A recorrência de problemas em plataformas da Petrobras preocupa o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) com relação às condições das instalações. Em menos de um mês, aconteceram três casos de rompimento de amarras de plataformas. Na unidade P-38, três das oito amarras sofreram rompimento. Já na P-19, duas das 16 amarras foram comprometidas. Uma terceira, a P-33, que está em fase de desmontagem no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), também teve amarras rompidas. As informações são da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Na opinião do coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Sérgio Borges, é importante avaliar os riscos, porque, segundo ele, as amarras são responsáveis por fixar a plataforma no local.
“Quando elas se rompem, a plataforma começa a se deslocar de forma descontrolada e aí a linha de dutos que é conectada a essa plataforma, os dutos de entrada e saída de petróleo, de gás, tudo isso fica comprometido porque se ela ficar se movendo esses dutos podem se romper e aí a gente pode ter vazamento e impacto ambiental no local de instalação, com o rompimento desses dutos e vazamentos”, informa o coordenador, que ainda complementa:
“Um outro risco muito grande é de a plataforma ficar à deriva, ou seja, ela está se movimentando sem nenhum controle e pode causar um acidente de abalroamento com outras embarcações se ela ficar à deriva, pode bater em outras plataformas, em outros barcos na região”, alerta.
Localizada no Campo de Marlim Sul, a cerca de 120 km do continente, a P-38 é uma Unidade Flutuante de Estocagem e Transferência (FSO), com capacidade de estocagem de 287.000 m³ e transferência de 150.000 barris de óleo/dia. Já a P-19 é uma unidade flutuante, ancorada a 179 km da costa do litoral de Campos dos Goytacazes, no Campo de Marlim. Diferente da P-38, a P-19 é uma unidade de produção, ou seja, uma plataforma semissubmersível que realiza a extração e processamento de petróleo e gás.
A plataforma P-33, que está em fase de desmontagem no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), também teve amarras rompidas. Ela é uma das estruturas que operavam no campo de Marlim, na Bacia de Campos, sendo leiloada pela Petrobras em 2023 para ser descomissionada.
De acordo com o professor Jorge Bruno, ex-funcionário da Petrobras e especialista em Petróleo e Gás, Naval e Offshore, o episódio de rompimento de amarras é comum em determinadas épocas do ano.
“É algo que acontece, é algo que faz parte da rotina do dia a dia. Essas plataformas têm pelo menos 12 amarras, então elas estão bem seguras. As amarras são responsáveis pelo sistema de ancoragem da plataforma. Como ela é uma semissubmersível, ela tem pelo menos 3 amarras, tem pelo menos sistemas redundantes para fazê-la ficar fixa naquele local. Então, é comum romper uma, romper outra, o que não acontece nunca é romper as 12. Isso nunca acontece. Mas uma ou outra não é tão raro assim”, explica.
O professor também esclarece que a situação não provoca qualquer impacto ou prejuízo para os municípios próximos.
“Não há nenhum impacto para os municípios. Não há derramamento de óleo, não há nenhum impacto ambiental. Pelo contrário, essas rompimentos de amarras não é algo tão raro assim. Principalmente nessa época do ano em que o mar está mais forte na Bacia de Campos, na costa brasileira, de forma geral, mas na Bacia de Campos, em particular”, avalia.
Para Jorge Bruno, é algo que faz parte da rotina do dia a dia. “Normalmente nem se fica sabendo o que acontece, porque é algo tão operacional, tão interno, que é resolvido ali mesmo, sem nenhum impacto, sem nenhuma consequência para o mar, para o meio ambiente, principalmente para os municípios que são banhados ali na região”, afirma.
Ainda que a situação seja comum, o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Sérgio Borges, mostra preocupação com a manutenção dessas plataformas.
“São equipamentos estáticos que servem para estabilizar e fixar a plataforma no seu local de operação e ela demanda simplesmente um roteiro de inspeção. Se está acontecendo uma sequência de rompimento, provavelmente o processo ou de inspeção ou de manutenção está corrompido ou não foi feito de acordo com o que manda o protocolo, mas isso a gente só vai ter condição de afirmar depois que terminar as investigações da Comissão de Investigação Interna”, aponta.
Segundo Sérgio Borges, desde que os problemas começaram a ocorrer, a Petrobras instaurou comissões de análise de acidente para identificar o que aconteceu, corrigir o problema e ao mesmo tempo evitar que ele volte a acontecer.
O coordenador do Sindipetro-(NF) diz que estão sendo feitas, em cada uma dessas comissões, o estudo da documentação, revisando os planos de manutenção e de inspeção e analisando documentos para verificar se o processo de inspeção e manutenção dessas amarras ocorreu de acordo com o que diz o protocolo.
O crescimento é atribuído ao aumento da produção de navios-plataforma
A Petrobras divulgou nesta semana o resultado da produção de petróleo e gás natural para o primeiro trimestre deste ano, e indica que houve um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras no 1º trimestre de 2024 alcançou 2.776 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
Entre as razões da elevação está a produtividade dos FPSOs: navios-plataforma que podem produzir, armazenar e transferir petróleo e gás. Além disso, houve a entrada em produção de 19 novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos (11) e Santos (8).
Entretanto, na comparação com o quarto trimestre de 2023, a produção caiu em 5,4%, devido, principalmente, ao maior volume de perdas por paradas e manutenções, dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028. A queda só não foi maior devido à boa atuação dos navios no litoral do Rio de Janeiro.
No segmento de refino, transporte e comercialização, a produção total de derivados no primeiro trimestre deste ano 6,1% acima da produção do primeiro trimestre do ano passado.
As informações são da Petrobras.
A última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP28, que terminou em 13 de dezembro, visa abrir espaço para uma economia de descarbonização e redução das emissões de gases que causam o aquecimento global para os próximos anos. Para isso, a Conferência reafirmou o compromisso dos países com a meta estabelecida no Acordo de Paris, que propõe impedir que a temperatura global aumente além de 1,5º até o final do século.
A Petrobras passou pelo estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e apresentou suas iniciativas para descarbonização, aproveitando as oportunidades que a economia verde tem proporcionado. A multinacional no setor de óleo e gás também participou de um dos painéis realizados no evento. Nele, a Petrobras compartilhou sua experiência em gerenciamento de riscos relacionados à gestão de mitigação dos riscos hídricos, com foco especial na escassez de água. Além disso, discutiu os instrumentos utilizados na gestão da água e o compromisso de redução de 40% de captação de água doce até 2030, reconhecidos pelo índice Dow Jones.
O gerente de projetos ambientais da Petrobras, Gregório Araújo, destacou que a solução baseada na natureza está na estratégia da multinacional. “A Petrobras tem 70 anos, há 40 anos ela investe em projetos socioambientais, há 20 em projetos de floresta e há 10 ela estabeleceu o programa Petrobras Socioambiental, que de forma regular, em parceria com a sociedade civil, estabelece editais públicos para seleção de projetos socioambientais focados em conservação e fortalecimento de bacias hidrográficas”, pontuou Araújo.
De acordo com ele, o programa também inclui a promoção da sociobiodiversidade, a partir do modelo sustentável das florestas, educação ambiental e valorização cultural dos povos tradicionais que vivem na floresta. Em seguida, durante um painel dedicado às florestas, a Petrobras abordou a atuação conjunta de cinco projetos de destaque apoiados por ela em áreas como a Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga. A ideia foi destacar como uma abordagem integrada pode desempenhar um papel "fundamental" no enfrentamento de desafios nas diferentes temáticas abordadas.
Além disso, a gerente do Imaflora, Isabel Garcia Drigo, explicou o projeto Florestas de Valor, que veio da parceria da organização com a Petrobras. “Nosso objetivo é fortalecer as cadeias da sociobiodiversidade nesses locais, fortalecer os negócios comunitários e fomentar a restauração florestal produtiva. Então tem um objetivo na restauração que é com espécies que vão gerar alguma renda, combinada com uma melhoria nos processos, nos modelos de agricultura.”
Drigo ainda destacou a agricultura e pecuária regenerativas, que respeitam os recursos naturais e aplicam as melhores práticas descritas na ciência agronômica brasileira, principalmente no que diz respeito à qualidade do solo. Dessa forma, ela aponta que é esperado que o projeto proporcione geração de renda a partir dessas atividades com redução dos impactos e mudanças climáticas.
A CNI participou da COP28 com uma delegação recorde de empresários, que buscam discutir soluções para um futuro mais sustentável.
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Um edital no valor de R$ 42 milhões será lançado pela Petrobras e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ações de reflorestamento no Pantanal e no Cerrado. A iniciativa, em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), foi divulgada durante atividade promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O documento “Corredores de Biodiversidade” vai viabilizar recursos para desenvolvimento de até nove projetos, em locais estratégicos desses biomas, voltados para a restauração de florestas, de acordo com o chefe do departamento de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri.
A abertura do edital está prevista para o dia 18 de dezembro. Podem participar instituições sem fins lucrativos, com no mínimo dois anos, como associações civis, fundações privadas e cooperativas. Juntos, o Pantanal e o Cerrado ocupam cerca de 2 milhões de km². O gerente de projetos ambientais da Petrobras, Gregório Araújo, explica por que os dois biomas foram escolhidos.
“São áreas de valor ecológico muito grande, por isso corredores de biodiversidade. No Cerrado, 30% das espécies do Brasil e 5% das espécies mundiais vivem lá, 12 bacias hidrográficas nascem no território. E é fundamental também para a sustentabilidade do Pantanal, que, por sua vez, é a maior superfície alagada e tem a maior concentração de mamíferos por metro quadrado do mundo”, aponta.
Para a Petrobras e o BNDES, o restauro florestal dessas áreas é essencial para zerar a recuperação desses biomas e para produzir ganhos sociais por meio da criação de emprego e valorização das comunidades locais.
A CNI participou da COP28 com um estande próprio promovendo uma série de atividades e debates sobre financiamento climático, transição energética, mercado de carbono e conservação florestal no contexto da indústria.
O diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Inácio Melo, diz que houve avanços na parceria com a Petrobras para a construção do Centro de Referência em Geociências (Laboratórios de Isotopia e Geocronologia). A estatal iniciou o processo para o financiamento do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), dentro da linha de infraestrutura laboratorial, que permitirá a estruturação de um dos maiores conjuntos de laboratórios de isotopia e geocronologia da América Latina.
Esse é um marco importante, porque a construção do CRG é a primeira etapa do maior projeto de geociências do Brasil das últimas três décadas, que prevê a entrega do Complexo Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro (RJ). As ações serão estratégicas para o progresso geocientífico nacional, com potencial para impulsionar os setores mineral e de óleo e gás. “No momento em que o mundo discute a transição energética e ações para conter mudanças climáticas, o avanço da parceria com a Petrobras, nesse processo, é fundamental. Afinal, o conhecimento geocientífico é peça-chave na resolução de desafios globais. Com a implantação dos laboratórios, o SGB se igualará aos mais avançados serviços geológicos mundiais e assumirá protagonismo em pesquisas e descobertas de grande impacto”, afirma Melo.
Com os novos conhecimentos científicos, o SGB ampliará ainda mais sua contribuição para a segurança energética e alimentar, pois com a nova estrutura laboratorial possibilitará aos pesquisadores do SGB evoluírem em seu potencial de produção de novos conhecimentos. O processo do projeto de PD&I foi aberto no Sistema de Gestão de Investimentos e Tecnologia (SIGITEC) - plataforma da Petrobras para acompanhamento de projetos.
Segundo o chefe do Centro de Geociências Aplicadas (CGA) do SGB, Noevaldo Teixeira, atualmente o SGB tem feito análises isotópicas e geocronológicas em um número bem abaixo do que o Brasil precisa. “As análises são fundamentais para ampliar o conhecimento geocientífico e permitir a descoberta de áreas com potencial mineral, inclusive daqueles considerados estratégicos para a transição energética”. Com as novas instalações do Centro de Referência em Geociências (CRG), o cenário irá mudar. “O CRG dará suporte às pesquisas realizadas pelo Museu de Ciências da Terra (MCTer), Litoteca do Pré-Sal e as inúmeras parcerias com o setor privado. Teremos ainda equipamentos capazes de abrir novas frentes de pesquisa com água, já realizadas pelo SGB”, explica Teixeira.
O CRG abrigará o Laboratório de Preparação de Amostras, Laboratório de Micro-Imageamento e Análises Minerais, Laboratório de Petrocronologia e Traçadores Isotópicos e Laboratório de Isótopos, além de Laboratório Avançado para Isótopos Estáveis. O conceito técnico-científico do CRG foi elaborado pelas equipes técnicas do CENPES (Petrobras) e do SGB, com aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A instalação do prédio do CRG disponibilizará uma área total de cerca de 2.400 m², a um custo estimado total de R$ 71 milhões (sem reajustes inflacionários). O tempo estimado de implementação do CRG é de aproximadamente 24 meses, após a liberação dos recursos.
O acordo tem vigência de dois anos e prevê a avaliação de oportunidades conjuntas de descarbonização
A Vale assinou um protocolo de intenções com a Petrobras para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono, aproveitando as expertises técnicas e sinergias das duas empresas. O acordo tem vigência de dois anos e prevê a avaliação de oportunidades conjuntas de descarbonização, o que inclui o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis – como o hidrogênio, metanol verde, biobunker, amônia verde e diesel renovável – e de tecnologias de captura e armazenamento de CO2.
A parceria contempla ainda potenciais acordos comerciais para fornecimento de combustíveis de baixo carbono produzidos pela Petrobras para consumo nas operações da Vale. “O Brasil tem todas as condições de liderar o desenvolvimento em larga escala de soluções de baixo carbono e combustíveis renováveis, como o hidrogênio verde e o metanol verde. A Vale tem um firme compromisso de reduzir sua pegada de carbono e, portanto, quer ser protagonista desta jornada, alavancando ações relevantes para a transição energética no Brasil. Este acordo com a Petrobras se insere perfeitamente nesse contexto”, disse Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale.
A parceria poderá contribuir para que a Vale alcance o compromisso de reduzir suas emissões absolutas de escopos 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar neutralidade até 2050, em linha com o Acordo de Paris. Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a parceria será estratégica para impulsionar a transição energética no Brasil, ao unir esforços de duas grandes companhias em torno de um propósito comum: desenvolver as mais modernas soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “Vamos potencializar a capacidade produtiva, a estrutura logística e expertise tecnológica, de dois gigantes nacionais, para alavancar a produção e o fornecimento de combustíveis mais eficientes e sustentáveis. É o que podemos chamar de pulo do gato para materializarmos a nossa estratégia de descarbonização, criando demanda e escala para soluções de baixo carbono”.
Nesta semana a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do diesel. Sempre que ocorre uma elevação no preço dos combustíveis, o impacto é sentido pela sociedade, como explica o economista Carlos Eduardo Oliveira Júnior, presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo. “A população de uma maneira geral já começa a sentir no bolso esse impacto da elevação do preço dos combustíveis. E isso acaba impactando no transporte individual, do seu veículo — e também no transporte de produtos e serviços. E aí acaba impactando na sociedade como um todo, que provavelmente a gente vai perceber nos próximos meses uma oscilação nos preços com relação aos produtos comercializados”, explica.
A mudança na política de preços da Petrobras, em não atribuir a variação ao dólar e ao mercado de commodities internacionais, permitiu uma recente redução dos preços dos combustíveis no Brasil. Contudo, a companhia sinalizou essa semana a necessidade de reajustes dentro dos parâmetros da estratégia comercial, em vista de aumentos do preço do petróleo.
O economista Luigi Mauri explica que essa nova política de preços traz previsibilidade ao consumidor, por não acompanhar a volatilidade do mercado internacional. Ele detalha, contudo, que o atual reajuste pode trazer aumento ao consumidor no médio prazo em alguns itens, mas não deve atingir o transporte público.
“Como não se pratica mais uma paridade com o barril de petróleo internacional e com o dólar, tem essa previsibilidade para o consumidor. Claro, vai ter aumento no médio prazo, até o fim do ano o consumidor deve sentir aumento no preço de alimentos, por exemplo. O transporte público não deve se alterar em princípio, porque é uma categoria muito subsidiada, então mesmo tendo aumentos nos preços dos combustíveis não tem um aumento imediato de passagens”, explicou.
A gasolina A, que é produzida pelas refinarias e entregue às distribuidoras, teve o preço médio aumentado em R$ 0,41 por litro, e passou a ser vendida nas distribuidoras por R$ 2,93. O custo cresceu cerca de 16%. A essa gasolina se mistura obrigatoriamente o etanol anidro para compor a gasolina vendida nas bombas: a proporção é 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro.
Já para o diesel, o Petrobras aumentou o preço médio de venda para as distribuidoras em R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro, um reajuste de 26%. Para ser vendido, o combustível é composto, de forma obrigatória, pela mistura de 88% de diesel A, produzido nas refinarias, e 12% de biodiesel.
Reajuste passa a valer a partir desta quarta-feira (16)
A Petrobras anunciou aumento de R$ 0,41 no preço médio da gasolina e de R$ 0,78 por litro do diesel. O preço de venda para as distribuidoras será de R$ 2,93 por litro da gasolina e de R$ 3,80 por litro do diesel.
A revenda final para o consumidor ainda depende da incidência de impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. Os novos aumentos dos preços devem ser sentidos pelo consumidor.
Para a gasolina comercializada nos postos, há uma mistura obrigatória com 27% de etanol. Isto significa que a parcela da Petrobras no preço ao consumidor da gasolina é de R$ 2,14 para cada litro vendido na bomba.
Porém, cabe ressaltar que, no ano, a variação acumulada do preço de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,15 por litro.
Para o caso do diesel, considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel e 12% de biodiesel para a composição do comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba.
No ano, a variação acumulada do preço de venda de diesel também registrou redução, de R$ 0,69 por litro.
A mudança da política de preços da Petrobras, em não atribuir a variação ao dólar e ao mercado de commodities internacionais, permitiu uma recente redução dos preços dos combustíveis no Brasil. Isto permitiu protecionismo do mercado brasileiro com relação às variações abruptas de preços no exterior.
Porém, a companhia sinalizou essa semana a necessidade de reajustes dentro dos parâmetros da estratégia comercial, em vista de aumentos do preço de petróleo. Esse reajuste, que acaba por onerar o consumidor, é importante para a manutenção da sustentabilidade das contas da petroleira.
A companhia reitera: “a formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.
As informações foram divulgadas pela Petrobras.
Anúncio foi feito nesta última sexta-feira (16), Preço final ao consumidor pode chegar a R$ 5,33
A Petrobras anunciou redução de R$ 0,13 por litro no preço médio de venda da gasolina, nesta sexta-feira (16). O preço de venda para as distribuidoras será de R$ 2,66 e a diferença de preços deve ser sentida pelo consumidor.
Para o combustível comercializado nos postos, há uma mistura obrigatória de 73% de gasolina e de 27% de etanol. Isto significa que a diferença sentida pelo consumidor será, em média, R$ 1,94 a cada litro vendido na bomba.
O preço médio ao consumidor final pode atingir um valor de R$ 5,33 por litro.
Outros fatores que afetam o preço da gasolina são impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.
Esta é a segunda redução desde a adoção da nova política de preços pela Petrobras, que defende que o principal objetivo da redução é manter a competitividade dos preços da companhia e evitar o repasse da volatilidade do mercado internacional para o consumidor.
Pesquisas nos Estados Unidos apontaram fogões a gás como possíveis agentes poluidores e um risco para a saúde, o que reacendeu a discussão sobre a proibição ou não do equipamento naquele país.
O caso ganhou repercussão após a CPSC (Comissão de Segurança de Produtos de Consumo) publicar um relatório em que mostrava os danos à saúde causados pela liberação de dióxido de nitrogênio e monóxido de carbono vindo de fogões a gás, sobretudo quando desregulados.
Esse debate chegou no Brasil com foco na segurança das famílias. No entanto, o gás liquefeito de petróleo (GLP), usado no país, é composto de butano e propano, e não de metano, portanto é de baixas emissões e não representa risco para a saúde das pessoas para ser utilizado no preparo das refeições, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás). Outra diferença é que a arquitetura brasileira é diferente da dos EUA. Pelo fato de ser um país mais quente, as cozinhas por aqui são mais ventiladas do que nos países do hemisfério norte, o que reduz os riscos da poluição dentro de casa.
Cozinhar com fogões a gás pode ser considerado seguro, ainda que alguns cuidados sejam necessários, como explica o tenente Mauro Coimbra, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
“É necessário sempre manter os fogões em boas condições de uso. Realizando as manutenções necessárias, o uso de mangueiras e registros com certificação do Inmetro, dentro da validade do produto. Ter cuidado com vazamento de gás, o que pode causar asfixia ou risco de explosão ambiental e incêndio. Lembrando que os botijões de gás utilizados nas residências são bastante seguros em relação à explosão, porque eles possuem um dispositivo de segurança, uma válvula de alívio, que impede que exploda. Então o risco de explosão é do ambiente.”
O presidente do Sindigás, Sérgio Bandeira de Mello, explica que, no caso brasileiro, a discussão mais importante é o alto percentual de famílias que não têm acesso aos fogões a gás.
“A nossa preocupação de verdade aqui no Brasil é que tem um dado estarrecedor da Empresa de Pesquisas Energéticas que mostra que, no Brasil, lamentavelmente, a gente ainda tem 26% de participação da lenha na matriz energética residencial. Então aí nós estamos falando de coisa séria, aí nós estamos falando efetivamente, independente de tiragem ou não de ar, você tem um volume muito grande de contato das famílias com esses gases tóxicos e, especialmente, com particulados, que aí você tá falando de uma quantidade de particulados importante”, afirma.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14 milhões de lares preparam alimentos com lenha ou carvão. Isso representa uma alta de 27%, ou mais três milhões de domicílios, em relação aos dois anos anteriores à pesquisa.