Coronavac

Saúde
26/01/2023 15:15h

A entrega faz parte das negociações do Ministério da Saúde com o laboratório norte-americano para o adiantamento das remessas

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Mais de 7,7 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 da Pfizer para crianças de 6 meses a 11 anos de idade chegaram ao Brasil. A entrega é parte do aditivo de 50 milhões de doses e fruto das negociações do Ministério da Saúde com o laboratório norte-americano para o adiantamento das remessas. Os lotes desembarcaram no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

As doses serão divididas em dois lotes. O primeiro de 7,2 milhões e o segundo de 550 mil doses. Ao todo, serão 4,5 milhões de vacinas direcionadas para as faixas etárias de 6 meses a 4 anos e 3,2 milhões de doses destinadas ao público de 5 a 11 anos. As vacinas passarão por análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e serão distribuídas para todos os estados e o Distrito Federal nos próximos dias. Com a chegada da remessa, a intenção do governo federal é ampliar a campanha de vacinação para esta faixa etária. 

O Ministério da Saúde reforça que a vacinação das crianças é fundamental para proteger esse público contra formas graves da Covid-19 e evitar mortes por causa da doença. Os imunizantes são seguros e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É o que atesta o médico infectologista consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Daher. 

“Hoje, temos recomendado a vacinação das crianças e não estamos conseguindo fazer a vacinação porque não tem vacina. Então, isso é importante. A compra da vacina traz credibilidade para o programa”, explica o especialista. “Se vacinarmos as crianças contra a Covid-19, teremos formas mais brandas da doença, com redução da chance de internação com formas graves”, avalia. 

De acordo com dados técnicos do Ministério da Saúde, levando em conta registros até o início de dezembro de 2022, desde o início da pandemia, mais de 3.500 crianças e adolescentes já morreram por conta da Covid-19. Ao todo, já foram notificados mais de 57,3 mil casos em crianças e adolescentes de até 19 anos. Só no ano passado, foram 850 mortes causadas pela doença. 

A coordenadora do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, Andrea Jácomo, destaca a importância da chegada dessas novas vacinas para atender essa faixa etária. “Em 2022, em relação à síndrome respiratória aguda grave na faixa etária pediátrica, ou seja, os menos de 19 anos, nós tivemos mais de 20 mil casos. Do total, mais de 14, 5 mil tinham menos de 5 anos”, observa a médica. "Então, é muito importante que essas doses cheguem e que sejam distribuídas nos postos de saúde”, diz. 
 

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15/07/2022 17:00h

O podcast Giro Brasil 61 faz uma seleção dos principais fatos e acontecimentos noticiados pelo Brasil61.com durante a semana

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No episódio desta semana (15), o podcast Giro Brasil 61 traz os detalhes da aprovação do uso emergencial da Coronavac em crianças de 3 a 5 anos. Tem ainda a promulgação das Emendas Constitucionais do estado de emergência, do piso da enfermagem e do filtro de recursos no STJ. Nova lei sancionada pode desacelerar aumento da conta de luz. E você ainda fica sabendo sobre o caso raro de raiva no Distrito Federal, que acende alerta das autoridades de saúde.

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13/07/2022 20:10h

Estudos preliminares indicam eficácia e segurança do imunizante nessa faixa etária. A aplicação do imunizante nessa faixa etária deve ser feita com a mesma formulação e dosagem do imunizante aplicado em adultos e com posologia de duas doses e 28 dias de intervalo

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o pedido de uso emergencial da vacina Coronavac em crianças de 3 a 5 anos. A aplicação do imunizante nessa faixa etária deve ser feita com a mesma formulação e dosagem do imunizante aplicado em adultos, com posologia de duas doses e 28 dias de intervalo. Além disso, a equipe técnica da Anvisa recomendou que o imunizante não seja aplicado em crianças imunossuprimidas.

Para embasar a conclusão, foram apresentados diferentes estudos e realizadas reuniões técnicas com o Instituto Butantan (responsável pela produção da Coronavac), representantes da sociedade médica e do Ministério da Saúde do Chile, pesquisadores brasileiros e chilenos. 

Segundo a diretora da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas, os estudos de efetividade da vacina em crianças chilenas apresentaram uma eficácia de 55,86% contra casos de hospitalização. 

“Considerando a totalidade de dados avaliados, o contexto epidemiológico e a ausência de alternativa de proteção para crianças, a GGBIO [Gerência-Geral de Produtos Biológicos] aponta que a vacina Coronavac apresenta indicativo de benefício superior aos riscos, com resultados sugestivos de eficácia, segurança e imunogenicidade satisfatórios.”

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirma que o objetivo da autorização é oferecer mais uma opção aos gestores de saúde no enfrentamento da Covid-19. “É a nossa missão oferecer opções para que o Ministério da Saúde possa decidir utilizar, não utilizar. Não é de competência da Anvisa a decisão quanto à incorporação da Coronavac em programas de imunizações contra a Covid-19 em crianças de 3 a 5 anos. A decisão sobre quando, como e se a vacina será adotada se dará pelos gestores de saúde”.

Em nota, o Ministério da Saúde informa que "vai avaliar, junto à Câmara Técnica Assessora em Imunizações, o uso do imunizante nesta faixa etária".

Estudos científicos

Durante a 11ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada da Anvisa, foram apresentados estudos científicos sobre a eficácia e a segurança da Coronavac para crianças e adolescentes, dentre eles, o projeto Curumim. A pesquisa foi realizada no Espírito Santo, por pesquisadores da Secretaria Estadual de Saúde, Hospital Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Santa Casa de São Paulo, com crianças entre 3 e 17 anos, com duas doses da Coronavac no intervalo de 28 dias. 

Segundo a coordenadora do estudo, Valéria Valim, professora de medicina da UFES, a Coronavac se mostrou segura e eficaz no grupo pesquisado.

“A Coronavac, em crianças de 3 e 4 anos, se mostrou segura e com imunogenicidade não inferior a crianças maiores de 5 anos, adolescentes e adultos. Essas crianças de 3 a 4 anos são capazes de induzir títulos maiores de anticorpos se comparado com crianças maiores de 5 anos, adolescentes e adultos. A Coronavac foi menos reatogênica se comparada a Pfizer. E não houve efeitos adversos graves, internações ou mortes, em todas as faixas etárias.”

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Covid-19: Duas crianças menores de 5 anos morrem por dia, em média, no Brasil

O presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi, ressaltou a importância da imunização contra a Covid-19 em crianças de 3 a 5 anos de idade. “De fato, a doença é menos grave nas crianças do que nos adultos, mas isso não significa que ela não traga risco de hospitalização e morte. Esse risco é comparável ou até mesmo maior do que o risco de diversas outras doenças infecciosas, que hoje são alvo de programas de prevenção por meio de vacinas”.

“Entendemos que, a despeito de ainda haver lacunas no conhecimento do comportamento da Coronavac na população pediátrica, os dados hoje disponíveis demonstram um balanço de benefícios em relação à possibilidade de uso da vacina neste grupo etário”, avalia.

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01/07/2022 20:45h

Os dados, que são revisados e divulgados em boletins pelo Ministério da Saúde, também apontam que as crianças entre 29 dias e 1 ano são as mais vulneráveis. A vacina pediátrica está disponível para crianças acima dos cinco anos de idade

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Em 2020, 599 crianças de até 5 anos morreram pela Covid-19. No ano seguinte, período em que a letalidade da doença foi mais acentuada, a quantidade de mortes cresceu para 840. Esses números, coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), totalizam 1.430 mil crianças de até 5 anos vítimas da Covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia no Brasil. 

A média de duas mortes diárias, registrada em 2020 e 2021, parece se manter em 2022. De janeiro a 13 de junho, o Brasil registrou um total de 291 mortes por Covid-19 entre crianças menores de 5 anos. Os dados, que são revisados e divulgados em boletins pelo Ministério da Saúde, também apontam que as crianças entre 29 dias e 1 ano são as mais vulneráveis.

A vacina pediátrica está disponível para crianças acima dos 5 anos de idade. Sem doses disponíveis para o público abaixo dessa faixa etária, familiares ficam na expectativa para proteger os filhos contra o vírus.

Caderneta Vacinal em dia

Filipe Pimenta, 38 anos, é analista de departamento pessoal e é pai da Isabela, de 7 anos, e do Samuel, de 10 meses. Ele e sua esposa, Renata, contraíram Covid-19 há uma semana e a filha, imunizada com as duas doses contra o vírus, não apresentou sintoma algum da doença. Isabela tomou a segunda dose da Coronavac em fevereiro e sobre a decisão de levar a filha para vacinar, Filipe afirma:

“Foi uma decisão bem tranquila. Eu não tive medo nenhum, confio bastante na ciência. Acredito que as vacinas são bem seguras, ela não teve nenhum tipo de reação adversa, nada.”

Filipe espera que as doses sejam disponibilizadas para outras faixas-etárias para vacinar o filho Samuel e a família toda estar imunizada contra o vírus da Covid-19.

“Ele não tomou a vacina ainda até porque não chegou ainda, não está autorizada pra idade dele, mas, assim que liberar, ele vai tomar também”, finaliza.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), neste momento, avalia o pedido do Instituto Butantan para a indicação da vacina para crianças de 3 a 5 anos. A condução e o andamento das pesquisas clínicas é de responsabilidade dos laboratórios patrocinadores e dos pesquisadores. Cabe à Anvisa avaliar os resultados destas pesquisas.  
  
A Anvisa recebeu o pedido do Instituto Butantan para indicação da Coronavac a crianças nessa faixa etária no dia 11 de março. Nos dias 17 e 18 de março, a agência pediu ao instituto dados, resultados ou informações solicitados pela equipe técnica. Essas solicitações foram respondidas no dia 2 de junho.    

Na última semana, a Anvisa recebeu os últimos pareceres das sociedades médicas que estão colaborando com o processo de avaliação de vacinas para o público infantil e, como parte do processo de avaliação, realizou reuniões com o Butantan e especialistas externos da área médica que colaboram com a avaliação da vacina pela Anvisa.     

O processo segue em análise, e ainda não é possível antecipar a data de conclusão. Pedidos de outros laboratórios a fim de atender o público de 0 a 5 anos ainda não foram feitos. 

Vacinação prioritária

Como é a Covid-19 nas crianças

A manifestação do vírus da Covid-19 depende muito da faixa etária em que a criança se encontra, segundo a infectologista Joana D’arc. Recém-nascidos e bebês, que ainda não desenvolveram a comunicação falada, têm o processo de diagnóstico dificultado, porque não têm o mesmo processo de expressão que uma criança mais velha. Assim, a percepção dos familiares acaba demorando mais, pois os primeiros sinais da infecção são inespecíficos, como a criança mais irritada e sonolenta.

“De forma geral, os sintomas são parecidos com relação a febre, a coriza e os riscos de complicações respiratórias. A criança não vai ter, talvez, risco de alterações cardiovasculares, como acontece em alguns adultos que já tinham doenças crônicas de longa duração como hipertensão ou obesidade”, pontua a infectologista.

Ainda que os sintomas possam se manifestar de maneira mais branda nas crianças, a médica Joana salienta que cada faixa etária pode se comportar de maneira diferente ao entrar em contato com o vírus. Os recém-nascidos, por exemplo, têm a maior parte da proteção vinda da mãe. Logo, dependerá do tipo de imunidade que a mãe tinha durante a gestação e a amamentação. 

As crianças, de forma geral, adoecem menos que os adultos, porque não têm doenças crônicas nem passaram pelo processo de envelhecimento, fazendo com que a criança seja mais saudável, mais resistente. “Mas ela tem o risco de adoecimento, ela tem um risco de complicação como adulto”, alerta a médica.

Um dos pontos de atenção no tratamento de crianças e adolescentes com Covid-19 é o desenvolvimento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica. Quando já está curado, o paciente pode ter uma manifestação clínica diferente, desde surgimento de manchas vermelhas no corpo até quadros graves. Já é de conhecimento da comunidade médica que algumas crianças desenvolvem certos tipos de hepatite que podem estar associadas à infecção por Covid-19. Por isso, a vacinação tem se mostrado tão importante para o público pediátrico. “A vacina diminui a quantidade de agentes que podem causar síndrome respiratória aguda” finaliza a infectologista.

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12/02/2022 14:55h

Ministro da Saúde participou de evento neste sábado (12), em Maceió, para tratar da vacinação infantil contra Covid-19

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou de um evento sobre vacinação infantil contra a Covid-19, em Maceió (AL). O encontro ocorreu neste sábado (12).

Durante o ato, o chefe da Pasta afirmou que até o dia 15 de fevereiro, o ministério vai distribuir vacinas com quantidades suficientes para aplicar a primeira dose em todas as crianças com idade entre 5 e 11 anos no país.

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Queiroga também defendeu a não obrigatoriedade da vacinação de crianças com essa faixa etária, mas pediu que os pais levem os filhos para vacinar. 

“Qual país obrigou as crianças a se vacinarem? Nenhum. O povo brasileiro tem uma grande adesão à vacina. Busquem as vacinas. As vacinas estão aí! Vamos disponibilizar as vacinas para os pais e eu exorto a cada pai e cada mãe que levem seus filhos para a sala de vacinação”, disse.

Números da vacinação 

Na última terça-feira (8) o ministro disse que 55 dias após a aprovação da primeira vacina infantil contra a Covid-19 o percentual de crianças de 5 a 11 anos, que tomaram a primeira dose do imunizante, não passava de 15%.

Dados do Ministério da Saúde revelam que cerca de 55 milhões de brasileiros em condições de tomar a dose de reforço ainda não o fizeram. Até o momento, 45,8 milhões de pessoas já tiveram essa dose adicional aplicada.
 

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03/09/2021 18:15h

O Projeto S, estudo pioneiro do Instituto Butantan em Serrana, fez da cidade um “laboratório epidemiológico” de vacinação em massa. Nova etapa da ação será feita após ter sido observada uma queda na proteção do público idoso

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Após vacinar quase toda a população adulta em apenas três meses, o município de Serrana, em São Paulo, será o primeiro do Brasil a aplicar a 3ª dose da vacina contra a Covid-19 em todos os residentes idosos acima de 60 anos. A partir da próxima segunda-feira (6), o público alvo receberá o reforço do imunizante Coronavac. A ação se dá por meio do Projeto S, estudo de análise de efetividade vacinal, criado pelo Instituto Butantan.

Mesmo após terem completado o esquema vacinal das duas doses – ou dose única no caso da Janssen – cientistas notaram uma queda na imunidade adquirida pelos idosos. Isso ocorre devido à imunossenescência, ou seja, o envelhecimento natural do sistema de defesa. Por conta disso, o reforço passou a ser discutido e recomendado por especialistas, principalmente após o aumento de casos de Covid-19 por conta da variante indiana Delta.

“Quanto maior a circulação viral, maior a probabilidade de o vírus sofrer mutação. Se essa mutação for benéfica para o vírus e não para nós, ele se perpetua e é assim que nasce uma nova variante”, explica a infectologista Ana Helena Germoglio. “Com pouca circulação viral, nós podemos avaliar a penetração da variante Delta nos locais com alta incidência de pessoas vacinadas”, completa.

Berenice Alves da Rocha é assistente social e moradora de Serrana. Com 63 anos recém completados, ela se sente grata por participar do Projeto S e comemora a chance de tomar o reforço da vacina.

“Ela [a vacina] tem o objetivo de garantir maiores e melhores resultados quanto à doença. Eu tenho mais de 60 anos e estou muito feliz por poder tomar a terceira dose, com certeza vai me trazer mais tranquilidade e confiança para nossa faixa etária”, diz.

Vacinação através do Projeto S em Serrana, na presença do governador de São Paulo, João Dória. Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Por que Serrana?

A escolha de um município para o estudo era baseada em três critérios: precisaria ser pequeno; possuir taxa de infecção elevada para que o efeito de vacinação fosse avaliado mais rapidamente; e estar próximo ou conter um centro de pesquisa. Serrana foi escolhida por reunir os três fatores e ter números elevados de Covid-19 comparados a todos os municípios do entorno.

A imunização através do projeto teve início em fevereiro deste ano em Serrana. Em abril, a população serranense completou o esquema vacinal, alcançando uma cobertura de 97,9% em relação à primeira dose. Segundo pesquisadores do Projeto S, durante coletiva de imprensa em maio, a imunização do município com a Coronavac fez os casos sintomáticos de Covid-19 despencarem 80%, as internações 86%, e as mortes 95%. Ali começava a se consolidar um estudo pioneiro no Brasil e no mundo.

Infectologista do Hospital Brasília, a dra. Ana Helena Germoglio destaca qual a importância de um estudo como o Projeto S para o enfrentamento da pandemia: “Esse estudo de Serrana é interessantíssimo porque ele conseguiu vacinar uma população inteira praticamente em um curto espaço de tempo. E com isso, a gente tenta chegar mais próximo de uma imunidade coletiva em pouco espaço de tempo e realmente saber se a gente vai ou não conseguir extrapolar isso na proporção do País, talvez até para o mundo inteiro. E se realmente essa imunidade coletiva é alcançável.”

Terceira dose

Segundo o Instituto Butantan, a previsão é que cerca de 5 mil idosos recebam a dose de reforço através desta nova etapa do estudo. A ação tem sido realizada nas seguintes escolas localizadas em Serrana:

  • EE Jardim das Rosas
  • EE Professora Neusa Maria do Bem
  • EMEF Professora Dilce Gonçalves Netto França
  • EMEF Professor Edésio Monteiro de Oliveira
  • EMEF Paulo Sérgio Gualtieri Betarello
  • EMEF Professora Maria Celina Walter de Assis
  • EMEF Professora Dalzira Barros Martins
  • EMEF Jardim Dom Pedro I

Apesar da alta adesão pelos mais velhos, a imunização do público jovem também é crucial para o número de casos de idosos infectados. É o que aponta a dra. Ana Helena Germoglio:

“Todos os elegíveis à vacinação precisam estar vacinados para que todos se tornem seguros. E aí vai independer se tive duas, três ou quatro doses, enquanto tiver um que ainda não esteja protegido, todos estaremos desprotegidos.”

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Brasil

Outros municípios brasileiros também estão dando início à aplicação do reforço vacinal. Os estados de Mato Grosso do Sul e Maranhão já estão realizando o procedimento em idosos em instituições de longa permanência e acima de 70 anos. No Rio de Janeiro, o reforço começou no último dia 1° de setembro, mas para pessoas a partir de 90 anos moradores de asilos.

Já no estado de São Paulo, por uma decisão fundamentada no comitê científico do estado, a vacinação de reforço ocorre para os idosos acima de 60 anos, diferentemente da faixa dos 70 anos definida pelo Ministério da Saúde. Por último, o governo de Goiás também confirmou que fará a aplicação da terceira dose, mas ainda não forneceu maiores detalhes.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também chegou a confirmar a aplicação do reforço pelo País para meados de setembro.

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01/09/2021 14:00h

O estado prevê iniciar a imunização contra a Covid-19 no início do mês de setembro

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Após o Ministério da Saúde confirmar, na última quarta-feira (25), a necessidade da terceira dose da vacina contra a Covid-19, estados já se mobilizam para iniciar a imunização. A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informou, por nota, que a vacinação começará em setembro para idosos acima de 90 anos, para idosos que vivem em asilos, e também para imunossuprimidos, ou seja, pessoas que possuem sistema imunológico com baixa atividade. O esquema de vacinação será heterólogo, o que significa que a vacina usada não será a mesma das doses anteriores, como foi recomendado pelo Ministério da Saúde.

O carioca Miguel Felice, de 94 anos, recebeu com alegria a notícia da dose de reforço. “Que venha depressa! Isso [a vacina] me traz alegria, fico feliz em saber que vou tomar outra vacina, para mim foi uma tranquilidade. Estou até emocionado, obrigado pela terceira dose.”

A cidade do Rio de Janeiro já divulgou o cronograma de vacinação que inicia no dia 1º de setembro, paralelamente à vacinação de adolescentes. Do dia 1º ao dia 10, idosos que vivem em instituições de longa permanência receberão a terceira dose, a partir do dia 13 de setembro a vacinação segue até outubro, confira abaixo os calendários:

O município de Resende saiu na frente e deu início a imunização ainda no dia 30 de agosto. Os idosos residentes do Asilo Nicolino Gulhot receberam a dose de reforço nesta segunda-feira. A Secretaria Municipal informou que a dose utilizada foi a Pfizer e aguarda a chegada novas remessas de vacinas para divulgar informações sobre os próximos grupos que serão contemplados com a terceira dose.

Terceira dose em outros estados

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais informou que a vacinação de reforço está prevista para o início do mês de setembro, mas enfatiza que o cronograma só será divulgado posteriormente porque depende da disponibilidade de doses enviadas pelo Governo Federal. “De acordo com a NOTA TÉCNICA Nº 27/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS, a administração de dose de reforço de vacinas contra a Covid-19 contemplará os idosos que deverão ser imunizados 6 meses após a última dose do esquema vacinal (segunda dose ou dose única), independente do imunizante aplicado”, afirmou a pasta.

O secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, explicou que a vacinação seguirá o esquema heterólogo da seguinte forma, "quem tomou Coronavac seu reforço vai ser ou com Astrazeneca ou com Janssen ou com Pfizer. Quem tomou Astrazeneca o reforço poderá ser dado ou por Coronavac ou com Pfizer."

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O Rio Grande do Sul deve iniciar a nova etapa de vacinação ainda na primeira quinzena de setembro, no dia 15. O estado estima que 1 milhão de idosos acima de 70 anos, e pessoas com alto grau de imunossupressão, receberão a dose de reforço. “Estão incluídos na nova vacinação: pacientes com imunodeficiência primária grave, em quimioterapia para câncer, transplantados com uso de drogas imunossupressoras, portadores de HIV com uma contagem de células CD4 abaixo de 200 por milímetro cúbico, usuários do corticóide prednisona ou equivalente em doses acima de 20m por dia por mais de duas semanas, usuários de drogas modificadoras da resposta imune, pacientes em hemodiálise, pacientes com doenças reumatológicas, auto inflamatórias e intestinais inflamatórias graves". Detalhou a Secretaria de Saúde por nota.

Na Paraíba ainda não foi definido o início da vacinação, apenas o público-alvo, ou seja, idosos maiores de 70 anos. “A Paraíba segue rigorosamente as orientações do Programa Nacional de Imunização (PNI), por isso ainda aguardamos informações detalhadas a respeito da aplicação da dose de reforço”. Informou a Secretaria de Saúde da Paraíba.

Porque doses de vacinas diferentes?

O infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, esclarece que o intercâmbio de vacinas heterólogas é seguro e pode ser ainda mais eficaz, de acordo com estudos. “Esquemas alternativos podem se traduzir por respostas imunes mais robustas, em função de um estímulo no sistema imunológico por mais uma via diferente através dessas vacinas de plataformas diferentes”.

Em relação às reações que a vacina pode provocar, o infectologista disse que são semelhantes aos que se sente quando a imunização é feita por doses iguais e garante “não há porque temer efeitos colaterais mais importantes”.

Ele também afirma que estudos com a vacina da Pfizer e Astrazeneca não demonstraram respostas inferiores em relação aos esquemas de vacinação homólogos. “Temos a necessidade de revacinação de boa parte da população, mais imunossuprimida ou idosa, e essas vacinas de plataforma de RNA mensageiro, como a Pfizer, se mostraram mais imunogênicas, ou seja, com uma resposta imune melhor, então ela tem sido a opção para esse grupo que vai receber a dose de reforço."

Em nota publicada na última quarta-feira (25), o Ministério da Saúde afirmou que a dose reforço vale para “quem tomou qualquer vacina contra a Covid-19 no Brasil e será realizado, preferencialmente, com uma dose da Pfizer. Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou Astrazeneca”. O ministério também definiu que a dose de reforço para idosos acima de 70 anos precisa ter um intervalo de 6 meses desde a última dose (segunda dose ou dose única em casa da vacina Janssen). Para imunossuprimidos o intervalo deve ser de pelo menos 28 dias.

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06/08/2021 10:30h

O envase e a rotulagem da vacina começam nesta sexta-feira (6) e devem durar de 15 a 20 dias

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O Instituto Butantan recebeu, nesta quinta-feira (5), mais 4 mil litros de insumo farmacêutico ativo (IFA), matéria-prima para a produção da vacina contra o coronavírus CoronaVac. A carga chegou no início da manhã vinda de Pequim, na China, enviada pelo laboratório Sinovac.

Os insumos são suficientes para fabricar até 8 milhões de doses do imunizante. O envase e a rotulagem da vacina começam nesta sexta-feira (6) e devem durar de 15 a 20 dias.

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No último domingo (1º), o instituto recebeu 2 mil litros de matéria-prima, que possibilita a produção de 4 milhões de doses. A expectativa é que no próximo domingo (8) cheguem mais 2 milhões de doses prontas da vacina.

O Butantan já entregou para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) 64,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19. O instituto assinou dois contratos com o Ministério da Saúde para o fornecimento de um total de 100 milhões de doses.

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23/07/2021 17:40h

O podcast Giro Brasil 61 faz uma seleção dos principais fatos e acontecimentos noticiados pelo Brasil61.com durante a semana

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Nesta sexta-feira (23), vamos falar sobre os principais acontecimentos abordados no portal Brasil61.com durante a semana. 

O governo federal enviou ao Congresso Nacional a segunda fase da reforma tributária. O texto diz respeito a mudanças no Imposto de Renda de pessoas físicas, empresas e investimentos. Sobre saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que a AstraZeneca realize estudos para avaliar a possibilidade de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. E começando essa edição do podcast, vamos falar sobre o número de pessoas desaparecidas no país e as maiores dificuldades dos familiares. 

Quer saber tudo? Aperte o play e escute o Giro Brasil 61.  

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23/07/2021 04:00h

Segundo estudos com voluntários, os níveis de anticorpos gerados pelo imunizante diminuíram seis meses após a segunda aplicação

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Pesquisadores chilenos que estão realizando um estudo avançado sobre a vacina contra a Covid-19 CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, recomendaram a aplicação de uma terceira dose do imunizante. Segundo os estudos com voluntários, os níveis de anticorpos gerados pelo imunizante diminuíram seis meses após a segunda aplicação. 

Um ensaio in vitro para determinar a eficácia da vacina contra a mais contagiosa variante Delta do vírus mostrou ainda uma redução quatro vezes no efeito neutralizante contra a cepa, em comparação com uma redução três vezes relatada anteriormente por cientistas chineses.

O consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Julival Ribeiro, destacou que nenhuma vacina é 100% eficaz e que o que está sendo discutido agora em todo o mundo é como essas vacinas irão se comportar depois de um determinado período. “Se esses estudos analisarem que a nossa imunidade vai caindo com o decorrer do tempo, vai ter sim que ser aplicada uma dose de reforço para reestimular o nosso sistema imune gerando anticorpos”, afirmou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já declarou que faltam evidências científicas contra uma dose de reforço e se manifestou contrária a planos de governos e farmacêuticas nesse sentido.

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Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se pronunciou dizendo acreditar que algumas das vacinas contra a Covid-19 demandarão uma terceira dose. Por enquanto, nenhum imunizante tem esquema com três aplicações. A agência reguladora destacou ainda que as vacinas aprovadas são eficazes e que a população pode confiar em qualquer uma que esteja disponível no posto de saúde.

Segundo a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, ainda estamos diante de uma definição de qual é o melhor esquema de vacinação para a Covid-19 com as diversas vacinas em cenários epidemiológicos diferentes. 

“Isso é algo comum no campo das imunizações, quando se acompanha populações vacinadas dentro de cada contexto epidemiológico podem surgir novas evidências que resultem em uma necessidade de aumentar o número de doses preconizadas ou até diminuir”, disse.

A imunologista destacou que isso é normal e acontece sempre, como a vacina da Hepatite B que foi introduzida no mundo todo no esquema de três doses e hoje é aplicada em quatro doses, com o dobro de volume em cada dose, em indivíduos imunodeprimidos. A vacina contra o HPV também sofreu alteração no esquema vacinal, passando de três doses para duas para os menores de 15 anos, pois verificou-se que a resposta era mais forte neste grupo.

“No momento nós não temos dados suficientes para dizer se nós vamos mesmo ter que introduzir a terceira dose ou não, está sendo avaliado para todas as vacinas o papel dessa terceira dose, tanto do ponto de vista laboratorial e imunológico, mas mais importante do que isso a nível de proteção clínica. Às vezes você tem uma queda nos anticorpos, mas isso não representa uma queda na proteção”, afirmou Levi.

Além da CoronaVac, as vacinas da AstraZeneca, Pfizer e Janssen também estão passando por estudos que avaliam a aplicação de doses de reforço, sobretudo por causa da variante Delta. 

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