Roubo

25/08/2024 03:00h

Estados do Sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais encabeçam a lista e concentram mais de 80% dos roubos de todo o país

Baixar áudio

Mais uma vez, os estados do Sudeste concentram o maior número de roubos de cargas: 80% dos registros desse crime são feitos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, segundo dados divulgados pela plataforma Nstech, que trabalha com gestão de risco no monitoramento de roubos de cargas no país.

Os principais alvos dos criminosos são cargas diversas — produtos diferentes em um mesmo caminhão — que somam 58% das ocorrências. Gêneros alimentícios representam 22% dos roubos e eletrônicos, 9%.

Só nos últimos dez anos, esse tipo de crime vem causando um prejuízo estimado entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,5 bilhão por ano. E isso reflete na vida do consumidor, que acaba pagando frete mais caro em função dos custos de segurança que precisam ser embutidos nessa fatura.

A prevalência dos roubos em estados do Sudeste tem explicação, diz o especialista em segurança pública e presidente do Instituto de Criminalística e Ciências Policiais da América Latina, José Ricardo Bandeira. A grande grande circulação de mercadorias e a concentração do Produto Interno Bruto (PIB) na região são os principais fatores, mas não os únicos.

“Nós temos que citar também a atuação de quadrilhas especializadas. Existem quadrilhas na região Sudeste que são compostas por criminosos de grupos especializados em roubo de cargas e esses grupos têm uma estrutura e uma  logística mais sofisticada do que as quadrilhas que atuam em outras regiões”, avalia Bandeira.

Escoamento facilitado

A prevalência desse tipo de crime na região Sudeste também pode ser atribuída à facilidade de escoamento das mercadorias roubadas. A maior malha rodoviária do país também se concentra nessa região, permitindo acesso dos criminosos pelas vias rapidamente. Portos, como o de Santos, por exemplo, além do Rio de Janeiro, também permitem o escoamento ágil do produto de roubo.

Sabendo disso, as quadrilhas se aproveitam, avalia Ricardo Bandeira. 

“Essas quadrilhas têm modus operandi muito específicos. Entre eles, a gente pode citar informações de inteligência. Essas quadrilhas monitoram as rotas e horários dos caminhões, muitas vezes com auxílio de informantes dentro das próprias empresas de transporte.”

Esses grupos também se caracterizam por fazer abordagem violenta, usando armas de grosso calibre e até mesmo armas de guerra, como fuzis, para fazer essa abordagem no momento do roubo, explica o especialista. 

Outra prática comum entre as quadrilhas é a dissimulação das cargas roubadas. “Eles modificam embalagens e pulverizam essa mercadoria em diversos locais, principalmente os que são dominados pelo crime organizado e onde a ação da polícia é extremamente dificultada”, explica Bandeira. 

O especialista ainda cita um outro grave problema: a corrupção. Que segundo ele, vem não apenas dos funcionários das empresas, como também de órgãos e agentes públicos.”

PRF

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que foram registrados, no primeiro semestre deste ano, 358 roubos de cargas nas rodovias federais. O número é 10,5% menor que no mesmo período de 2023. A PRF informou ainda que atua de diferentes formas na prevenção e combate a este tipo de crime.

Entre as ações, estão o policiamento orientado pela inteligência feito pela PRF para evitar que os crimes ocorram e para apurar as ocorrências, o patrulhamento ordinário feito pelos policiais e as operações destinadas ao combate ao roubo e ao furto de cargas nas rodovias federais.

Copiar textoCopiar o texto
23/12/2023 04:30h

Depois do registro de perda, roubo ou extravio do celular, as instituições financeiras e bancos participantes do projeto irão realizar o bloqueio do aparelho

Baixar áudio

Em 2022,  São Paulo foi o estado que mais registrou ocorrências de roubo e furtos de celulares, com 346.518 casos. Em seguida veio a Bahia, com 83.433, Pará (58.662), Minas Gerais (53.629) e Rio de Janeiro (46.209). Os dados são do Anuário de Segurança Pública de 2023. 

Para diminuir o número de ocorrência desses crimes no Brasil, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou o site e aplicativo do Projeto Celular Seguro. Com isso, as vítimas de furto e roubo de celulares poderão bloquear tanto o aparelho quanto os aplicativos digitais.

Para Cássio Thyone, especialista em segurança pública, a criação do Celular Seguro é uma iniciativa positiva, já que o furto e roubo de celulares é um problema que traz insegurança para a população.

“Com o aplicativo, ou com aquilo que ele pretende, nós esperamos que se reduza muito o tempo de informação da ocorrência do furto ou roubo. A ideia é tentar fazer com que a gente reduza muito também a receptação desses aparelhos celulares roubados — e eu acredito que isso realmente pode acontecer. Agora, nós temos que esperar um tempo para que as pessoas se cadastrem nesse aplicativo, para que também possamos verificar o que vai acontecer em relação às estatísticas de roubos e furtos de celulares daqui para frente”, explica.

O médico Igor Aser, 30 anos, é morador de Brasília. Ele relembra que três celulares foram roubados nos últimos quinze anos, sendo que a última vez foi em agosto deste ano.

Igor explica que, cinco dias após o último roubo, tentou fazer o bloqueio do aparelho o mais rápido possível e procurou as autoridades policiais para realizar o registro do evento, mas apesar de ter bloqueado o celular, não conseguiu recuperá-lo.

“Para mim, a criação desse aplicativo celular seguro é uma excelente iniciativa do Governo Federal para tentar inibir a atuação dessas quadrilhas que têm se espalhado pelo país, estão em todos os lugares —  e que acabam cometendo furtos e roubos de celulares. Não só na rua, mas também em eventos, em transporte”, completa.

Principais funções

O site e aplicativo Celular Seguro possuem três principais funções: 

  1. Cadastro de pessoas de confiança;
  2. Registro de telefones;
  3. Registro de ocorrência.

Bloqueio

A vítima de roubo ou furto precisará emitir um aviso de bloqueio utilizando o aplicativo em outro celular, ou por meio do site. Também poderá informar uma pessoa de confiança previamente cadastrada no site para efetuar o bloqueio.

O aviso será encaminhado ao Ministério da Justiça, que irá enviar a notificação aos parceiros envolvidos. Após o registro de perda, roubo ou extravio do celular, os seguintes bancos e instituições financeiras que aderiram ao projeto farão o bloqueio das contas:

  • Febraban - Federação Brasileira de Bancos
  • Banco do Brasil
  • Caixa Econômica Federal
  • Bradesco
  • Santander
  • Itaú
  • Banco Inter
  • Sicoob
  • XP Investimentos
  • Banco Safra
  • Banco Pan
  • BTG Pactual
  • Sicredi

O procedimento e o tempo de bloqueio variam de acordo com cada empresa e estão disponíveis nos termos de uso do Celular Seguro.

Até fevereiro, as empresas de telefonia também passarão a efetuar o corte das linhas, seguindo a mesma regra. Segundo o Termo de Uso do aplicativo, a Anatel irá coordenar as operadoras de telefonia.

A opção de bloqueio temporário não está disponível. Se o aparelho for recuperado, o usuário precisará entrar em contato com a operadora de telefonia e com os demais parceiros para desbloquear o acesso.

Até o momento, nenhuma rede social aderiu ao Projeto Celular Seguro, por isso, não será possível bloqueá-las por meio do site ou aplicativo.

O bloqueio pelo aplicativo não dispensa a obrigação da vítima de registrar um boletim de ocorrência, após casos de roubo ou furto.

Copiar textoCopiar o texto
20/12/2023 21:45h

Em 2022, foram registrados 999.223 ocorrências de roubo e furto de celular no Brasil

Baixar áudio

Em 2022, foram registrados 999.223 ocorrências de roubo e furto de celular em todo o país. Em média, foram 2.737 casos desse tipo de crime por dia. Esses números representam um aumento de 16,6% em comparação com os casos registrados em 2021. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023.

Segundo o anuário, entre 2018 e 2022, os registros de roubo e furto de celular somaram 4.726.913 casos. Durante os anos de 2020 e 2021, os períodos mais intensos da pandemia de Covid-19, houve uma redução significativa nesse tipo de ocorrência, devido às restrições de mobilidade e circulação.

Para combater esse tipo de crime no Brasil, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou o site e aplicativo do Projeto Celular Seguro. Dessa forma, as vítimas de furto e roubo de celulares poderão bloquear mais o aparelho e os aplicativos digitais.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, afirma que o aplicativo veio como uma forma de enfrentar um problema estrutural da segurança pública brasileira. "Quando você vai tentar enfrentar ele, do ponto de vista de ocorrência na ponta, ele é muito pulverizado. Então começamos a pensar em como enfrentar a questão de forma mais estruturante, para prevenir, inibir de que ele [o crime] ocorresse."

O desenvolvedor de sistemas Vinicius Siqueira, 21, é morador de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. Ele relembra que seu celular foi roubado em 2020, e na época, realizou um boletim de ocorrência mas não conseguiu recuperar o aparelho.

“Eu acredito que o aplicativo Celular Seguro será bastante útil, porque tem momentos que que a pessoa pode ficar até atordoada pelo crime que nem consegue pensar no que fazer. E a gente tem que levar em conta que existem aplicativos de instituições financeiras que podem ser acessados no celular”, afirma. 

Como acessar o aplicativo?

Após acessar o site ou baixar o aplicativo, o primeiro passo é fazer o login pelo gov.br, após isso, irão aparecer os termos de uso. Em seguida, o aplicativo abre a tela inicial, onde encontram-se as três principais funções do aplicativo.

A primeira função é o cadastro de pessoas de confiança, onde o usuário deve inserir os dados das pessoas que irão auxiliá-lo na criação de ocorrências. A segunda é o registro de telefones, todas as linhas telefônicas precisam estar no CPF do usuário e não existe limite para cadastro de números.

Após isso, em caso de perda, roubo ou furto, o dono do aparelho ou pessoa de confiança pode utilizar a terceira função, que é o registro da ocorrência por meio de outro celular que esteja cadastrado. É necessário descrever quando, onde e como o crime ocorreu. Um número de protocolo será gerado e o aviso emitirá alertas para instituições participantes do projeto, como bancos.

A comunicação via site ou aplicativo não substitui a obrigatoriedade do usuário de comunicar às autoridades policiais, operadoras de telefonia e instituições financeiras. As informações são do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Leia mais:

DF registra redução de 8,6% nos casos de homicídio

Copiar textoCopiar o texto
16/09/2023 16:30h

Roubos de veículos também caíram, registrando 285 casos, 20% a menos que no mesmo período no ano passado

Baixar áudio

Em agosto no Rio Grande do Sul, os homicídios diminuíram 24,5% e os feminicídios 50%. Roubos de veículos também caíram, registrando 285 casos, 20% a menos que no mesmo período no ano passado. Esta é a oitava queda consecutiva em 2023, conforme divulgado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O secretário da Segurança Pública do RS Sandro Caron atribui essas reduções ao trabalho integrado das forças de segurança estaduais. Ele destaca o foco na inteligência e a utilização de dados estatísticos, permitindo direcionar com mais precisão as operações policiais com base nessas evidências.

“E também um resultado de todos os investimentos feitos pelo governo do estado com concursos públicos recentes, entregas de viaturas, armamentos, coletes à prova de bala, investimentos também em tecnologia e na valorização dos profissionais”, comenta. 

De acordo com a secretaria de segurança, os casos de feminicídio vêm caindo no Rio Grande do Sul desde abril. No mês passado foram registradas 4 ocorrências contra 8 em agosto de 2022, o que representa uma queda de 50%. No acumulado de janeiro a agosto, foram 57 casos no estado, o que corresponde a 20 ocorrências a menos em relação ao mesmo período do ano passado.

No Rio Grande do Sul, a Polícia Civil conta com 21 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) e com 78 Salas das Margaridas distribuídas pelo estado. Paralelamente, a Brigada Militar estende suas patrulhas Maria da Penha para 114 municípios gaúchos.

Após recordes de baixa em maio e julho desde 2010, o mês de agosto seguiu com a sequência de queda, registrando 123 ocorrências de homicídios no estado. Uma diminuição de quase 25% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em Porto Alegre, foram contabilizados 16 casos, marcando uma queda de 38,5% se comparado a agosto do ano anterior.

Investimentos em segurança

Entre os investimentos na segurança pública realizados pelo estado em 2023, destacam-se o aumento da frota policial, aquisição de equipamentos para o Instituto-Geral de Perícias (IGP), um helicóptero para o Corpo de Bombeiros Militar e novos armamentos para a Polícia Civil. 

De acordo com a secretaria, nos primeiros 8 meses, mais de mil novos servidores foram incorporados, incluindo brigadianos, policiais civis e bombeiros. Em abril, 160 novos veículos foram distribuídos, garantindo ao menos uma nova viatura em cada município gaúcho.

Em maio, o IGP investiu R$ 1,6 milhões em equipamentos para agilizar laudos em áreas como balística e medicina legal. Em julho, a Polícia Civil investiu R$ 7,6 milhões em 3,1 mil pistolas e o Corpo de Bombeiros adquiriu um helicóptero por R$ 21,7 milhões. 
 

Veja Mais:

RS: equipes da Secretaria de Assistência Social auxiliam população de municípios afetados pelas enchentes

Ciclone no Sul: foco agora é restabelecer serviços e reconstruir áreas destruídas
 

Copiar textoCopiar o texto
27/07/2023 18:35h

Ocorrências passaram de 1,8 milhão em 2022, com crescimento de 326,3% em quatro anos, aponta Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Baixar áudio

Obter vantagem ilícita em razão de prejuízo alheio por meio de fraude, ou seja, alguém oferece uma boa oportunidade e pede algo simbólico em troca. Uma oportunidade atraente, mas que leva às pessoas a caírem em diferentes tipos de golpes. Os estelionatos cresceram ao longo dos últimos anos pela facilidade com a qual esse crime é praticado. Só em 2022, foram mais de 1,8 milhão de ocorrências, o que significa um crescimento de 326,3% em quatro anos nessa modalidade, aponta a 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 

Para o advogado criminalista Bruno Feldens, o relatório é uma importante ferramenta de análise da criminalidade do país. O especialista alerta para o crime de estelionato na modalidade cibernética, o chamado golpe virtual. “Isso se dá por conta do incremento que nós tivemos a partir da pandemia do uso da tecnologia para fazer tudo em nossas vidas. Os estelionatários se adaptaram a esse novo estilo de vida, mas a premissa continua a mesma: o oferecimento de uma vantagem boa em troca de uma contraprestação pequena. Isso parece ser uma coisa muito boa e as pessoas acabam caindo nos golpes”, pontua.

O advogado especialista em direito criminal, Guilherme Almeida, revela que o estelionato eletrônico tem se tornado cada vez mais comum. “A genialidade vai se atualizando ao longo do tempo. Antigamente, tinham aqueles estelionatos de bilhetes premiados, onde uma pessoa encontrava outra na rua e oferecia um bilhete premiado e a outra pessoa quando ia na lotérica não encontrava nada. Atualmente, há uma atualização. Os criminosos conseguem os dados de uma determinada pessoa e começam a praticar tentativas de estelionatos, às vezes contra a própria família, pelo WhatsApp. Esse é um dos crimes que mais cresce”, detalha. 

De acordo com o anuário, 208 golpes por hora estabelecem o estelionato como “o crime da moda”. O funcionário público Otavio Augusto Nascimento foi uma dessas vítimas. “Eu tive meu cartão clonado por mais de uma vez, tive que fazer boletim de ocorrência, cancelar o cartão no banco, fiquei um tempo sem cartão e isso causou um transtorno pra mim. Tive que aguardar mais de um semana para fazer um cartão novo, contestar compras junto ao banco que foram realizadas pelos estelionatários. É uma situação muito ruim”, conta.

A fim de evitar situações como a de Otavio Augusto, Feldens sinaliza que existem diferentes golpes de estelionato. “Dentre os golpes mais comuns, tem o golpe do falso empréstimo, o golpe do PIX, o boleto falso, são golpes em que as pessoas precisam estar atentas. Existem quadrilhas com empresas de fachadas com aparência de uma empresa correta onde a pessoa acaba caindo no golpe do falso empréstimo, por exemplo.” Ele acrescenta que é importante que a vítima procure uma delegacia de polícia para relatar o ocorrido para que as autoridades iniciem o processo de investigação. 

Falha na segurança

Advogado especialista em direito criminal, Guilherme de Almeida considera que o anuário demonstra "uma falha na segurança pública". “Acredito que, hoje, tanto as polícias militares como as polícias civis, têm uma dificuldade financeira, não há uma remuneração digna, uma eficiência com relação a aparatos para que a polícia possa trabalhar, seja no dia a dia ou até mesmo em delegacias onde você apresenta uma defasagem. Falta treinamento para ter um combate mais efetivo. O anuário só demonstra que há uma falha da segurança pública. Não digo nem falha com relação à criminalidade em si, mas falha do Estado para com a polícia, para que a polícia também exerça essa efetividade contra a criminalidade”, acredita.

Na opinião do advogado criminalista Bruno Feldens, reduzir esse tipo de crime passa pela maior proteção de dados. “Há quadrilhas que têm acesso a banco de dados de plataformas do governo como o INSS que aliciam novas vítimas a partir desses dados, oferecendo, por exemplo, o falso empréstimo”. Segundo o especialista, é necessário ter uma boa segurança cibernética para proteger os dados, principalmente das redes sociais. “Muitas pessoas perdem as suas contas, têm as contas hackeadas. E os estelionatários se passam por elas e aplicam golpes. [É necessário] Ter uma proteção de dados mais forte nesse sentido para evitar esse tipo de crime”, complementa.

Feldens destaca que falta aparelhamento das polícias investigativas e das polícias judiciárias para promover a investigação dos crimes. “Muitas vezes, a vítima faz o registro de ocorrência, leva ao conhecimento do fato à polícia. Só que aquilo vira uma pilha de inquéritos e o inquérito vai pra lá, vai pra cá, por falta de pessoas para dar seguimento a investigação”. Ele observa que, em muitos desses crimes, a polícia não tem efetivo para fazer esse tipo de investigação. “O desafio é incrementar e aumentar a quantidade de policiais que vão investigar e dar seguimento às investigações e, de fato, levar os criminosos a responderem o processo e, por ventura, serem condenados e cumprirem suas penas”, salienta.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública indica que houve também aumento nos casos de roubos e furtos de celulares. Só em 2022, foram registrados mais de 999 mil ocorrências, com crescimento de 16,6% em relação ao ano anterior. O número de estupros registrado foi de 74.930, o maior da série histórica da publicação. A taxa cresceu 8,2% em relação a 2021. Houve ainda registro de 74.061 desaparecimentos, o que representa crescimento de 12,9% na comparação com o ano anterior.

Já a taxa de mortes violentas intencionais (MVI) caiu 2,4%. No Sul e no Centro-Oeste, esse índice cresceu 3,4% e 0,8%, respectivamente. Diversos tipos de roubo apresentaram queda: a instituições financeiras, estabelecimentos comerciais, residências, de cargas e de transeuntes. Já o número de pessoas registradas como CACs (caçadores, atiradores esportivos e colecionadores) foi multiplicado por sete vezes em relação a 2018: 783.385.
 

Copiar textoCopiar o texto
13/01/2023 15:30h

Golpistas aproveitam o WhatsApp para receber informações bancárias de clientes que podem ter dinheiro esquecido em banco

Baixar áudio

O Banco Central do Brasil emitiu um alerta sobre os possíveis golpes que estão sendo aplicados ao Sistema de Valores a Receber (SVR)  para roubar dados de usuários. O SVR é uma ferramenta que mostra os valores esquecidos no banco por pessoas e instituições. Porém, desde abril de 2022, a ferramenta está suspensa para qualquer verificação e ainda não tem previsão de quando será reaberta. Após um expressivo número de ligações que o BC recebeu nas últimas semanas, a instituição financeira faz alerta para se evitar cair em golpes como esses. E afirma que “informações oficiais sobre valores a receber e sobre a consulta ao sistema são divulgadas apenas no site do Banco Central e nas redes oficiais da instituição, e não por meio de aplicativos de mensagens ou SMS”. 

O pesquisador do Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS), Paulo Rená, dá dicas do que fazer para não cair em golpes cibernéticos. “O ideal é primeiro não alimentar a conversa, não dar novos dados, além disso,  sempre fazer todo o registro possível, como tirar prints”, destaca. Outra dica importante para não cair em golpes relacionados a mensagens recebidas pelo WhatsApp é nunca clicar em links desconhecidos que podem roubar senhas em redes sociais, assim como instalar vírus e programas espiões no celular. 

INSS alerta sobre golpe de bloqueio de pagamentos; veja como se prevenir, VALORES ESQUECIDOS: Banco Central informará novos valores em maioNúmero de golpes com roubo de informações pessoais mais do que dobra no Brasil

Confira o que fazer para não cair em golpes: 

  • O Banco Central não envia links e não entra em contato com os clientes para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
  • Ninguém está autorizado a entrar em contato com os clientes em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber.
  • Nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.
  • Não faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores.
  • O único site para saber informações sobre valores a receber é https://valoresareceber.bcb.gov.br/
     
Copiar textoCopiar o texto
23/02/2021 15:00h

Segundo ISP, recuo se mantém desde 2018 e não tem relação com o isolamento social

Baixar áudio

Roubos de carga têm queda de 37% no Rio de Janeiro, no primeiro mês de 2021, na comparação com mesmo período de 2020. Ao todo foram registrados 363 roubos em janeiro – uma redução de 21% em relação a dezembro. Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), responsável pelos dados, o recuo se mantém desde 2018, e não tem relação com o isolamento social provocado pela pandemia.

O levantamento do ISP também mostra que os crimes violentos letais intencionais – como homicídio doloso, roubo seguido de morte ou lesão corporal seguida de morte – tiveram alta de 2% na comparação entre janeiro de 2020 e 2021. 

As infrações por roubo de veículos também recuaram 28%, com 2.332 ocorrências em janeiro deste ano. Já o roubo de rua – como roubo de celulares e assaltos em transporte público – chegaram a 6.436 ocorrência em janeiro; uma queda de 33%, em relação ao ano passado.

Acre recebe apoio da Força Nacional para segurança das fronteiras

Damares Alves anuncia implementação do Plano de Enfrentamento ao Feminicídio

Aumento do consumo de álcool na pandemia pode levar à dependência e outros problemas de saúde

Copiar textoCopiar o texto