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Temido por muitas mulheres, o câncer de mama pode ser prevenido e tratado precocemente com altas chances de sucesso quando detectado precocemente O SUS oferece assistência integral, incluindo ações de prevenção, o exame clínico das mamas, a mamografia de rastreamento e exames de investigação diagnóstica, assim como o tratamento e reabilitação.
Em Mato Grosso, já foram realizadas 15 mil mamografias nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2022. Destes exames, mais de 2 mil apresentaram risco elevado e as mulheres terão de fazer exames complementares.
De acordo com dados do Sistema Nacional de Câncer (SISCAN), nos primeiros quatro meses de 2022, foram mais de 977 mil exames realizados em todo o país. Para as mulheres diagnosticadas com câncer de mama, o SUS dispõe de 317 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento oncológico.
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Segundo a coordenadora da área de Ações Programáticas e Estratégicas da Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso, Siriana Maria Silva, a possibilidade de realizar esses exames e consultas de maneira gratuita pelo SUS transformou a atenção à saúde da mulher.
“Antes, quando as mulheres descobriam, [a doença] já estava em uma fase muito avançada e esses tabus - de ir ao médico - foram sendo quebrados aos poucos, ofertando para a mulher a oportunidade de se prevenir e se cuidar um pouco mais cedo”, destaca a gestora estadual.
Entre 2020 e 2021, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 196,7 milhões em 4,5 milhões de exames de mamografia para rastreamento e diagnóstico da doença e aplicou mais de R$5,7 milhões em 6,5 mil reconstruções mamárias e destinou mais de R$ 10,5 milhões em 25,1 mil cirurgias para o tratamento de câncer de mama.
Segundo o Sistema de Informações de Câncer (SISCAN), em 2020, o SUS realizou cerca de 1,8 milhão de mamografias no país. Em 2021, este número saltou para mais de 2,6 milhões, um aumento de 44,44%.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima a incidência de 66 mil novos casos de câncer de mama para o ano de 2022 no Brasil. Por isso é muito importante que as mulheres mantenham o acompanhamento integral na Atenção Primária à Saúde e realizem o exame de rastreamento na periodicidade adequada, além de adotarem a estratégia de conscientização, estando mais atentas ao conhecimento do seu corpo, como os aspectos normais das mamas e reconhecimento de alterações suspeitas, para que possam procurar um serviço de saúde o mais cedo possível. Como outros tipos de câncer, a detecção precoce é fundamental para um tratamento de sucesso.
O exame clínico, o rastreamento por meio da mamografia e a identificação dos sinais e sintomas suspeitos são parte das estratégias para detecção precoce do câncer de mama. A cada dois anos, mulheres entre 50 e 69 anos, devem realizar o exame de mamografia das mamas, como afirma o mastologista e diretor-presidente da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon), Gerson Mourão. Mulheres consideradas de alto risco devem ter avaliação e conduta individualizadas.
“O câncer de mama leva de seis a 10 anos para atingir o tamanho de um centímetro, o que equivale a uma bolinha de gude. Mas a partir dali, ele cresce rapidamente. Existem casos onde as pacientes chegam aqui com o câncer avançado, correndo o risco de perder as mamas ou falecer. Por isso é importante as mulheres fazerem os exames clínicos com a mamografia”, orienta o mastologista.
Principal porta de entrada do SUS, a Atenção Primária à Saúde promove ações de saúde individuais, familiares e coletivas para prevenir e detectar precocemente o câncer de mama. A mamografia é solicitada durante a consulta com o profissional de saúde na Unidade Básica de Saúde, devendo ser acompanhada do exame clínico das mamas.
“Além de se fazer a solicitação da mamografia de rastreamento como o método de detecção precoce do câncer de mama, também se trabalha a questão de sinais e sintomas do câncer de mama junto às mulheres e também formas de prevenção primária, como o estímulo a prática de atividade física, a manutenção de um peso saudável, alimentação adequada e saudável também rica em alimentos in natura, pobre em ultraprocessados”, ressalta a coordenadora-geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo, Patrícia Izetti.
Os centros oncológicos integram a rede SUS e oferecem assistência especializada e integral, atuando no diagnóstico, estadiamento e tratamento do câncer de mama. Confira a listagem de hospitais credenciados no site do Inca, encontre a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência ou procure a secretaria de saúde do seu estado para mais informações.
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