LOC.: Ficou para a volta do recesso parlamentar a votação do projeto que lei que institui o Plano de Aceleração da Transição Energética. O Paten cria um Fundo Verde, formado com créditos tributários que as empresas têm junto à União, para financiar projetos de desenvolvimento sustentável, voltados para infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica.
A estimativa do autor da proposta, o deputado Arnaldo Jardim, do Cidadania de São Paulo, é de que 3 trilhões e meio de reais em créditos tributários poderiam ser empregados em projetos de transição energética.
TEC/SONORA: deputado Arnaldo Jardim do CIDADANIA de São Paulo
“O Paten busca utilizar não recursos orçamentários, não investimentos públicos, mas ele cria condições para investimentos do setor privado. O setor privado tem crédito e precatórios. Então nós criamos um dispositivo inteligente para que isso possa ser antecipado e com isso, se criar condições de investimento nesse sentido.”
LOC.: Para o economista e professor da FAAP Sillas Sousa, os investimentos internacionais em transição energética são expressivos. E o Brasil tem potencial natural para ser protagonista em energia limpa, com bacias hídricas, ventos e a tradição de inovação tecnológica.
TEC/SONORA: Sillas Sousa, professor de economia da FAAP
“O Brasil não fica de fora por tradição, mas muito mais por uma vantagem relativa. Nós temos condição, temos matéria-prima para estar entre os principais players de inovação energética.”
LOC.: Para o especialista, a proposta do Paten seria uma forma de garantir os recursos para a transição. Segundo o Programa de Aceleração da Transição Energética, a gestão do chamado “Fundo Verde” ficaria com o BNDES. O texto já está com a relatora, a deputada Marussa Boldrin do MDB de Goiás, e deve ser votado em fevereiro.
Reportagem, Lívia Braz