11/07/2025 16:00h

Alta dos juros e estoques elevados impactam na confiança das empresas em julho

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O Índice de Expectativas do setor industrial teve nova queda no mês de julho: com baixa de 1,2 ponto, chegou a 49,7 pontos. O indicador passou todo o 1º semestre de 2025 no campo negativo. Os dados fazem parte do Índice de Confiança do Empresário Industrial, o ICEI, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (11).

Segundo a CNI, ao ficar abaixo dos 50 pontos, o índice revela que as perspectivas dos industriais são negativas até o final de 2025. Tanto para a economia, quanto para os próprios negócios. A última vez que o indicador ficou abaixo dos 50 pontos foi em janeiro de 2023, quando marcou 48,8 pontos. 

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Neste mês de julho, o ICEI caiu 1,3 ponto, de 48,6 pontos para 47,3 pontos, chegando ao sétimo mês consecutivo de falta de confiança. É a segunda pior sequência negativa da história do indicador, atrás, somente, dos resultados observados na recessão econômica de 2015 e 2016. 

Entre os fatores que explicam a queda de confiança do empresário industrial, Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, destaca as taxas de juros ainda elevadas – que contribuíram para a retração da atividade industrial no primeiro trimestre, com crescimento de apenas 0,1% no PIB do setor – além de duas quedas consecutivas na produção industrial, conforme dados do IBGE.

Larissa Nocko também aponta o aumento do nível de estoques na indústria, em um cenário de estabilização dos indicadores relacionados à demanda por bens industriais, como outro fator que contribuiu para a queda do índice em julho. "Isso confirma também esse cenário de redução do ritmo de crescimento da atividade econômica, em particular da atividade industrial”, afirma a especialista.

Fonte: CNI

Mais sobre o ICEI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) é uma pesquisa mensal da CNI que mede a confiança dos empresários da indústria. Para esta edição, foram consultadas 1,2 mil empresas, sendo 482 de pequeno porte; 442 de médio porte; e 285 de grande porte, entre os dias 1 e 7 de julho de 2025.


 

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11/07/2025 16:00h

Confederação Nacional da Indústria (CNI) vê prejuízo para mais de 10 mil empresas exportadoras e cobra diálogo técnico para preservar relação bilateral com os Estados Unidos

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A decisão dos Estados Unidos de elevar para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros gera preocupação na indústria nacional e pode causar prejuízos à economia brasileira. A medida, anunciada pelo governo do presidente Donald Trump, pode impactar diretamente cerca de 10 mil empresas brasileiras exportadoras, comprometer a relação histórica entre os dois países e ameaçar milhares de postos de trabalho.

O alerta vem da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, a decisão foi recebida com surpresa e não encontra respaldo em dados econômicos. "Não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho, elevando as tarifas sobre o Brasil do piso ao teto. Os impactos dessas tarifas podem ser graves para a nossa indústria, que é muito interligada ao sistema produtivo americano", afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban, em posicionamento divulgado na noite da quinta-feira (9).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no último dia 9 de julho que, a partir de 1º de agosto, será aplicada uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. A decisão foi justificada como uma resposta à forma como o governo brasileiro tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado político de Trump, além de alegações de práticas comerciais “desleais”. 

Em resposta ao presidente americano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou, no mesmo dia 9, uma nota oficial reafirmando a soberania do Brasil e o respeito às instituições nacionais. Lula destacou que o país não aceitará qualquer tipo de tutela externa e que os processos judiciais relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro são de competência exclusiva da Justiça brasileira. O presidente também negou a existência de um déficit comercial norte-americano em relação ao Brasil, como alegado por Trump, e reforçou que a relação bilateral deve se basear em respeito mútuo e cooperação econômica.

Impactos na economia e na indústria

Na avaliação da CNI, o aumento da tarifa de importação americana impacta a economia brasileira e abala a cooperação com os EUA. Em 2024, citou a entidade, para cada R$ 1 bilhão exportado para os Estados Unidos, foram gerados 24,3 mil empregos, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,2 bilhões em produção. 

A CNI ressaltou ainda que a nova tarifa, se mantida, deve afetar diretamente a competitividade dos empreendimentos brasileiros. Resultados preliminares de levantamento feito pela entidade mostram que um terço das empresas brasileiras exportadoras para os EUA já relatam impactos negativos. A consulta foi realizada entre junho e começo de julho, ainda no contexto da tarifa básica de 10%.

Ainda de acordo com a entidade, os EUA são o principal destino das exportações da indústria de transformação brasileira – um setor que alcançou, em 2024, US$ 181,9 bilhões em exportações, registrando um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. Os dados são da Nota Técnica: Desempenho da Balança Comercial Brasileira em 2024, elaborada pela confederação. O recorde foi motivado pelas exportações de bens de consumo não duráveis e semiduráveis, que cresceram 11% em relação a 2023.

Via diplomática

A CNI defende uma resposta diplomática imediata. "Que o equilíbrio e o diálogo técnico prevaleçam com a parcimônia e a determinação necessária", avaliou Alban.

O especialista em Direito Internacional, membro da Godke Advogados, Fernando Canutto, assim como o presidente da CNI, Ricardo Alban, acredita que o melhor caminho para proteger as empresas brasileiras é a via diplomática. 

“Entendo que a única via é a via diplomática. Apesar de os Estados Unidos ter perdido, ou melhor, diminuído sua influência como potência hegemônica nos últimos 20, 30 anos. Há 30 anos, eram os Estados Unidos e os outros países. Agora, China está atrás, Índia vem logo atrás. São parceiros que já têm poder de fogo, digamos assim, já têm uma economia quase tão grande quanto a norte-americana. Então, os Estados Unidos ainda é a grande potência. Os Estados Unidos ainda controlam o dinheiro mundial, controlam o comércio mundial”, destacou o jurista.
 

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10/07/2025 21:30h

Avanço foi de 0,72%, mas fechamento ficou longe das máximas do dia, após anúncio de 'tarifaço' de 50% de Trump contra o Brasil

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O dólar concluiu o último pregão com alta de 0,72%, cotado a R$ 5,54. O avanço da moeda norte-americana frente ao real ficou longe das máximas do dia, quando encostou em 5,62% com alta de cerca de 2% após anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifar os produtos brasileiros em 50%

A previsão é de que as tarifas sejam aplicadas a partir de agosto.

Apesar de abrir o dia em alta, o dólar foi perdendo força. Esta foi a segunda alta consecutiva da moeda norte-americana frente ao real.

Cotação do euro

O euro, por sua vez, fechou em torno de R$ 6,48.

Cotações 

BRL USD CAD EUR JPY GBP CHF AUD
BRL - 0.1807 0.2465 0.1543 26.4190 0.1329 0.1438 0.2741
USD 5.5314 - 1.3657 0.8548 146.209 0.7363 0.7967 1.5174
CAD 4.0465 0.7321 - 0.6259 107.040 0.5390 0.5832 1.1108
EUR 6.4641 1.1698 1.5975 - 171.031 0.8612 0.9319 1.7750
JPY 0.0378 0.0068 0.0093 0.0058 - 0.0050 0.5448 0.0104
GBP 7.5125 1.3581 1.8547 1.1609 198.559 - 1.0819 2.0606
CHF 6.9385 1.2550 1.7140 1.0729 183.497 0.9240 - 1.9043
AUD 3.6423 0.6590 0.8998 0.5633 96.3500 0.4852 0.5250 -
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10/07/2025 21:00h

Recuo foi de 0,99%, compensando a perda de 0,54%. O índice é cotado a 136.743 pontos

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O índice da bolsa de valores brasileira (Ibovespa) fechou a última sessão em queda, após o presidente dos Estados Unidos, Donadl Trump, anunciar tarifas de 50% ao Brasil.

O recuo foi de 0,54% aos 136.743 pontos.

O dia foi marcado pela repercussão do anúncio do tarifaço. No entanto, a reação do mercado foi mais contida, indo no sentido contrário do que era esperado para o dia.

Maiores altas e quedas do Ibovespa

Confira as ações com melhor e pior desempenho no pregão:

Ações em alta no Ibovespa

  • DOHLER PN (DOHL4): +10,13%
  • EUCATEX ON N1 (EUCA3): +7,19%

Ações em queda no Ibovespa

  • TEX RENAUX PN (TXRX4): −10,56%
  • EUCATEX PN N1 (EUCA4): −8,46%

Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.  

O que é o Ibovespa e como ele funciona?

O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado de ações brasileiro. Calculado pela B3, o indicador reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, baseado em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, com sede em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.    
 

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10/07/2025 21:00h

Plataforma da CACB passa a detalhar gastos por poderes e destaca despesas com regimes previdenciários — que já somam R$ 760 bilhões em 2025

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A plataforma Gasto Brasil, criada pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), passou a contar com novas funcionalidades que ampliam o detalhamento dos gastos públicos no país. Entre as novidades, estão o acesso separado aos valores pagos pelo governo em Previdência — que já somam R$ 760 bilhões neste ano — e a possibilidade de consultar os gastos com pessoal por Poder, com dados divididos entre Executivo, Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Defensoria Pública.

Lançada em abril, a ferramenta permite acompanhar, em tempo real, o uso de recursos públicos pela União, estados e municípios, com base em dados do Tesouro Nacional. Segundo o consultor da CACB e criador da plataforma, Claudio Queiroz, a evolução da ferramenta tem o objetivo de ampliar o controle social sobre os gastos e incentivar o debate público com base em números consolidados.

“Se você considerar que o gasto da previdência hoje, com relação ao gasto primário, representa mais de 40%. Aposentadorias, benefícios para o setor público e privado, o gasto chega a R$ 760 bilhões”, explica Queiroz. 

Mais clareza sobre a estrutura dos gastos

Segundo Queiroz, a nova organização da plataforma também permite ao cidadão diferenciar melhor o que é obrigatório no orçamento público e quais são os componentes que mais pressionam as contas do governo. “Você entende que essa [Previdência] é uma das maiores contas e que nós temos que estar administrando, porque ela está impulsionando a má administração do governo”.

A partir da próxima semana, o Gasto Brasil também passará a permitir a pesquisa de gastos públicos por poderes, com a divisão entre Executivo, Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Defensoria Pública. “O quanto os poderes gastam de mão de obra, divididos entre Executivo, Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Defensoria Pública”, detalha o consultor.

Segundo ele, a nova aba da plataforma, chamada “Poderes”, mostrará a apresentação dos gastos com pessoal e encargos, separados por esfera: governo federal, estados e municípios. “Cada dia, nós estamos evoluindo pra mostrar que o governo gasta mal. Investe pouco e gasta mal. Se você colocar que só o gasto de mão de obra dos poderes são R$ 750 bilhões até hoje e o valor que está sendo gasto com a previdência é de R$ 760 bilhões.”

Comparativos para estimular o controle social

A proposta da plataforma é estimular o controle externo do gasto público por meio da informação acessível e visual. Para a CACB, a transparência orçamentária é essencial para que a sociedade possa cobrar melhorias na gestão pública e avaliar com mais clareza o destino dos impostos pagos.

Na visão de Queiroz, o principal desafio do Estado brasileiro está na falta de ação concreta para conter despesas. “Eu, como cidadão, cada dia mais vejo que é um orçamento curto. Um orçamento eu tenho que sempre tentar equilibrar. O governo tem uma dificuldade de equilibrar o orçamento, por isso que ele paga juros e amortização altos para poder pagar sua dívida. Mas ele não está fazendo uma ação de gestão de despesas. Então, cada dia mais, estamos mostrando que a máquina está inchada. Nós temos que desinchar isso e colocar dinheiro onde vai trazer certos retornos.”

A plataforma também acompanha o avanço das despesas obrigatórias, como saúde e programas sociais, e sugere que a dificuldade de cortar gastos tem levado o governo a buscar soluções mais fáceis do ponto de vista político, como o aumento de tributos. “Então eu vou conseguir começar a visualizar a evolução desse buraco, porque esse buraco só cresce. Se no próximo governo nós não conseguirmos fazer uma minirreforma previdenciária de novo — porque nós já fizemos ano passado uma pequena — o governo está suscetível a quebrar.”


 

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10/07/2025 17:40h

Durante o mês de julho, apostas nas principais modalidades das Loterias Caixa ficam mais caras. Os novos preços atingem Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Dupla Sena, Loteca e Super Sete

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Os valores das apostas nas principais modalidades das Loterias Caixa sofrerão reajustes ao longo do mês de julho e já começaram a ficar mais caros. Os novos preços atingem Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Dupla Sena, Loteca e Super Sete, com aumentos que variam de R$ 0,50 a R$ 1,00 por bilhete, conforme o cronograma definido pela Caixa Econômica Federal.

Segundo a Caixa Econômica Federal, o objetivo do reajuste é elevar os valores das premiações e reforçar os repasses sociais destinados a iniciativas que contribuem para o desenvolvimento do país.

Transição dos novos valores

  • O novo preço da Mega-Sena entra em vigor a partir de quinta-feira (10), no concurso nº 2887. Já as apostas do tipo “teimosinha” estão sendo gradualmente suspensas em todas as modalidades até a efetivação dos reajustes.
  • As apostas da Dupla Sena, Quina, Lotofácil e Loteca já foram comercializadas com os novos valores desde a abertura de apostas no dia 9 de julho.
  • A Super Sete, por sua vez, só passará a adotar o novo valor no concurso nº 727, com início em 30 de julho.

Novos Valores

Modalidade Novos Valores Nº Concurso Abertura de Apostas (às 21h) Sorteio
Dupla Sena R$ 3,00 2832 09/07/2025 11/07/2025
Quina R$ 3,00 6770 09/07/2025 10/07/2025
Lotofácil R$ 3,50 3439 09/07/2025 10/07/2025
Loteca R$ 4,00 1202 09/07/2025 14/07/2025
Mega-Sena R$ 6,00 2887 10/07/2025 12/07/2025
Super Sete R$ 3,00 0727 30/07/2025 01/08/2025

Repasses sociais

De acordo com a Caixa, "ao apostar nas Loterias, os brasileiros não apenas concorrem a prêmios milionários, mas também contribuem diretamente com áreas fundamentais para o desenvolvimento do país. Quase metade de toda a arrecadação é destinada a repasses sociais, conforme determina a legislação vigente, beneficiando setores como: Educação, Esporte, Cultura, Segurança Pública e Seguridade Social".

Saiba mais sobre os repasses sociais no site das Loterias CAIXA.

Calendário dos sorteios

Modalidade Dias de Sorteio Horário
Dia de Sorte Terças, quintas e sábados A partir das 20h
Dupla Sena Segundas, quartas e sextas-feiras A partir das 20h
Federal Quartas e sábados A partir das 19h
Lotofácil Segundas a sábados A partir das 20h
Lotomania Segundas, quartas e sextas A partir das 20h
Mega-Sena Terças, quintas e sábados A partir das 20h
+Milionária Quartas e sábados A partir das 20h
Quina Segundas a sábados A partir das 20h
Super Sete Segundas, quartas e sextas A partir das 20h
Timemania Terças, quintas e sábados A partir das 20h
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09/07/2025 23:30h

A alta do dólar nesta quarta-feira (9) refletiu a crescente aversão ao risco por parte dos investidores, impulsionada pelas tensões comerciais globais

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O dólar concluiu o último pregão em alta de 0,99%, cotado a R$ 5,58. A alta refletiu a crescente aversão ao risco por parte dos investidores, impulsionada pelas tensões comerciais globais.

A reafirmação do presidente dos EUA, Donald Trump, de que as novas tarifas entrarão em vigor em 1º de agosto, aumentou a incerteza nos mercados, levando à busca por ativos mais seguros.

Esse cenário, somado aos ruídos internos e à instabilidade fiscal no Brasil, contribuiu para a valorização da moeda americana frente ao real.

Cotação do euro

O euro, por sua vez, fechou em torno de R$ 6,53.

Cotações

De/Para BRL USD CAD EUR JPY GBP CHF AUD
BRL (Real) - 0.1791 0.2448 0.1526 26.1980 0.1316 0.1420 0.2738
USD (Dólar) 5.5801 - 1.3684 0.8529 146.2500 0.7335 0.7936 1.5291
CAD (Dólar Can.) 4.0735 0.7307 - 0.6232 106.8600 0.5376 0.5799 1.1175
EUR (Euro) 6.5359 1.1723 1.6040 - 171.4470 0.8626 0.9304 1.7929
JPY (Iene) 0.0382 0.0068 0.0094 0.0058 - 0.0050 0.5425 0.0104
GBP (Libra) 7.5538 1.3857 1.8592 1.1592 198.1770 - 1.1203 2.0779
CHF (Franco) 7.0234 1.2593 1.7322 1.0743 184.9760 0.8926 - 1.9260
AUD (Dólar Aust.) 3.6449 0.6537 0.8944 0.5575 95.5980 0.4809 0.5187 -

Com informações da Companhia Morningtar
 

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09/07/2025 23:00h

Donald Trump anuncia tarifa de 50% para produtos brasileiros.

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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira (B3), fechou a última sessão mais uma vez em alta. A baixa foi de 1,31% atingindo 137.480 pontos.

O dia terminou em baixa pela terceira sessão seguida, devido ao anúncio de tarifas comerciais de 50% para produtos brasileiros feito pelo presidente americano, Donald Trump. 

Gustavo Assis, CEO da Asset Bank, destacou ao Infomoney que a fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre possíveis tarifas para países do Brics aumenta o risco percebido sobre o Brasil, que já enfrenta juros elevados, fragilidade fiscal e insegurança jurídica. 
 

Maiores altas e quedas do Ibovespa

Confira as ações com melhor e pior desempenho no pregão desta quarta-feira:

Ações em alta no Ibovespa

  • AZEVEDO ON (AZV3): +11,32%
  • FER HERINGERON NM (FHER3): +9,39%

Ações em queda no Ibovespa

  • DOTZ SA ON NM (DOTZ3): -7,68%
  • GENERALSHOPPON (GSHP3): -7,23%

Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.  

Volume negociado na B3 hoje
O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 22,9 bilhões, distribuídos Para mais informações, acesse o site oficial da B3.

O que é o Ibovespa e como ele funciona?

O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.  

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09/07/2025 02:30h

Economistas apontam distorções no uso de imposto regulatório como ferramenta de arrecadação; empresários reclamam de insegurança jurídica e alta de custos

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 O vai e vem em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) acendeu o sinal de alerta entre empresários e economistas, preocupados com os reflexos da medida sobre o setor produtivo. Em junho, o governo federal editou um decreto elevando a alíquota do IOF nas transferências internacionais, com o objetivo de reforçar a arrecadação diante do avanço das despesas públicas.

A proposta, no entanto, foi barrada pelo Congresso Nacional, que argumentou que a elevação da carga tributária por meio de decreto fere a competência do Legislativo.

Em resposta, o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo que a medida está amparada na legislação vigente.

A disputa política e jurídica se desenrola em um cenário de crescente desequilíbrio fiscal. Segundo a plataforma Gasto Brasil, que monitora as contas públicas em tempo real, os gastos dos entes federativos — Governo Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios – já superam R$ 2,7 trilhões neste ano, enquanto a arrecadação federal gira em torno de R$ 2,05 trilhões. O descompasso pressiona os juros, eleva o risco-país e desestimula novos investimentos.

IOF: imposto regulatório usado como ferramenta fiscal

Para o economista e pesquisador da Unicamp Sillas Sousa, o uso do IOF como mecanismo de arrecadação é um sintoma das limitações fiscais e políticas enfrentadas pelo governo. “Temos dois tipos de impostos: os que são feitos para arrecadar, como o ICMS e o Imposto de Renda; e os impostos que são feitos para regular, que é o caso do IOF. A lógica do IOF é a mesma do imposto sobre cigarro ou bebida: não é apenas para arrecadar, mas para desestimular determinado comportamento econômico.”

Sousa destaca, no entanto, que a tentativa de aplicar esse imposto de forma fiscal tem distorções. “O governo quer diminuir a remessa de dólares para o exterior, então ele aumenta o IOF sobre essas operações. Mas, como está com dificuldade de aprovar novas fontes de receita no Congresso, recorre a impostos que podem alterar por decreto”, afirma. “Existe uma legitimidade do ponto de vista econômico na tentativa de aumentar a arrecadação, porque o governo está gastando mais do que arrecada. Mas isso tem um custo político e econômico alto.”

O professor também faz um alerta sobre os efeitos regressivos dessa estratégia. “O problema é que esse imposto incide em cascata e pune muito o pequeno investidor. Ele não tem acesso ao crédito subsidiado do BNDES. Ele usa o crédito rotativo, o que estiver disponível — e o IOF, em cima disso, faz um estrago.”
Instabilidade nas regras: “desafio enorme”

A crítica ao impacto da instabilidade tributária é compartilhada por representantes do setor produtivo. O vice-presidente jurídico da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Anderson Trautman, aponta a insegurança jurídica como um entrave direto à competitividade. “Estamos num momento de dificuldade de equilíbrio fiscal. O governo vem buscar alternativas que têm surpreendido o setor produtivo. Com essa carência de segurança jurídica e a perspectiva de elevação de carga tributária, o desafio é enorme”, afirma.

Segundo ele, o ajuste das contas públicas deveria priorizar a redução das despesas, por meio da reforma administrativa. “O enfrentamento do déficit fiscal deveria vir pelo lado da despesa, com uma redução do custo da máquina pública federal — e não pelo aumento de receitas.”

O presidente da CACB, Alfredo Cotait, reforça a preocupação ao relacionar os gastos em alta com a instabilidade macroeconômica. “Enquanto vemos uma arrecadação até hoje de R$ 2,05 trilhões, o Gasto Brasil mostra R$ 2,7 trilhões — o que gera juros altos e um ambiente instável de negócios”, diz.

Para Sillas Sousa, além do impacto imediato sobre o crédito, o maior problema está na previsibilidade. “Quando o governo começa a aumentar esse tipo de imposto aleatoriamente, você prejudica o horizonte. O empresário olha pra frente e não sabe se pode investir no curto prazo, porque não sabe se o governo vai mudar a regra no meio do jogo. Essa instabilidade piora muito o ambiente de negócios e isso tem impacto no nível de emprego e na geração de riqueza.”

Segundo o pesquisador, apesar da tentativa do governo de reforçar a arrecadação, o custo desse movimento tende a se refletir justamente nos segmentos que o Executivo declara querer proteger. “Essa é a crítica justa que se faz ao governo: ele faz um discurso de quem está ajudando os pobres, mas na prática está onerando, e não é pouco, os mais pobres.”
 

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08/07/2025 22:00h

A alta do dólar nesta terça-feira refletiu a crescente aversão ao risco por parte dos investidores, impulsionada pelas tensões comerciais globais.

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O dólar concluiu o último pregão em alta de 0,11%, cotado a R$ 5,45. A alta refletiu a crescente aversão ao risco por parte dos investidores, impulsionada pelas tensões comerciais globais.
A reafirmação do presidente dos EUA, Donald Trump, de que as novas tarifas entrarão em vigor em 1º de agosto aumentou a incerteza nos mercados, levando à busca por ativos mais seguros.

Esse cenário, somado aos ruídos internos e à instabilidade fiscal no Brasil, contribuiu para a valorização da moeda americana frente ao real.

Cotação do euro

O euro, por sua vez, fechou em torno de R$ 6,39.

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna. 

Código BRL USD EUR GBP JPY CHF CAD AUD
BRL 1 0,1836 0,1564 0,1349 26,9199 0,1461 0,2509 0,2810
USD 5,4456 1 0,8527 0,7357 146,59 0,7958 1,3665 1,5318
EUR 6,3939 1,1727 1 0,8627 171,90 0,9333 1,6024 1,7965
GBP 7,4115 1,3592 1,1592 1 199,25 1,0818 1,8574 2,0823
JPY 3,71456 0,682152 0,58170 0,501857 1 0,5428 0,93213 1,04493
CHF 6,8429 1,2566 1,0715 0,9244 184,20 1 1,7171 1,9249
CAD 3,9850 0,7318 0,6240 0,5384 107,28 0,5824 1 1,1211
AUD 3,5592 0,6527 0,5567 0,4802 95,69 0,5195 0,8920 1

Com informações da Investing.com  
 

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