | 1.2552 | 1.0764 | 0.9541 | 194.76 | 1 | 1.7588 | 1.9179 |
| CAD | 3.7979 | 0.7136 | 0.6173 | 0.5425 | 111.70 | 0.5735 | 1 | 1.1004 |
| AUD | 3.4505 | 0.6465 | 0.5606 | 0.4942 | 101.51 | 0.5212 | 0.9088 | 1 |
Os dados são da Investing.com
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Baixar áudioDurante agenda oficial em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Embraer anunciaram a venda de até 20 novos jatos comerciais, além de novas parcerias estratégicas na área de Defesa. O encontro teve como objetivo ampliar a cooperação bilateral e apresentar um portfólio de oportunidades de investimento nos setores portuário e aeroviário do Brasil.
A comitiva brasileira é liderada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e conta com a presença do presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto. Também integram a delegação o titular da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Daniel Longo, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Faierstein.
Costa Filho destacou o compromisso do país com a integração internacional e a segurança da aviação civil.
“Iniciamos diálogos fundamentais para ampliar nossa conectividade e discutimos a segurança do espaço aéreo global, pauta prioritária para o Brasil. Estamos aqui para mostrar que o Brasil é um parceiro seguro, previsível e aberto a investimentos que gerem desenvolvimento e aproximem nossas nações”, disse.
Entre os acordos firmados, destaca-se o contrato com a Air Côte d’Ivoire, companhia aérea nacional da Costa do Marfim, que encomendou quatro aeronaves E175, com direito de compra para oito unidades adicionais. O início das entregas está previsto para o primeiro semestre de 2027.
Outra proposta foi celebrada com a Helvetic Airways, da Suíça, que formalizou um novo pedido para três jatos E195-E2, com direitos de compra adicionais para cinco aeronaves. A primeira entrega está estimada para o final de 2026.
“A Embraer é um grande ativo para o Brasil e eu não tenho dúvida de que, com esses novos acordos, a companhia se fortalece cada vez mais no cenário mundial. A produção de novas aeronaves significa novos negócios sendo abertos e mais empregos sendo gerados no nosso país”, avaliou o ministro Silvio Costa Filho.
Além dos contratos comerciais, a Embraer assinou dois Memorandos de Entendimento (MoUs) com as empresas Advanced Military Maintenance, Repair and Overhaul Center (AMMROC) e Global Aerospace Logistics (GAL), ambas sediadas nos Emirados Árabes.
Os acordos representam um passo significativo para a expansão da presença da Embraer Defesa e suporte no Oriente Médio.
A programação em Dubai incluiu também encontros com autoridades locais. Entre os temas discutidos, estiveram:
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Copiar o textoPaís soma mais de 10,4 milhões de empreendedoras, crescimento de 42%nos últimos 12 anos
Baixar áudio“O momento que eu precisei me ausentar quando fui mãe, graças a Deus, a minha empresa é extremamente ligada às questões de cultura, de diversidade; então eu tive o meu momento ali de recolhimento, de estar com a minha filha durante os meses que eu precisei. Minha sócia, inclusive mulher, me substituiu naquele momento para que eu pudesse me ausentar.”
O alívio relatado por Daniela Pesce, executiva de relacionamento na Biud Tecnologia, empresa voltada para soluções de marketing em Brasília, é raridade entre as mulheres. 56% das mães, com idade entre 18 e 45 anos, consultadas pelo portal Empregos.com.br em 2023, afirmam que foram demitidas ou conhecem mulheres que perderam o emprego após a gestação.
Elas destinam, ao menos, o dobro de horas a mais que os homens no cuidado com os filhos e com o lar, de acordo com o Sebrae, e ainda assim, nos últimos 12 anos, a presença das mulheres como empregadoras ou trabalhadoras por conta própria cresceu 42%. Atualmente, mais de 10,4 milhões de mulheres empreendem no país; um a cada três negócios brasileiros é comandado por mulheres, e dois terços delas são mães. A maior parte (57%) atua na área de Serviços e 27% no comércio, e o rendimento médio mensal está na faixa de R$2,8 mil. A mais elevada participação feminina está no estado do Rio de Janeiro (39%) e a menor, no Acre (25%).
Ariane Arrais, proprietária do Brechó Valen Bella também na capital federal, enxerga empreender como muito mais do que a possibilidade da independência econômica de cada uma. São oportunidades e exemplos para quem não antes não tinha perspectiva. “Quando uma mulher decide empreender, eu penso assim, que ela não está apenas abrindo um negócio. Pelo menos foi assim que eu me vi, né? A gente cria um espaço onde a gente pode crescer, ser a gente mesma, e construir um caminho com mais liberdade. Acontece também quando uma mulher, ela avança, ela inspira outras mulheres, ela abre portas e mostra o que é possível”, afirma.
Ariane integra o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), do bairro Jardim Botânico, de Brasília. Com células em todo o país, a organização, criada em 2002 e vinculada à Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, a CACB, Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e à Associação Comercial de São Paulo (ACSP), tem o objetivo de integrar as lideranças femininas.
Na Semana do Empreendedorismo Feminino, a CMEC preparou programação especial da sexta edição do evento Liberdade para Empreender. Das 8h às 19h do dia 25 de novembro, em São Paulo, especialistas em gestão, saúde emocional, tecnologia, longevidade e inovação, discutem sobre os desafios de empreender e viver no mundo digital, com foco no equilíbrio e bem-estar. O tema deste ano é On-line/Off-line – Empreender no Digital e Viver no Real: Equilíbrio é o Novo Sucesso.
Desde de 2014, o dia 19 de novembro foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. A data foi definida como estratégia de visibilidade aos desafios e conquistas das mulheres empreendedoras. No mesmo ano, foi instituída a Semana do Empreendedorismo Feminino, com o propósito de “conscientizar a população brasileira sobre os desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras”.
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