G20

19/11/2024 00:01h

A estimativa é de líderes de governos locais que participam dos eventos relacionados ao encontro do G20 no Brasil

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Líderes de governos locais que participaram dos eventos relacionados ao encontro do G20 no Brasil afirmaram que o investimento em soluções urbanas, como transporte de baixa emissão, por exemplo, pode ajudar na geração de empregos e impulsionar o crescimento econômico nas cidades. 

A estimativa é de que, com financiamento direcionado, os municípios podem contribuir de forma eficaz com medidas sustentáveis, com a geração de US$ 23,9 trilhões em retornos até 2050. 

Em meio a esse cenário, gestores públicos apresentaram propostas à cúpula do G20, que se reuniu esta semana, no Brasil. No entanto, além de pedirem apoio ao grupo, os municípios precisam contribuir com medidas que ajudem nas questões sustentáveis, como explica o especialista em meio ambiente, Chales Dayler. 

“Uma questão que podemos pensar é o investimento em mobilidade urbana, no sentido de fomentar o uso de transporte público, de forma que passe a atrair mais a população. Uma outra solução está voltada para a adaptação, como trabalhar com drenagem urbana, no sentido de que a água infiltre no local das chuvas, ou seja, um trabalho com infiltração da água e não com a condução. Temos que trabalhar também junto às cidades a questão da recuperação de áreas degradadas”, considera.  

Como as cidades podem contribuir para diminuir as mudanças climáticas?

Algumas medidas que podem ser internalizadas pelos municípios também constam no 5.º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas que, entre outros pontos, trata do potencial transformador das cidades e seus governos. As principais delas são:

  • Melhor acesso e controle dos recursos locais; redução do risco de desastres e proteção social;
  • Diversificação de rendimentos, bens e meios de subsistência; melhor infraestrutura; acesso a fóruns de tecnologia e tomada de decisões; práticas modificadas de culturas, pecuária e aquicultura;
  • Manutenção de zonas úmidas e espaços verdes urbanos; silvicultura costeira; gestão de bacias hidrográficas e reservatórios; 
  • Fornecimento de habitação, infraestruturas e serviços adequados; gestão do desenvolvimento em zonas de inundação e em outras áreas de risco;
  • Planos de adaptação subnacionais e locais; diversificação económica; programas de melhoria urbana; 
  • Programas de gestão municipal de recursos hídricos; planejamento e preparação para desastres.

Mercado de Carbono: o que muda no texto aprovado pelo Senado

Entretanto, de acordo com a página oficial do G20 Brasil 2024, em 2018, por exemplo, somente 8% dos cerca de US$ 5 trilhões necessários para financiar iniciativas climáticas chegaram às cidades mais pobres, o que revela a falta de investimento adequado.

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18/11/2024 18:00h

Gestores pediram à cúpula do G-20 US$ 800 bilhões para serem empregados em ações climáticas

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Em meio à expectativa dos resultados da reunião da cúpula do G20, gestores públicos de todo o mundo esperam por respostas às demandas locais voltadas para questões relacionadas à sustentabilidade. Entre as reivindicações dos prefeitos estão as que compõem o Urban 20 – um documento que reúne propostas de mais de 100 cidades. 

As sugestões reforçam, entre outros pontos, a necessidade de facilitar o acesso dos municípios a financiamentos de recursos que ajudem no desenvolvimento socioambiental. Outro ponto sugere a criação de um fundo de garantias para Cidades Verdes, com o intuito de viabilizar projetos sustentáveis.  

Além disso, durante a programação do fim de semana, prefeitos pediram à cúpula do G20 US$ 800 bilhões para serem empregados em ações climáticas. O valor equivale a cerca 20% do essencial para tornar centros urbanos mais arborizados em todo o mundo. A solicitação foi apresentada por cerca de 60 prefeitos e outras lideranças de cidades, entre eles, representantes do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM) e da rede C40 Cities. 

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Os gestores também mostraram preocupação quanto à disponibilidade da água para a população. Nesse sentido, foram apresentadas propostas que visam fornecer apoio às cidades para estabelecer sistemas de alerta em todas as áreas de alto risco e de baixa renda. Além disso, foram incluídas ideias que possam ajudar a minimizar problemas associados ao saneamento básico e à higiene. 

Subfinanciamento no Brasil 

Um estudo apresentado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que a cooperação entre União e municípios brasileiros em relação ao apoio financeiro para a gestão ambiental local é praticamente ineficaz. 

Entre 2002 e 2023, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima contou com um orçamento de R$ 46 bilhões. Desse total, apenas R$ 292 milhões foram destinados a entes locais e consórcios públicos. Ou seja, somente 0,62% do valor total do orçamento em 22 anos.

Ainda de acordo com o estudo, quase 60% dos recursos do ministério, ao longo desse período, foram destinados a pagamento de despesas com pessoal. Sendo que 66% desse valor foi destinado ao pessoal ativo e 33% ao pessoal inativo.

Além disso, dos 10 municípios que mais receberam recursos, seis são considerados de grande porte, três de médio porte e apenas um de pequeno porte. Diante isso, o levantamento mostra que há uma prioridade em relação aos grandes centros em detrimento de pequenas cidades, que correspondem a 90% dos municípios brasileiros.
 

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18/11/2024 18:00h

Declarações, compromissos internacionais, acordos sobre políticas econômicas e iniciativas de desenvolvimento sustentável estão entre as pautas do encontro

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Representantes das 20 maiores economias do mundo estão reunidos desde segunda (18) no Rio de Janeiro para discutir economia, sustentabilidade, saúde, agro e outros temas. Esta é a primeira vez que o Brasil preside e recebe o G20 — grupo que surgiu em 1999 após a crise financeira asiática — e que tem como membros países emergentes e desenvolvidos que, juntos, representam 85% do Produto Interno Bruto do mundo e dois terços da população global.

Um dos principais objetivos do encontro é promover a cooperação, voltada sobretudo para questões econômicas e sociais, com o objetivo de construir um mundo mais justo e sustentável para todos.

Objetivos

Economia: Inicialmente os encontros do G20 tratavam essencialmente de economia, mas ao longo dos anos os temas foram se expandido. Ainda hoje, debater problemas econômicos e financeiros de alcance global, como as crises financeiras, crescimento econômico sustentável, comércio internacional, inflação e emprego é uma das prioridades dos países-membros.

Sustentabilidade e mudanças climáticas: A pauta do desenvolvimento sustentável vem ganhando cada vez mais destaque nas reuniões do G20. Os debates costumam girar em torno de como as nações podem promover  desenvolvimento sustentável, além de discutirem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, promoção de energias renováveis e o combate à pobreza global.

Comércio e globalização: Medidas protecionistas estão entre os principais temas debatidos neste tópico, uma vez que a adoção delas pode prejudicar o desenvolvimento da economia global. Outros pontos debatidos no G20 incluem o comércio e a redução de barreiras comerciais.

Um outro grupo criado mais recentemente — o G20 Comercial —  e formado por países emergentes unidos para defender seus interesses no comércio internacional, especialmente no setor agrícola, trabalha por mais liberdade no comércio agrícola e pelo combate aos subsídios que distorcem o mercado.

Saúde: A pandemia de Covid-19 aumentou a preocupação das lideranças mundiais com a questão da saúde e das políticas públicas que envolvem o tema. O G20 também tem se debruçado sobre o assunto, debatendo temas como a distribuição de vacinas e a recuperação econômica pós-pandemia.

Possíveis resultados de uma reunião do G20

Compromissos e acordos:  Declarações conjuntas com compromissos e acordos firmados estão entre os principais resultados do encontro. Os temas de destaque podem resultar em novas diretrizes para o cumprimento conjunto das mudanças propostas pelos países-membros. 

Governança e resposta a crises internacionais: Nas últimas edições, o G20 trabalhou em reformas em organizações internacionais — como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial — pensadas para otimizar o poder econômico de países emergentes, como o Brasil. 

Outro resultado importante que costuma sair desses encontros é a coordenação para resposta a crises externas. Guerras, conflitos geopolíticos que resultam em falta de alimentos e energia, podem encontrar saídas no debate em busca de soluções cooperativas.

Ações do Brasil na liderança

Duas das ações criadas pelo Brasil à frente da presidência do G20 desde 2023 são a Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança Climática — prioridades entre os temas desta edição.

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza busca a erradicação da fome e da pobreza extrema em nível global. Para isso, concentra esforços em políticas, programas e ações que busquem garantir a segurança alimentar e promover o desenvolvimento sustentável
 

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12/11/2024 16:02h

O Cria G20 será realizado entre os dias 14 e 16 de novembro, e contará com a presença de nomes como o influenciador digital Felipe Neto e o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo

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Entre os dias 14 e 16 de novembro, influenciadores digitais, comunicadores e jovens de maneira geral vão participar do G20 Social, no Rio de Janeiro. Na ocasião, os participantes vão ocupar o espaço denominado Cria G20, no Píer Mauá. Durante o evento, eles vão debater sobre o futuro do planeta, com apresentações de ideias que contribuem para soluções de problemas globais.

Apesar de ser gratuito, o Cria G20 tem vagas limitadas. As inscrições são feitas pela internet. A ideia do encontro é tratar de temas que o Brasil pretende abordar no fórum de países, com estímulo de soluções inovadoras e uma rede de cooperação entre as nações.

A programação do evento terá atividades como o G20 Talks - que conta com painéis diários com especialistas do Brasil e de outros países – e o CriaCast, que são conversas descontraídas e informais com convidados, entre outras iniciativas. 

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Entre os convidados para o Cria G20 estão o influenciador digital Felipe Neto; o diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo; o fundador do Instituto Conhecimento Liberta e do ICL Notícias, Eduardo Moreira; e a influenciadora Nathália Rodrigues, do Nath Finanças, além de outros nomes.

Ainda durante o evento, haverá oficina sobre produção de vídeos curtos em tempo real, vídeos longos e monetização de conteúdo na internet. Toda a programação pode ser consultada na página do Cria G20, na internet.

O evento no Rio de Janeiro também é uma preparação para a reunião da cúpula de chefes de Estado e de governo, nos dias 18 e 19 de novembro. Desde dezembro do ano passado, o Brasil ocupa a presidência temporária do G20 - fórum internacional composto por outros 18 países, além da União Europeia e da União Africana.
 

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04/11/2024 09:55h

A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, ressalta a importância de um evento como esse e o papel de destaque que o Brasil tem assumido nestas discussões nos últimos dois anos:

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Serão realizadas em Salvador, entre esta segunda-feira (4) e quinta-feira (8), a 4ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho de Cultura e a Reunião de Ministros da Cultura do G20.

Até o momento, mais de 120 autoridades estão credenciadas para o encontro. Entre elas, ministros da Cultura da Espanha, Alemanha, Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Indonésia, Angola, África do Sul e da União Africana.Também estão confirmados representantes da Rússia, Japão, Coreia do Sul, China, Portugal, União Europeia, Singapura e Noruega.

A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, lembra que é a primeira vez que o Brasil está na presidência do G20. Ela ressalta a importância de um evento como esse e o papel de destaque que o Brasil tem assumido nestas discussões nos últimos dois anos:

“A volta do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao poder foi uma retomada das relações do Brasil internacionais. Estamos vivendo desde esse momento uma perspectiva e, também, uma expectativa muito grande por conta da quantidade de convites que estamos recebendo, não só no âmbito cultural, mas em outros âmbitos também, para estarmos nas discussões que são primordiais atualmente para o mundo”, afirma.

As reuniões programadas para Salvador encerram a série de debates iniciada em março deste ano, reunindo membros do G20, convidados e organismos internacionais.

Os encontros ocorreram de forma online e presencial. O objetivo foi discutir pontos prioritários da agenda da presidência brasileira no grupo composto pelas 20 maiores economias do mundo.

A reunião técnica do Grupo de Trabalho de Cultura será fundamental para rever e consolidar as iniciativas e conquistas alcançadas durante a presidência brasileira no G20. 

Na Reunião de Ministros da Cultura, ministros e altas autoridades da cultura vão aprovar a Declaração Final e encaminhar decisões que devem ser adotadas por todos os países por consenso.

Depois de Salvador, o próximo passo será a Reunião de Líderes do G20, programada para os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro.

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02/11/2024 13:26h

Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres apresenta a primeira declaração ministerial nesta sexta-feira (1°)

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A primeira declaração ministerial do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) foi apresentada, nesta sexta-feira (1º), pelos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e das Cidades, Jader Filho, durante evento do G20 em Belém, no Pará. Entre os objetivos do documento, está o combate às desigualdades sociais no mundo e a redução das vulnerabilidades. Baixe a declaração na íntegra no fim da matéria.  

A declaração ministerial sela o compromisso dos países membros e convidados do GTRRD com o tema da Redução do Risco de Desastres (RRD). “Construímos com os países membros, convidados e organismos internacionais essa declaração. O documento começou a ser desenvolvido quando a Índia coordenava o grupo de trabalho. Nós conseguimos um consenso entre as nações e temos a satisfação de dizer que o presidente Lula terá em mãos a primeira declaração ministerial sobre o tema para discutir na reunião de cúpula do G20 ainda neste mês, no Rio de Janeiro”, comemorou o ministro.

Waldez ressaltou que a declaração deve ser seguida por todos os países. “Nossa intenção é que as nações coloquem esse documento em prática, priorizando a redução do risco de desastres, diminuindo as desigualdades e as vulnerabilidades e mitigando os danos. As soluções baseadas na natureza também estão em foco. Não adianta impermeabilizar, asfaltar e concretar tudo o que vemos pela frente, ações como essas acabam impactando no fluxo natural das águas”, acrescentou.

“Espero um mundo mais justo, equilibrado e solidário. A incompatibilidade é evidente entre os mais vulneráveis. Quem mais sofre são os que estão em maior vulnerabilidade. Dificilmente conseguiremos diminuir o número de eventos climáticos, eles devem ficar até mais agressivos, portanto, precisamos lutar ainda mais por inclusão no processo de desenvolvimento”, disse o ministro.

Presidência futura 

O próximo país a presidir o Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 é a África do Sul. O ministro Waldez se colocou à disposição para ajudar nos desafios futuros. “Estamos à disposição da África do Sul para dar continuidade ao trabalho e fazer com que essa declaração se transforme em realizações. Já tivemos pactuações que ficaram no papel, agora temos a missão de transformar o que está escrito em realidade”, concluiu.

O ministro Jader Filho agradeceu aos representantes dos países presentes e comemorou a troca de experiências. “Agradeço aos que ajudaram a fazer uma declaração fundamental para a vida de todos. É um grande desafio para o Brasil liderar um fórum tão qualificado como o G20, buscando consensos, mas conseguimos. É um momento importantíssimo de intercâmbio de informações e experiências”, disse o ministro.

Marco de Sendai

O Marco de Sendai é um documento da Organização das Nações Unidas (ONU) que estabelece orientações para a redução do risco de desastres. Nesta sexta, os países membros e convidados do GTRRD se comprometeram a implementar as diretrizes do Marco. Entre elas, estão:

- Sistemas de alerta precoce;

- Infraestrutura resiliente;

- Financiamento para redução do risco de desastres;

- Soluções baseadas na natureza.

Prioridades

O Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 adotou seis prioridades para orientar as ações brasileiras e as contribuições dos países membros. São elas:

Combater as desigualdades e reduzir as vulnerabilidades;

Cobertura global dos sistemas de alerta precoce;

Infraestruturas resilientes a catástrofes e às alterações climáticas;

Estratégias de financiamento para redução do risco de desastres;

Recuperação, reabilitação e reconstrução em caso de desastres;

Soluções baseadas na natureza.

Presidência do Brasil

Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta prioridades como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade.

A logomarca da presidência brasileira, com as cores das bandeiras dos países-membros, destaca o dinamismo e multilateralismo com que o Brasil aborda as questões mundiais.

Com o slogan “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, a atual presidência traz o compromisso e o desejo do Brasil em promover o desenvolvimento econômico e social global.

G20

O Grupo dos Vinte, o G20, nasceu após uma sequência de crises econômicas mundiais. Em 1999, países industrializados criaram um fórum para debater questões financeiras. Em 2008, no auge de mais uma crise, o grupo teve a primeira reunião de cúpula com chefes de Estado e, desde então, não parou de crescer no âmbito das discussões sobre estabilidade econômica global.

Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha papel importante nas grandes questões econômicas internacionais. Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.

A agenda do G20 inclui outros temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.

Fonte: MIDR

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02/11/2024 13:23h

Reunião com ministros Waldez Góes e Jader Filho discute medidas para proteger idosos, trabalhadores externos, mulheres grávidas e pessoas com deficiência

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Em resposta ao Chamado à Ação da ONU sobre Calor Extremo, os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e das Cidades, Jader Filho, se reuniram, nesta sexta-feira (1º), para discutir ações práticas para lidar com os efeitos das ondas de calor que afetam, principalmente, grupos sociais mais vulneráveis. O debate ocorreu durante o encontro do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20 em Belém, no Pará.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as comunidades mais pobres são as que sofrem as maiores consequências do calor extremo. Diante disso, a reunião focou em medidas para proteger idosos, trabalhadores externos, mulheres grávidas e pessoas com deficiência.

Na abertura do evento, o ministro Waldez Góes ressaltou a necessidade do debate. “Impulsionado pela crise climática, o calor extremo continua ameaçando bilhões de pessoas e afetando os mais vulneráveis de forma desproporcional, aumentando ainda mais as desigualdades sociais. Vale lembrar que o calor excessivo também aumenta as queimadas, inclusive em áreas usadas para a agricultura, impactando na produção de alimentos. A ONU alertou para a intensificação da insegurança alimentar, o que coloca mais pessoas em situação de pobreza”, afirmou o ministro, destacando que o Brasil registrou temperaturas acima da média histórica neste ano e em 2023.

O ministro Jader Filho enfatizou o trabalho de prevenção. “Se não entendermos que a prevenção tem tudo a ver com cuidar do meio ambiente, seguiremos enxugando gelo, investindo milhões e milhões em políticas públicas que vão se perder com o tempo. Em pouco tempo inclusive, tendo em vista que as mudanças climáticas estão cada vez mais frequentes”, disse.

Chamado à Ação da ONU sobre Calor Extremo

O Chamado à Ação da ONU sobre Calor Extremo destaca os efeitos graves das ondas de calor crescentes e propõe ações urgentes para mitigá-los. Entre as principais medidas sugeridas estão:

1.           Proteção dos mais vulneráveis – especialmente crianças, idosos e populações urbanas pobres, que enfrentam maiores riscos devido às altas temperaturas;

2.           Segurança para trabalhadores expostos ao calor – proteger trabalhadores em áreas com calor extremo, garantindo leis trabalhistas adaptadas para essa nova realidade;

3.           Resiliência de economias e infraestrutura – fortalecer sistemas de alerta precoce e investir em estratégias que aumentem a resistência de cidades e setores econômicos ao calor;

4.           Redução das emissões e incentivo às energias renováveis – limitar o aquecimento global a 1,5°C por meio da redução do uso de combustíveis fósseis e o apoio à transição para energias limpas.

A iniciativa busca salvar vidas e evitar perdas econômicas, que podem ultrapassar trilhões de dólares devido ao impacto do calor no trabalho e nas infraestruturas urbanas.

Prioridades

O Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 adotou seis prioridades para orientar as ações brasileiras e as contribuições dos países membros. São elas:

Combater as desigualdades e reduzir as vulnerabilidades;

Cobertura global dos sistemas de alerta precoce;

Infraestruturas resilientes a catástrofes e às alterações climáticas;

Estratégias de financiamento para redução do risco de desastres;

Recuperação, reabilitação e reconstrução em caso de desastres;

Soluções baseadas na natureza.

Presidência do Brasil

Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta prioridades como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade.

A logomarca da presidência brasileira, com as cores das bandeiras dos países-membros, destaca o dinamismo e multilateralismo com que o Brasil aborda as questões mundiais.

Com o slogan “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, a atual presidência traz o compromisso e o desejo do Brasil em promover o desenvolvimento econômico e social global.

G20

O Grupo dos Vinte, o G20, nasceu após uma sequência de crises econômicas mundiais. Em 1999, países industrializados criaram um fórum para debater questões financeiras. Em 2008, no auge de mais uma crise, o grupo teve a primeira reunião de cúpula com chefes de Estado e, desde então, não parou de crescer no âmbito das discussões sobre estabilidade econômica global.

Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha papel importante nas grandes questões econômicas internacionais. Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.

A agenda do G20 inclui outros temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.

Fonte: MIDR

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31/10/2024 21:17h

Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, coordenou a formulação do documento

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Após reuniões técnicas com países membros e convidados do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20, a declaração ministerial referente ao compromisso global com o tema foi acordada entre as nações nesta quinta-feira (31) em Belém, no Pará. O grupo é coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) em parceria com o Ministério das Cidades. O documento começou a ser elaborado em julho deste ano, após o primeiro encontro presencial do GTRRD no Rio de Janeiro.

Vista como um desafio para a diplomacia brasileira, uma vez que requer consenso entre os países do G20, a declaração é um passo crucial para o compromisso com a redução das vulnerabilidades e a mitigação dos desastres intensificados pelas mudanças climáticas.

Para o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a declaração ministerial é um marco no trabalho do GTRRD.  “O debate sobre riscos de desastres começou fortemente na Índia, quando foi criado o grupo de trabalho. Agora, no Brasil, a gente consegue sair com a primeira declaração ministerial pactuada pelo G20”, destacou.

O ministro também falou sobre o que está previsto no documento. “Temas como desigualdade, vulnerabilidade, alerta precoce, infraestrutura resiliente – seja de construção ou reconstrução –, e financiamentos público e privado para a diminuição da vulnerabilidade estão previstos e pactuados. Além disso, damos apoio integral à África do Sul para que, como próxima presidente do G20, possa dar continuidade a essa pactuação”, acrescentou Waldez. 

O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil do MIDR, Wolnei Wolff, comemorou os países terem chegado a um denominador comum. “Foi um caminho difícil acomodar tantas ideias de diferentes países, mas eu estava confiante de que teríamos êxito. Vamos promover a interação da sociedade civil com os membros do G20, reforçando o nosso compromisso com a população”, ressaltou.

“O G20 concentra 80% da riqueza mundial e 2/3 da população, é um fórum muito importante. Nosso grupo de trabalho é fundamental para colocar em discussão as causas da vulnerabilidade e as alternativas para sua mitigação, além dos impactos das mudanças climáticas, que estão sob nossa responsabilidade”, completou o secretário.

O Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 adotou seis prioridades para orientar as ações brasileiras e as contribuições dos países membros. São elas:

Combater as desigualdades e reduzir as vulnerabilidades;

Cobertura global dos sistemas de alerta precoce;

Infraestruturas resilientes a catástrofes e às alterações climáticas;

Estratégias de financiamento para redução do risco de desastres;

Recuperação, reabilitação e reconstrução em caso de desastres;

Soluções baseadas na natureza.

O secretário Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões, também ressaltou a importância da declaração ministerial. “É a primeira declaração sobre esse tema. É um assunto fundamental, tendo em vista que o mundo inteiro está voltado para a questão das mudanças climáticas. A declaração mostra que estamos de olho no que está acontecendo agora e, também, no futuro”, disse Simões.

O secretário ainda enfatizou a diminuição das desigualdades regionais. “A gente sabe que quem vive em periferias e favelas é quem mais sofre, é a população mais impactada pelos riscos e desastres cada vez mais intensos. O Governo Federal tem apontado diretrizes para isso, com investimentos cada vez mais volumosos em prevenção de desastres e respostas às pessoas atingidas. É fundamental discutirmos a diminuição das desigualdades para a redução de vulnerabilidades”, acrescentou.

Participação social

Nesta quinta (31), os ministros Waldez Góes e Jader Filho e os secretários Wolnei Wolff e Guilherme Simões também participaram de uma mesa redonda com o tema Equidade em Ação: Acelerando Abordagens Inclusivas para Reduzir o Risco de Desastres. A reunião contou com a presença de movimentos sociais.

“Uma das exigências do presidente Lula é que tenhamos total atenção com a agenda da desigualdade. O Brasil ficou fora do Marco de Sendai por seis anos e voltou em 2023 porque o presidente não abre mão de diminuir as desigualdades. Temos que mudar a cabeça e pensar em reduzir os riscos e não os desastres, nos tornando mais resilientes”, destacou Waldez.

“Nós agimos sempre unidos e dando maior enfoque aos pedidos da população que mais precisa, das comunidades vulneráveis. O presidente Lula nos exige isso, cuidar de quem mais precisa”, disse.

Presidência do Brasil

Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta prioridades como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade.

A logomarca da presidência brasileira, com as cores das bandeiras dos países-membros, destaca o dinamismo e multilateralismo com que o Brasil aborda as questões mundiais.

Com o slogan “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, a atual presidência traz o compromisso e o desejo do Brasil em promover o desenvolvimento econômico e social global.

G20

O Grupo dos Vinte, o G20, nasceu após uma sequência de crises econômicas mundiais. Em 1999, países industrializados criaram um fórum para debater questões financeiras. Em 2008, no auge de mais uma crise, o grupo teve a primeira reunião de cúpula com chefes de Estado e, desde então, não parou de crescer no âmbito das discussões sobre estabilidade econômica global.

Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha papel importante nas grandes questões econômicas internacionais.

Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.

A agenda do G20 inclui outros temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.

Fonte: MIDR

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23/10/2024 18:04h

Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, destaca a importância da reunião em Belém para avançar na redução de riscos

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 “Será uma discussão intensa sobre as boas práticas de defesa civil para reduzir os riscos e os danos desses desastres para a população". A declaração do secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, sobre o próximo evento do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20 foi feita, nesta terça-feira (22), durante entrevista para o programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 

Em Belém, no Pará, o próximo encontro do GTRRD, coordenado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), começará no dia de 30 outubro. O foco do evento é a discussão dos principais problemas que o Brasil e as nações que compõem o G20 enfrentam diante das mudanças climáticas nos dias atuais, como chuvas intensas e secas severas.

Segundo o secretário Wolnei Wolff, o grupo se propõe a, além de discutir os problemas, apontar direções e soluções. "O objetivo é que os países membros do G20 possam adotar as ações para a redução do risco de desastres discutidas durante o encontro e que elas possam ser replicadas em outros países", afirmou.

Os riscos hidrológicos e geológicos, diretamente relacionados a inundações e deslizamentos, serão alguns dos temas abordados pelo grupo de trabalho. "Esses são os desastres que acometem a maior parte dos cidadãos, principalmente aqueles que estão em situação de vulnerabilidade, que moram perto de rios, córregos e encostas. Em época de chuvas intensas, essas populações ficam mais sujeitas a inundações e deslizamentos", destacou o secretário.

O Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 adotou seis prioridades para orientar as ações brasileiras e as contribuições dos países membros. São elas:

1. Combater as desigualdades e reduzir as vulnerabilidades;

2. Cobertura global dos sistemas de alerta precoce;

3. Infraestruturas resilientes a catástrofes e às alterações climáticas;

4. Estratégias de Financiamento para Redução do Risco de Desastres;

5. Recuperação, Reabilitação e Reconstrução em Caso de Desastres;

6. Soluções baseadas na natureza.

Confira aqui como foi o primeiro encontro presencial do GTRRD no Rio de Janeiro.

Orçamento e cultura de prevenção

A prevenção a desastres no Brasil começou a ser discutida a partir de 2012, com a publicação da Lei 12.608 que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC). "Antes, só se discutia a gestão do desastre. Foi a partir dessa lei que o Governo Federal passou a discutir a gestão dos riscos e conseguiu alocar recursos dentro do Orçamento para que fosse possível fazer ações de prevenção e combater tanto o risco geológico, como o hidrológico com grandes obras de macro e micro drenagem e contenções de encostas. Com o retorno do presidente Lula, conseguimos reestabelecer esses recursos e retomar as ações de prevenção no Brasil", disse Wolnei.

O secretário reafirmou que o trabalho da Defesa Civil Nacional se dá por meio de ações de preparação com as defesas civis estaduais e municipais a partir dos alertas e avisos de possíveis desastres. Para entrar em contato com as defesas civis em caso de emergências ou orientações, basta ligar 199.

Presidência do Brasil

Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta prioridades como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade.

A logomarca da presidência brasileira, com as cores das bandeiras dos países-membros, destaca o dinamismo e multilateralismo com que o Brasil aborda as questões mundiais.

Com o slogan “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, a atual presidência traz o compromisso e o desejo do Brasil em promover o desenvolvimento econômico e social global.

G20

 O Grupo dos Vinte, o G20, nasceu após uma sequência de crises econômicas mundiais. Em 1999, países industrializados criaram um fórum para debater questões financeiras. Em 2008, no auge de mais uma crise, o grupo teve a primeira reunião de cúpula com chefes de Estado e, desde então, não parou de crescer no âmbito das discussões sobre estabilidade econômica global.

Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha papel importante nas grandes questões econômicas internacionais.

Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.

A agenda do G20 inclui outros temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.

Para mais informações, clique aqui

Fonte: MIDR

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01/12/2023 21:15h

Presidência do país no G20 vai até 30 de novembro de 2024. A CNI vai presidir o B20, braço empresarial do grupo, que possui papel estratégico para o crescimento econômico mundial

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O Brasil assumiu nesta sexta-feira (1º) a presidência rotativa do G20 até o dia 30 de novembro de 2024 com três eixos principais: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável — econômico, social e ambiental; e a reforma da governança global. Para o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Alexandre Andrada, o país precisa saber aproveitar a presidência para buscar investimentos para setores e temas de interesse nacional. 

“Pode ser útil atrair atenção para os grandes temas da economia brasileira, coisas que o mundo olha para a gente com interesse, que tem interesse em investir aqui, como as questões de floresta, de agricultura sustentável, matérias-primas, petróleo. Mas são questões que dificilmente vão ter um impacto de curto prazo. Pode ser que sabendo aproveitar essa presidência, chamar atenção para esses setores, começar algumas conversas que se tornem investimentos no médio e no longo prazo”, ressalta o professor. 

Fundado em 1999, o Grupo dos 20 (G20) é o principal fórum de cooperação econômica internacional composto pelas principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento do mundo. São 19 países — Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos  — a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana. O G20 responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial.

B20

Já o braço empresarial do grupo, o B20, será presidido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que representa o setor privado no fórum desde 2010 e, agora, terá um papel estratégico nas decisões. Segundo a CNI, o B20 conecta a comunidade empresarial aos governos dos países do G20 “com a missão de construir e propor recomendações relevantes para o setor privado de forma que influencie o processo de tomada de decisões nas pautas prioritárias nos países do G20”.

O professor Alexandre Andrada explica que o fórum internacional tem como objetivo o debate entre os representantes das principais economias do mundo. “Acaba também envolvendo debates em torno das questões econômicas, empresariais desses países, buscas de acordos, de iniciativas, de programas conjuntos”, afirma. 

O B20 terá o “crescimento inclusivo para um futuro sustentável” como tema com cinco pilares: promover o crescimento inclusivo e combater a fome, a pobreza e as desigualdades; promover uma transição justa para “net-zero”; aumentar a produtividade por meio da inovação; promover a resiliência das cadeias globais de valor; e valorizar o capital humano. O presidente da CNI, Ricardo Alban, destaca a importância de estar à frente do fórum. 

“Alinhamos o processo com as prioridades do G20 e estamos preparados para representar assertivamente os interesses da comunidade empresarial global. O B20 Brasil é um fórum no qual nos engajaremos, concentrando esforços em áreas como inclusão social, combate à fome, transição energética e desenvolvimento sustentável”, pontua. 
 

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