Exame

14/08/2024 03:00h

Documento, com base na resolução 786/2023 da Anvisa, orienta sobre exigência de local e profissionais legalmente habilitados

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As farmácias autorizadas a realizar testes de HIV, sífilis, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) devem ficar atentas à nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde (MS). Segundo o documento, elas precisam atender aos requisitos previstos na resolução da Anvisa (RDC Nº 786/2023), que exige local e profissionais legalmente habilitados para realizar os exames.

Além disso, diferentemente das farmácias comuns, esses estabelecimentos devem estar integrados à rede de diagnóstico, assistência à saúde e vigilância.
A professora do curso de Farmácia da Universidade de Brasília (UnB) Micheline Marie Meiners destaca o papel das farmácias na prestação de serviços de saúde à comunidade.

“A farmácia é considerada um estabelecimento de saúde que vai prestar serviços à comunidade, tanto na dispensação e venda dos medicamentos, como de outros serviços farmacêuticos, entre eles, a realização dos testes rápidos, a aplicação de vacinas, de injetáveis, a consulta farmacêutica, entre outras coisas.”

Capacitação e cuidados

A professora Micheline Meiners reforça a importância das farmácias terem um profissional bem capacitado para realizar os exames rápidos de ISTs. “No caso, o farmacêutico com capacitação e habilitação na área pode realizar o teste em uma farmácia que tenha recebido licenciamento sanitário para realizar essa atividade”.

“É muito importante que os profissionais estejam capacitados, até para que os resultados não sejam comprometidos. Hoje, durante a formação do farmacêutico, tanto os testes rápidos como a aferição de alguns outros parâmetros — como pressão arterial, glicemia capilar, oximetria — já são abordados em disciplinas no curso”, recomenda.

A especialista também detalha os cuidados antes da realização dos testes.

“Dentro da farmácia tem que ter um local para a realização desses testes. Nesse local, o profissional deve se paramentar, ou seja, colocar os equipamentos de proteção individual para realizar os procedimentos: luvas, máscara e jaleco. Todos os materiais que vão ser usados devem ser descartáveis e ser mostrados à pessoa que vai realizar o teste para mostrar que todo o material é descartável e está adequado.”

Os testes rápidos para detecção de ISTs geralmente são feitos por meio de punção digital, ou seja, uma pequena gota de sangue extraída da ponta do dedo do paciente. Micheline Meiners reforça a importância da higienização para a coleta do material.

“O local onde vai ser feita a punção digital deve ser higienizado com álcool 70%. Essa punção deve ser realizada com uma lancetadora descartável e todo o material utilizado deve ser descartado corretamente. Após a realização do teste rápido, o farmacêutico deverá entregar à pessoa uma declaração de serviço farmacêutico com o resultado do teste realizado. O resultado pode ser reagente, não reagente, ou o teste foi inválido por algum motivo.”

Em nota ao portal Brasil 61, o Ministério da Saúde informou que o teste rápido tem a finalidade de triagem, sem fins confirmatórios, já que “a conclusão do diagnóstico permanece sendo feita apenas pelo serviço de saúde”.

Crianças e adolescentes

A nota técnica do Ministério da Saúde traz ainda orientações para a realização dos testes rápidos de ISTs em crianças e adolescentes. De acordo com o documento, quando se tratar de:

  • crianças de até 12 anos incompletos: a testagem e a entrega de exames devem ser feitas exclusivamente com a presença dos pais ou responsáveis;
  • adolescentes de 12 a 18 anos: após avaliação das condições de discernimento do paciente, a realização do exame fica restrita à vontade dele, bem como o compartilhamento do resultado com outras pessoas.

O Ministério da Saúde informa ainda que os exames realizados em farmácias autorizadas que positivarem para HIV não deverão ser notificados. No entanto, a pasta recomenda que o estabelecimento crie um fluxo com as vigilâncias epidemiológicas locais para informação e encaminhamento dos casos reagentes identificados.

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08/05/2024 00:07h

Neste episódio o endocrinologista, Marcio Aurélio Silva Pinto, fala sobre os exames de rotina para controle da glicemia.

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O maior receio de quem tem diabetes tipo 2 é desenvolver as complicações que a doença pode causar no longo prazo. No entanto, é possível reduzir esse risco controlando não apenas a glicose no sangue, mas também outros fatores de risco, como pressão arterial e colesterol alto. A avaliação desses parâmetros é feita através das consultas regulares e da realização de alguns exames tanto para avaliar se as metas de controle desses parâmetros estão sendo atingidas, quanto para identificar o mais rápido possível o aparecimento de complicações.


Para os pacientes que não utilizam insulina, geralmente são suficientes a medição da glicemia em jejum e o teste de hemoglobina glicada, ambos feitos por meio de exames de sangue. Lembrando que a hemoglobina glicada é um exame que representa sua média de glicose no sangue dos últimos três meses. 


Por outro lado, os pacientes que fazem uso de insulina precisam de uma avaliação mais abrangente. Além da glicemia em jejum e da hemoglobina glicada, é necessário monitorar os níveis de glicose no sangue de forma mais frequente, seja através de testes de glicemia capilar, a chamada ponta de dedo, ou monitoramento contínuo da glicose no tecido subcutâneo através de aparelhos.


De quanto em quanto tempo é recomendado que faça os exames de controle?


As dosagens no sangue da glicemia de jejum e hemoglobina glicada devem ser realizadas a cada três a quatro meses. O controle do colesterol também é muito importante no paciente com diabetes e deve ser avaliado a cada seis meses com dosagens do sangue.


Ao menos uma vez por ano, o paciente com diabetes deve ser avaliado quanto a presença de fatores cardiovasculares como pressão alta, idade, histórico familiar de doença cardiovascular precoce e outros parâmetros e a partir disso, avaliar a necessidade de outros exames cardíacos.


Sabendo quais fatores de risco o paciente apresenta, ele é classificado em baixo, intermediário, alto ou de muito alto risco de doença cardiovascular. Nos casos de alto ou muito alto risco, cabe ao médico intensificar as mudanças de estilo de vida, o tratamento do colesterol e introduzir medicamentos para diabetes que ajam de forma mais efetiva e também na prevenção desses eventos cardíacos. 


O acompanhamento do paciente diabético deve ser feito de perto com consultas regulares e exames frequentes, não se agendar e programar os seus atendimentos conforme a orientação do seu médico, e principalmente, não perca o segmento com o seu médico e não falte nas consultas.


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.

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25/03/2024 00:02h

Quem não realizar o exame pode ser punido com multa e sete pontos na carteira

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Os condutores que não realizarem o exame toxicológico serão multados mesmo se não estiverem dirigindo, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Os condutores das categorias C, D e E têm até  o dia 31 de março para regularizar a situação, nos casos  em que o vencimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) seja entre janeiro e junho. Para os motoristas com CNH vencendo entre julho e dezembro, o prazo para fazer o teste é até 30 de abril. 

A multa será aplicada após 30 dias do vencimento do exame no valor de R$ 1.467,35, além de sete pontos na CNH. O advogado especialista em direito do trânsito Marcelo Araújo  explica que realizar o exame é importante não apenas pelo vencimento do prazo. Ele argumenta que a ingestão de substâncias que alterem a percepção psicomotora da pessoa pode ser determinante na ocorrência de acidentes no trânsito. 

“A partir do momento que você começa a usar métodos para minimizar esses riscos, logicamente você está preservando a segurança do trânsito. Então o objetivo principal — e aí logicamente nós devemos nos curvar a essas ações — elas são justamente para isso, para assegurar, na medida do possível, a segurança do trânsito”, ressalta. 

O advogado especialista em direito do trânsito Armando de Souza concorda. “A importância desse exame toxicológico é a proteção da vida, maior patrimônio de um ser humano. Essa proteção da vida é um objetivo do Código de Trânsito Brasileiro, o CTB, hoje vigente”, reforça.

De acordo com a Senatran, 2,4 milhões de motoristas das categorias C, D e E, com CNHs válidas e vencidas, ainda não realizaram o exame toxicológico em todo o território nacional. 
 

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12/02/2024 04:00h

Infectologista destaca importância do diagnóstico precoce para tratamento eficaz da dengue

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A Fiocruz vai dobrar a produção de testes de dengue a pedido do Ministério da Saúde. Segundo a instituição, além dos 300 mil testes que iriam ser entregues ao longo do ano, outros 300 mil testes emergenciais vão ser ofertados ainda nos primeiros meses de 2024. Os primeiros devem ser entregues nas próximas semanas.

Os testes oferecidos pela Fiocruz são do tipo RT-PCR, feito por biologia molecular. As análises permitem confirmar a infecção e identificar o sorotipo circulante de dengue (1, 2, 3 e 4), além de zika e chikungunya. Existem outros dois tipos de testos, o exame de antígeno NS-1 e a sorologia.

Os testes contra a dengue estão disponíveis em unidades básicas de saúde, hospitais de campanha e laboratórios. Desde maio de 2023, o teste também é oferecido em farmácias. No entanto, o exame precisa ser feito por um profissional da saúde. Não é necessário ter pedido médico para o exame nem estar em jejum.

Conforme a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o número de exames de dengue realizados na rede privada aumentou 101% na comparação entre as semanas de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024  e a semana de 21 a 27 de janeiro de 2024 (última atualização dos dados).

Quais são os sintomas da dengue

A dengue é uma doença infecciosa que pode ser assintomática (sem sintomas) ou pode apresentar quadros mais graves.  A infectologista Larissa Tiberto destaca os principais sinais da doença. 

“Os sinais e sintomas da dengue são: febre, dores de cabeça, dores abdominais, náusea, vômitos e diarreia, dores articulares e dor no fundo dos olhos. A orientação é que, em caso de suspeita de dengue, procure imediatamente um serviço de saúde, pois a automedicação é extremamente perigosa”, orienta.

A auxiliar de saúde bucal Fabiana Gonçalves, de 45 anos, moradora de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, foi diagnosticada com dengue no início de fevereiro. Ela conta que por ter lúpus — uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, articulações, etc. — a intensidade dos sintomas foram piores.

“Comecei tendo calafrios, febre, muita dor no corpo, moleza, indisposição. Os sintomas foram só piorando. Eu fui para a UBS do Guará, lá eles me atenderam. Fizemos o teste da dengue, que deu positivo. Minhas plaquetas estavam 30.000, então já fui internada. Com a medicação já fui melhorando. Mas a dengue é horrível, é a pior doença que eu já tive. Os sintomas debilitam a gente. A gente fica muito mal, não consegue fazer nada”, comenta.

Por apresentar características clínicas iniciais parecidas com as da gripe e resfriado, o diagnóstico e o tratamento da dengue devem ser feitos o mais rápido possível para evitar complicações graves, como explica a infectologista Larissa Tiberto.

“A importância do diagnóstico precoce é realizar o tratamento de forma precoce, ingerindo muita água e sintomáticos, como analgésico para dor e antitérmico para febre. É extremamente contra indicado o uso de anti-inflamatórios, pois ele pode propiciar a dengue hemorrágica”, destaca. 

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02/02/2024 04:15h

São Paulo é o estado com maior número de condutores que ainda não realizaram o exame

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Acre, Amazonas, Maranhão, Paraíba, Piauí e São Paulo são os estados que lideram a lista de motoristas com pendências no exame toxicológico, de acordo com levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Ao todo, no país, 1.162.058 condutores se encontram com o exame vencido por mais de 30 dias.

Em números absolutos, São Paulo é o estado com maior número de motoristas das categorias C, D e E que ainda não realizaram o exame no país. Até o dia 26 de janeiro, 335.822 condutores — o que representa 14,7% do total dos registrados no estado nessas categorias — ainda precisavam regularizar a situação. 

O caminhoneiro Paulo Gomes, 33, que mora na cidade de Pé de Serra, na Bahia, já está ciente que vai precisar fazer o exame este ano e, na opinião dele, é um procedimento importante.

“É um exame simples, apesar de um pouco invasivo, mas eu acho necessário. Mais necessário ainda que fosse para todos. O preço é um pouco salgado, mas como é feito a cada dois anos e meio não fica tão puxado, devido ao intervalo entre um e outro”, opina. 

Para o exame toxicológico é preciso colher parte dos pelos da perna ou braços ou até mesmo do cabelo. Ele é capaz de identificar o uso de substâncias utilizadas por períodos de aproximadamente 90 dias.

O teste é obrigatório, a cada 30 meses, para os portadores de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E, que dirijam caminhões ou ônibus, por exemplo. O preço pode variar entre R$110 e R$300 a depender da região. 

A pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Transportes, da Universidade de Brasília (UnB), Zuleide Feitosa diz que as consequências da não-realização do exame são para toda a sociedade. 

“Um condutor que usa qualquer substância psicoativa, ou seja, aquelas que são proibidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, ele está colocando a própria vida em risco e está colocando a vida dos outros atores do trânsito em um grande risco. É muito preocupante e alarmante os números que acompanhamos de acidentes graves e gravíssimos por conta de uma não responsabilidade assumida”, avalia. 

De acordo com o último levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2022, o número de acidentes com vítimas aumentou de 0,2%. Já o número de mortes subiu 0,7% na comparação com o ano anterior. A rodovia com o maior número de registros foi a BR-101, onde foram registrados 9.079 acidentes com vítimas.

Prazos

Inicialmente, o prazo previsto para que a irregularidade começasse a ser convertida em multa era 29 de janeiro.

Agora, motoristas das categorias C, D e E têm novos prazos para resolver a pendência. Quem tem CNH válida entre janeiro e junho será multado a partir de 1º de maio. Caso a validade da carteira expire entre julho e dezembro, as multas começam a ser aplicadas a partir de 31 de maio. 

A infração para quem for flagrado com o exame vencido por mais de 30 dias é gravíssima, com multa de R$ 1.467,35 e menos sete pontos na carteira.

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27/12/2023 13:00h

Motoristas receberão alerta para realização do exame via aplicativo da Carteira Digital de Trânsito

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Os motoristas que ainda não fizeram o exame toxicológico devem ficar atentos ao último dia para regularizar a situação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O prazo se encerra nesta quinta-feira (28). O teste é obrigatório para os conduotres habilitados nas categorias C, D e E. A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) vai enviar um alerta via aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT).

A Senatran informa que os motoristas das categorias C, D ou E flagrados dirigindo com o exame toxicológico vencido por mais de 30 dias serão multados a partir de 28 de janeiro de 2024. A penalidade de multa para a infração prevista na Lei 14.599/2023 é de R$ 1.467,35 e sete pontos na CNH.

O advogado Marcelo Araújo, especialista em direito do trânsito, explica que a medida não será aplicada apenas pelo mero vencimento do prazo. “O artigo 165D — sinais que demostrem alteração da capacidade psicomotora — prevê a infração ocorrendo, em consequência a multa, se a pessoa também estiver dirigindo por ter uma inviabilidade técnica para isso”, acrescenta.

Para Marcelo Araújo, a ingestão de substâncias que alterem a percepção psicomotora da pessoa pode ser determinante na ocorrência de sinistro. “A partir do momento que você começa a usar métodos para minimizar esses riscos, logicamente você está preservando a segurança de trânsito. Então o objetivo principal, e aí logicamente nós devemos nos curvar a essas ações, elas são justamente para isso, para assegurar, na medida do possível, a segurança do trânsito”, ressalta.

O advogado especialista em direito do trânsito Armando de Souza concorda. “A importância desse exame toxicológico é a proteção da vida, maior patrimônio de um ser humano. Essa proteção da vida é um objetivo do Código de Trânsito Brasileiro, o CTB, hoje vigente”, reforça.

Motoristas devem ter atenção

Na opinião do advogado especialista em direito do trânsito Armando de Souza, é importante que os motoristas se preocupem com os prazos e com a realização do exame.

“A orientação que eu dou aos motoristas é que eles cumpram com a sua obrigação legal e, com isso, contribuam para a proteção da sua própria vida, sob pena de serem impedidos de obter ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação”, alerta.

De acordo com o Senatran, as demais infrações relativas ao exame toxicológico, previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), necessitam previamente de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Até que a decisão do Conselho seja publicada, as infrações não estão sujeitas à fiscalização, cobrança ou exigência pelos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito (SNT). Ou seja, os motoristas só serão submetidos à fiscalização quando acontecer a regulamentação, por meio do Contran.

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23/12/2023 15:30h

A partir de 28 de janeiro de 2024, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) vai multar em R$ 1.467,35 — e adicionar sete pontos na CNH — os condutores flagrados com exames vencidos por mais de 30 dias

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Até 28 de dezembro de 2023, motoristas das categorias C, D ou E devem realizar o exame toxicológico nos laboratórios credenciados para evitar multas, conforme orientação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

A partir de 28 de janeiro de 2024, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) vai multar em R$ 1.467,35 e adicionar sete pontos na CNH aos condutores flagrados com exames vencidos por mais de 30 dias, em cumprimento à Lei 14.599/2023. A legislação estabelece um prazo de tolerância de 30 dias antes da infração ser considerada gravíssima.

Artur Morais, especialista em trânsito, esclarece o propósito do exame toxicológico e como ele contribui para a segurança nas estradas.

“É um teste que detecta alguma substância psicoativa nos últimos 90 dias. Serve para detectar se o motorista está utilizando alguma droga, porque essas drogas fazem com que ele tenha problemas ao dirigir, perde concentração, noção de segurança, de lateralidade, profundidade e bota em risco todos que estão no trânsito”, explica.  

De acordo com a Senatran, as infrações ligadas ao exame toxicológico no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) aguardam regulamentação do Contran antes de serem fiscalizadas ou aplicadas pelo Sistema Nacional de Trânsito (SNT). O que significa que, por enquanto, condutores de veículos das categorias ACC, A e B, bem como as disposições dos artigos 165-C e 165-D do CTB, não estão sujeitos à fiscalização ou penalidades até que o Contran publique as normas específicas.

Acidentes no trânsito

Zuleide Feitosa, pesquisadora do departamento de Psicologia Social e Trabalho da Universidade de Brasília (UnB), avalia que o exame toxicológico é importante para reduzir os números de acidentes nas estradas. 

“As rodovias brasileiras são mortíferas e muitos desses acidentes que são mortais, tirando a vida do próprio condutor, de outros condutores e passageiros que estão na estrada, são por conta da falta responsabilidade de uma única pessoa que tomou uma decisão inconsequente e trouxe transtornos para várias famílias simultaneamente”, expõe.  

No primeiro semestre do ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 9.057 acidentes atribuídos à reação lenta dos condutores. Muitos desses incidentes, que ocasionaram 567 mortes e 10.142 ferimentos, são devido à distração dos motoristas, incluindo o possível uso de substâncias que afetam a atenção e a resposta ao volante.

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06/12/2023 04:00h

A medida é válida para motoristas das categorias C, D e E

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Os motoristas das categorias C, D e E poderão ser multados a partir do dia 28 de janeiro se não estiverem com o exame toxicológico em dia. O prazo final para realizar é 28 de dezembro. Após 30 dias o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê infração gravíssima.

A multa estava suspensa desde 2022, após uma medida provisória. Na época, o governo havia justificado que a pandemia e o aumento do preço dos combustíveis dificultavam a realização do exame. No entanto, o presidente Lula sancionou, em junho deste ano, a Lei Federal 14599/23 que retoma a obrigatoriedade. 

O especialista em trânsito Artur Morais explica qual a função do exame e por que ele garante mais segurança. 

“É um teste que detecta alguma substância psicoativa nos últimos 90 dias. Serve para detectar se o motorista está utilizando alguma droga, porque essas drogas fazem com que ele tenha problemas ao dirigir, perde concentração, noção de segurança, de lateralidade, profundidade e bota em risco todos que estão no trânsito”, explica. 

O exame tem validade de 30 meses, pode ser feito em clínicas credenciadas e custa em média R$ 135. Quem não realizar o teste, pagará uma multa de R$ 1.467,35 e levará sete pontos na CNH.

Acidentes 

Os números de acidentes nas rodovias brasileiras chamam a atenção. No primeiro semestre deste ano, a PRF registrou 9.057 acidentes em rodovias federais apenas relacionados à reação tardia dos motoristas, que pode ser provocada pela falta de atenção, inclusive por uso de alguma substância. Essas ocorrências resultaram em 567 mortes e 10.142 feridos.

A pesquisadora do departamento de Psicologia Social e Trabalho da Universidade de Brasília (UnB) Zuleide Feitosa diz que o exame toxicológico é importante para reduzir os números de acidentes nas estradas. 

“As rodovias brasileiras são mortíferas e muitos desses acidentes que são mortais, tirando a vida do próprio condutor, de outros condutores e passageiros que estão na estrada, são por conta da falta responsabilidade de uma única pessoa que tomou uma decisão inconsequente e trouxe transtornos para várias famílias simultaneamente”, avalia. 

No ano passado foram gastos, aproximadamente, R$ 13,4 bilhões em decorrência de acidentes, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o que representa o dobro do que foi investido pelo governo em obras de infraestrutura nas rodovias.

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18/11/2023 04:45h

Um levantamento do Inca mostra que o câncer de próstata ainda é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país

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O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, espalhar-se para outros órgãos e causar a morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Mas existem situações que levantam um alerta para a doença. O urologista, andrólogo e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) Emir de Sa Riechi diz que os sintomas do câncer de próstata são relacionados, basicamente, ao fator urinário.

“A próstata altera o hábito urinário quando ela cresce, independente se é tumor maligno ou benigno. Os principais sintomas que o homem geralmente percebem são o aumento da próstata, a alteração do jato urinário e, às vezes, a retenção urinária”, explica.

Na opinião do especialista, assim que forem observadas qualquer alteração em relação à urina é recomendável fazer exames para investigar o câncer de próstata.

“Na fase avançada do câncer de próstata pode ter diagnóstico de sangramento através do esperma, que chama-se hemospermia. Mas esse é um diagnóstico já avançado. Então, os diagnósticos primários, iniciais do câncer de próstata, basicamente são sintomas urinários” — aponta.

De acordo com o médico, dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, são sinais de atenção para buscar uma unidade de saúde.

Prevenção como diagnóstico

Um levantamento do Inca mostra que o câncer de próstata ainda é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Também é a segunda causa de morte por câncer nesse público. Conforme os estudos, no Brasil, estimam-se 1.730 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025. 

O urologista, andrólogo e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Emir de Sá Riechi, revela que, a partir do momento que a pessoa não procura ajuda, ela pode ter um diagnóstico tardio da doença dificultando a cura. O especialista explica que o que facilita a cura da doença, como qualquer outro câncer, é o diagnóstico precoce. No entanto, ressalta:

“O principal objetivo da prevenção do câncer de próstata, como o câncer de mama e útero, por exemplo, é o diagnóstico precoce. Então, o objetivo da prevenção é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo se fizer o diagnóstico, melhores as chances de cura”. Emir de Sá complementa: “Não tem como evitar o câncer de próstata, o câncer de mama, com exames. O exame é feito para uma prevenção precoce, um diagnóstico precoce”, salienta.

O preconceito ainda é um obstáculo para a prevenção do câncer de próstata. Mas para Frederico Galvão, de 43 anos, formado em Relações Internacionais, é importante deixar as preocupações de lado e colocar a saúde em primeiro lugar.

“Aqui em casa somos três irmãos. Eu e o meu irmão mais velho já fazemos exames periódicos exatamente de dois em dois anos para prevenção do câncer de próstata, prevenção de doenças regulares também, porque depois dos 40 é importante você fazer um check-up”, avalia.

Histórico familiar

O médico Emir de Sa Riechi explica que o fator familiar não deve ser deixado de lado. “Homens com pais, tios e avós com câncer de próstata têm maior tendência, não quer dizer que vão ter câncer de próstata. Mas o que aumenta o risco é o fator familiar”, conta.

Mas, além disso, o especialista ainda destaca: “Também existe bem determinado que pode haver o risco de uso de hormônios, principalmente esteroides, anabolizantes. Ele não aumenta o risco, ele não produz o câncer de próstata, mas ele pode desencadear o processo mais precocemente”, alerta.

Conforme Riechi, na fase avançada do câncer de próstata, pode ser diagnóstico sangramento através do esperma, que se chama hemospermia. “Esse é um diagnóstico já avançado. Então, os diagnósticos primários, iniciais do câncer de próstata, basicamente são sintomas urinários.”

O Inca informa que a idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo mais incidente em homens a partir de 60 anos, bem como, obesidade para tipos histológicos avançados. Destaca-se também a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho, sendo responsável por 1% dos casos de câncer de próstata.

Campanha Novembro Azul

O mês de novembro é dedicado à conscientização e prevenção do câncer de próstata. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece informação e atendimento com equipes multiprofissionais aptas a realizarem diagnóstico e acompanhamento. Além de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos, procedimentos cirúrgicos e tratamento em hospitais habilitados em oncologia. 

Conforme dados do INCA, quanto à mortalidade a Região Sudeste aparece com o maior número de casos no Brasil, em 2021, sendo os estados São Paulo (3.428), Minas Gerais (1.673) e Rio de Janeiro (1.448) com o maior número. Em seguida, vem a Região Nordeste com Bahia (1.407), Pernambuco (762) e Ceará (717) liderando em casos. A Região Sul aparece em terceiro lugar, destacando-se Rio Grande do Sul (1.291), Paraná (1.042) e Santa Catarina (534). Já a Região Norte apresenta Pará (395), Amazonas (194) e Tocantins (132) como os estados com mais casos. Por fim, a Região Centro-Oeste tem Goiás (516), Mato Grosso (252) e Mato Grosso do Sul (225) como os mais afetados. 

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10/11/2023 15:15h

Segunda etapa do exame é realizada neste domingo (12) em todo o país

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Acontece neste domingo (12) a segunda fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, quando os candidatos realizam as provas de Matemática e Ciências da Natureza. E nesta reta final, os 3,9 milhões de estudantes inscritos precisam adotar estratégias para controlar a ansiedade e garantir a tranquilidade necessária para fazer uma boa prova. 

Cuidar da saúde mental e não querer passar os últimos dias antes do exame estudando novos conteúdos é fundamental. O indicado é fazer uma revisão das questões ou rever algumas fórmulas. Neste momento, é mais importante tentar se distrair para evitar a tensão da véspera. 

É o que a estudante Maria Eduarda Gonçalves, de 18 anos, decidiu fazer. No sábado ela optou por sair com as amigas. “É muita pressão, você fica pensando se vai passar ou não… A minha estratégia é dormir cedo para dar conta do dia, estudar, e me distrair um pouco”, conta. 

O psicólogo Augusto Jimenez explica que esse é o caminho para estar bem no dia da prova, mas ele ainda acrescenta outras três dicas básicas para ter sucesso no Enem: fazer atividades físicas, respeitar o seu tempo e contar com apoio psicológico. “Dormir bem é essencial, porque é à noite que o nosso cérebro realmente vem a executar funções necessárias no bom funcionamento, ajudando muito no aprendizado diário”. 

Por se tratar de um período de escolhas sobre futuro e carreira para muitos jovens, a ansiedade costuma estar em alta e o apoio psicológico é valioso. “Ajuda a identificar e entender os seus sentimentos e é uma das chaves para uma saúde psíquica ainda melhor”, observa Jimenez. 

Provas 

O Enem é composto por 180 questões objetivas e uma redação. A primeira etapa foi realizada no último domingo (5), com as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas, além da redação. Já no segundo dia de provas, são 45 questões de Ciências da Natureza e 45 questões de Matemática.

O exame começa às 13h30 e vai até as 18h30, mas os portões dos locais de prova são fechados às 13h (horário de Brasília). O gabarito oficial será divulgado no dia 24 de novembro e os resultados estão previstos para 16 de janeiro de 2024.

O Enem é atualmente a principal forma de ingresso na educação superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados também são utilizados para programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
 

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