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Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Apenas no Mato Grosso do Sul, 286 potenciais receptores estão na lista de espera. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). E um fator é decisivo para que esses pacientes possam contar com uma segunda chance: a autorização dos familiares. Na média nacional, quatro em cada 10 famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação.
Para mudar tal realidade, é importante comunicar aos parentes e pessoas próximas a vontade em ser um doador. Isso permite que histórias como a do pintor automotivo Celeidino Fernandes, de 59 anos, se repitam. O morador do município de Jardim fez um transplante de coração em 1998. Duas décadas depois, em setembro passado, precisou transplantar um novo órgão, desta vez um rim. Isso só foi possível, segundo ele, graças a solidariedade de outra família.
“Eu acho que as pessoas têm que se conscientizar mais sobre doação de órgãos e tem que avisar a família também. Se não fosse essa atitude da família do falecido, eu estaria morto há anos. Acho que a necessidade é de conscientização mesmo, porque estamos falando de salvar uma vida. O pensamento deveria ser “estou perdendo alguém da família, mas em compensação, tenho condição de manter pelo menos 5 ou 6 pessoas vivas”
A coordenadora da Central Estadual de Transplante no Mato Grosso do Sul, Claire Miozzo, explica que o transplante, na maioria das vezes, é única salvação, a última alternativa do tratamento para determinadas doenças. Por isso, ela ressalta a importância do diálogo entre quem deseja doar órgãos e parentes.
“Doar órgãos é o maior ato de amor que uma pessoa pode fazer. Porque nós temos muitas pessoas na lista e a gente sabe que uma doação pode tirar até sete pessoas da lista; e a gente nunca sabe se no dia do amanhã a gente não vai vir precisar de um órgão, né? Eu acho importante a gente conversar sobre isso, a gente conscientizar a população da importância da doação de órgãos e tecidos para transplante.”
O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.
O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde.
A Central Estadual de Transplante do Mato Grosso do Sul funciona 24 horas e o telefone para contato é o (67) 3312-1400 e (67) 3321-8877. A vida continua.
Doe órgãos, converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.
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