Neste episódio a nutricionista, Tânia Rodrigues, fala sobre dieta para insuficiência cardíaca
Os rins têm como principais funções controlar a quantidade de água e sais do corpo e também auxiliar como filtro de outras substâncias que ficam no sangue, assim se você tem excesso de líquido ou está com muito sal no sangue, o rim irá eliminar esses excessos sendo retirados através da urina.
Uma das funções que fica prejudicada é o metabolismo de nutrientes, portanto, uma alimentação adequada é capaz de retardar a progressão da doença.
Pontos da alimentação que são importantes para se ter cuidado:
O tratamento da insuficiência renal não é fácil e deve ser orientado por um médico junto com uma equipe multidisciplinar, no caso da alimentação, o nutricionista tem um papel muito importante para ajustar a ingestão de todos os nutrientes necessários.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.
Ao todo, foram 6.766 procedimentos em 2023 — melhor resultado nos últimos dez anos
O Brasil realizou 6.766 transplantes no ano passado, entre janeiro e setembro. O transplante de rim lidera a lista dos procedimentos no país, com 4.514 cirurgias realizadas, o que representa 66,72% do total. De acordo com o Ministério da Saúde, o fígado é o segundo órgão mais transplantado, com 1.777 procedimentos, seguido do coração, com 323.
Na comparação com 2022 — quando foram realizadas 6.055 cirurgias — houve um aumento de quase 12%. No entanto, até o momento, 41.733 pessoas ainda estão na fila por um transplante — a maioria espera por um rim: 38.460. Do total, 24.510 são homens e 17.223 são mulheres.
O transplante de algum órgão precisa ser realizado quando acontece a falência dele. No caso do rim, quando há insuficiência renal crônica. A doença pode ter diversas causas, como explica a médica nefrologista e especialista em transplante renal, Rubia Boaretto.
“Doenças como diabetes de hipertensão — que podem ser tratadas — e que passam muito tempo sem diagnóstico e manejo correto, levando à perda do órgão, a falta de informação a respeito das doenças renais, que passam assintomáticas. E o fato de a população estar envelhecendo, esse tempo de acometimento que lesam o rim é cada vez maior. O envelhecimento, por si só, contribui para a doença renal”, avalia.
O professor de matemática Luiz Carlos de Domenico, de 74 anos, descobriu que precisava de um transplante de fígado em 2007 e esperou na fila por dois anos.
“Eu estava perdendo peso e um médico fez um exame e não estava bom, aí ele falou para mim: ou você está com problema no coração ou no fígado. Aí fui fazer uma ecografia e a médica disse: você vai ter que fazer um transplante. E eu falei tudo bem, vamos fazer, eu já tinha histórico de transplante na família, agora vou entrar na fila e esperar”, conta.
No caso de Domenico, diagnosticado com cirrose hepática, um dano nas células hepáticas que pode ter diversas causas, a única solução seria o transplante hepático. De acordo com ele, não é tão difícil conseguir a doação, mas o procedimento é um dos mais complicados.
Hoje, o professor vive uma vida saudável, com prática diária de atividade física, sem restrições e incentiva a doação de órgãos: “Eu faço campanha de doação, respeitando a opinião de cada um, claro, mas se a pessoa puder ser doadora, eu acho importante externar esse desejo em vida, avisar aos pais, filhos, irmãos”, ressalta.
Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a setembro do ano passado foram 3.060 doações, totalizando 17% a mais em comparação com 2022, quando foram 2.604.
Aos oito meses de idade, João Gabriel já enfrenta uma luta pela vida. Ele tem Atresia Biliar e sofre com infecções no fígado. Mesmo após ter passado por operação para tratar a doença, o bebê precisa de um transplante do órgão. Há dois meses, veio a boa notícia: o pai do pequeno é compatível e pode doar parte do próprio fígado. Agora, os dois passam por exames pré-operatórios. A mãe da criança, a enfermeira cearense Maria Carina Dantas, de 29 anos, relata a apreensão pela qual toda família passa.
“Estamos muito ansiosos e apreensivos para chegar logo esse transplante, porque é a vida dele... Para ele melhorar. Pois, a cada dia que passa, ele fica mais debilitado, a situação se agrava mais”, afirma.
Milhares de pacientes vivem a mesma angústia da família do João. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 45 mil possíveis receptores compõem a lista de espera, no país. A maioria aguarda por transplante de rim (29 mil) e fígado (1,8 mil). Há, ainda, demanda por pulmão, pâncreas, coração e intestino, e para tecidos como as córneas.
A professora Simone Oliveira, de 43 anos, enfrentou o drama da espera por duas vezes. A moradora de São Luís (MA) recebeu metade do fígado da própria irmã. Mas o órgão transplantado foi comprometido por uma trombose e ela precisou de um novo transplante. Para a “sorte” de Simone, um doador compatível foi identificado e o procedimento foi realizado. “Doar órgãos é fundamental para salvar vidas de crianças, de mulheres, de homens, idosos, de pessoas que ainda podem viver. Esta conscientização tem que ser permanente. Tive a sorte de não esperar tanto e de que tinha alguém para doar. Mas tem pessoas que aguardam há anos e acabam morrendo”, avalia.
O número de transplantes poderia ser maior, se mais familiares de pacientes com morte encefálica autorizassem a doação. No Brasil, quatro entre 10 famílias recusam o procedimento. O relato de profissionais da área é de que ainda há o desconhecimento se o familiar falecido tinha ou não interesse em doar. Outro fator que impede mais operações é o tempo prolongado entre a autorização e a retirada dos órgãos. Por isso, o diálogo entre as famílias sobre o desejo de ser doador é fundamental.
O médico do Núcleo de Organização de Procura de Órgãos da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal, Weber de Almeida, explica que os órgãos de apenas um doador podem ser aproveitados por mais de cinco receptores. “Ilumina a vida dos receptores. Para quem recebe – que iria ter uma condição de vida péssima ou até morrer – representa a salvação", diz.
Para doar, não é necessário registro em qualquer documento ou em cartório. Basta informar o desejo aos familiares. Já as doações entre pessoas vivas são autorizadas somente para cônjuge ou parentes até 4º grau – pais, irmãos, netos, avós, tios, sobrinhos e primos.
O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203.
No país, os pacientes recebem assistência integral pelo SUS, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante.
A vida continua. Doe órgãos, converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
De janeiro a junho deste ano, 137 transplantes de córnea e 37 de rim foram realizados.
O número de transplantes realizados em hospitais paraenses registrou uma pequena queda. De janeiro a junho deste ano, 137 transplantes de córnea e 37 de rim foram realizados. No mesmo período de 2018, 195 pacientes receberam córnea e 44 transplantaram rim. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde.
Uma das razões para a diminuição é a recusa familiar. Quarenta por cento das famílias brasileiras não autorizam a doação de órgãos de parentes com morte encefálica.
Atualmente, 1,3 mil possíveis receptores do estado compõem a lista de espera para transplantes: 392 esperam por um rim e 982 por córnea. Os hospitais locais realizam apenas esses dois procedimentos. Os pacientes que precisam de outros órgãos, como fígado, pâncreas, coração e pulmão, são encaminhados para outras Unidades da Federação por meio de TFD (Tratamento Fora de Domicílio) onde são inscritos e o transplante é feito pelo programa de Tratamento Fora de Domicílio.
O morador de Belém Kattiniz Barbosa, de 33 anos, tomou a decisão, juntamente com a esposa, de doar os órgãos do filho falecido. O gerente de transportes explica a decisão.
“Começamos a perceber, de fato, como foi importante, naquele momento de sofrimento, a gente ter autorizado a doação. Quantas pessoas aquele ato pode salvar. Depois de um ano, consegui falar alguma coisa sobre o que a gente fez e ter contato com pessoas que foram beneficiadas pelo ato que a gente tinha feito.”
O filho de Kattiniz é um exemplo de doador falecido. Este tipo de doador pode ser qualquer paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diagnosticado com morte encefálica, geralmente ocorrida após traumatismo craniano (TCE) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Neste caso, é importante que o desejo de doar os órgãos seja compartilhado com a família.
O outro tipo de doador é o vivo. Este pode doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e a medula óssea, desde que não prejudique a própria saúde. Por lei apenas parentes como avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, netos e cônjuges podem ser doadores.
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Pará, Maria Ierecê Miranda de Carvalho, defende a conscientização das pessoas em prol da doação de órgãos.
“Frente às recusas, é preciso trabalhar a informação e a sensibilização. Às vezes, a pessoa também tem a informação, mas não está sensibilizada. Então, levamos um depoimento de alguém que já transplantou ou o depoimento de alguma família que doou, e conseguimos fazer essa sensibilização.”
O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.
Os hospitais que realizam transplantes em Belém são: o Hospital Universitário Betina Ferro, a Clínica Cynthia Charone, o Hospital Ophir Loyola e o Hospital Saúde da Mulher. No interior, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, e o Hospital Regional do Araguaia, em Redenção, realizam transplantes de rim.
Para tirar dúvidas sobre a doação de órgãos e outras informações, a Central de Transplantes atende pelos telefones (91) 3244-9692, 3223-8168 e 98115-2941 que atende de plantão e pelo WhatsApp. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
Mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No Rio de Janeiro, mais de 1.380 pacientes compõem a lista de espera. O grupo também é formado por aqueles que aguardam por um novo tecido, como a córnea. Para este tipo de procedimento, inclusive, é que há a maior demanda no estado, com 712 pessoas à espera.
A lista dos que aguardam por um transplante conta com 468 pacientes que precisam de um rim, 171 de um novo fígado, 21 de coração e 11 de pâncreas e rim. Os números são referentes ao primeiro semestre de 2019.
O ato de doar um órgão significa dar uma nova chance de vida a alguém. Quem recebe essa doação tem a chance de um recomeço. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Roberto da Silva Sales, administrador de empresas, de 41 anos. Ele teve um ataque de pressão alta que afetou os rins. Depois de três anos e mais de 500 sessões de hemodiálise, recebeu um rim do próprio pai. Roberto conta que o sentimento pelo gesto é de gratidão.
“Após o transplante, que foi um sucesso, a minha vida decolou. Vida nova com o transplante. Não há gesto mais humano, não há gesto com tanta demonstração de amor como esse, não há nada que possa mostrar a gratidão por esse gesto.”
O pai de Roberto foi um doador vivo. Esse tipo de doador pode doar, em vida, um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e a medula óssea, desde que não prejudique a própria saúde. Por lei, apenas parentes como avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, netos e cônjuges podem ser doadores vivos sem necessidade de autorização judicial.
Existe, no entanto, o doador falecido, que pode ser qualquer paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diagnosticado com morte encefálica, geralmente ocorrida após traumatismo craniano (TCE), ou Acidente Vascular Cerebral. Neste caso, é necessário que a família autorize o procedimento.
No Brasil, 40% das famílias se recusam a doar órgãos de parentes falecidos. O coordenador da Central Estadual de Transplante do Rio de Janeiro, Gabriel Teixeira, explica que as razões para isso são inúmeras, mas que a falta de conhecimento sobre o processo de doação é o principal fator.
“Os motivos de recusa são os mais variados possíveis: desconhecimento da vontade do falecido, algumas famílias por motivos religiosos, outras por descontentamento com o atendimento, outras aguardando um milagre. Os motivos são os mais variados. Agora, talvez todos eles tenham em comum, algum ponto de desconhecimento sobre o tema. Depois de entender o benefício, quase a totalidade das pessoas poderiam ser doadoras se tivessem informações prévias ou melhores sobre o tema.”
Se você vive no estado e quer saber como ser um doador, basta procurar a Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro, localizada na capital Fluminense, Av. Padre Leonel Franca, 248, na Gávea ou pelo telefone: (21) 2333-7550. Repetindo: (21) 2333-7550.
Para tirar dúvidas sobre a doação de órgãos e outras informações, as pessoas podem ligar no Disque Transplante, 155, ou acessar o site doemaisvida.com.br. A vida continua. Doe órgãos. Converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
Trezentos e setenta e três pacientes aguardam um transplante de córnea, 232 por rim e um por fígado.
Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Os dados revelam ainda que, somente em Goiás, 606 potenciais receptores estão na lista de espera. Trezentos e setenta e três pacientes aguardam um transplante de córnea, 232 por rim e um por fígado.
Quem precisou passar por esse procedimento acredita que teve uma segunda chance de continuar a levar a vida normalmente. Esse é o sentimento de Laina Maria Borges, moradora de Catalão, município localizado a 260 quilômetros de Goiânia. Há nove anos, ela teve um problema de saúde e precisou passar por uma cirurgia de transplante de rim. A dona de casa de 38 anos, conta que a doação do órgão foi feita pela irmã mais velha.
“Ainda existe família que não tem essa consciência de doar os órgãos de um ente querido que falece. Eu sou uma experiência viva que deu certo, que está dando certo, graças a Deus. Se não fosse a minha irmã, talvez eu estivesse até hoje numa lista de transplante, aguardando órgão. Graças a Deus e a ela, hoje eu sou uma nova pessoa.”
A irmã de Laina é um exemplo de doador vivo. Mas, vale lembrar que o transplante de alguns órgãos pode ser feito por alguém que já faleceu. Neste caso, é necessária a autorização dos familiares. No entanto, isso é algo que não acontece com frequência. Na média nacional, quatro em cada dez famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação. Para mudar essa realidade, é importante comunicar aos parentes e pessoas próximas a vontade em ser um doador.
Na avaliação da gerente da Central Estadual de Transplantes de Goiás, Katiúscia Freitas, um dos fatores que contribui para esse número é a falta de conhecimento sobre a importância da doação de órgãos.
“É o receio, o medo, os mitos, a falta de informação que faz com que essa recusa ainda seja tão elevada. A campanha é essa, o desafio é esse: conscientizar as pessoas da importância de conversar em vida sobre a doação de órgãos, porque isso faz toda uma diferença.”
O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.
O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde.
A Central de Transplantes de Goiás localizada na Avenida Vereador José Monteiro, nº 1665, Setor Negrão de Lima, em Goiânia funciona 24 horas e o telefone para contato é (62) 3201-6720. Repetindo: (62) 3201-6720. A vida continua. Doe órgãos. Converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.
Em Rondônia, quatro em cada 10 famílias de pacientes com morte encefálica não autorizam a doação de órgãos. Segundo dados da Central Estadual de Transplantes, no ano passado, a média girou em torno de 60%. Já houve época em que se tinha 70% de recusa.
Atualmente, no estado, 282 pacientes estão na lista de espera por transplantes de órgãos, em sua maioria por rim e córnea. O dado é do Ministério da Saúde.
Para que você entenda melhor, existem dois tipos de doadores: os vivos e os falecidos. Estes podem ser qualquer paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diagnosticado com morte encefálica, geralmente ocorrida após traumatismo craniano (TCE) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Nestes casos, é “fundamental” que o desejo em doar órgãos seja compartilhado com familiares e pessoas próximas, como ressalta a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Edcléia Gonçalves.
“Se não tiver o elemento doador de órgãos, aquele que dispõe parte de seu corpo ou de seu ente querido, não tem como continuar a linha da vida. Então, é a oportunidade que a gente tem de poder ajudar outro, em um momento em que a gente não pode mais falar, no caso da morte encefálica”, comenta.
Já os vivos saudáveis, optantes pela doação, podem doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e a medula óssea, desde que não prejudique a própria saúde. Foi o caso da auxiliar administrativa e moradora de Porto Velho, Claryssa Viana da Silva, de 35 anos. Em 2016, ela doou um dos rins à mãe Esther, que sofria de um problema crônico no órgão:
“Embarquei de Porto Velho para São Paulo no dia 11 de junho a noite. Dia 12 de junho, nós internamos e, na manhã do dia 13, colocaram a minha maca ao lado da dela. Ela estava extremamente nervosa, olhava para mim e chorava. Eu estava tranquilíssima, graças a Deus. Foi um transplante muito bem-sucedido. Ela é, hoje, uma pessoa extremamente feliz! Fiz por ela o que ela fez por mim, que foi dar a vida”, conta.
Por lei, apenas parentes como avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, netos e cônjuges podem ser doadores. Já as pessoas sem vínculo de parentesco só podem doar por meio de autorização judicial.
O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.
Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.
O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Rondônia, a Central Estadual de Transplante funciona 24 horas por dia. O contato de lá é o (69) 3216-5747 e 3216-5738.
A vida continua. Doe órgãos, converse com sua família. Para mais informações, acesse: http://saude.gov.br/doacaodeorgaos.
Apenas no Acre, 94 potenciais receptores estão na lista de espera
Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Apenas no Acre, 94 potenciais receptores estão na lista de espera. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). E um fator é decisivo para que esses pacientes possam contar com uma segunda chance: a autorização dos familiares. Ainda 40% das famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação. No estado, essa taxa chega a cerca de 80%, de acordo com a Central Estadual de Transplantes.
Para mudar tal realidade, é importante comunicar aos parentes e pessoas próximas a vontade em ser um doador. Para que histórias como a da vendedora Silvânia Rossetto, de 45 anos, se repitam. A moradora de Rio Branco ficou na lista de espera por um rim ao longo de 11 anos. Neste período, ela foi chamada em duas ocasiões, mas o transplante não foi realizado por incompatibilidade, na primeira vez, e por recusa familiar, na segunda. Até que, em 2011, recebeu o órgão de um doador, após o consentimento de um familiar.
“Meu sentimento é de gratidão. No momento de dor, ela [familiar do doador] ter optado por ajudar vidas. É preciso ter muito amor no coração. Se, hoje, tenho oito anos de transplantada, se estou bem aqui, é graças a Deus e à decisão dela”, conta.
O médico Marcelo Grando, responsável técnico da Central de Transplantes do Acre, conta que o transplante, na maioria das vezes, é única salvação, a última instância do tratamento para determinadas doenças. O especialista ressalta a importância do diálogo entre quem deseja doar órgãos e parentes.
“Muitas das vezes, a pessoa não sabe que pode ser doadora viva. Então, o diálogo [com os familiares] amplia os horizontes, amplia muito a visibilidade e a visão das pessoas com relação ao transplante”, afirma.
O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.
Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.
O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde.
A Central Estadual de Transplantes fica na Fundação Hospital do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, e o contato de lá é o (68) 3227-6399. Para mais informações, acesse: http://saude.gov.br/doacaodeorgaos.
Apenas no Mato Grosso do Sul, 286 potenciais receptores estão na lista de espera
Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Apenas no Mato Grosso do Sul, 286 potenciais receptores estão na lista de espera. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). E um fator é decisivo para que esses pacientes possam contar com uma segunda chance: a autorização dos familiares. Na média nacional, quatro em cada 10 famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação.
Para mudar tal realidade, é importante comunicar aos parentes e pessoas próximas a vontade em ser um doador. Isso permite que histórias como a do pintor automotivo Celeidino Fernandes, de 59 anos, se repitam. O morador do município de Jardim fez um transplante de coração em 1998. Duas décadas depois, em setembro passado, precisou transplantar um novo órgão, desta vez um rim. Isso só foi possível, segundo ele, graças a solidariedade de outra família.
“Eu acho que as pessoas têm que se conscientizar mais sobre doação de órgãos e tem que avisar a família também. Se não fosse essa atitude da família do falecido, eu estaria morto há anos. Acho que a necessidade é de conscientização mesmo, porque estamos falando de salvar uma vida. O pensamento deveria ser “estou perdendo alguém da família, mas em compensação, tenho condição de manter pelo menos 5 ou 6 pessoas vivas”
A coordenadora da Central Estadual de Transplante no Mato Grosso do Sul, Claire Miozzo, explica que o transplante, na maioria das vezes, é única salvação, a última alternativa do tratamento para determinadas doenças. Por isso, ela ressalta a importância do diálogo entre quem deseja doar órgãos e parentes.
“Doar órgãos é o maior ato de amor que uma pessoa pode fazer. Porque nós temos muitas pessoas na lista e a gente sabe que uma doação pode tirar até sete pessoas da lista; e a gente nunca sabe se no dia do amanhã a gente não vai vir precisar de um órgão, né? Eu acho importante a gente conversar sobre isso, a gente conscientizar a população da importância da doação de órgãos e tecidos para transplante.”
O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.
O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde.
A Central Estadual de Transplante do Mato Grosso do Sul funciona 24 horas e o telefone para contato é o (67) 3312-1400 e (67) 3321-8877. A vida continua.
Doe órgãos, converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.
A doação de órgãos é um ato que pode representar recomeço e esperança para milhares de pessoas. Entre os órgãos que podem ser doados, estão coração, pulmão, rim, fígado e pâncreas. Há também a possibilidade de doar tecidos, como as córneas. Segundo a Central de Transplantes do Paraná, até setembro deste ano, 2 mil pacientes aguardavam na lista de espera por um novo órgão. O tipo de transplante mais demandado no estado é o rim, com 1.520 pessoas na lista. Em seguida, há 200 pacientes à espera de córneas, e 192 que aguardam um fígado. Em todo o país, mais de 45 mil pacientes esperam por um transplante de órgão, segundo o Ministério da Saúde.
A passadeira Silmara Ferraz, de 46 anos, é um exemplo de quem teve uma segunda chance. Moradora de Curitiba, Silmara é transplantada de rim há oito anos. Ela foi diagnosticada com lúpus em 2010, doença autoimune que prejudicou o funcionamento dos órgãos. As dores e sessões de hemodiálise duraram mais de um ano, até que um amigo da família se voluntariou a doar, em vida, um dos rins. Em setembro de 2011, o gesto de solidariedade foi consolidado.
“Depois do transplante, foi como se eu tivesse renascido de novo, uma nova chance. No meu caso fui privilegiada: uma pessoa me procurou, bateu na minha porta disposta a doar um rim. É um anjo mesmo. Doar é um ato de amar o ser humano, o próximo. No meu caso, eu tive sorte que uma pessoa me procurou, mas muitas pessoas estão na espera, na lista, na esperança de aparecer um órgão", afirma Silmara.
Existem dois tipos de doadores de órgãos: o vivo – que, desde que não prejudique a sua saúde, pode doar um dos rins, parte do fígado, do pulmão ou da medula óssea, e o doador falecido – pacientes com morte encefálica, vítimas de traumatismo craniano ou de um derrame cerebral (AVC).
Após a morte cerebral, um fator é decisivo para que pacientes da lista de espera tenham uma segunda chance, assim como Silmara: a autorização dos familiares para a doação dos órgãos. Na média nacional, quatro em cada dez famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação (40%). No Paraná, essa taxa de recusa é de 25%. Esse é o principal fator que impede a diminuição da lista no estado, segundo a enfermeira da Central Estadual de Transplantes do Paraná, Luana Cristina dos Santos.
A especialista explica que o transplante, na maioria das vezes, é a última alternativa do tratamento para determinadas doenças. Por isso, ressalta a importância do diálogo entre quem deseja doar órgãos e parentes.
“É importantíssimo que a família conheça o desejo, porque não resolve deixar por escrito, o que vale é a vontade da família no momento em que houver a possibilidade da doação. A doação de órgãos salva vidas, a nossa chance de precisar de um órgão é muito maior do que a nossa chance de poder doar. Nós precisamos levar esse assunto para o nosso núcleo familiar, expor nosso desejo de ser um doador de órgãos. Lembrando que existem pessoas como nós na lista de espera que dependem de uma doação para sobreviver", aponta a coordenadora.
O Brasil é referência mundial na área e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde.
Se você vive no estado e quer saber como ser um doador, basta procurar a Central Estadual de Transplantes, que fica na Rua Barão do Rio Branco, 465, 1º Andar, em Curitiba. O telefone para contato é (41) 3304-1900. Repetindo: (41) 3304-1900.
Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.
Todo o processo de doação de órgãos no Brasil é transparente e embasado por leis para que as famílias tomem uma decisão livre e segura antes de autorizar o transplante. A vida continua. Doe órgãos, converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.