SENAI

09/08/2024 03:00h

Pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostra que 42% dos brasileiros de 14 a 24 anos tem pouco conhecimento sobre educação profissional. Representante do Senai e técnica em administração e enfermagem apontam benefícios do curso técnico para a carreira profissional.

Baixar áudio

Mesmo nos períodos de decisões sobre o futuro e a carreira, muitos jovens ainda desconhecem a educação profissional, que é uma formação rápida, seja técnica ou de qualificação, que contribui para a entrada no mercado de trabalho. Uma pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostrou que 42% dos brasileiros de 14 a 24 anos conhecem pouco ou nada a respeito da formação técnica. 

Entre os mais novos, de  14 a 17 anos, o desconhecimento é ainda maior, chegando a 52%. Já aqueles que têm até o ensino fundamental o percentual chega a 62%.

O superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai, Felipe Morgado, avalia como um desafio o cenário em que tantos jovens conhecem pouco o ensino profissionalizante. Segundo ele, a educação profissional aumenta as chances desse grupo conseguir um emprego.

“Esse é um desafio, apresentar para a sociedade, principalmente para os jovens, o quanto a educação profissional é o acesso mais rápido ao mercado de trabalho e o quanto ela ajuda a crescer na carreira, a aprender a aprender e a se desenvolver”, afirma Morgado.

Apesar do desconhecimento, há boa avaliação

A pesquisa revelou, ainda, que apenas 29% dos jovens afirmam que frequentam ou já frequentaram algum curso profissionalizante. Desse total, 75% deles consideraram a experiência como ótima ou boa. Entre aqueles que têm de 22 a 24 anos, a aprovação chega a 89%. 

Já 95% dos jovens ouvidos pela pesquisa avaliam o curso profissionalizante importante para alcançar seus objetivos de vida. É o caso da técnica em administração e em enfermagem, Bianca Jost, 22 anos, moradora do município de Três de Maio (RS). 

Enquanto fazia a formação técnica na área administrativa, aos 16 anos, ela ainda estava no ensino médio. O curso teve duração de 1 ano e meio e, durante a formação, teve a experiência de aplicar os conhecimentos numa empresa parceira do Senai. Para Bianca, ambas as formações técnicas foram cruciais tanto para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, quanto para conseguir um emprego.

“Minhas experiências, tanto com o curso técnico em administração, que eu fiz concomitante com ensino médio, bem cedo, quanto com o curso técnico em enfermagem, que foi um pouco mais tarde, foram muito boas, serviram para eu criar habilidades de comunicação nessas áreas. Foi super importante me comunicar, criar essa aptidão para tomar decisões, sabe, de me impor, de trabalhar em equipe. Ambas foram muito boas para mim, só trouxeram benefícios”, conta Bianca.

O representante do Senai, Felipe Morgado, aponta o potencial da educação profissional para a carreira dos jovens. "Se o futuro do trabalho está em transformação, a educação profissional é o melhor caminho para que os jovens possam se inserir no mercado de trabalho e ter sucesso profissional."

Interesse pelo ensino técnico

Apesar da falta de conhecimento sobre os cursos, os jovens participantes da pesquisa do Senai demonstram curiosidade e vontade de cursar a modalidade. Confira os percentuais:

  • 56% se interessam pela formação técnica (de 14 a 24 anos);
  • 62% demonstraram interesse (de 14 a 17 anos); 
  • 57% dos que estudam em escola pública e 48% da privada 

O estudante Jhonatan Kallil Bernabé, 17 anos, de Ji-Paraná (RO), conhece os cursos profissionalizantes ofertados na região onde mora e já pensou em cursar. Agora, a ideia não faz sentido para ele, que sonha em seguir carreira acadêmica. 

“Quando eu estava entrando no ensino médio, eu pensei na possibilidade e no Senai, quando eles passaram na minha escola falando sobre os cursos, quando eu ainda não sabia a área específica que eu queria seguir. Estou u vi uma oportunidade de já sair do ensino médio com um passo na frente já, com alguma especialização, que seria mais fácil para mim, que já teria alguma porta aberta depois”, diz Jhonatan.

Hoje, a partir da observação da ascensão profissional de amigos após ingressarem no ensino técnico, Jhonatan avalia a modalidade de educação técnica como uma porta de entrada para o mercado de trabalho.

“Os meus amigos que cursaram falaram que foi muito interessante e, por trabalharem em uma empresa, eu vejo que muitas pessoas fizeram o curso técnico e continuaram seguindo, especializando, fazendo a graduação, fizeram as especializações na área do curso técnico, então eu vejo que é uma porta de entrada muito boa para o mercado de trabalho”, destaca o estudante.

A pesquisa de opinião do Senai ouviu 2007 jovens de 14 a 24 anos de todo o país, sendo uma amostra representativa do território nacional.

Copiar textoCopiar o texto
07/08/2024 10:45h

Entre os dias 7, 8 e 9 de agosto, SENAI promove Feira on-line de Empregos Contrate.me

Baixar áudio

Muito além do conhecimento técnico, hoje os empresários industriais estão em busca de profissionais com habilidades e competências socioemocionais. A alegação é do gerente de Educação Profissional e Superior do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Mateus Simões.

“Indústrias hoje estão buscando profissionais, não só com conhecimento técnico, mas também com as habilidades e competências socioemocionais; além da conexão com esse mercado em transformação, um mercado que busca e está conectado com uma transformação digital, com uma economia verde, com a inteligência artificial, com novas fontes de energia.”

Segundo a pesquisa Egressos do Senai, as qualificações técnicas mais buscadas pelas empresas nos candidatos são nas áreas de mecânica, alimentos, refrigeração, eletromecânica, automação, soldagem, manutenção, entre outras.

Para Mateus Simões, um dos maiores desafios da indústria, atualmente, é encontrar profissionais atualizados.

“Dentre os maiores desafios que a indústria enfrenta na busca por profissionais, está na qualificação desses profissionais de forma atualizada e conectada diretamente com as demandas que essa indústria tem nos dias de hoje.”

Mundo SENAI e Feira Contrate.me

Entre os dias 7, 8 e 9 de agosto, acontece o evento Mundo SENAI 2024 — oportunidade para descobrir como se capacitar para o futuro e aproveitar oportunidades no mercado de trabalho na indústria. Com o tema “SENAI: trazendo para você uma nova e ampliada visão do futuro”, o encontro conta com workshops, palestras, minicursos, visitas, atividades artísticas e esportivas, exibições, experiências com ex-alunos de sucesso e estandes de empresas parceiras. O encontro é gratuito e aberto a toda a comunidade.

Paralelamente também acontece a Feira on-line de Empregos Contrate.me para interessados em investir na carreira e conquistar uma nova posição no mercado de trabalho, além de empresas que estão em busca de profissionais qualificados.

“A Feira de Empregos Contrate.me é o maior evento de empregabilidade que o SENAI promove para a indústria brasileira. Ela promove o match entre as vagas de empregos disponibilizadas pelas empresas com os candidatos que atendem aquele perfil da vaga. Todas as pessoas que quiserem ter uma promoção na carreira, mudar de carreira e encontrar uma nova oportunidade de emprego podem participar dessa feira. Podem ser alunos, egressos de qualquer instituição de educação profissional superior”, explica o gerente do SENAI.

Segundo Mateus Simões, o perfil de empresas que podem se cadastrar no Contrate.me são aquelas que “estão com desafios de ganho de produção, de transformação digital, de incorporação de novas tecnologias, de expansão dos seus negócios para outros mercados; enfim, com qualquer necessidade de profissionais qualificados”.

Interessados, basta se cadastrar no ambiente virtual do Mundo SENAI.

Brasil enfrenta consequências por atraso na implementação de uma política industrial, diz vice-presidente da CNI

Políticas industriais: países desenvolvidos têm 71% dos mecanismos de incentivo

Com forte alta de 4,1% em junho, indústria brasileira mostra recuperação

Copiar textoCopiar o texto
16/02/2024 04:45h

Transição para economia de baixo carbono exige profissionais capacitados na área

Baixar áudio

A transição para uma economia de baixo carbono vai gerar R$ 80 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro até 2030, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). A redução da emissão de gases de efeito estufa é uma pauta mundial presente nos principais debates internacionais. Neste contexto, surge a necessidade de capacitar profissionais para atuar em áreas voltadas para os aspectos ambiental, social e de governança — ESG, na sigla em inglês. É o que afirma o  superintendente de Educação Profissional do SENAI, Felipe Morgado.

“A demanda por profissionais com competência em áreas estratégicas para a economia e para o desenvolvimento sustentável tem crescido substancialmente. Por conta disso, o Senai tem oferecido formação em descarbonização, transição energética para todos os perfis de profissionais”, pontua. 

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) oferta capacitação na modalidade à distância para quem deseja se especializar em áreas voltadas para os aspectos ESG. Os cursos alcançam profissionais iniciantes, mas também aqueles que buscam uma especialização, segundo o superintendente. 

“Desde cursos de iniciação profissional, os cursos  mais introdutórios, até os cursos de pós-graduação, voltados à especialização dos profissionais que estão na indústria brasileira. Com isso, nos posicionamos como uma instituição de formação de vanguarda, sempre buscando seguir as tendências e atender às necessidades da sociedade e da indústria brasileira”, afirma Morgado. 

Os cursos disponíveis — alguns gratuitos — podem ser vistos na plataforma Futuro.Digital. Entre eles, estão a pós-graduação em Hidrogênio Verde e o MBA em ESG. Nas ofertas de capacitação gratuita, destacam-se os cursos em Educação Ambiental e Consumo Consciente de Energia. Confira alguns dos cursos disponíveis na plataforma: 

Consumo Consciente de Energia
Neste curso você aprenderá sobre o mapa energético brasileiro, boas práticas domésticas, iluminação eficiente e rendimento. Ao final, você será capaz de reconhecer e transformar o consumo de energia elétrica em algo mais consciente e sustentável.

  • Duração: 14h
  • Início: imediato após a realização da matrícula
  • Certificado: em caso de aprovação com nota mínima de 60%
  • Modalidade: à distância

Educação Ambiental
O curso tem como objetivo te preparar para atuar na prevenção de danos ao meio ambiente e na conservação de recursos. Ao final, você será capaz de reconhecer as questões básicas da educação ambiental e da sustentabilidade.

  • Duração: 14h
  • Início: imediato após a realização da matrícula
  • Certificado: em caso de aprovação com nota mínima de 60%
  • Modalidade: à distância

A Prática Ambiental no ESG
Neste curso você vai aprender sobre ideias inovadoras de linhas de produção; destaque e aumento da competitividade de mercado com ações ambientais; greenwash e o falso modo verde de se pensar.

  • Duração: 10h
  • Início: imediato após a realização da matrícula
  • Certificado: em caso de aprovação com nota mínima de 70%
  • Modalidade: à distância 

MBA em ESG
Como Especialista em ESG você poderá implementar a Agenda ESG nas organizações, unindo os propósitos ambientais, sociais e de governança corporativa aos objetivos estratégicos da empresa, permitindo assim a construção de uma cultura sustentável de operação.

  • Duração: 360h
  • Início: imediato, com entrada até 16 de fevereiro
  • Certificado: em caso de aprovação com nota mínima de 70%
  • Modalidade: à distância

Bioeconomia: Por que é importante antecipar o futuro?
O curso vai te instrumentalizar para uma boa compreensão dos conceitos de biotecnologia e bioeconomia  —e as oportunidades de melhoria para obtermos processos industriais com menos impacto ambiental.

  • Duração: 20h
  • Início: imediato após a realização da matrícula
  • Certificado: em caso de aprovação com nota mínima de 70%
  • Modalidade: à distância

O ESG no Brasil
O conteúdo programático deste curso inclui aspectos como o ESG no Brasil; índices de sustentabilidade na bolsa de valores; o Sistema B3; economia circular e logística reversa; legislações relacionadas ao ESG no Brasil; fundos contra o desmatamento; e a classificação dos resíduos no Brasil.

  • Duração: 10h
  • Início: imediato após a realização da matrícula
  • Certificado: em caso de aprovação com nota mínima de 70%
  • Modalidade: à distância

Unesco: 2,4 bilhões de pessoas podem sofrer com escassez de água até 2050
Entrevista: o que é e para que serve o hidrogênio verde

Debate global

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, os 198 países-membros firmaram um acordo que propõe a transição para combustíveis sustentáveis de forma “gradual, justa e equitativa”. O acordo assinado também busca atingir a neutralidade de carbono até 2050. O evento foi realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, em 2023. 

A discussão em torno do tema surge no contexto em que tempestades e inundações, seca e escassez hídrica atingem várias partes do Brasil e do mundo, resultado do aquecimento global e das mudanças climáticas. No Brasil, a descarbonização da economia tem sido discutida por atores públicos e privados. No Congresso Nacional, tramitam projetos como a regulamentação do mercado de carbono; programa combustíveis do futuro; e marco legal do hidrogênio de baixo carbono.
 

Copiar textoCopiar o texto
19/10/2023 04:30h

De acordo com o levantamento realizado pelo Senai, houve aumento de 76,3% em relação ao índice registrado no estudo de 2020-2022

Baixar áudio

O índice de ocupação profissional dos alunos com formação técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é de 84,4%. É o que indicam os resultados da Pesquisa de Acompanhamento de Egressos do Senai 2021-2023. Isso significa que 8 a cada 10 ex-alunos do ensino técnico de nível médio da entidade estão empregados em até um ano após a conclusão do curso. O número também é 76,3% maior em relação ao índice registrado no estudo de 2020-2022.

De acordo com o superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai, Felipe Morgado, a pesquisa de “Acompanhamento de Egressos” tem como objetivo coletar informações sobre a atuação dos profissionais formados pela entidade no mercado de trabalho, para aprimorar a formação e oferecer cursos mais alinhados com as demandas do mercado.

“O Senai elabora os seus currículos, os seus perfis profissionais de acordo com a necessidade do setor produtivo e de acordo com as tecnologias que serão utilizadas nas empresas nos próximos anos. Isso faz com que o Senai tenha uma oferta alinhada à necessidade da indústria, além da capacidade que o Senai tem de ajudar os profissionais a terem atividades práticas. Isso faz com que eles consigam se destacar no mercado de trabalho”, pontua.

Segundo o levantamento, a maior demanda na indústria é de setores transversais — que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas — como os técnicos de mecânica (96,5%), alimentos (95,2%), refrigeração e climatização (94,5%) e automação industrial (93,2%).

Entre os profissionais dos cursos de graduação tecnológica do Senai, a taxa de ocupação é ainda maior: 90,8% estão empregados. Já nos cursos de aprendizagem industrial e cursos de qualificação profissional, 74,6% e 72% deles estão ocupados, respectivamente.

De acordo com Morgado, é necessário cada vez mais investir na educação profissional.

“A educação profissional no mundo inteiro está crescendo e no Brasil não é diferente. Então as empresas estão buscando profissionais qualificados para atender a sua necessidade e isso é uma oportunidade, principalmente para o jovem que está estudando no ensino médio já começar a fazer a sua formação e, ao concluir o ensino médio junto com o curso técnico, ele já tem oportunidade de começar a trabalhar”, ressalta.

O superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai ainda destaca que a qualificação faz toda diferença para quem busca uma vaga no mercado de trabalho.

“A educação profissional transforma a vida dos jovens. Ela amplia a oportunidade de conseguirem trabalho, conseguirem realizar um sonho e, principalmente de ter um incremento na sua renda. Então, eu queria destacar isso: o incremento da renda e a possibilidade de os jovens conseguirem logo uma oportunidade no mercado de trabalho. São cursos de até dois anos e rapidamente eles se destacam no mercado”, completa.

Aluno do curso técnico de mecânica de máquinas pesadas, com ênfase em máquinas agrícolas na Fatec Senai Mato Grosso, Noel Júnior atualmente trabalha como técnico mecânico trainee na empresa Iguaçu Máquinas John Deere. 

“O curso no Senai abriu muitas portas para mim. Inclusive foi através de lá que eu consegui uma boa referência para entrar na empresa Iguaçu Máquinas, e a minha perspectiva de vida mudou bastante também. Ele contribuiu muito na minha vida por causa do conhecimento em máquinas agrícolas que eu não tinha antes de iniciar esse curso. Desde elementos mecânicos até elementos de tecnologia e precisão”, diz. 

Conforme o levantamento do Senai, 91,7% das empresas preferem contratar profissionais formados pela instituição, enquanto 99,4% dos ex-alunos afirmam que indicariam os cursos da entidade a outras pessoas.

Mercado de trabalho

O Brasil vai precisar capacitar mais de 497 mil profissionais até 2025 para atuar nas oportunidades de base industrial, sendo 272 mil no nível de qualificação, 136 mil vagas no ensino técnico e 90 mil no nível superior. As áreas com maior demanda por formação são: transversais, metalmecânica, construção, logística e transporte e alimentos e bebidas. A análise foi feita pelo Observatório Nacional da Indústria, com base no Mapa de Trabalho Industrial 2022-2025.

Para a deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ), a educação profissional é imprescindível para um país mais competitivo, com mão de obra qualificada e com a indústria produzindo cada vez mais e melhor. 

“Para o desenvolvimento de qualquer país é absolutamente necessária a educação profissional e tecnológica, no mundo que a gente vive hoje. Se você não prepara os estudantes com habilidades específicas, com conhecimentos técnicos, dificilmente você amplia a possibilidade do mercado de trabalho, de ele acessar o mercado de trabalho, acessar renda. E se você não tem isso, não tem crescimento econômico; você não tem competitividade, você não atende as demandas do mercado”, afirma.

Brasil precisa qualificar 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais até 2025 

Ensino profissional deve permitir ampla formação do trabalhador, afirma especialista 

Um a cada dez jovens cursa ensino técnico no Brasil; número abaixo da média dos países da OCDE

Copiar textoCopiar o texto
08/09/2023 03:22h

Unidade lançada pelo Senai, em parceria com a FIEB, deve entrar em operação em 2025. A unidade deverá apoiar as atividades e pesquisas marítimas industriais e comerciais, com o objetivo de fortalecer a inovação e a sustentabilidade

Baixar áudio

Com o propósito de promover a Economia do Mar em Salvador, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), lançou o Senai Cimatec Mar. O campus deverá fornecer apoio às atividades industriais e comerciais relacionadas ao mar, além de realizar pesquisas e testes para tecnologias do setor.

Localizado na Baía de Todos-os-Santos, o campus conta com uma área de operações no porto de Salvador, uma embarcação de pesquisa e duas áreas demarcadas para a implantação de estações científicas de testes subaquáticos.

De acordo com o gerente de Desenvolvimento de Negócios do Senai Cimatec, Leonardo Nardy, na fase inicial de desenvolvimento do projeto, foram selecionados alguns pilares iniciais que compõem a economia do mar.

“Nesse momento nós vamos focar na engenharia submarina, que contempla esse universo de tecnologia e de equipamentos que o Senai Cimatec adquiriu know-how. Toda a parte de sustentabilidade socioambiental, ou seja, o estabelecimento de um centro de pesquisas oceânicas voltados também para a economia do mar, mas observando tanto os aspectos de preservação ambiental quanto de sua exploração, de forma responsável e o impacto disso na sociedade”, diz.

Uma outra área de atuação que foi considerada no desenvolvimento do campus foi a de tecnologia de portos. O Senai Cimatec firmou uma parceria com a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), uma vez que o campus está instalado no Porto de Salvador.

“Nada mais lógico do que também buscarmos desenvolvimento e aumento da competitividade utilizando o Porto de Salvador como um grande laboratório e que permita o desenvolvimento de soluções que possam ser replicadas para outros portos espalhados pelo país. Além disso, a iniciativa do Cimatec Mar contempla o desenvolvimento e pesquisa de energias oceânicas, observando especificamente uma característica aqui da Baía de Todos-os-Santos, que tem em função da variação das marés”, explica Nardy.

A preservação e proteção da Amazônia Azul também será uma das áreas de atuação do campus. Em parceria com a Marinha do Brasil, o Cimatec Mar irá buscar oportunidades e soluções para a preservação do bioma.

“Amazônia Azul compõem todo o mar territorial sob guarda do Brasil. E que hoje corresponde em torno de 60%, ou seja, 8,5 milhões de quilômetros quadrados do país. Então é uma área relativamente grande que merece todo o cuidado das forças e nós queremos contribuir no desenvolvimento de soluções para a sua preservação, proteção e exploração de forma sustentável”, afirma.

Desenvolvimento além do mar

A importância do Senai Cimatec Mar vai além da economia marinha. O gerente de Desenvolvimento de Negócios ainda destaca que o projeto  contribuirá para o desenvolvimento social e econômico da Bahia e do Brasil.

“Termos uma infraestrutura que nos permita desenvolvimento de tecnologia, desenvolvimento de pesquisas voltada aos oceanos. Diria que é fundamental e estratégico não só para a região, mas para o país. Um outro benefício é a formação de profissionais altamente qualificados para atuação em ciências do mar. É de interesse nosso que nós formemos massa crítica, profissionais qualificados, capacitados para atuação na nossa indústria. O desenvolvimento náutico também tem um impacto significativo para a comunidade local. Então além dos usuários das embarcações, estão em torno desse segmento, prestadores de serviço, os estaleiros, turismo, serviços de maneira geral, tudo isso pode se beneficiar a partir do momento que você tem esse segmento fomentado na região”, explica.

Para o deputado federal Félix Mendonça Filho (PDT-BA), a iniciativa surge como um importante empreendimento de desenvolvimento da área da Economia do Mar.

“Eu acho muito importante uma vez que nós temos a segunda maior baía do mundo em Salvador. As pessoas podem não perceber, mas hoje 20% do PIB vem do mar. Isso é importantíssimo para que a gente possa ter novos portos servindo ao desenvolvimento do interior baiano. Além do transporte, você tem as próprias economias, exploração de petróleo, exploração de outros minerais, o turismo, indústrias que podem ser trazidas. Então você tem uma economia enorme que é pouco ou quase nada explorada”, afirma.

O início da implantação do campus Senai Cimatec Mar está previsto para o segundo semestre deste ano e a unidade deve entrar em operação em 2025.
 

Copiar textoCopiar o texto
02/08/2023 04:15h

A pesquisa feita pelo Sesi e pelo Senai indicou ainda que 75% dos empresários acreditam que os cursos técnicos/profissionalizantes estão mais ligados às necessidades do mercado do que o ensino superior

Baixar áudio

Na opinião de 90% dos executivos, cursos técnicos permitem ingresso mais rápido no mercado de trabalho. É o que mostra uma recente pesquisa feita pelo Sesi e Senai. O levantamento indica ainda que 75% dos empresários acreditam que os cursos técnicos/profissionalizantes estão mais ligados às necessidades do mercado do que o ensino superior. 

O ensino técnico profissionalizante também aparece como a segunda prioridade para a educação apontada pelos empresários, depois do ensino fundamental.

“Vinte e um por cento dos empresários acreditam que o ensino técnico deve ser uma prioridade do MEC. E isso vem ao encontro da reforma do ensino médio, que incorpora nos itinerários a educação profissional técnica como parte do ensino médio brasileiro, convergindo o ensino médio brasileiro, como faz a maior parte dos países desenvolvidos e dos emergentes e dos mais bem-sucedidos”, diz o diretor do Sesi e do Senai, Rafael Lucchesi.

Para os empresários, as ações que devem ser priorizadas pelo poder público nos próximos quatro anos são: melhorar a capacitação dos professores (34%), melhorar o ensino fundamental  (16%) melhorar as condições das escolas (15%), aumentar o salário dos professores (14%), melhorar o ensino médio (11%) e ampliar o acesso aos cursos técnicos/profissionalizantes (10%). 

Um em cada três empresários considera ensino técnico ponto forte da educação brasileira

Políticas para educação profissional 

No último dia 11 de julho, o Senado aprovou a Política Nacional da Educação Profissional e Técnica (PL 6.494/2019), que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para dispor sobre a formação técnica profissional e tecnológica — e também  articular a formação profissional técnica de nível médio com a aprendizagem profissional.

Outra proposta no sentido de fortalecer essa modalidade de ensino foi a criação da Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica (PRS 31/2023). A frente busca melhorar o número de ofertas, matrículas e a qualidade na educação profissional.

Autor do PLP 126/2020, projeto que  institui o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional e Qualificação do Trabalhador (Fundep), para custear a educação profissional, o senador Paulo Paim (PT-RS) classifica como urgente a necessidade de políticas governamentais que atuem diretamente sobre o ensino profissionalizante.

“Sou entusiasta da educação profissional e tecnológica. Entendo que ela é fundamental para o desenvolvimento do nosso país. Esse é o caminho mais objetivo para inserirmos profissionais qualificados no mercado de trabalho. Diante da complexidade da economia mundial é urgente maior rapidez e agilidade na adequação das políticas de formulação de recursos humanos como resposta às mudanças decorrentes da reestruturação produtiva e das novas formas de relação do mundo do trabalho”, afirma. 


Educação profissional: antídoto para jovem vencer "disputa" com tecnologia no mercado de trabalho

Brasil atingiu apenas 40% das matrículas na eduçação profissional estipuladas para 2024

Copiar textoCopiar o texto
28/07/2023 04:30h

Estudo do Sesi/Senai mostra ainda que maior qualificação no nível técnico aumenta a produtividade e a inserção dos jovens no mercado de trabalho

Baixar áudio

Um a cada três empresários considera o ensino profissionalizante o ponto mais forte da educação pública brasileira, segundo dados de um levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi). Na amostragem total, a modalidade está na frente, com 33%, seguida do ensino superior (23%), ensino fundamental (12%), especialização/pós-graduação (10%), ensino médio (10%), alfabetização (6%) e creches (6%).  

A avaliação da qualidade da educação brasileira é um dos itens do estudo que abordou ainda as prioridades para a educação e as atividades mais promissoras para os jovens nos próximos anos no Brasil, além dos principais pontos positivos e obstáculos para o jovem decidir cursar ensino técnico/ profissionalizante.

O ensino profissionalizante aparece com a melhor avaliação (55% acham ótimo ou bom, 35% regular, 9% ruim ou péssimo e 2% não souberam responder), seguido pela especialização/pós-graduação (54% ótimo ou bom, 33% regular, 9% ruim ou péssimo e 3% não souberam responder). Já o ensino médio foi o pior avaliado (14% bom e 39% ruim ou péssimo).

Para o diretor do Sesi e do Senai, Rafael Lucchesi, a educação profissional exerce um papel importante no sentido de melhorar a qualidade da educação brasileira. “As pesquisas do Inep demonstram que os jovens que fazem educação técnica junto com a educação regular têm notas melhores em linguagem e matemática, o que já é uma demonstração clara desse avanço, além de terem ao fim uma profissão. Isso aliado à transição demográfica brasileira e à necessidade de melhor inclusão dos jovens no trabalho”, afirma.

A pesquisa ainda revela que 92% dos entrevistados concordam que os cursos técnicos/profissionalizantes permitem um ingresso mais rápido no mercado de trabalho. Lucchesi ressalta que o ensino técnico pode ter o duplo papel de aumentar a geração de riqueza com ganhos de produtividade.

“O Brasil tem um grave problema de baixa produtividade e isso tudo vai estabelecer um círculo virtuoso, vai melhorar o engajamento dos jovens do trabalho, bem como vai facilitar as políticas de inclusão, de reduzir a exclusão de jovens nem-nem [jovens que nem estudam e nem trabalham], criando com isso políticas sociais mais sustentáveis, redução da violência, melhor engajamento dos jovens no mundo do trabalho e reduzir o pesado fardo da exclusão social brasileira”, diz.

Atividades mais promissoras para os jovens

O estudo lista carreiras consideradas promissoras para a inclusão profissional de jovens no Brasil nos próximos anos. Foi perguntado aos empresários que formação técnica indicariam para um jovem. As principais recomendações são:

  • Tecnologia da informação (30%);
  • Mecânica (10%);
  • Eletricista (9%);
  • Administração (8%);
  • Automação industrial (5%);
  • Mecatrônica (4%).

Em pergunta espontânea, 7 em cada 10 empresários citaram a área de TI como a atividade mais promissora nos próximos 10 anos:

  • Tecnologia da Informação (TI) (68%);
  • Áreas da saúde (11%);
  • Engenharias (10%);
  • Automação industrial (5%);
  • Agronomia (4%);
  • Marketing digital (2%).

Pontos positivos do ensino técnico/profissionalizante

Dentre os pontos positivos do ensino profissionalizante apresentados pelos empresários estão: preparar melhor para o mercado de trabalho (45%), cursos mais focados (28%), cursos mais práticos (22%), boa aceitação no mercado de trabalho (18%), ter mais conhecimento/habilidades (17) e começo na carreira profissional (16%). Cada entrevistado podia apontar dois itens considerados importantes.

Curso com menor duração ou mais rápidos, mensalidades mais baratas, ter um trabalho sem precisar de ensino superior, boa remuneração e materiais mais baratos também foram citados. 

Entre os empresários, 34% acreditam que o principal obstáculo para o jovem decidir por um curso técnico/profissionalizante é a falta de interesse pessoal, seguido de falta de incentivos (25%), falta de informação (22%), falta de vagas (15%), todos os motivos anteriores (2%) e outros motivos (2%). 

A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) entre os dias 31 de março e 10 de abril de 2023. Foram entrevistados 1.001 executivos de indústrias de pequeno, médio e grande porte sobre educação e formação no Brasil. A pesquisa foi feita com uma amostra de 500 empresas pequenas e 500 empresas médias e grandes.

Brasil atingiu apenas 40% das matrículas na educação profissional estipuladas para 2024 

Educação profissional é a modalidade mais bem avaliada no país, mas acesso ainda é desafio

Copiar textoCopiar o texto
Educação
26/05/2023 11:30h

Pesquisa do Sesi e Senai também mostra que a necessidade de trabalhar é o principal fator para interrupção dos estudos

Baixar áudio

Cerca de 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam que estão matriculados em alguma instituição de ensino. É o que aponta a pesquisa do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos nas 27 Unidades da Federação.

De acordo com a pesquisa, entre os que não estudam atualmente, apenas 38% alcançaram a escolaridade que desejavam e 57% não tiveram condições de continuar os estudos.

A necessidade de trabalhar para manter a família é o principal motivo (47%) para a interrupção dos estudos, seguida pelas pessoas que preferem trabalhar para ter o próprio dinheiro e autonomia (12%). Outros destaques foram o número alto de pessoas que deixam de estudar por falta de interesse (11%) e pessoas que interromperam por conta de gravidez ou filhos (7%).

 

Imagem: Confederação Nacional da Indústria (CNI)

"Muitas vezes a escola não tem elementos de atratividade para os jovens e, certamente, esses números se agravaram durante a pandemia. Um outro grave problema também se dá na gravidez precoce, que faz meninas e meninos terem que sair da escola e se engajar no mundo do trabalho, porque mudou a sua realidade de vida”, explica o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.

Para ele, os fatores apontados trazem uma reflexão sobre a necessidade de melhorar a qualidade da educação e a atratividade da escola. “Sobretudo, como resultado geral, melhorar a produtividade das pessoas na sociedade, que é base para se criar um círculo virtuoso de desenvolvimento, onde, certamente, a qualidade da educação vai interferir positivamente no sentido mais geral de melhoria da educação”, aponta.

Etapas de formação

A alfabetização aparece em primeiro lugar na lista das etapas que devem ser prioridade para o governo, apontada por quase um quarto (23%) dos brasileiros. As creches aparecem em segundo lugar entre as prioridades (16%) e o ensino médio ficou em terceiro (15%).

Segundo a pesquisa, a população percebe a deficiência no início da escolarização. A alfabetização tem a pior avaliação de qualidade: 47% dos entrevistados a consideram boa ou ótima e 20% ruim ou péssima.

Guia com estratégias de busca ativa de alunos visa acabar com evasão na educação básica

Rafael explica que a população acha que o início da escolarização é uma das etapas mais importantes e também uma necessidade. “O Brasil é uma das sociedades que têm o mais alto índice de mulheres no mercado de trabalho. E é claro que isso vai criar uma necessidade objetiva das famílias colocarem seus filhos nas creches.”

O estudo ressalta que as dificuldades enfrentadas pelas famílias e pelos docentes para garantir que as crianças fossem alfabetizadas durante a pandemia pode ter contribuído para a avaliação negativa.

Já no ensino médio, que deveria ser a ponte entre a educação básica e o início da trajetória profissional, a taxa de abandono na rede pública alcançou 6,5% em 2022. Na rede privada, que apresentou taxa de abandono inferior a 0,5% nos últimos 10 anos, o indicador aumentou para 0,7%. Os dados são do Censo Escolar 2022. 

Censo Escolar 2022: ensino em tempo integral projeta expansão

No geral, 23% avaliam a educação pública como ruim ou péssima e só 30% avaliam como ótima ou boa. Já a educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados. Quanto maior a renda e maior o nível de escolaridade, pior a avaliação da rede pública.

Segundo Rafael Lucchesi, o Brasil não conseguiu cumprir a agenda da educação no século XX como outros países. “Deveríamos estar discutindo inovação no século XXI, mas carregamos problemas estruturais, de qualidade e na matriz educacional, que travam nosso desenvolvimento. Precisamos melhorar a qualidade e ampliar a oferta da educação profissional”, alerta Rafael.

Para ele, em 2023 está acontecendo uma mudança cultural forte de novas tecnologias e o Brasil ainda tem uma escola antiga, apenas emissora de conhecimento. Em sistemas educacionais mais avançados, o processo de aprendizagem se dá por resolução de problemas, por gamificação e por robótica, por exemplo.

Questionados sobre os fatores que contribuem para melhorar a qualidade do ensino, os brasileiros listam como prioridade: aumentar salário dos professores (23%), melhorar a capacitação dos professores (20%) e melhorar as condições das escolas (17%).

Copiar textoCopiar o texto
Economia
22/05/2023 04:15h

Diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, afirma que essa é uma tendência mundial devido ao envelhecimento da população

Baixar áudio

O número de pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho mais que dobrou nos últimos 15 anos, de acordo com levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O estudo mostra que o número de trabalhadores com mais de 50 passou de 4,4 milhões em 2006 para 9,3 milhões em 2021, um aumento de 110,6%. 

No mesmo período, o número de brasileiros com mais de 50 anos aumentou 63,2%, passando de 34 milhões, em 2006, para 55,5 milhões em 2021. O diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, afirma que essa é uma tendência mundial devido ao envelhecimento da população. Para ele, os profissionais mais experientes possuem atributos técnicos e socioemocionais perseguidos pelo mundo do trabalho.  

“Temos um enorme aumento da participação relativa de pessoas de mais de 50 anos no mundo do trabalho, que é uma tendência em todos os países pelo envelhecimento da população, mas ela é mais acentuada no Brasil. E temos um problema agravante interrelacionado que é a dificuldade dos jovens conseguirem o  primeiro emprego, a carteira assinada”, afirma. 

Lucchesi explica que a permanência de trabalhadores com mais de 50 anos está associada às mudanças no regime previdenciário e às necessidades de se obter remunerações compatíveis com o padrão de vida. Segundo Lucchesi, aproximadamente um terço dos jovens que estão na faixa etária entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham. O diretor defende a importância do ensino técnico-profissional para o ingresso dos mais jovens no mundo do trabalho. 

“Tudo isso coloca para nós uma reflexão sobre a importância de melhorar o sistema educacional, ter mais atenção ao projeto de vida dos jovens para que, no âmbito das suas vocações, eles possam se engajar melhor no mercado de trabalho. É claro que isso tem impacto positivo sobre um conjunto de políticas: política de distribuição de renda, política para juventude, política de segurança pública”, pontua Lucchesi. 

Empregos

Segundo a pesquisa, no período, o estoque geral de emprego cresceu 38,6%. Em 2006, os profissionais com mais de 50 ocupavam 12,6% do total de vagas. O número apresentou um crescimento de 51,6% em 2021, quando esses trabalhadores representavam 19,1% do total de empregos. 

O levantamento mostra ainda que metade dos trabalhadores nessa faixa etária está localizada na região Sudeste. Entretanto, as regiões Norte e Centro-Oeste registraram o maior aumento proporcional: 129% e 132%, respectivamente, entre 2006 e 2021. Os setores com maior aumento proporcional na contração de trabalhadores com 50 anos ou mais foram Comércio (164%), Serviços (136%) e Indústria (96%).

Conforme mostra o estudo, dos postos ocupados por esse grupo, 38% foram preenchidos por pessoas com ensino médio completo e 24,6% com superior completo. O número de trabalhadores mais de 50 com mestrado e doutorado praticamente quintuplicou: de 26,4 mil profissionais para cerca de 150 mil.  
 

Copiar textoCopiar o texto
Ciência & Tecnologia
16/03/2023 16:50h

O 5º Festival SESI de Robótica, realizado em Brasília, começou nessa quarta-feira (15) e vai até sábado (18). A competição é gratuita e aberta ao público

Baixar áudio

A maior competição de robótica educacional do Brasil, o 5º Festival SESI de Robótica, ocorre neste ano pela primeira vez em Brasília. O evento, que começou nessa quarta-feira (15) e vai até sábado (18), vai receber mais de 2.000 estudantes de escolas públicas e privadas da rede SESI e SENAI das 27 unidades da federação na Arena BRB Mané Garrincha, na região central da capital. A competição é gratuita e aberta ao público.

Os competidores, com idades entre 9 e 19 anos, desembarcam em Brasília depois de meses dedicados à programação e à construção de robôs, além do desenvolvimento de projetos sociais e de inovação para apresentar e competir com as suas criações.

“É um projeto em que os alunos competem fazendo robôs que vão para uma arena competir. Mas é muito mais do que robôs: têm projetos científicos, você tem toda uma estrutura coordenada deles fazerem os projetos, desenvolvendo situações que vão corrigir problemas reais da sociedade, então é um festival bonito em que é uma forma de homenagear educação por meio da robótica”, garante Paulo Mól, diretor de operações do Senai.

A competição de robótica acontece em quatro modalidades, que variam de acordo com o desafio, o porte do robô e a idade dos competidores. Há desde robôs pequenos feitos de peças de Lego até robôs de porte industrial, que chegam a 1,98 metro de altura e 56 quilos.

Além do torneio de robótica, o evento terá uma programação paralela, que inclui oficinas gratuitas para as famílias nos quatro dias de evento. “É uma atividade para a família como um todo. Você não vai ter só robôs, você vai construir o seu robô para exercer uma determinada atividade. Vai ser bem lúdico e bem legal”, promete Mól.

As senhas serão distribuídas no local, por ordem de chegada, e a capacidade máxima é de 150 pessoas por oficina. Fazem parte também do festival um  seminário internacional com a participação de especialistas e representantes do Ministério da Educação para discutir políticas e inovações na educação brasileira e uma exposição sobre o papel da educação na reindustrialização do país.

Copiar textoCopiar o texto