AÇO

Brasil Mineral
27/02/2024 12:15h

A produção mundial de aço bruto para os 71 países que reportam à Associação Mundial do Aço foi de 148,1 milhões de toneladas

A produção mundial de aço bruto para os 71 países que reportam à Associação Mundial do Aço (worldsteel) foi de 148,1 milhões de toneladas (Mt) em janeiro de 2024, uma diminuição de 1,6% em comparação com janeiro de 2023.

A África produziu 2,0 Mt em janeiro de 2024, um aumento de 16,3% em relação a janeiro de 2023. A Ásia e a Oceania produziram 107,6 Mt, uma queda de 3,6%. A UE produziu 10,2 Mt, uma queda de 1,8%. O Oriente Médio produziu 4,7 Mt, um aumento de 23,1%. A América do Norte produziu 9,2 Mt, queda de 2,1%. A Rússia e outros países da CEI + Ucrânia produziram 7,2 Mt, um aumento de 4,0%. A América do Sul produziu 3,4 Mt, queda de 6,3%.

Os 10 principais países produtores de aço

Estima-se que a China tenha produzido 77,2 Mt em janeiro de 2024, uma queda de 6,9% em relação a janeiro de 2023. A Índia produziu 12,5 Mt, um aumento de 7,3%. O Japão produziu 7,3 Mt, um aumento de 0,6%. Os Estados Unidos produziram 6,8 Mt, queda de 0,3%. Estima-se que a Rússia tenha produzido 6,2 Mt, um aumento de 1,2%. A Coreia do Sul produziu 5,7 Mt, um aumento de 1,5%. A Turquia produziu 3,2 Mt, um aumento de 24,7%. Estima-se que a Alemanha tenha produzido 2,9 Mt, uma queda de 0,9%. O Irã produziu 2,6 Mt, um aumento de 39,3%. Estima-se que o Brasil tenha produzido 2,5 Mt, queda de 7,2%.

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19/01/2024 10:45h

As importações alcançaram 5 milhões de toneladas e cresceram 50% em 2023

O Instituto Aço Brasil (IABr) divulgou que o Brasil produziu 31,9 milhões de toneladas de aço bruto, uma redução de 6,5% na comparação com 2022. As vendas internas somaram 19,4 milhões de toneladas e registraram queda de 4,4% em 2023 em relação ao ano anterior. As importações alcançaram 5 milhões de toneladas e cresceram 50% em 2023.

Já as exportações atingiram 11,7 milhões de toneladas, redução de 1,8% na comparação com o mesmo período de 2022, enquanto o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 23,9 milhões de toneladas, aumento de 1,5% que se deve exclusivamente à disparada das importações. Na comparação entre os meses de novembro e dezembro de 2023, a produção de aço bruto foi de 2,5 milhões de toneladas, recuo de 7,8%. As vendas internas ficaram em 1,4 milhão de toneladas, 10,8% abaixo do apurado em novembro. As exportações foram de 842 mil toneladas e caíram 12,3%, enquanto o consumo aparente de produtos siderúrgicos chegou a 1,9 milhão de toneladas, diminuição de 2,4% na mesma base de comparação. As importações cresceram 43,5% entre novembro e dezembro de 2023, tendo atingido 511 mil toneladas.

O Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) cresceu 3,2 pontos frente ao mês imediatamente anterior e atingiu 40,9 pontos. Apesar da alta, o indicador segue abaixo de 50 pontos por 15 meses seguidos, reflexo da falta de confiança dos CEOs da indústria do aço.

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09/01/2024 11:15h

Para tubos soldados de aço produzidos e exportados pelo Brasil, para os quais existia uma sobretaxa de 103,4%

Mais de três décadas depois, os Estados Unidos decidiram retirar a barreira comercial que afeta a siderurgia brasileira. Trata-se do direito antidumping que existia sobre os tubos soldados de aço produzidos e exportados pelo Brasil, para os quais existia uma sobretaxa de 103,4% para que os produtos pudessem ser comercializados no mercado norte-americano. O direito anti-dumping, em vigor desde 1992, foi revogado pela Comissão Internacional dos Estados Unidos.

Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, a decisão contribuirá para impulsionar as exportações brasileiras já em 2024. “É uma conquista importante, que vai expandir ainda mais a exportação siderúrgica de tubos de aço para os Estados Unidos”, disse ele. por ocasião do anúncio do superávit da balança comercial brasileira em 2023, que alcançou mais de US$ 98 bilhões.

O direito antidumping, que é permitido pela OMC (Organização Mundial do Comércio), aplica-se quando um país alega que um concorrente está comercializando uma mercadoria abaixo do preço de custo, o que caracterizaria competição desleal com um produto nacional. Para que a sobretaxa seja retirada, é necessário que o país que sofreu a penalização comprove que não vende mercadoria abaixo do custo de produção.

Segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, o Brasil era o único país a sofrer esse tipo de punição que teve a sobretaxa retirada após a revisão do governo norte-americano. “Isso prova como o governo brasileiro está empenhado na defesa das empresas brasileiras no exterior e conseguiu provar que o direito antidumping não cabia”, disse ela. Os EUA mantiveram a sobretaxa para tubos soldados de aço não ligados de países como Índia, México, Coreia do Sul, Taiwan e Tailândia.

De acordo com o MDIC, em 2023 o Brasil exportou cerca de US$ 22 milhões em tubos soldados de aço, dos quais somente US$ 457 mil foram destinados aos Estados Unidos. Com a queda da sobretaxa, a expectativa é que esse valor aumente já a partir deste ano.

Superávit do País cresce 60%

Conforme divulgado pelo governo, impulsionada pela safra recorde de soja e pela queda das importações, a balança comercial brasileira encerrou 2023 com superávit recorde de US$ 98,839 bilhões, resultado que representa uma alta de 60,6% sobre 2022, o melhor resultado desde 1989, pelo critério da média diária. A contribuição do setor mineral para o saldo comercial em 2023 foi de US$ 21,9 bilhões.

Em 2023, as exportações atingiram recorde, enquanto as importações recuaram. O País vendeu ao exterior o equivalente a US$ 339,673 bilhões e comprou US$ 240,835 bilhões, recuo de 11,7% na mesma comparação. A meta do governo, para 2024 é que as exportações alcancem U$ 348 bilhões e o superávit some US$ 94,4 bilhões.

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18/12/2023 17:10h

A produção nacional de aço bruto somou 29,35 milhões de toneladas no acumulado até novembro de 2023

Segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr), a produção nacional de aço bruto somou 29,35 milhões de toneladas no acumulado até novembro de 2023, uma queda de 7,1% na comparação com o mesmo período do último ano. Na mesma base de comparação, as importações alcançaram 4,5 milhões de toneladas, 49,9% a mais, e as vendas internas caíram 5%, fechando em 18 milhões de toneladas até novembro. 

Por força das importações, o consumo aparente (vendas internas mais importações por distribuidores e consumidores) alcançou 21,96 milhões de toneladas nos onze meses de 2023, um incremento de 0,5% sobre 2022, enquanto as exportações fecharam 0,9% inferiores ao que foi verificado nos onze primeiros meses de 2022, atingindo 10,9 milhões de toneladas. “A tendência de entrada de aço estrangeiro no País se mantém em alta, e, por esse motivo, a indústria do aço segue defendendo a elevação temporária e emergencial da tarifa de importação de 9,6% em vigor para a maioria dos produtos, para 25%, em 18 NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul), de um total de 273 NCMs, uma vez que outros mercados relevantes, como Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e México, seguem com suas defesas comerciais nesse patamar. Enquanto essa assimetria não for corrigida, o aço produzido em países que subsidiam suas indústrias para vender a preço de custo ou abaixo dele continuará inundando preferencialmente o mercado brasileiro”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil.

Entre janeiro e novembro, a China respondeu por 58% das importações, tendo atingido 71% em novembro. A capacidade instalada média da indústria do aço entre janeiro e novembro atingiu 62,7%, abaixo dos 67,6% verificados em igual período de 2022. Em novembro, na comparação com um ano antes, a produção de aço subiu 3,8%, para 2,7 milhões de toneladas; as vendas internas caíram 2,1%, para 1,6 milhão de toneladas; importações subiram 9,2%, para 402 mil toneladas; e as exportações cresceram 19,9%, para 971 mil toneladas. O consumo aparente, nessa comparação, fechou em 2 milhões de toneladas, 2,5% a mais que novembro de 2022. Pelo 14º mês consecutivo, o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA), calculado pelo Instituto Aço Brasil, fechou abaixo de 50 pontos, o que denota falta de confiança do setor. Em dezembro, o indicador aumentou 1,8 ponto, atingindo 37,7 pontos.

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24/11/2023 16:00h

A produção mundial de aço bruto alcançou 150 milhões de toneladas em outubro de 2023, um aumento de 0,6%

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 150 milhões de toneladas em outubro de 2023, um aumento de 0,6% na comparação com o mesmo mês de 2022. A Ásia e a Oceania produziram 108,8 milhões de toneladas em outubro, um aumento de 0,8% sobre outubro de 2022, sendo que a China produziu 79,1 milhões de toneladas, 1,8% a menos que em outubro do ano passado, enquanto a Índia produziu 12,1 milhões de toneladas no mês, um incremento de 15,1% sobre o mesmo mês do último ano. Japão e Coreia do Sul produziram 7,5 milhões de toneladas e 5,5 milhões de toneladas de aço bruto em outubro, respectivamente, com incrementos de 2,6% e 6,5% na comparação com o mesmo mês de 2022.

Os países do Bloco Europeu produziram 10,6 milhões de toneladas de aço em outubro de 2023, ou 7,1% a menos que no mesmo mês de 2022. O destaque fica para a Alemanha, com produção de 2,9 milhões de toneladas e retração de 8,8% sobre outubro de 2022. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,6 milhões de toneladas, uma desaceleração mínima de 0,2% sobre outubro de 2022. A Turquia produziu 3 milhões de toneladas, 4,2% superior a outubro do ano passado.

A África – Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,9 milhão de toneladas de aço bruto em outubro, 3,5% superior na comparação com outubro do último ano. Já os países da CIS produziram 7,4 milhões de toneladas, 12,9% mais que no mesmo mês de 2022, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 6,3 milhões de toneladas, o que representa acréscimo de 9,5% sobre outubro de 2022. Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 5 milhões de toneladas de aço bruto, 5% a mais que em outubro de 2022. O Irã produziu 3,1 milhões de toneladas no mês, um crescimento de 3,5%.

A produção na América do Norte ficou estável em relação com outubro do último ano e somou 9,3 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 6,8 milhões de toneladas, 3,4% superior a outubro do último ano, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,4 milhões de toneladas, 8,7% a menos do que em outubro de 2022. O Brasil teve produção estimada de 2,6 milhões de toneladas e registrou recuo de 10,2% em outubro de 2023 na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até outubro de 2023, a produção mundial de aço bruto somou 1.567 bilhão de toneladas, o que representa um leve acréscimo de 0,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Brasil Mineral
23/08/2023 10:00h

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 158,5 milhões de toneladas em julho de 2023

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 158,5 milhões de toneladas em julho de 2023, um aumento de 6,6% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 119,9 milhões de toneladas em julho, 9,1% a mais sobre julho de 2022. Apenas a China produziu 90,8 milhões de toneladas, um acréscimo de 11,5% quando comparado a julho do ano passado, enquanto Índia produziu 11,5 milhões de toneladas no mês, um incremento de 14,3% sobre o mesmo mês do último ano. Japão e Coreia do Sul produziram 7,4 milhões de toneladas e 5,7 milhões de toneladas de aço bruto em julho, respectivamente, com um leve aumento de 0,9% e um recuo de 9% na comparação com o mesmo mês de 2022.

Os países do Bloco Europeu produziram 10,3 milhões de toneladas de aço em julho de 2023, ou 7,1% a menos do que no mesmo mês de 2022. A Alemanha produziu 3 milhões de toneladas e registrou queda de 0,5% sobre julho de 2022. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,6 milhões de toneladas e cresceram 5,1% sobre julho de 2022. A produção da Turquia somou 2,9 milhões de toneladas, 6,4% superior na comparação com julho do último ano.

A África – Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,4 milhão de toneladas de aço bruto em julho, incremento de 26,1% na comparação com julho do último ano. Já os países da CIS produziram 7,4 milhões de toneladas, e aumentaram em 9,1% a produção, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 6,3 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 5,8% sobre julho de 2022.

Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 3,1 milhões de toneladas de aço bruto, um recuo de 3,9% na comparação com julho de 2022. A produção do Irã somou 2 milhões de toneladas, queda de 1,5% no mês. A produção na América do Norte caiu 1,2% em julho de 2023, somando 9,4 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 6,9 milhões de toneladas, 0,5% a mais do que em julho de 2022, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,4 milhões de toneladas, queda de 8,4% sobre julho de 2022, sendo que o Brasil produziu 2,7 milhões de toneladas em julho, 4,7% inferior quando comparado com julho do último ano. No acumulado do ano até julho, a produção mundial de aço bruto somou 1,103 bilhão de toneladas, o que representa um leve decréscimo de 0,1% em relação ao mesmo período de 2022.

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17/08/2023 13:00h

No acumulado até julho de 2023, a produção de aço bruto somou 18,6 milhões de toneladas, 8,6%

Segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), o País produziu 2,7 milhões de toneladas de aço bruto em julho de 2023, um acréscimo de 5,9% sobre junho, enquanto as vendas internas somaram 1,6 milhão de toneladas, queda de 1,3% na mesma comparação. As exportações registraram 828 mil toneladas, recuo de 30,6%.

O consumo aparente de produtos siderúrgicos cresceu 1,4% no mês frente ao mês anterior, e atingiu 2 milhões de toneladas. Este crescimento é explicado exclusivamente pelo aumento de 26,1% nas importações, com 481 mil toneladas no mês. As importações da China alcançaram 271 mil toneladas. O instituto preocupa-se com este avanço nas importações, já que existe excesso de capacidade de 564 milhões de toneladas de aço no mundo, o que leva a práticas predatórias de mercado, escalada protecionista e a desvios de comércio.

No acumulado até julho de 2023, a produção de aço bruto somou 18,6 milhões de toneladas, 8,6% a menos que no mesmo período de 2022. As vendas internas atingiram 11,3 milhões de toneladas, 5,2% inferior, enquanto as importações saltaram 48,4%, para 2,7 milhões de toneladas e as exportações recuaram 6,2%, para 7,1 milhões de toneladas. O consumo aparente de aço (vendas internas mais importações por distribuidores e consumidores) caiu 0,5% e chegou a 13,6 milhões de toneladas.

O Índice de Confiança da Indústria do Aço, calculado pelo Aço Brasil, fechou em 44,6 pontos em agosto, um aumento de 0,5% em relação a julho, abaixo da faixa que aponta falta de confiança dos CEOs da indústria do aço, especialmente em relação ao cenário econômico brasileiro. É o décimo mês seguido em que o indicador se encontra abaixo dos 50 pontos.

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27/07/2023 07:30h

Produção mundial de aço bruto alcançou 158,8 milhões de toneladas em junho de 2023

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 158,8 milhões de toneladas em junho de 2023, uma ligeira queda de 0,1% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 119,7 milhões de toneladas em junho, um aumento de 0,8% sobre junho de 2022. Apenas a China produziu 91,1 milhões de toneladas, 0,4% a mais que em junho do ano passado, enquanto a Índia produziu 11,2 milhões de toneladas no mês, um incremento de 12,9%. Japão e Coreia do Sul produziram 7,3 milhões e 5,5 milhões de toneladas de aço bruto em junho, respectivamente, com decréscimo de 1,7% e 0,9%.

Os países do Bloco Europeu produziram 10,6 milhões de toneladas de aço em junho de 2023, ou 11,1% a menos que no mesmo mês de 2022, sendo que a Alemanha produziu 2,9 milhões de toneladas, uma redução de 8,4% sobre junho de 2022. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,7 milhões de toneladas, um retrocesso de 1,8% sobre junho de 2022. A Turquia produziu 2,9 milhões de toneladas, 1,5% inferior a junho do ano passado.

A África -- Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,3 milhão de toneladas de aço bruto em junho e cresceu 11,5%, na comparação com junho do último ano. Já os países da CIS produziram 6,8 milhões de toneladas, um aumento de 5,2%, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 5,8 milhões de toneladas, o que representa um incremento de 3,8% sobre junho do último ano.

Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 4,2 milhões de toneladas de aço bruto, 9,4% superior na comparação com junho de 2022. O Irã produziu 3,2 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 17,4% sobre o mesmo mês de 2022.

A produção na América do Norte caiu 0,5% em junho de 2023, somando 9,2 milhões de toneladas. Apenas os Estados produziram 6,8 milhões de toneladas, 0,5% a mais que em junho de 2022, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,3 milhões de toneladas, decréscimo de 12,4% sobre junho de 2022. A produção brasileira somou 2,6 milhões de toneladas e registrou queda de 12,5% em junho de 2023 na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre de 2022, a produção global de aço bruto atingiu 943,9 milhões de toneladas, o que significa 1,1% abaixo em relação ao mesmo período de 2022.

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17/07/2023 04:00h

O setor siderúrgico pode alcançar emissões líquidas zero até o início da década de 2040

Segundo o relatório “15 Insights on the Global Steel Transformation”, desenvolvido pelas empresas alemãs Agora Industry e Wuppertal Institute for Climate, Environment and Energy, o setor siderúrgico pode alcançar emissões líquidas zero até o início da década de 2040. O estudo produzido na Alemanha, Austrália e Brasil recomenda que, em vez de tentar exportar apenas hidrogênio verde (H2V), países exportadores de ferro como o Brasil deveriam se preparar para investir em “hidrogênio incorporado” na forma de ferro e aço verdes.

Nesse contexto, o Ceará deverá ser beneficiado, por causa da implantação do Hub de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém e os ganhos que o empreendimento poderá gerar à usina siderúrgica. “A ArcelorMittal comprou a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) já com esse objetivo, ou seja, já existe tecnologia nesse sentido. Estive recentemente em um evento na Alemanha e os executivos locais já falam sobre a produção de aço de forma sustentável. No mercado global, já estão providenciando a substituição da tecnologia para a produção de aço, ou seja, confirmando essa projeção. Ocorre que são necessários investimentos bilionários, da ordem de 3 bilhões de euros por ano”, comenta o especialista em energias renováveis, Jurandir Picanço.

O estudo aponta ainda que nove siderúrgicas que ainda utilizam carvão poderão enfrentar um alto risco de aprisionamento de carbono e de ativos irrecuperáveis. Para evitar tal colapso necessário à eficiência no uso dos materiais, o aumento da reciclagem, a produção de aço com base em H2V, além da bioenergia e de algumas abordagens de captura e armazenamento de carbono. O relatório “15 Insights on the Global Steel Transformation” aponta também que o comércio de ferro verde pode reduzir os custos da transformação global do aço, sendo vantajoso para exportadores e importadores, já que o transporte de “hidrogênio incorporado” seria mais viável economicamente do que o transporte de hidrogênio e seus derivados por navio. Para os importadores, o ferro verde pode aumentar a competitividade da produção de aço com baixo teor de carbono, ajudando a manter os empregos locais no setor siderúrgico.

Na avaliação do analista do ClimaInfo para o setor de energia, Shigueo Watanabe Júnior, o estudo traz excelentes ideias e mostra bons números, mas a sua efetivação possui um grande gargalo: elevados investimentos. “As siderúrgicas brasileiras, por exemplo, não são ricas, e isso vai depender da capacidade de investimento. A transferência tecnológica é tranquila e o Brasil tem capacidade para isso. O grande problema, realmente, é dinheiro para fazer essa transformação”, diz. Para Watanabe, o Brasil tem potencial de hidrogênio verde, mas é uma transformação muito cara. “O governo poderia até usar dinheiro nesses projetos, mas existem outras questões mais urgentes no País e que são prioridade. A grande transformação vai ser quando o aço produzido com carvão estiver custando mais caro que o aço produzido com H2V, mas para isso acontecer ainda vai demorar certo tempo”, afirma.

No cenário global, essa realidade vai depender de países como Estados Unidos, China e Austrália, que são os maiores consumidores de aço do mundo. “É importante encarecer o aço atual a ponto de fazer valer a pena o investimento por outro meio. Não dá para prever quando isso irá acontecer. Mas importante que haja mobilização, que as pessoas saibam a realidade e o que é possível fazer”, acrescenta.

Jurandir Picanço diz que não vai demorar muito para que os países estabeleçam barreiras comerciais em razão alto teor de carbono, o que vai ao encontro das atuais demandas globais de sustentabilidade e transição energética. “Na União Europeia, já existem tais barreiras, o que quer dizer que os produtos precisarão ser cada vez mais verdes. Caso contrário, serão impostas taxas altas. Então, é uma tendência real. No Ceará, estamos focados na produção de hidrogênio verde para exportação, mas no futuro teremos produtos verdes na totalidade, pois somos nós que temos energia para a produção de forma abundante”, reforça. (Fonte: O Otimista)

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10/07/2023 15:35h

Excesso de capacidade global de produção de aço deve aumentar significativamente até 2025

Ministros e representantes de alto nível se reuniram há duas semanas no Fórum Global sobre Excesso de Capacidade de Aço (GFSEC) em Paris, na França, para debater sobre o excesso de capacidade de produção de aço em todo o mundo, que atingiu o seu maior nível histórico. Os participantes alertaram que o excesso de capacidade global de produção de aço deve aumentar significativamente até 2025, atingindo a marca de 644 milhões de toneladas.

Na América Latina, a Associação Latino-Americana do Aço (Alacero) informa que a região tem produção anual de aço bruto superior a 60 milhões de toneladas e o setor gera, entre empregos diretos e indiretos de qualidade, quase 1,4 milhão de pessoas. A produção mundial é de quase 2 bilhões de toneladas, sendo que a China corresponde à metade desse volume total. Em termos de capacidade produtiva, globalmente, o setor atingiu um total de 2,463 bilhões de toneladas em 2022. A produção efetiva, por sua vez, atingiu 1,885 bilhão de toneladas, o que deixou um superávit produtivo de 578 milhões de toneladas. A China se destaca como o principal player do setor, com uma capacidade produtiva de 1,150 bilhão de toneladas e uma produção efetiva de 1,018 bilhão de toneladas em 2022, o que gerou um excedente produtivo de 132 milhões de toneladas ou 5,4% da produção mundial e 22,8% do superávit produtivo mundial.

O excesso de capacidade global foi impulsionado por fatores como intervenções governamentais que distorcem os mercados e a concorrência, inclinando o campo de atuação para produtores ineficientes, incentivando práticas comerciais desleais e desfavorecendo a produção eficiente e sustentável. Neste sentido, constitui a maior ameaça à viabilidade a longo prazo desta indústria crítica, num momento em que necessita de estabilidade de mercado e saúde financeira para inovar e transitar para um futuro sustentável.

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