A imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos representa um choque operacional direto para o setor mineral nacional, especialmente para a Indústria de Transformação Mineral (ITM) e produtos siderúrgicos. Com exportações da ITM para os EUA totalizando US$ 2,89 bilhões apenas no terceiro trimestre de 2024, a medida tornará instantaneamente não competitivos os produtos brasileiros de maior valor agregado no mercado americano. O setor de ferro e aço semi acabado, que movimenta cerca de US$ 3 bilhões anuais para os Estados Unidos, enfrentará um custo adicional de aproximadamente US$ 1,5 bilhão, inviabilizando grande parte desse comércio.
A estrutura de custos da mineração brasileira não comporta um aumento tarifário dessa magnitude sem comprometer fundamentalmente a viabilidade econômica das operações voltadas ao mercado americano. Para produtos siderúrgicos semi acabados, as margens operacionais típicas de 15-20% serão completamente eliminadas, forçando uma reorientação imediata dos fluxos de produção. As usinas siderúrgicas integradas, que dependem do mercado americano para escoar produtos de maior valor agregado, precisarão redirecionar sua produção para mercados alternativos ou reduzir escalas operacionais.
O minério de ferro, principal commodity mineral brasileira com produção de 378,5 milhões de toneladas em 2023 e receita de US$ 30,5 bilhões, apresenta menor exposição direta devido à concentração de vendas no mercado chinês. No entanto, a análise técnica indica riscos secundários significativos através da perturbação das cadeias globais de aço. A Vale, com capacidade produtiva de 400 milhões de toneladas anuais, mantém diversificação geográfica que limita o impacto direto, mas operações como o Sistema Norte (Carajás - Ponta da Madeira) podem enfrentar pressões indiretas via volatilidade de preços internacionais.
A produção de nióbio brasileira, concentrada principalmente na CBMM em Araxá (MG) com 586,3 mil toneladas anuais, representa um caso técnico único. O Brasil detém mais de 90% das reservas mundiais economicamente viáveis, e os Estados Unidos dependem 100% de importações para aplicações críticas em super ligas aeroespaciais e componentes de defesa. A aplicação de tarifas sobre nióbio seria tecnicamente contra produtiva para a indústria americana, conferindo ao Brasil posição estratégica neste segmento específico.
O setor de cobre brasileiro, com produção concentrada nas operações da Vale em Carajás (Salobo e Sossego) totalizando 180,4 mil toneladas anuais, enfrentará impactos operacionais significativos. Com exportações para os EUA estimadas em US$ 400 milhões anuais, o custo adicional de US$ 200 milhões eliminará a competitividade frente a fornecedores alternativos. As operações de cobre, que requerem investimentos intensivos em tecnologia de processamento, podem ver seus planos de expansão reavaliados, especialmente o projeto de US$ 1,1 bilhão da Vale em Salobo.
A cadeia produtiva do alumínio brasileiro, desde a extração de bauxita até a produção de alumina refinada, será severamente impactada. O Brasil fornece 59% da alumina importada pelos Estados Unidos, com receita anual estimada em US$ 600 milhões. As refinarias de alumina, operações de alta intensidade energética localizadas principalmente no Pará, enfrentarão perdas diretas de US$ 300 milhões. Estas plantas, que operam com margens apertadas devido aos altos custos energéticos, podem ser forçadas a reduzir utilização de capacidade ou buscar mercados alternativos com menores preços de realização.
A análise da distribuição geográfica da produção mineral revela que Minas Gerais (35,8% das exportações) e Pará (27,1% das exportações) concentram as operações mais expostas às tarifas americanas. Em Minas Gerais, o Quadrilátero Ferrífero abriga complexos integrados de mineração e siderurgia que dependem parcialmente do mercado americano para produtos acabados. No Pará, a Província Mineral de Carajás, com suas operações de ferro, cobre e níquel, pode enfrentar ajustes operacionais significativos, especialmente nas linhas de produtos transformados.
O impacto operacional se estenderá para a cadeia de fornecedores especializados do setor mineral, estimada entre 1.580 e 2.185 empresas distribuídas em categorias como equipamentos de mineração, peças de reposição, serviços de manutenção e tecnologia de processamento. Fornecedores de equipamentos pesados, sistemas de automação e serviços técnicos especializados podem enfrentar redução de demanda conforme as mineradoras ajustam seus planos de investimento e manutenção em resposta à perda de receita no mercado americano.
A estrutura de custos operacionais da mineração brasileira, com OPEX médio de US$ 25-35 por tonelada para minério de ferro e US$ 2.500-3.500 por tonelada para cobre, não permite absorver aumentos tarifários de 50% mantendo viabilidade econômica. Operações marginais, especialmente minas com teores mais baixos ou custos logísticos elevados, podem ser forçadas a suspender atividades ou reduzir escalas produtivas. O setor, que emprega 221 mil pessoas diretamente, pode enfrentar ajustes de força de trabalho concentrados em operações de beneficiamento e transformação mineral.
A capacidade instalada de processamento mineral brasileiro, dimensionada para atender mercados globais incluindo os Estados Unidos, enfrentará sub utilização forçada. Plantas de pelotização de minério de ferro, com capacidade total de 55 milhões de toneladas anuais, usinas de ferro esponja e aciarias integradas precisarão reconfigurar seus mix de produtos e mercados alvo. Esta reorientação operacional demandará investimentos em logística alternativa e desenvolvimento de novos canais comerciais, impactando a eficiência operacional no curto prazo.
As perdas diretas estimadas para o setor mineral brasileiro totalizam US$ 2,2 bilhões anuais, concentradas principalmente em produtos siderúrgicos (US$ 1,5 bilhão), cobre (US$ 200 milhões), outros minerais transformados (US$ 500 milhões). Estes valores representam não apenas perda de receita, mas também sub utilização de ativos produtivos dimensionados para escalas maiores. A necessidade de redirecionamento para mercados alternativos pode resultar em menores preços de realização e custos logísticos adicionais, amplificando o impacto operacional além das perdas tarifárias diretas
* Análise baseada em dados operacionais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Agência Nacional de Mineração (ANM), relatórios corporativos das principais mineradoras e análise de custos operacionais do setor.
A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) divulgou o estudo “Empresas Produtoras e Importadoras de Fertilizantes no Brasil – Edição 2024” que mostrou o resultado de 872 empresas ativas do setor, que atuam na produção e importação de fertilizantes. Entre 2020 e 2024, 129 novas empresas passaram a operar no setor, com destaque para aquelas voltadas à produção de fertilizantes organominerais e orgânicos, reflexo da crescente demanda por tecnologias alinhadas à sustentabilidade e ao uso eficiente dos recursos naturais.
A maior parte das empresas está concentrada nas regiões Sudeste (50,6%) e Sul (28%), com o estado de São Paulo liderando, responsável por 34,7% dos estabelecimentos do País. O levantamento também demonstra a diversidade de portfólios: 718 empresas atuam com fertilizantes minerais, 388 com organominerais, 476 com orgânicos e 11 com biofertilizantes. Outro destaque é a variedade de modos de aplicação contemplados pelas empresas. Das 872 identificadas, 687 têm produtos para aplicação via solo, 547 via folha, 126 via sementes, 160 via fertirrigação e 31 via hidroponia. Esses números demonstram a capacidade do setor em oferecer soluções adaptadas às diferentes realidades do campo.
Mais de 75% das empresas iniciaram suas atividades após o ano 2000, sinalizando uma indústria jovem, inovadora e em plena expansão. O estudo possibilita compreender a estrutura do mercado nacional de fertilizantes, para orientar políticas públicas em prol do setor. Ao mapear as empresas ativas e seus segmentos de atuação, a Abisolo diz contribuir para a valorização de uma indústria estratégica, que possui tecnologias de ponta disponíveis para a produção de alimentos em um país marcado por diferentes solos, climas, culturas agrícolas e perfis de produtores. Esse cenário reforça o compromisso da Abisolo com a Produtividade Inteligente conceito que orienta o setor de Fertilizantes Especiais na entrega de soluções alinhadas à eficiência, à inovação e às necessidades reais do campo brasileiro. Para acessar o conteúdo completo do Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal 2024 www.abisolo.com.br/anuario.
A Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin) deu mais um passo importante para garantir que o setor mineral esteja alinhado com as demandas da transição energética e do desenvolvimento sustentável. Em reunião com o Ministério de Minas e Energia (MME) no dia 2 de julho o deputado Zé Silva, representando a FPMin, iniciou o diálogo técnico para contribuir com a elaboração da nova política mineral brasileira.
O encontro marcou a primeira reunião de alinhamento entre a equipe do MME e a Frente Parlamentar, que tem atuado como ponte entre o setor produtivo, o Congresso Nacional e o governo federal. A proposta em construção tem como objetivo fortalecer toda a cadeia de valor dos minerais críticos e estratégicos, considerados essenciais para a geração de energia limpa, a inovação tecnológica e a segurança alimentar. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reafirmou o compromisso de entregar ainda neste ano uma política mineral moderna, segura e voltada à geração de empregos e à transição energética. O secretário nacional substituto de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Anderson Arruda, destacou o papel da FPMin no processo e afirmou que a Frente tem sido uma parceira fundamental para construir uma política que atenda às necessidades da indústria nacional com responsabilidade socioambiental.
Durante a reunião, o MME apresentou as diretrizes iniciais da proposta, que busca tornar o Brasil mais competitivo e atrativo para investimentos em todas as etapas do setor mineral, desde a pesquisa até a transformação mineral. A iniciativa também pretende agregar valor às matérias-primas nacionais e ampliar o protagonismo do Brasil no cenário internacional da economia verde. A FPMin reforça seu compromisso com uma mineração responsável, transparente e essencial para o desenvolvimento sustentável do país. A Frente continuará atuando de forma ativa na construção dessa política, ouvindo especialistas, o setor produtivo e a sociedade civil para garantir que o Brasil aproveite seu potencial mineral de forma estratégica e sustentável.
Após mais de 20 anos sem ações estruturantes para o setor mineral, o estado de Goiás inaugura uma nova fase de planejamento e gestão com o lançamento do Plano Estadual de Recursos Minerais (PERM-GO). Lívia Parreira, Coordenadora do Plano e gerente de Projetos Estratégicos do Setor Produtivo, da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços do estado de Goiás, explica que o PERM é uma resposta moderna e técnica à urgente necessidade de se pensar o setor mineral goiano com visão de longo prazo, responsabilidade ambiental e protagonismo regional.
"O último plano havia sido publicado em 1991, e desde 2002 não se realizava nem mesmo um diagnóstico estruturado do setor mineral em Goiás", destaca Lívia Parreira, acrescentando que "embora a Constituição Estadual em seus artigos 140 e 141 já previsse essa necessidade, o estado ficou mais de duas décadas sem um instrumento que norteasse o desenvolvimento mineral."
A retomada da política mineral começou em 2021, com um convênio firmado entre o Governo de Goiás e a Sudeco, com a contratação da Universidade Federal de Goiás, Universidade Estadual de Goiás e Universidade Federal de Catalão. O objetivo: elaborar um amplo diagnóstico do setor. O projeto "Mapeamento de Oportunidades do Setor Mineral em Goiás 2022–2042", coordenado por mais de 50 pesquisadores de instituições como a UFG, UEG, UFCat e UFPA, gerou mais de mil páginas de estudos temáticos sobre o panorama mineral do estado. Os eixos abordados foram Contexto Histórico da Mineração em Goiás, Contexto da Geologia, Arcabouço Legal da Atividade Mineral, Economia Mineral, Substâncias Minerais Exploradas, Mapeamento de Oportunidades e Relatórios dos Debates e Discussões nas oficinas e seminários.
Este trabalho será apresentado oficialmente durante o 9º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração e a feira BRASMIN, no final de junho de 2025. "Esse diagnóstico é um dos pilares do PERM-GO. Nele mapeamos desde o contexto geológico e legal até os gargalos enfrentados pelo setor, as oportunidades latentes e os anseios das comunidades locais", explica Lívia Parreira.
A elaboração do plano também contou com um inédito processo de escuta pública, com 18 oficinas em 17 municípios mineradores, somando cerca de 1.300 participações diretas. "Esse processo foi fundamental para dar legitimidade e territorialidade ao plano", pontua a coordenadora. Os relatórios, fotos e sugestões coletadas estão disponíveis publicamente no site do PERM-GO.
Segundo levantamento da KPMG, o setor de mineração registrou um aumento de 100% no número de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2025, com seis operações realizadas contra três no mesmo período de um ano antes. O estudo é feito trimestralmente com 43 setores da economia. "O setor de mineração continua atraindo investidores em busca de minerais críticos para a transição energética. Grandes players estão revisando seus portfólios visando posicionamento em negócios de maior rentabilidade", analisa o sócio da KPMG, Manuel Fernandes.
Com relação ao tipo de transação concretizada no primeiro trimestre deste ano, das seis, duas foram do tipo CB1 (Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil), uma foi doméstica, ou seja, envolvendo empresas brasileiras e as outras três do tipo CB2 (Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior), CB3 (Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil) e CB4 (Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil). “O levantamento da KPMG mostrou que houve uma pequena desaceleração no ritmo de compra e venda das empresas no país se levarmos em conta os mesmos meses de 2024, mantendo a atividade de fusões e aquisições praticamente estável. Isso se deve a alguns fatores, principalmente, questões geopolíticas internacionais e a dinâmica do mercado que é mais fraca nos períodos iniciais do ano. A tendência é que esse movimento se recupere nos próximos trimestres”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
“O processo de outorga precisa ser simplificado e deve-se aprimorar o de fiscalização”.
O segundo painel do último dia do 9º. Encontro da Média e Pequena Mineração abordou o tema ‘Dinâmica de mercados e processos autorizativos de lavra para Agrominerais, Rochas Ornamentais e Agregados para Construção’, com Victor Bicca (ANEPAC) como palestrante, Reinaldo Sampaio (ABIROCHAS) na moderação e Frederico Bernardez (ABREFEN), César Gonçalves (ANICER), João Bellato (ABRACAL) e Tasso Mendonça (Diretor ANM) como participantes.
O palestrante Victor Bicca (ANEPAC) disse que a entidade congrega produtores de areia e brita que representam cerca de 80% do mercado brasileiro de agregados que, em 2024, teve uma produção de 653 milhões de toneladas em um universo de aproximadamente 2.800 empresas. Isto já dá uma dimensão do setor, que pode ser até maior, com presença em todas as regiões brasileiras. Os agregados têm uma demanda inelástica e é subordinada a ciclos econômicos na medida que a economia vive um bom momento. “No primeiro quadrimestre de 2025, houve uma queda de 15% a 20% na produção de agregados devido à insegurança econômica pela qual passa o País, mesmo sendo a maior indústria extrativa no Brasil e no mundo”. Houve um ciclo de crescimento até 2013/2014, seguida de queda e uma retomada a partir de 2020. O Sudeste concentra 44% da produção brasileira, sendo também a principal consumidora. Entre os principais desafios do setor, Bicca citou o impacto desproporcional das regulamentações, onde as leis, taxas e juros afetam as pequenas e médias empresas, a dificuldade de acesso à obtenção de financiamento, maior aversão aos riscos devido às limitações financeiras, o que impede de prevenir imprevistos, regulamentações ambientais inadequadas, desvantagens competitivas e um risco das grandes empresas passarem a deter uma concentração de mercado. Entre os desafios, estão planejamento, acesso a financiamentos e investimentos, segurança jurídica e inovação tecnológica limitada.
Para concluir no tema específico do painel, Bicca disse que a ANEPAC identificou nos últimos anos que a competência legislativa é dos estados para registrar, acompanhar e fiscalizar as autorizações e concessões de lavra, mas o que fizemos em 40 anos nos estados? Definitivamente, nada, mas há um movimento em alguns estados avançados na elaboração de anteprojetos de leis. Essa medida tornou a descentralização da outorga mais próxima do investidor. É evidente que o setor conseguiu avanços significativos, como o processo de digitalização, que era manual até 2021, mas tem algumas coisas que poderiam ser melhoradas no processo de aplicação para aprovação de relatórios finais de pesquisa, sondagem, que poderiam ser padronizados. “O processo de outorga precisa ser simplificado e aprimorar o de fiscalização”.
Na sequência, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) disse que tem acompanhado de perto o setor e que a reforma tributária deixa todos os setores apreensivos com a regulamentação. “A que está aí não é a ideal, mas sempre lutamos por uma. Muita coisa aprovada ainda vai mudar, como mudou, por exemplo, a MP do IOF. As discussões têm acontecido e o setor de agregados investe bilhões e está preocupado com todas as mudanças governamentais do Governo Federal. Estão deixando de investir em nossas empresas, mas vamos passar por tudo isso. Basta o Governo retirar a carga tributária para alavancar a indústria”. O Brasil está preparado para crescimento independente do Governo, pois há leilões de transmissão de energia. “O Nordeste é exportador de energia eólica e, em Goiás, estamos destravando mais dois para que haja investimento no estado”.
João Bellato (ABRACAL) disse que Goiás é o segundo maior produtor e consumidor de calcário das 403 empresas registradas no Brasil e que estamos estagnados em 60 milhões de toneladas por ano, quando ó ideal é 80 milhões de toneladas anuais.
Já Frederico Bernardez (ABREFEN), que representou o setor de remineralizadores de solo e fertilizantes, comentou que há um enfrentamento de dificuldades de regulação, mercado e logística e, dependendo da geopolítica atual a indústria pode sofrer com a questão do Irã. Na época do conflito Rússia-Ucrânia (2022) houve uma aceleração do Plano Nacional de Fertilizantes e isto pode voltar a acontecer. Mas, as épocas são diferentes: “em 2022 era início de ano e agora caminhamos para o segundo semestre, que é mais complicado em relação ao plantio da safra. Isso nos preocupa”. Quanto à regulamentação, ele disse que a entidade debate com a ANM dentro do projeto Substâncias para um tratamento diferenciado ao escolher o uso dos remineralizadores. Será um avanço para o setor”.
César Gonçalves (ANICER), contou a experiência junto ao Fórum de Mineração com o objetivo de tratar a mineração do Rio de Janeiro, composta majoritariamente por pequenas e médias empresas voltadas à construção civil. A ANICER tem mais de 90% dos associados de cerâmica vermelha de mineração de argila (1.500 empresas médias e pequenas mineradoras). Gonçalves mostrou um projeto para conciliar as atuações da ANM-RJ que tem feito um ótimo trabalho para o setor junto ao Inea. Um decreto estadual (SELCA) diz que a Licença Ambiental Unificada é concedida antes da implementação do projeto em única fase para atestar, viabilizar e aprovar projetos de baixo impacto e de médio impacto, desde que sejam atendidas as definições de controles e medidas para o meio ambiente. “Para as atividades de mineração de agregados e cerâmica é um avanço”. Um projeto muito parecido ao da Licença Ambiental Única em trâmite no Congresso e que tem o objetivo de simplificar os procedimentos sem redução dos controles necessários, mas com redução de custos na esfera federal, estadual e para os mineradores de construção civil.
Para finalizar o debate, Tasso Mendonça (Diretor ANM) disse que o mais importante no momento é o decreto nº 9.406/2018 e a admissão de trabalhos de pesquisa após apresentação do relatório da mesma. Ele reitera a responsabilidade do minerador até o fechamento da mina e recuperação ambiental, complementa os conceitos de regimes de aproveitamento mineral e admite desistência parcial ou total do requerimento de autorização de pesquisa. “Foram avanços que modificaram o Código de 1967 para o modelo atual. Sobre a consolidação normativa, ela exige o pré-requerimento eletrônico, aborda os regimes de aproveitamento dos recursos minerais, do memorial descritivo e da planta de situação, das áreas máximas para outorga, mudança de regime, relatório anual de lavra (RAL), do regime de autorização de pesquisa, de concessão de lavra e de licenciamento e de permissão de lavra garimpeira. Outra questão crítica é a cessão de direitos sobre paralisação e interdição de atividade de mineração e dos trabalhos de movimentação de terras e de desmonte de materiais in natura”.
Tasso comentou ainda que a ANM criou o Requerimento Eletrônico de Pesquisa Mineral (REPEM) para facilitar que as áreas sem interferência sejam outorgadas em 35 dias. Além disso, citou a coexistência de regimes, que engloba a PLG manifesto de mina, de concessão de lavra e autorização de pesquisa e tudo pode ocorrer em regimes de mudanças. “Temos que simplificar o regime de autorização para as substâncias, uma vez que ele é mais seguro e pode ser evolutivo. O único problema é o prazo que o minerador pode perder para o requerimento da lavra. “O protocolo de fluxo processual de títulos minerários da ANM prevê o protocolo do requerimento na agência, uma análise documental eletrônica, estudos de áreas que a ANM tenta mudar para quadrículas, áreas livres, licença ambiental e outorga, um processo bastante simplificado, que é o nosso objetivo”.
Atualmente, o Brasil possui cerca de 235 mil títulos minerários nas mais diversas etapas e que, com base no RAL (20230, são 192 operações de grande porte, 1.384 de médio porte, 3.453 de pequeno porte e 6.181 de micro porte, totalizando 11.200 operações minerárias ativas no Brasil. Como solução para tudo isso, Tasso defende a regulação de um conjunto de mecanismo jurídicos, econômicos e técnicos que o Estado utiliza para permitir e moderar a realização de atividades ou prestação de serviços. “A Regulação Minerária compreende os processos relacionados à implementação da política nacional para atividades de mineração, a orientação de agentes econômicos e a definição de regras para o adequado e eficiente aproveitamento dos recursos minerais.
O moderador Reinaldo Sampaio (ABIROCHAS) disse que está em curso a elaboração de um decreto para tratar os minerais estratégicos, porém a forma de tratá-los requer celeridade nos processos e há uma crescente demanda e poderá ter privilégios para essa indústria. Isso é um risco para os outros segmentos irem para o limbo. “Há a necessidade de dialogar para avançarmos na simplificação de todos os setores, caso contrário haverá uma paralisação nas frentes de lavra. Precisamos de um caminho mais célere, devido à relevância para atividades estratégicas do Brasil”. João Bellato (ABRACAL) solicitou que a regra de licenciamento fique menos complexa, para não ter a morosidade tão grande encontrada atualmente. Para Frederico Bernardez (ABREFEN) os remineralizadores têm que estar no rol da segurança nacional, por serem fundamentais para a segurança alimentar. Eles são uma alternativa dentro do PNF e outras possibilidades, como o sequestro de carbono, que vem da mineração.
César Gonçalves (ANICER) comentou que todos os setores têm uma dificuldade comum, mas tem possibilidade de avançar “e cada um de nós teremos que nos empenhar para facilitar a mineração tão essencial para o desenvolvimento”.
Victor Bicca disse que todo empreendimento minerário depende de uma certidão de uso de ocupação do solo emitido pelo município. Mas as administrações não têm nenhum normativo legal que defina a atividade como prioritária para o estado. Por isso, a importância de que a legislação estadual defina o que é prioridade para cada unidade federativa.
Tasso comentou que a solução está no campo regulatório e que há urgência para impactar positivamente todos os setores. Para isso, a ANM depende de cada segmento da indústria mineral para dar um by-pass nesse passivo e alavancar os interesses nacionais.
Goiás se consolida como líder na produção de minerais estratégicos no Brasil
O Estado de Goiás está despontando como polo vanguardista na produção de terras raras e de aproveitamento diferenciado de minerais industriais, no caso a bauxita. Além disso, o estado se destaca na produção de ouro, níquel, cobre, fosfato, além de ser um importante produtor de agrominerais, como o calcário e remineralizadores. Goiás é também o único estado a produzir vermiculita, um mineral importante para setores como indústria, construção civil e agricultura.
Segundo o presidente do MINDE (Sindicato da Indústria da Mineração do Estado de Goiás e Distrito Federal), Luiz Antônio Vessani, a mineração em Goiás tem boas perspectivas no futuro próximo, não apenas em razão dos projetos de minerais estratégicos para a transição energética, como as terras raras, mas também porque há possibilidades de crescimento da produção de ouro – do qual o estado é produtor importante desde a época dos Bandeirantes – de níquel, de agrominerais e bauxita. Goiás tornou-se o primeiro estado no País a produzir terras raras, através da Serra Verde Mineração e está desenvolvendo outro projeto pioneiro por meio da Aclara Resources, que inclusive está aportando tecnologia própria, através de uma planta piloto recentemente instalada no estado.
Na área de minerais industriais, a TGM (Terra Goyana Mineração) tem obtido avanços importantes na utilização da bauxita produzida em Barro Alto em outros segmentos além do seu uso tradicional na fabricação do alumínio.
A indústria mineral goiana também tem sido decisiva para o suprimento do fosfato tão necessário ao desenvolvimento da agricultura e do qual o Brasil ainda depende de importações. Desde a década de 1980 operam em território goiano grandes empreendimentos de produção de rocha fosfática, sob a responsabilidade de grandes players do setor.
Cabe ressaltar, ainda, que o estado vive uma importante evolução na incorporação de novas tecnologias e inovações propiciadas por novos centros de competência ligados à Academia, como o CRTI e o Instituto de Química, ambos da UFG (Universidade Federal de Goiás), e a escola de Engenharia de Minas de Catalão, UFCat, além de laboratórios de pesquisa de processos montados por empresas como a TGM.
Na entrevista a seguir, o presidente do MINDE faz uma análise detalhada do panorama da mineração no estado de Goiás – que se mantém como quarto maior produtor mineral do País e almeja voltar ao terceiro lugar, que alterna com o estado da Bahia.
BRASIL MINERAL — Como importante liderança do setor, de que forma o senhor analisa o ambiente de negócios para mineração em Goiás atualmente?
LUIZ ANTÔNIO VESSANI — Entendo que a grande questão que afeta o setor é a imagem preconceituosa que as sociedades têm sobre nossas atividades. Como sabemos, isto provoca vários efeitos colaterais negativos que condicionam o ambiente de negócio. Isto existe em Goiás, porém de forma discreta e menos restritiva do que em MG e no RS, por exemplo. Comparativamente pode-se dizer que o nosso ambiente de negócio é aceitável e até amigável.
BRASIL MINERAL — O que poderia ser feito para fomentar o desenvolvimento da mineração no estado?
VESSANI — Mineração é concessão federal e a estrutura legal reflete isso. Portanto, existe restrição natural nas competências Estadual e Municipais na construção de ferramentas ou ambientes eficientes para apoiar nosso setor. As questões principais são: licenciamento ambiental complexo e lento, deficiência no fornecimento de energia elétrica, elevado custo logístico para mercado distantes, ineficiência na gestão institucional e na concepção de políticas públicas articuladas. Todas estas questões possuem vida própria e avançam em velocidades diferentes, longe de atender à demanda e o potencial de nosso setor no estado. Mas, importante ressaltar, avançam. Lutamos hoje para a implantação do PERM -- Plano Estadual dos Recursos Minerais, desenvolvido pela Secretaria de Indústria e Comércio. E apoiamos fortemente as iniciativas que trazem competência tecnológica e inovações.
BRASIL MINERAL — Quais são as principais demandas que o setor tem em termos de política do estado e do País para possibilitar um maior desenvolvimento do setor?
VESSANI — Nossa sociedade (nacional) não conceitua devidamente os temas. A tendência é de abordagens estanques, setoriais quando muito, sectárias e desarticuladas. Para piorar, as coisas públicas mal conceituadas são loteadas politicamente e geridas da forma como sabemos. Claro que existem exceções. Vejamos: se o produto mineral é base para todas as cadeias produtivas industriais, onde está a conceituação sobre como o setor mineral brasileiro pode servir para o desenvolvimento industrial? Da argila ao minério de ferro, chegando às terras raras que são o exemplo atual mais vibrante, escancarado pelo show dado pela China, falta uma visão cristalina de otimização do potencial mineral na cadeia integrada industrial. O pior reflexo desta situação é a sistemática de licenciamento ambiental, que é desconectado de fundamentação técnica, burocrático, caro, penalizador. Na prática, o sistema desestimula empreendimentos, atrasa geração de receitas, empregos etc., fomenta uma enorme geração de passivos e não tem compromisso com o desenvolvimento. É muito preocupante este descolamento da gestão ambiental institucional com o potencial de crescimento industrial, em particular da mineração. Temos outros vetores preocupantes como o Congresso Nacional, os prefeitos. ONGs... Uma ANM ativa, estruturada, fortalecida, é fundamental. Impressionante ter um governo federal que enfraquece a ANM. Entendo que a solução para isso depende em muito de nossa capacidade de organização como setor. Evidentemente estou falando também em sinergia entre nossas entidades e fortalecimento das mesmas.
Caminhoneiros que prestam serviços para a Vibra Energia - antiga BR Distribuidora - e transportam combustíveis e derivados de petróleo suspenderam a greve iniciada na madrugada da segunda-feira (9). No entanto, a categoria afirma que a paralização poderá ser retomado, caso as reivindicações não sejam atendidas.
A informação é do presidente do Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtaque-MG), Irani Gomes. A companhia assumiu o compromisso de atender às reivindicações dos transportadores até esta quarta-feira (11).
Um grupo da categoria havia se concentrado nas proximidades da base da companhia, no município de Betim, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Gomes também cobrou do Ministério dos Transportes, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), “maior fiscalização para o efetivo cumprimento das leis”, independentemente da empresa contratante de serviços de frete.
Os transportadores reivindicam o pagamento do Piso Mínimo de Frete, previsto na Lei 13.703/2018; e do Vale-Pedágio Obrigatório, como destaca a Lei 10.209/2001, regulamentada ANTT.
Fundeb: recursos poderão ser aplicados em obras escolares
Ainda segundo Irani Gomes, a entidade apoiava o movimento por entender que há um descumprimento dessas leis por parte das empresas.
“Com o descumprimento do Piso Mínimo de Frete e do Vale-Pedágio Obrigatório em Minas, os transportadores vêm acumulando prejuízos incalculáveis. Exigimos da Vibra o cumprimento imediato desses direitos dos transportadores, bem como a ampliação e intensificação da fiscalização aos contratantes de serviços de frete por parte da ANTT”, disse.
Por meio de nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) destacou que foi comunicado sobre a greve e que monitorava o movimento, assim como impactos que a paralização poderia proporcionar.
Também por meio de nota, a Vibra Energia havia destacado que estava adotando medidas necessárias para reduzir possíveis riscos de desabastecimento e atendimento aos seus clientes. "Ressaltamos que os contratos firmados entre Vibra e empresas transportadoras encontram-se vigentes e precisam ser cumpridos, sob pena da aplicação das penalidades previstas", disse
O menor percentual foi registrado no Amazonas, que conta com apenas 5,6%
No Brasil, mais de 174 milhões de pessoas moram em áreas com características urbanas. Desse total, quase 120 milhões, ou seja, 68,8%, residem em cidades com vias sem rampas para cadeirantes. Os dados foram divulgados recentemente pelo IBGE e se referem ao Censo 2022.
Mato Grosso do Sul é a unidade da federação brasileira com o maior percentual de pessoas residentes que dispõem de vias com existência desta infraestrutura. A taxa chega a 41,1%. De acordo com o levantamento, o Paraná aparece na sequência, com 37,3%.
Já em terceiro no ranking está o Distrito Federal, com 30,4%. O menor percentual foi registrado no Amazonas, apenas 5,6%, acompanhado de Pernambuco e Maranhão, com 6,2% e 6,4%, respectivamente.
Já entre os municípios, um dos destaques é para Maringá. Entre os entes com mais de 100 mil habitantes, a cidade paranaense aparece com 77,3% de seus habitantes com acesso a vias com rampas para cadeirantes. Já Itapevi, em São Paulo, registra a menor taxa, com 1,3% de seus moradores nesta situação.
UF | Rampa para cadeirante (%) | Via sinalizada para bicicleta (%) | Calçada / Passeio (%) | Obstáculo na calçada - Não existe (%) |
---|---|---|---|---|
Mato Grosso do Sul | 41,1 | 1,1 | 84,1 | 23,4 |
Paraná | 37,3 | 1,9 | 88,1 | 26,8 |
Distrito Federal | 30,4 | 4,1 | 92,9 | 20,9 |
Mato Grosso | 22,4 | 1,4 | 82,7 | 27,4 |
Rio Grande do Sul | 20,2 | 1,5 | 82 | 28,7 |
Santa Catarina | 19,9 | 5,2 | 78,1 | 26,3 |
Sergipe | 17,4 | 2,3 | 90,3 | 12 |
Goiás | 16,9 | 0,9 | 92,6 | 21,1 |
Espírito Santo | 16,6 | 2,5 | 79 | 16,7 |
Roraima | 15,5 | 1,3 | 60,3 | 19,5 |
Brasil | 15,2 | 1,9 | 84 | 18,8 |
Amapá | 14,8 | 3,1 | 57,1 | 11,1 |
São Paulo | 14,8 | 2,2 | 91,6 | 25,5 |
Minas Gerais | 14,2 | 0,9 | 90,3 | 15,3 |
Rio Grande do Norte | 14,1 | 0,9 | 86,7 | 10,8 |
Tocantins | 13,3 | 0,6 | 84,7 | 11,8 |
Rondônia | 12,7 | 1 | 68,8 | 11,9 |
Alagoas | 12,0 | 0,9 | 85,6 | 11,7 |
Rio de Janeiro | 12,0 | 2,5 | 79,4 | 19,2 |
Acre | 10,2 | 2,9 | 72 | 5,6 |
Paraíba | 9,2 | 1,5 | 85,3 | 10 |
Bahia | 8,9 | 1,3 | 74,4 | 12,9 |
Piauí | 8,4 | 1,5 | 83,1 | 4,9 |
Ceará | 7,1 | 3,2 | 85 | 10,8 |
Pará | 7,0 | 2,1 | 64,8 | 8,8 |
Maranhão | 6,4 | 0,5 | 77,1 | 4,6 |
Pernambuco | 6,2 | 1,8 | 71,2 | 8,5 |
Amazonas | 5,6 | 0,5 | 73,8 | 7,5 |
Fonte: IBGE - Censo Demográfico |
As informações revelam, ainda, que 32,8 milhões de pessoas residem em cidades com vias calçadas livres de obstáculos. Esse número corresponde a 18,8% do total da pesquisa. Nesse caso, as menores taxas foram notadas no Maranhão, que conta com 4,7%; no Piauí, com 4,9%; e no Acre, com 5,6%. Os destaques positivos, por sua vez, foram para o Rio Grande do Sul, com 28,7%, Mato Grosso, com 27,4% e São Paulo, com 25,5%.
Nesse aspecto, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, o destaque foi para Santos, em São Paulo. A cidade tem 64,5% dos moradores com acesso a vias com calçadas livres de obstáculos. Quanto às capitais, o melhor quadro registrado foi de Porto Alegre (RS) com 46,6%. No geral, o município maranhense de Bacabal tem o menor índice, com 1%.
Ainda de acordo com o estudo, a infraestrutura de drenagem representada pela presença do bueiro ou boca de lobo nas vias está presente para 53,7% dos moradores de todo o país, o que corresponde a 93,6 milhões de habitantes. Em 2010, esse percentual era de 39,3%, ou seja, 60,3 milhões de pessoas.
A unidade da federação com o maior percentual de moradores com acesso a essa infraestrutura é Santa Catarina, com 85,2%. Na sequência aparece o Paraná, com 83,4%. Na outra ponta estão os estados do Piauí (11,6%), do Rio Grande do Norte (19,2%) e do Ceará (20,9%).
Planaltina (GO) tem 6% de seus moradores com acesso a vias com bueiro ou boca de lobo. Trata-se do menor percentual para os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Perth Recursos Minerais Ltda assinaram um acordo de cooperação científica como parte do processo de implementação do Projeto Avaliação do Potencial Mineral para Cobre e Metais Base no Brasil – Ação Palmeirópolis, iniciativa estratégica da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do SGB.
Participaram do ato o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Valdir Silveira, e o CEO da Perth Minerals, Robert Michael Smakman. O projeto será executado no Depósito Polimetálico de Palmeirópolis, localizado no estado do Tocantins, e conta com a atuação integrada das divisões de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE) e de Geologia Econômica (DIGECO).
Valdir Silveira ressaltou que a parceria com a Perth Minerals representa um modelo inovador de cooperação entre o SGB e a iniciativa privada. “Estamos realizando testes com novas metodologias geocientíficas, algumas de interesse do próprio SGB e outras da Perth. É uma oportunidade para aplicarmos essas inovações em campo, em um ativo que ainda pertence ao Estado brasileiro, mas que está sob cessão da Perth Minerals”, explicou.
“Esse é um trabalho conjunto, sem repasse financeiro entre as partes, mas com forte potencial de gerar conhecimento prático. Nosso papel é fazer pesquisa, e essa cooperação é um caminho para resultados que beneficiem tanto o projeto quanto o SGB, a empresa e, principalmente, o Estado brasileiro”.