Zika

21/09/2024 09:00h

Ministério da Saúde lançou plano de ação para combater avanço das arboviroses no próximo período sazonal

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O Brasil já registrou 6.519.131 casos prováveis de dengue em 2024, segundo o Informe Semanal de Arboviroses Urbanas mais recente do Ministério da Saúde. Com isso, o coeficiente de incidência da doença é de 3.210,4 casos a cada 100 mil habitantes. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica 36, compilados de janeiro a 9 de setembro de 2024.

Os casos mais graves e com sinais de alarme para a dengue estão concentrados na Região Sudeste, com 3.993 casos graves e 43.461 sinais de alarme. Na sequência está a Região Centro-Oeste, com 1.170 casos graves; Sul, com 1.431; Nordeste, com 671; e Norte, com 78.

O levantamento do Ministério da Saúde também indica um total de 5.303 óbitos pela dengue em 2024. Os estados de São Paulo (1.662), Minas Gerais (976), Paraná (657), Distrito Federal (440), Goiás (384) e Santa Catarina (336) concentraram 84,85% das mortes por dengue confirmadas no país.

Em relação às demais arboviroses, em 2024, foram notificados 255.334 casos prováveis e 170 óbitos confirmados por chikungunya; 6.568 casos prováveis e nenhuma morte por Zika; 7.992 casos confirmados e dois óbitos por oropouche.

Plano de combate às arboviroses

Para tentar combater os casos e óbitos por dengue, chikungunya, Zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil, o governo federal lançou um plano de ações que serão coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios, instituições públicas e privadas, além de organizações sociais. 

O documento foi elaborado por pesquisadores, gestores e técnicos estaduais e municipais, além de profissionais de saúde que atuam diretamente com as comunidades e conhecem os desafios regionais para o combate das arboviroses. Dessa forma, o plano de combate às doenças tem como base as evidências científicas mais atualizadas, além do apoio de novas tecnologias. O investimento anunciado pelo Ministério da Saúde é de R$ 1,5 bilhão para aplicar em seis eixos de atuação:

  • Prevenção;
  • Vigilância;
  • Controle vetorial;
  • Organização da rede assistencial e manejo clínico;
  • Preparação e resposta às emergências;
  • Comunicação e participação comunitária. 

A estratégia é intensificar as ações preventivas no período intersazonal, ou seja, no intervalo entre os picos de casos, com retirada de possíveis criadouros do mosquito transmissor das doenças, o Aedes aegypti.

Saiba mais em www.gov.br/saude.

Dengue: plano de ação é antecipado

Chikungunya: Brasil registra 254 mil casos prováveis e 162 mortes em 2024

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05/09/2024 00:08h

De janeiro até agora foram contabilizados 5.267 óbitos pela doença e outros 1.988 estão em investigação, segundo o Ministério da Saúde

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O Brasil já registrou 6.509.794 casos prováveis de dengue em 2024. O dado é da mais recente atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. De janeiro até agora, foram contabilizadas 5.267 mortes pela doença e outras 1.988 estão em investigação. No momento, o coeficiente de incidência de dengue no país é de 3.205,8 casos para cada 100 mil habitantes.

Segundo o monitoramento da pasta, 55% dos casos foram identificados entre as mulheres. A faixa etária mais acometida pela dengue é entre 20 e 29 anos, seguida por 30 a 39 anos e 40 a 49 anos. Bebês com menos de 1 ano, idosos com 80 anos ou mais e crianças de 1 a 4 anos são os menos atingidos pela doença.

Entre os estados, São Paulo lidera com o maior número de casos graves e sinais de alarme, com 24.934 casos de janeiro até agora. Na sequência estão Minas Gerais, com 15.128; Paraná, com 13.546, e Distrito Federal, com 10.249. Roraima (3), Acre (11) e Rondônia (33) são os estados com menos casos graves ou sinais de alarme.
O infectologista Antônio Carlos Bandeira reforça as medidas preventivas contra a dengue.

“As principais medidas de prevenção podem ser divididas em duas partes, a primeira individual e a segunda coletiva. Na parte individual, é fundamental usar repelentes, tais como aqueles à base de icaridina ou DEET, principalmente as gestantes precisam usar repelentes do primeiro ao último dia da gestação para que não tenham possibilidade de se contaminarem com o vírus da zika, que é altamente teratogênico. A outra situação para prevenção é você utilizar roupas mais compridas, telas, em regiões onde você pode dormir com telas, e ar-condicionado.” 

Na parte coletiva, é fundamental eliminar os focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue e outras doenças como zika, chikungunya e febre amarela — não deixando água parada.

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Chikungunya: Brasil registra 254 mil casos prováveis e 162 mortes em 2024

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30/04/2024 00:02h

Operações com Método Wolbachia devem iniciar em 2025 em Belo Horizonte

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O Brasil registrou 131.900 casos prováveis de dengue na última semana epidemiológica de abril (semana 16), o que representa uma queda de 55% em relação à semana anterior, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. 

Mesmo com a redução, o número de casos prováveis da doença neste ano já é mais que o dobro do que o registrado em todo o ano passado: 1.649.144. 

Até o momento, 1.937 pessoas morreram por causa da dengue no país em 2024 e outras 2.345 mortes estão em investigação. O Distrito Federal (8320,7) lidera a lista dos maiores coeficientes de incidência — taxa que estima o risco de ocorrência de casos em uma determinada população, considerando 100 mil habitantes — com 234.400 casos prováveis. Em seguida, vem Minas Gerais (5795,3), com 1.190.280 casos prováveis e Paraná (3463,8), com 396.367 — todos acima do coeficiente nacional, que é de 1931,1.

Para aumentar o combate a doenças causadas pelo Aedes aegypti, na tarde desta segunda-feira (29), foi inaugurada em Belo Horizonte a biofábrica do Método Wolbachia, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o governo de Minas Gerais e a prefeitura da cidade. A administração será da Fiocruz, em parceria com o World Mosquito Program (WMP), instituição que detém a patente da tecnologia. 

O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam no inseto. A partir disso, é criada uma nova população de mosquitos, todos com a bactéria — os chamados de Wolbitos —, que não são geneticamente modificados e não transmitem doenças.

A unidade será responsável pela manutenção do ciclo completo dos mosquitos. A previsão é de que a operação seja iniciada em 2025 e a estimativa de produção é de dois milhões de mosquitos por semana. Na primeira fase, os insetos serão soltos na cidade de Brumadinho e em outros 21 municípios da Bacia do Rio Paraopeba.

Eficácia 

A aplicação do Método Wolbachia em Niterói, no Rio de Janeiro, mostrou uma redução de 69,4% dos casos de dengue, 56,3% nos casos de chikungunya e 37% nos casos de Zika na cidade, segundo o Ministério da Saúde. 

Em partes da capital mineira a tecnologia já havia sido testada com a liberação de mosquitos. A primeira etapa, na região de Venda Nova, foi finalizada em janeiro de 2021 e uma expansão foi finalizada em 2023. A nova biofábrica fica no bairro Gameleira, região oeste da capital mineira e tem 4 mil m². 

Participaram da  solenidade de conclusão da obra o Governo de Minas Gerais, o Ministério Público (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública (DPMG), além de representantes do Ministério da Saúde e do World Mosquito Program (WMP) Brasil/Fiocruz.

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17/04/2024 19:00h

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, fala sobre os sintomas das três arboviroses

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Dengue, zika e chikungunya. Três arboviroses, que são doenças transmitidas por artrópodes, e que chegam ao ser humano através do mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti. Apesar disso, tratam-se de vírus diferentes. O que faz com que a gente confunda os três são os sintomas, todos muito semelhantes.

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, explica que sintomas são esses. “Febre, dor no corpo, dor nas articulações, cansaço, manchas no corpo. São doenças que podem levar à morte, então há o risco e o que diferencia elas são a evolução posterior.”

Segundo a doutora Alda, o maior risco da infecção pelo Zika é a Síndrome Congênita nas mães, com a transmissão para o bebê e o consequente aparecimento de microcefalia e doenças neurológicas. “O paciente com chikungunya pode evoluir durante muito tempo com dores nas articulações. Já a dengue pode ter uma evolução com uma morte muito abrupta.”

Confira 8 dicas para eliminar criadouros do mosquito

Entre as três doenças, a dengue é a que predomina na maior parte do Brasil.  Mas, em algumas regiões, há aumento dos casos de chikungunya. Como todas são transmitidas pelo Aedes, a principal tarefa diária, para todos os brasileiros, é trabalhar no combate ao mosquito. Limpar a casa e se atentar a locais onde possa ter água limpa acumulada é fundamental para evitar os criadouros e a proliferação dos transmissores.

Conheça os sintomas da dengue

Além do combate ao mosquito, é importante estar alerta ao aparecimento dos sintomas da dengue. São sinais de alerta:

  • Febre alta e/ou persistente
  • Dores musculares e nas articulações
  • Manchas vermelhas (exantema)
  • Dor de cabeça ou atrás dos olhos
  • Diarreia e/ou dor forte na barriga
  • Pressão baixa
  • Náusea e vômitos frequentes
  • Agitação ou sonolência 
  • Sangramento espontâneo 
  • Diminuição da urina 
  • Extremidades frias

E não se esqueça: são apenas 10 minutos por semana para proteger sua família e vizinhos da dengue. 

Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.
 

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08/04/2024 00:03h

Até o momento, o Brasil contabilizou 2.747.643 casos prováveis de dengue, resultando em 1.078 mortes associadas ao vírus

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O aumento de casos de dengue neste ano fez com que 288 municípios, de 6 estados, entrassem em situação de emergência  por Arboviroses. A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Social (MIDR). Até o momento, o Brasil contabilizou mais de 2,7 milhões de casos prováveis de dengue e mais de mil mortes associadas ao vírus da doença.

De acordo com os dados ministério, órgão do Executivo federal responsável pelo reconhecimento da situação de emergência, 246 municípios são localizados no estado de Goiás, 23 no Paraná, 3 no Amapá, 11 no Rio Grande do Sul, 3 em Minas Gerais e 2 em Santa Catarina.  

Em Goiás, Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em todo o estado devido ao aumento dos casos. De acordo com último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, foram contabilizados, neste ano, 80,3 mil casos. Até o momento, 118 mortes em investigação. No período, foram mais de 1,9 mil internações pela doença em hospitais da rede da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.

Já o Paraná registrou cerca de 45 mil notificações e 23,3 mil casos confirmados de dengue em uma semana, segundo último informe semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ainda de acordo com o boletim, os 399 municípios do Estado já registraram notificações de dengue e 389 tiveram casos confirmados. 

Desde 30 de julho do ano passado, o estado paranaense contabilizou 351 mil notificações e 77 óbitos. Essas mortes ocorreram em 36 municípios, como Cascavel, Londrina e Maringá.

A infectologista Larissa Tiberto atribui os altos índices de infecção pela dengue ao aumento das chuvas, aumento da temperatura e falta de controle dos reservatórios dos mosquitos. Ela destaca que a vacinação contra a dengue é importante para prevenir casos graves da doença.

“Outras maneiras de evitar formas graves da doença são: Ingerir muita água, fazer repouso, não ingerir antiinflamatórios não esteroidais e o principal é limpar e remover possíveis locais de acúmulo de água em casa, repelente, telas em janelas para se proteger contra a picada do inseto”, explica.

Vacinação

Em abril, o Ministério da Saúde recebeu mais 930 mil doses da vacina contra a dengue, destinadas aos 521 municípios já selecionados e a outros 165 recém contemplados. De acordo com a pasta, a seleção dos novos municípios seguiu critérios como grande porte, população acima de 100 mil habitantes, alta incidência de dengue na última década e a predominância do sorotipo DENV-2, além do número de casos no período de 2023/2024. Atualmente, a vacinação foca em jovens de 10 a 14 anos, por ser a faixa etária com maior taxa de hospitalizações por dengue.

O estudante de fisioterapia de 23 anos e morador de Caldas Novas - GO, Alisson Coutinho conta que quando teve dengue, sentiu muita dor de cabeça e no corpo e febre alta. Ele afirma que para evitar a proliferação do mosquito, coloca areia nos potes de planta para evitar o acúmulo de água. 

Alisson diz que pretende tomar a vacina contra a dengue assim que possível. “Eu acho que ela é muito boa para prevenir que as pessoas se contaminem e, se pegar ou se contaminar, seja mais tranquilo, porque o corpo já estará mais acostumado com o vírus. Então, eu acho que é bem útil e necessário para a nossa população”, comenta.

Outros tipos de Arboviroses 

Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 3.600 e 122.216 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 49 mortes confirmadas, com outras 83 ainda sob investigação. 
 

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02/04/2024 00:01h

Dos casos reportados, 55,4% correspondem a mulheres e 44,6% a homens

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Até o momento, o Brasil contabilizou cerca de 2.573.293 casos prováveis de dengue, resultando em 923 mortes associadas ao vírus. Dos casos reportados, 55,4%  correspondem a mulheres e 44,6% a homens. Os maiores índices de casos prováveis estão concentrados em sete estados, além do Distrito Federal, com Minas Gerais liderando com 832.393 casos, seguido por São Paulo com 535.316 e Paraná com 246.444.

Hemerson Luz, infectologista, atribui o aumento de casos da doença no começo do ano a uma combinação de fatores, destacando-se o aumento da temperatura e o acúmulo de chuvas. Essas condições climáticas favorecem a criação de ambientes propícios para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

O especialista, porém, destaca que a diminuição da temperatura — com o final do verão e a diminuição do volume de chuvas — poderá contribuir com a diminuição dos casos de dengue.

“Para evitar outros casos, outras contaminações, o ideal é evitar aqueles objetos que venham acumular água nos terrenos baldios, nos quintais e também usar repelente durante o dia. Lembrando que se você enxergar mosquito dentro da sua casa, o transmissor da dengue, é porque deve ter alguma coleção de água em pelo menos um perímetro de 200 metros, que é a autonomia do mosquito”, explica.

Tatiana Araújo, estudante de 24 anos e moradora de Brasília, conta sua experiência com a dengue, destacando que os primeiros sintomas foram as pintinhas pelo corpo que inicialmente eram leves, mas se intensificaram causando coceira. Ela também teve febre alta e fortes dores de cabeça.

“Para evitar a proliferação do mosquito, são as mesmas medidas que eu tomava, inclusive antes de pegar. Que é evitar deixar água parada. Evitar o acúmulo de água na calha e também colocamos um produto químico para evitar a proliferação do mosquito”, relata.

Vacinação 

De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos um terço das doses enviadas aos 521 municípios foram aplicadas até agora. Das 1.235.119 doses distribuídas, 534.631 foram registradas como aplicadas, enquanto 700.488 ainda não tiveram esse registro. 

O governo recebeu uma nova remessa — com 930 mil doses — que serão distribuídas para os 521 municípios anteriormente selecionados e para os 154 previstos na ampliação. Dessa forma, será possível garantir que a vacinação continue, sem que haja falta do imunizante. 

O grupo prioritário para essa fase de vacinação é de jovens de 10 a 14 anos.

Outros tipos de Arboviroses

Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 1.318 e 115.441 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 46 mortes confirmadas, com outras 71 ainda sob investigação.
 

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22/02/2024 21:30h

Veja as principais medidas para combater a proliferação dessas pragas

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de chuvas intensas e rajadas de vento para a região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Essas condições podem contribuir para o aumento de pragas urbanas, insetos e pequenos animais que se proliferam desordenadamente nessas áreas e oferecem risco à saúde humana. O alerta é do vice-presidente executivo da Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag), Sérgio Bocalini.

“Falando sobre insetos e aracnídeos, principalmente, vamos ter a relação da umidade e a temperatura elevada, principalmente nessa época do ano, acelerando o ciclo biológico desses animais e fazendo com que o processo reprodutivo deles também fique mais acelerados, dessa forma, deixando muito mais descendentes  — e eles passam a ocupar os espaços com grande facilidade, em grande número”, explica Bocalini.

Um exemplo dessa praga urbana é o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. Em 2023, o Brasil registrou um aumento de 15,8% nos casos de dengue (1.601.848), na comparação com o mesmo período de 2022 (1.382.665). Também houve aumento de 5,4% no número de mortes em 2023, em relação a 2022.

Com relação à chikungunya, foram registrados 149.901 casos da doença, uma redução de 43% se comparado com 2022. Já a zika registrou um crescimento de 1% nos casos em relação à 2022

As informações são do Ministério da Saúde.

Além disso, focando em roedores urbanos, como ratazanas, as chuvas influenciam no aumento deles também. Sérgio Bocalini pontua que algumas áreas ficam alagadas, fazendo com que esses animais se desloquem para o interior de edificações, como residências, comércios ou indústrias.

Como evitar pragas urbanas?

O vice-presidente executivo explica que são quatro fatores principais que propiciam a proliferação de pragas: os 4A’s: água, alimento, abrigo e acesso. De acordo com ele, pragas como baratas, roedores, mosquitos e escorpiões podem ser evitadas por meio do:

  • descarte correto de alimentos;
  • limpeza de gavetas e armários;
  • monitoramento de vias de acesso à casa, como buracos e rachaduras.

“As pessoas podem fazer nas suas residências, nos seus quintais, no comércio e até em áreas maiores, é não deixar uma série de atrativos que fiquem à disposição desses animais, principalmente a questão do lixo. Então se a gente não tem essa situação favorável, consequentemente a gente acaba diminuindo a presença delas [pragas]", completa. 

Além disso, Bocalini  ressalta que o trabalho de empresas especializadas no controle de pragas pode contribuir para evitar a presença delas, mas é preciso estar atento para encontrar uma “boa” empresa.

Em parceria com a Aprag, o Sindicato das Empresas de Controle de Vetores e Pragas Urbanas e a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes, o Conselho Federal de Química divulgou o segundo volume da cartilha “Enfrentando estragos causados por chuvas fortes, alagamentos e enchentes”, com foco no controle de pragas.

A cartilha está disponível no portal do CFQ.

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08/01/2024 08:30h

As regiões administrativas com mais casos prováveis de dengue no DF foram Ceilândia, Samambaia, Brazlândia, Recanto das Emas e Planaltina

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O Distrito Federal registrou 37.698 casos prováveis de dengue, até a Semana Epidemiológica 51 de 2023, uma redução de 49,2% em relação ao ano anterior. As regiões administrativas com mais casos prováveis de dengue no DF foram Ceilândia com 4.517 casos prováveis, seguida por Samambaia com 3.250, Brazlândia com 2.397, Recanto das Emas com 2.340 e Planaltina com 2.131, somando 41,17% do total. 

Durante o período, o DF registrou 10 casos graves e uma morte. Os dados são do último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

Com o objetivo de reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya, com o início das chuvas, o Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou, a pulverização de inseticida de ultrabaixo volume (UBV) nas ruas, o fumacê. 

A pulverização do fumacê ocorre das 17h30 às 22h e das 5h às 10h.

Regiões atendidas na primeira semana de janeiro:

  • Lago Sul; 
  • Recanto das Emas; 
  • Taguatinga; 
  • Ceilândia;
  • Jardim Botânico; 
  • Planaltina.

A aplicação do inseticida iniciou no último dia 2 e já passou pelas regiões da Asa Sul, Vila Planalto, Taguatinga, Samambaia e Jardim Botânico.

Sintomas e Prevenção

Robson Reis, infectologista, avalia que a febre é o principal sintoma da dengue e é importante ficar atento caso a doença evolua para uma forma mais grave. 

“A febre alta e dor no corpo são as características mais comuns num paciente com dengue, também podendo ter cefaleia, dores articulares, mas as mais importantes seriam essas duas [primeiras]. Paciente com dengue também pode evoluir para formas mais graves da doença, vindo a apresentar acometimento hepático e encefalite pelo vírus da dengue — e sangramentos, podendo esse paciente vir a óbito”, explica.  

Patrick Jaber, estudante de 22 anos e morador de Brasília - DF, relata que pegou dengue quatro vezes em 2020. Ele conta que sentiu fraqueza, manchas na pele e febre. Hoje ele continua com os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. 

“Não deixar objetos acumulando água parada; toda vez que eu vejo alguma coisa com água parada eu tiro”, conta.

Para combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, é importante eliminar pontos de acúmulo de água, evitando assim a proliferação do mosquito. Medidas preventivas incluem remover água parada de locais como pneus, recipientes plásticos, vasos de plantas, garrafas, calhas e lajes. Para proteção adicional contra as picadas do mosquito, também é recomendado o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas. 

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19/12/2023 21:35h

Especialista explica que mulheres grávidas contaminadas com o vírus da Zika podem transmitir a malformação congênita para os bebês

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Em outubro, foram notificados 35 novos casos de Zika no estado de São Paulo. No acumulado do ano, foram 892 registros, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado. O vírus da Zika, transmitido pela picada do Aedes aegypti, ainda tem relação com a ocorrência de microcefalia no Brasil, aponta o Ministério da Saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou cerca de 1.900 casos de microcefalia entre 2015 e 2022. Marina Mascarenhas Roriz Pedrosa, infectologista do hospital Encore, de Goiânia, explica que mulheres grávidas contaminadas com o vírus da Zika podem transmitir a malformação congênita para os bebês, quando eles ainda estão no útero. 

“A condição da microcefalia que o vírus da Zika pode causar nas crianças uma série de problemas de saúde, como atraso de desenvolvimento, deficiência intelectual, problemas motores e neurológicos. Então são crianças que acabam tendo muita dependência e precisam de muito suporte para o seu desenvolvimento”, afirma a infectologista.

Para evitar essas doenças, o Centro de Desenvolvimento e Inovação (CDI) do Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina contra o Zika. O imunizante é composto pelo vírus inativado, mais seguro para aplicação em gestantes, segundo o Instituto.

O vice-diretor do Centro de Desenvolvimento e Inovação (CDI) e diretor do Laboratório Multipropósito do Butantan, Renato Astray, informa que é importante prevenir que o vírus se multiplique em abundância na gestante infectada e evitar que ele passe a barreira placentária, para não chegar ao feto. 

“Para que isso aconteça, basicamente essa vacina tem que induzir uma boa quantidade de anticorpos neutralizantes, que são aquelas proteínas que vão se ligar ao vírus e vão impedir que ele se ligue às células e que infecte outras células”, explica Astray.

Segundo ele, as primeiras fases para a descoberta de uma vacina são as pesquisas para descobrir, por exemplo, qual é o antígeno (substância estranha ao organismo) e qual tipo de substância é capaz de imunizar contra o microrganismo que causa a doença. “A segunda fase, que nós estamos agora, é mais avançada, porque já temos um protótipo, já temos uma maneira de produzir a vacina”, completa.

Astray pontua que a próxima etapa é o início dos testes pré-clínicos, que são de toxicidade, para verificar a tolerabilidade e possíveis reações. Após a comprovação de que o imunizante possui um caráter de segurança adequado para ser testado em humanos, é iniciado o teste clínico e a fase de produção. Ainda não há data para a disponibilização da vacina ao público.

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ZIKA: Saiba quais os sintomas da doença

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14/12/2023 15:10h

Na última semana, de 5 a 12 de dezembro, houve 2.825 novas notificações, com 6.472 casos ainda em investigação e 19.642 descartados

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No Paraná, foram registrados 5.048 casos confirmados de dengue até o momento, representando um acréscimo de 650 casos em relação ao boletim semanal da dengue anterior. Na última semana, de 5 a 12 de dezembro, houve 2.825 novas notificações, com 6.472 casos ainda em investigação e 19.642 descartados. Os números fazem parte do 16º Informe Epidemiológico da Secretaria de estado da Saúde (Sesa), referentes ao período sazonal 2023/2024 de dengue, que teve início em 30 de julho e totaliza, 33.540 casos notificados.

Casos

  • Dos 399 municípios paranaenses, 223 têm casos confirmados de dengue. Londrina, Maringá e Paranavaí são as cidades com maior número de casos confirmados, com 841, 580 e 231, respectivamente. 
  • Neste período, houve 33 notificações de zica vìrus, mas nenhuma confirmação e nenhuma morte registrada. 
  • Quanto à chikungunya, o último boletim confirmou 2 novos casos, um deles autóctone, totalizando 317 notificações e 23 casos confirmados desde o início do período sazonal.

Sintomas e Tratamento

Werciley Júnior, médico infectologista, explica que a dengue é uma doença que causa dor no corpo, febre, dor nas juntas, dor acima dos olhos ou no fundo dos olhos, náuseas, vômitos e tem pessoas que evoluem com desidratação.

“Não obrigatoriamente a pessoa tem que ter todos, mas alguns deles ela vai sentir. Essa é a dengue clássica, e pode evoluir conforme a desidratação até o aparecimento de manchas pelo corpo e gerar até quadro de sangramento que a gente chama de dengue hemorrágica”, expõe.

O infectologista informa que existe apenas um tratamento para a doença, que é a hidratação e acompanhamento. Ele aponta que os remédios usados no hospital são apenas para tirar os sintomas fortes, mas o tratamento base para a dengue é a hidratação.

“Ou seja, a pessoa com dengue tem que estar muito bem hidratada, tem que ser acompanhada. Se tem sintomas que a gente chama de alerta, que são náuseas, vômitos, intolerância de se hidratar ou pontos vermelhos, tem que ir para o pronto socorro, ser hidratado por via venosa”, avalia.

Prevenção

Para combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, é importante eliminar pontos de acúmulo de água, evitando assim a proliferação do mosquito. Medidas preventivas incluem remover água parada de locais como pneus, recipientes plásticos, vasos de plantas, garrafas, calhas e lajes. Para proteção adicional contra as picadas do mosquito, também é recomendado o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas.
 

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