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Baixar áudioDurante agenda oficial em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Embraer anunciaram a venda de até 20 novos jatos comerciais, além de novas parcerias estratégicas na área de Defesa. O encontro teve como objetivo ampliar a cooperação bilateral e apresentar um portfólio de oportunidades de investimento nos setores portuário e aeroviário do Brasil.
A comitiva brasileira é liderada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e conta com a presença do presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto. Também integram a delegação o titular da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Daniel Longo, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Faierstein.
Costa Filho destacou o compromisso do país com a integração internacional e a segurança da aviação civil.
“Iniciamos diálogos fundamentais para ampliar nossa conectividade e discutimos a segurança do espaço aéreo global, pauta prioritária para o Brasil. Estamos aqui para mostrar que o Brasil é um parceiro seguro, previsível e aberto a investimentos que gerem desenvolvimento e aproximem nossas nações”, disse.
Entre os acordos firmados, destaca-se o contrato com a Air Côte d’Ivoire, companhia aérea nacional da Costa do Marfim, que encomendou quatro aeronaves E175, com direito de compra para oito unidades adicionais. O início das entregas está previsto para o primeiro semestre de 2027.
Outra proposta foi celebrada com a Helvetic Airways, da Suíça, que formalizou um novo pedido para três jatos E195-E2, com direitos de compra adicionais para cinco aeronaves. A primeira entrega está estimada para o final de 2026.
“A Embraer é um grande ativo para o Brasil e eu não tenho dúvida de que, com esses novos acordos, a companhia se fortalece cada vez mais no cenário mundial. A produção de novas aeronaves significa novos negócios sendo abertos e mais empregos sendo gerados no nosso país”, avaliou o ministro Silvio Costa Filho.
Além dos contratos comerciais, a Embraer assinou dois Memorandos de Entendimento (MoUs) com as empresas Advanced Military Maintenance, Repair and Overhaul Center (AMMROC) e Global Aerospace Logistics (GAL), ambas sediadas nos Emirados Árabes.
Os acordos representam um passo significativo para a expansão da presença da Embraer Defesa e suporte no Oriente Médio.
A programação em Dubai incluiu também encontros com autoridades locais. Entre os temas discutidos, estiveram:
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Copiar o textoPaís soma mais de 10,4 milhões de empreendedoras, crescimento de 42%nos últimos 12 anos
Baixar áudio“O momento que eu precisei me ausentar quando fui mãe, graças a Deus, a minha empresa é extremamente ligada às questões de cultura, de diversidade; então eu tive o meu momento ali de recolhimento, de estar com a minha filha durante os meses que eu precisei. Minha sócia, inclusive mulher, me substituiu naquele momento para que eu pudesse me ausentar.”
O alívio relatado por Daniela Pesce, executiva de relacionamento na Biud Tecnologia, empresa voltada para soluções de marketing em Brasília, é raridade entre as mulheres. 56% das mães, com idade entre 18 e 45 anos, consultadas pelo portal Empregos.com.br em 2023, afirmam que foram demitidas ou conhecem mulheres que perderam o emprego após a gestação.
Elas destinam, ao menos, o dobro de horas a mais que os homens no cuidado com os filhos e com o lar, de acordo com o Sebrae, e ainda assim, nos últimos 12 anos, a presença das mulheres como empregadoras ou trabalhadoras por conta própria cresceu 42%. Atualmente, mais de 10,4 milhões de mulheres empreendem no país; um a cada três negócios brasileiros é comandado por mulheres, e dois terços delas são mães. A maior parte (57%) atua na área de Serviços e 27% no comércio, e o rendimento médio mensal está na faixa de R$2,8 mil. A mais elevada participação feminina está no estado do Rio de Janeiro (39%) e a menor, no Acre (25%).
Ariane Arrais, proprietária do Brechó Valen Bella também na capital federal, enxerga empreender como muito mais do que a possibilidade da independência econômica de cada uma. São oportunidades e exemplos para quem não antes não tinha perspectiva. “Quando uma mulher decide empreender, eu penso assim, que ela não está apenas abrindo um negócio. Pelo menos foi assim que eu me vi, né? A gente cria um espaço onde a gente pode crescer, ser a gente mesma, e construir um caminho com mais liberdade. Acontece também quando uma mulher, ela avança, ela inspira outras mulheres, ela abre portas e mostra o que é possível”, afirma.
Ariane integra o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), do bairro Jardim Botânico, de Brasília. Com células em todo o país, a organização, criada em 2002 e vinculada à Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, a CACB, Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e à Associação Comercial de São Paulo (ACSP), tem o objetivo de integrar as lideranças femininas.
Na Semana do Empreendedorismo Feminino, a CMEC preparou programação especial da sexta edição do evento Liberdade para Empreender. Das 8h às 19h do dia 25 de novembro, em São Paulo, especialistas em gestão, saúde emocional, tecnologia, longevidade e inovação, discutem sobre os desafios de empreender e viver no mundo digital, com foco no equilíbrio e bem-estar. O tema deste ano é On-line/Off-line – Empreender no Digital e Viver no Real: Equilíbrio é o Novo Sucesso.
Desde de 2014, o dia 19 de novembro foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. A data foi definida como estratégia de visibilidade aos desafios e conquistas das mulheres empreendedoras. No mesmo ano, foi instituída a Semana do Empreendedorismo Feminino, com o propósito de “conscientizar a população brasileira sobre os desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras”.
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Baixar áudioO dólar encerrou o último pregão em queda, influenciado pela expectativa do mercado em relação aos resultados do terceiro trimestre da Nvidia, que serão divulgados nesta quarta-feira (19). A moeda norte-americana recuou 0,26%, fechando negociada a R$ 5,32.
Segundo especialistas, o movimento ocorreu em um dia de baixa volatilidade, marcado por poucos eventos e ausência de novos indicadores relevantes. A falta de dados atualizados do governo dos Estados Unidos também limitou um direcionamento mais claro para os investidores.
Já o euro encerrou o último pregão cotado a R$ 6,16.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
| Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| BRL | 1 | 0,1879 | 0,1622 | 0,1429 | 29,2323 | 0,1503 | 0,2628 | 0,2886 |
| USD | 5,3205 | 1 | 0,8634 | 0,7606 | 155,54 | 0,7997 | 1,3983 | 1,5358 |
| EUR | 6,1659 | 1,1582 | 1 | 0,8810 | 180,15 | 0,9262 | 1,6194 | 1,7787 |
| GBP | 6,9992 | 1,3148 | 1,1351 | 1 | 204,49 | 1,0514 | 1,8383 | 2,0191 |
| JPY | 3,42076 | 0,642901 | 0,55508 | 0,488998 | 1 | 0,5141 | 0,89894 | 0,98736 |
| CHF | 6,6537 | 1,2505 | 1,0797 | 0,9511 | 194,50 | 1 | 1,7485 | 1,9207 |
| CAD | 3,8053 | 0,7152 | 0,6174 | 0,5440 | 111,24 | 0,5719 | 1 | 1,0983 |
| AUD | 3,4676 | 0,6512 | 0,5622 | 0,4952 | 101,28 | 0,5207 | 0,9104 | 1 |
Os dados são da Investing.com.
Copiar o textoÍndice recuou 0,16%, a 156.522 pontos, com pressão do setor financeiro e cautela no exterior
Baixar áudioO Ibovespa encerrou o último pregão em queda, refletindo um cenário externo marcado pela aversão ao risco. Segundo especialistas, o clima global foi dominado por preocupações com o desempenho das empresas de tecnologia e pela expectativa de retomada da divulgação de indicadores econômicos dos Estados Unidos.
No Brasil, o setor financeiro exerceu forte pressão negativa sobre o índice, após a liquidação extrajudicial do Banco Master e repercussões no mercado.
O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,16%, fechando aos 156.522,13 pontos, após oscilar entre a mínima de 155.833,67 e a máxima de 157.039,89 ao longo da sessão.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume total negociado na B3 foi de R$ R$ 24.005.472.039, em meio a 3.902.457 negócios.
Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
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Baixar áudioA Agência Nacional de Mineração (ANM) antecipou a distribuição de R$ 45,02 milhões a municípios impactados por estruturas de transporte e operação relacionadas à atividade minerária. Os valores correspondem à parcela de 15% da arrecadação de outubro da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) destinada a localidades não produtoras, mas atingidas pelos efeitos da mineração.
A antecipação foi direcionada a cidades afetadas por ferrovias (equivalente a 87% do total, cerca de R$ 39 milhões); portos (com 12,9% das localidades, aproximadamente R$ 5,8 milhões); e dutovias (0,4% dos municípios contemplados, com pouco mais de R$ 182 mil). O minério de ferro responde por cerca de 88% da distribuição, movimentando mais de R$ 39 milhões.
O pagamento só foi viabilizado após a publicação da lista final do ciclo 2025/2026 dessas estruturas e a aprovação da Diretoria Colegiada da ANM.
Municípios que mais recebem
A antecipação contempla apenas municípios não produtores, classificados como afetados. A ANM ainda realizará:
A distribuição completa da CFEM aos afetados pelas estruturas será concluída após a análise de eventuais recursos de segunda instância.
Acesse aqui a lista de valores recebidos por municípios.
As informações da Agência Nacional de Mineração (ANM).
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Baixar áudioO Índice da Bolsa de Valores Brasileira (Ibovespa) fechou a última sessão aos 156.992 pontos, com queda de 0,47%. Essa é a maior queda desde outubro deste ano, com uma perda de mais de 700 pontos.
Diante dos dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC–Br) em queda, os investidores aguardam pessimistas pelo desempenho do PIB deste ano. No cenário internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reduz tarifas e irá isentar uma ampla gama de importações de alimentos do Brasil e de vários países.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume total negociado na B3 foi de R$26.761.535.840, em meio a 3.853.198 negócios.
Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
Copiar o textoJá o euro encerrou o último pregão em queda, cotado a R$ 6,16, com alta de 0,35%
Baixar áudioO dólar encerrou o último pregão cotado a R$5,33, com alta de 0,66%.
De acordo com especialistas, o movimento está ligado a uma piora de humor global e a reações a declarações feitas por diretores do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos relativas a um possível novo corte dos juros em dezembro. Após o fim da paralisação das autarquias do EUA, as expectativas estão altas para a divulgação de estatísticas e dados de emprego.
O euro encerrou o último pregão em queda, cotado a R$ 6,16, com alta de 0,35%.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
| Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| BRL | 1 | 0,1881 | 0,1622 | 0,1428 | 29,1957 | 0,1498 | 0,2640 | 0,2891 |
| USD | 5,3150 | 1 | 0,8627 | 0,7595 | 155,19 | 0,7960 | 1,4030 | 1,5376 |
| EUR | 6,1652 | 1,1591 | 1 | 0,8804 | 179,88 | 0,9226 | 1,6261 | 1,7821 |
| GBP | 7,0005 | 1,3166 | 1,1358 | 1 | 204,32 | 1,0480 | 1,8471 | 2,0243 |
| JPY | 0,0343 | 0,0064 | 0,0056 | 0,0049 | 1 | 0,5129 | 0,0090 | 0,0099 |
| CHF | 6,6771 | 1,2564 | 1,0839 | 0,9542 | 194,97 | 1 | 1,7626 | 1,9312 |
| CAD | 3,7883 | 0,7128 | 0,6149 | 0,5414 | 110,62 | 0,5674 | 1 | 1,0960 |
| AUD | 3,4594 | 0,6505 | 0,5611 | 0,4940 | 100,94 | 0,5177 | 0,9125 | 1 |
Os dados são da Investing.com
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Baixar áudioForam mais de três décadas de idas, vindas e intensos debates até que o Brasil aprovasse novas regras para a cobrança de impostos e tributos. Mas, a menos de dois meses do início da implementação gradual da Reforma Tributária, 72% das empresas de médio e grande porte ainda não adaptaram seus processos internos para o recolhimento e a declaração dos tributos sobre consumo.
O dado faz parte de uma pesquisa da empresa de tecnologia V360, que ouviu 355 executivos de diferentes setores produtivos. Enquanto gestores concentram esforços na emissão das novas notas fiscais, que terão 200 novos campos de preenchimento, os principais gargalos identificados estão na conferência, no recebimento e no pagamento das notas de fornecedores.
Para o advogado tributarista Luís Garcia, sócio do Tax Group e do MLD Advogados Associados, esse despreparo pode afetar fortemente o faturamento e até ameaçar a existência de alguns negócios, ainda que 2026 seja um período de testes. “O principal ponto crítico é que você precisa já prever os novos tributos nas notas fiscais, apesar de eles terem alíquotas muito baixas. Você deveria, ou deve, fazer isso. Se você não fizer isso, você não consegue faturar. E eventualmente algumas empresas podem até se tornar inviáveis com a reforma tributária e ainda não estão sabendo disso”, pontuou o especialista.
Outro ponto de atenção é a adoção das duplicatas escriturais, registro eletrônico que comprova operações comerciais. Segundo o levantamento, 32,7% das empresas ainda não iniciaram a adaptação a esse processo, enquanto 55,8% estão em fase de preparação e apenas 11,5% já o fazem de forma automatizada.
A automação é outro ponto que deixa a desejar, segundo a pesquisa. 61% dos entrevistados operam com processos total ou parcialmente manuais. As duplicatas escriturais, registros eletrônicos que compravam operações comerciais, são realizadas em 11,5% dos casos de forma automatizada. O restante está em fase de preparação ou de adaptação do processo.
A regulamentação da Reforma Tributária, aprovada este ano, prevê a extinção dos seguintes tributos sobre o consumo:
O 5 serão unificados em duas cobranças:
A partir do dia 5 de janeiro do próximo ano, serão cobradas alíquotas iniciais de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS.
De acordo com o vice-presidente Jurídico da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Anderson Trautman, micro e pequenos empreendedores também correm risco de insolvência, apesar do trabalho da entidade para manter a cobrança de tributos unificada para optantes do Simples Nacional, além de ter acesso a crédito gerado a partir da arrecadação de fornecedores. “Isso não dá competitividade. Na verdade, retira a competitividade da micro e pequena empresa optante pelo Simples Nacional em relação ao regime atual. Há oportunidade dessas empresas migrarem para o regime de crédito e débito, mas isso traz um desafio ainda maior, que é justamente o planejamento tributário se tornar mais detalhado para essas empresas”, alerta.
A CACB entende que a modernização do sistema tributário era necessária, mas que a Reforma Tributária aprovada foi longe do ideal. Para a entidade, que representa mais de 2 milhões de empresas brasileiras, o Simples Nacional é uma política vital para a formalização e inclusão de empreendedores e por isso articulou junto aos poderes Executivo e Legislativo a manutenção dos benefícios da política e também na defesa de outros interesses do setor privado, como a isenção de taxa associativa.
Uma das inovações da Reforma Tributária é na forma de recolhimento dos impostos. Isso vai passar a ocorrer na cobrança, ou seja, antes mesmo do recurso chegar ao caixa da empresa, o que pode mudar a lógica de como muitas empresas planejam seus negócios.
“Aquele dinheiro que eventualmente ela utiliza hoje para fluxo de caixa, vai desaparecer. Então, o giro vai ser muito mais rápido e ela vai ter que ter disponibilidade de liquidez”, ressalta Garcia.
O maior peso, segundo o tributarista, deve incidir sobre o setor de serviços. Acostumadas com uma carga tributária abaixo dos 10%, as companhias do segmento terão de se preparar para uma alíquota cerca de 20 pontos percentuais maior. “É o setor hoje que está mais vulnerável. Os setores ou empresas que, de alguma forma, têm algum benefício, esses benefícios e regimes especiais tendem a desaparecer ao longo da reforma. Então, a empresa precisa se planejar nesse sentido”, avalia o tributarista.
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Baixar áudioPelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apresentou crescimento. Com elevação de 1,1 ponto em novembro, o levantamento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu a maior marca nos últimos 5 meses, mas segue em nível de pessimismo.
Apesar das altas recentes, Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, entende que ainda não dá para falar que os dirigentes estão retomando a perspectiva positiva na indústria brasileira, principalmente por dúvidas quanto à política econômica e fiscal do país e problemas estruturais enfrentados pelo segmento.
“Os principais problemas que vêm afetando os empresários são problemas como elevada carga tributária, que já não é um problema recente, os juros elevados, a demanda interna, que é considerada insuficiente, e a dificuldade por conta da falta ou alto custo da mão de obra, seja ela qualificada ou não”, afirma a especialista.
Segundo Samuel Dourado, economista especialista em macroeconomia, os desafios do empresariado internamente se somam a incertezas no mercado externo, como a taxa Selic no patamar mais alto dos últimos 20 anos e o aumento do protecionismo nacionalista.
“Hoje você tem uma política monetária no Brasil extremamente contracionista e os juros altos; acaba desincentivando decisões de investimento industriais. Você tem uma incerteza externa, principalmente causada pelo tarifaço, por um ambiente macroeconômico fora do Brasil extremamente desafiador. Mesmo com a melhoria ali de curto prazo, com o câmbio reduzindo, você ainda tem um custo cambial relevante para a indústria”, destaca Dourado.
São por esses fatores que, desde janeiro deste ano, o ICEI está abaixo dos 50 pontos. Ou seja, há 11 meses o empresariado do setor industrial demonstra desconfiança com o cenário de negócios.
Ainda abaixo dos 50 pontos, o índice de condições segue mostrando melhora. Saiu de 43,2 pontos em outubro para 44,3, o mesmo 1,1 ponto do ICEI. Ou seja, o cenário atual ainda é desmotivador. Mas o crescimento de 1,3 ponto do índice de expectativa, que atingiu nível otimista com 50,4 pontos, indica que os industriais têm confiança na melhoria do panorama nos próximos 6 meses.
“A avaliação dos empresários com relação às expectativas para a empresa estão acima de 50 pontos, então estão mostrando confiança, mas a leitura dos empresários com relação à economia brasileira segue abaixo de 50 pontos, indicando uma leitura mais crítica com relação à situação da economia brasileira para os próximos meses”, avalia Nocko.
O levantamento contou com a contribuição de 1.151 empresas entre os dias 3 e 7 de novembro. Desse total, 459 são companhias de pequeno porte, 415 de médio porte e 277 de grande porte.
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Baixar áudioOs municípios e estados brasileiros produtores minerários receberam R$ 547.358.479,27. O valor corresponde à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), arrecadada em outubro e distribuída regularmente neste mês de novembro.
A verba é transferida pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Da quantia total, R$ 109.471.697,45 são destinados aos estados e ao Distrito Federal. Já R$ 437.886.781,82 são repassados às prefeituras.
Clique aqui para ter acesso aos valores repassados por estado e município
Para o consultor de Orçamento Cesar Lima, esses recursos são essenciais para melhorar a qualidade de vida da população que vive em áreas dos municípios produtores minerários.
“São recursos que certamente poderão ser usados para alguma melhoria, algum custeio. Como são recursos livres, não há uma amarração para esses recursos, mas com certeza serão usados com sabedoria para a melhoria da qualidade de vida da população desses municípios”, avalia.
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Os dados divulgados pela ANM revelam que, entre as unidades da federação, os estados que mais receberam recursos da CFEM foram Minas Gerais (R$ 47.693.029,98), Pará (R$ 39.735.996,85) e Bahia (R$ 4.537.196,49). Confira o ranking completo:
Entre os municípios produtores que mais receberam os recursos estão Parauapebas (PA), com R$ 60.769.511,50; Canaã dos Carajás (PA), com R$ 56.955.837,03; Congonhas (MG), com R$ 20.296.349,91, Marabá (PA), com R$ 18.269.770,63; e Nova Lima (MG), com R$ 17.831.848,66.
CFEM: O que é
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira realizada pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios.
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