A iniciativa é destinada à qualificação ou habilitação inicial de educação profissional
Destinado à qualificação ou habilitação inicial de educação profissional em nível básico ou técnico para jovens aprendizes na faixa etária de 14 a 24 anos, o Programa de Aprendizagem Industrial do SENAI Amapá é um significativo trampolim para futuros trabalhadores da indústria na região. O perfil dos candidatos é de adolescentes que estão estudando ou já concluíram o ensino médio, com oportunidade de perspectivas de emprego.
“Ele tem uma importância para o nosso estado que é a de criar oportunidade, tanto para o aprendiz, quanto para as empresas”, observa Gisele Nascimento, interlocutora do Programa de Aprendizagem Industrial do SENAI-AP. “A importância desse programa na indústria amapaense é preparar esses jovens para desenvolver atividades de forma profissional, para que ele tenha habilidade para agir em diferentes situações no mundo do trabalho”, observa,
Em 2022, por exemplo, foram realizadas mais de 370 matrículas de jovens aprendizes no SENAI-AP. Para este ano de 2023, a instituição abriu dois editais de Processo Seletivo para reserva de vagas nos cursos do Programa de Aprendizagem Industrial. No total, foram 465 vagas direcionadas ao atendimento das demandas de empresas industriais contribuintes, atendendo o cumprimento da cota de aprendizes na capital Macapá e na cidade de Santana.
Entre os cursos oferecidos pelo SENAI Amapá estão, assistente administrativo, construtor de edificações, torneiro mecânico, caldeireiro, mecânico de manutenção industrial, mecânico de manutenção automotiva, costureiro industrial, padeiro e confeiteiro.
O Programa de Aprendizagem Industrial busca unir formação e trabalho, por meio de atividades teóricas e práticas, como explica Gisela Nascimento.
“O impacto na vida desses aprendizes é grandioso, por meio do Programa de Aprendizagem o jovem abre a mente e desperta que há oportunidade para que ele possa agir de forma profissional”, avalia. “Ele ganha experiência por meio de cursos de qualificação e no final recebe uma certificação”, conta.
Todas as orientações sobre a seleção dos cursos do Programa de Aprendizagem Industrial de 2023 constam no edital publicado no site: ap.senai.br, acessando a opção, processo seletivo. Para informações sobre a iniciativa as empresas podem acionar o SENAI pelo e-mail: escolasenai@ap.senai.br ou pelo WhatsApp: (96) 98406-1825.
Há mais de 15 anos, o Projeto Interiorização, do SENAI-SE, tem transformado a realidade profissional de diversas pessoas ao levar cursos profissionalizantes da instituição para os municípios sergipanos por meio de suas 18 unidades móveis. Até 2022, 72 dos 75 municípios do estado já foram atendidos, formando mais de 60 mil alunos em aulas de qualificação profissional.
O objetivo da iniciativa é oferecer a oportunidade de um diploma de nível técnico, sem a necessidade de deslocamento à capital. A capacitação do projeto proporciona a qualificação para o mercado de trabalho, empreendedorismo, além do desenvolvimento de habilidades para uso doméstico. A carga horária dos cursos é de 160h.
Os cursos ofertados são na área de mecânica automotiva, metalmecânica, confecção, tecnologia da informação, couro e calçados, panificação e alimentos. A ideia é oportunizar o aprendizado de teoria e prática nessas atividades em dois meses de aula.
Docente da área de vestuário do SENAI, o instrutor João Gonçalves destaca a relevância do projeto para a população das cidades do interior. “Trabalho no SENAI desde 2008 e a partir de 2010 ingressei no Projeto Interiorização, que leva conhecimento nos municípios mais próximos da cidade, pessoas que não podem chegar até a capital e que tem a oportunidade de aprender, assim como os nossos alunos da unidade fixa de Aracaju”, conta.
Trabalho nesse projeto de interiorização desde 2010 e pude observar a importância de levar esse conhecimento para as pessoas que não podem vir até a gente”, observa. “Pessoas que ingressaram, que tinham conhecimento, agregou valor e puderam ter a oportunidade de ter o seu próprio negócio”, destaca.
Moradora da cidade de Telha, a aluna Márcia Silvestre se formou ano passado no curso de panificação, na área de alimentação. Ela elogia a iniciativa itinerante do SENAI-SE. “Está sendo muito produtivo para gente que aprendemos cada vez mais porque a gente sabia um pouco, mas o curso ajudou muito a gente, então, eu só tenho a agradecer.”
SENAI-PA está com vagas abertas para cursos técnicos neste início de ano
SENAI Santa Catarina: mais de 6 mil vagas estão disponíveis para cursos técnicos
As unidades do SENAI do Rio Grande do Norte estão oferecendo para este ano de 2023 mais de mil vagas para cursos, 55 delas só na capital Natal. As aulas poderão ser realizadas nas modalidades presenciais, semipresenciais e a distância. Os interessados em formação profissional podem fazer as inscrições disponíveis on-line.
Entre os cursos técnicos ofertados estão previstas turmas para fevereiro na área de Técnico em Sistema de Energia Renovável. Para março, haverá cursos de Técnico em Modelagem do Vestuário, Técnico em Eletrotécnica, Especialização Técnica em Sistema Fotovoltaicos e Especialização Técnica em Energia Eólica. Em abril, é a vez da turma de Técnico em Eletromecânica.
Na área de Energia Solar, para os meses de fevereiro, março e junho estão previstos cursos remotos de Sistema de Dimensionamento de Sistema Fotovoltaicos. Também para março deste ano, está programada uma turma de Instalador de Sistema Fotovoltaica.
O setor de Energia Eólica também está contemplado com uma programação de cursos, entre os quais destaca o de Legislação Ambiental Aplicada à Implantação de Parques Eólicos (on-line), Medição Anemométrica para Energia, Sistemas Elétricos Aplicados a Parque Eólicos, Normalização e Desempenho de Aerogeradores e Tecnologia de Aerogeradores.
A programação também inclui cursos nas áreas de Segurança do Trabalho, Química, Eletroeletrônica, Automação e Mecatrônica, Refrigeração, Moda, Alimentos, Soldagem e Construção Civil. Diretor do SENAI do Rio Grande do Norte, Rodrigo Mello fala da importância das aulas virtuais.
“Essa é uma modalidade que tem crescido muito, tem muita coisa boa, facilitando o acesso à educação profissional”, comenta o gestor. “Ser presencial ou ser a distância não é mais uma dificuldade, vale à pena se qualificar, hoje o mundo está exigindo cada vez mais que as empresas instalem tecnologia, amplie suas performances, suas produtividades e isso se faz com gente capacitada”, resume.
Um dos cursos mais procurados e de altíssima empregabilidade, na área de energia, que traz como novidade a primeira turma de mulheres totalmente voltada à manutenção e operação de parques eólicos. Tudo realizado a distância. "Isso traz inclusão de pessoas, gera oportunidade para quem nem sempre conseguiu”, destaca o gestor.
A programação completa de cursos e demais informações sobre formação profissional do SENAI-RN podem ser solicitadas pelo Whatsapp 84 8704-0482 ou pelo site.
O Ministério da Saúde destinará mais de R$ 100 milhões para a ampliação do acesso aos procedimentos de reconstrução mamária em mulheres submetidas à mastectomia ou para aquelas com indicação de reconstrução mamária. De acordo com a pasta, trata-se de uma estratégia excepcional de ampliação do acesso nos hospitais de alta complexidade em oncologia do Sistema Único de Saúde (SUS). Espera-se que, com a medida, mais de 20 mil mulheres em todo o país sejam beneficiadas com o procedimento na rede pública de saúde. A decisão foi anunciada durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), de 2023..
Para a médica ginecologista Lauriene Pereira, a decisão é uma conquista e tanto para todas aquelas que estão no enfrentamento ao câncer de mama, além de ajudar a promover a saúde e dignidade feminina.
“É uma vitória essa conquista, a destinação desse valor, dessa verba para os hospitais que se dedicam, que de alguma forma enfrentam o câncer de mama. A reconstrução da mama de quem passou ou para quem, por medida profilática, teve que fazer a mastectomia, devolve a autoestima para a mulher, a alegria, o prazer de viver mesmo porque a retirada da mama causa muito impacto na vida dela”, destaca.
Mês de conscientização sobre os cuidados com o câncer de mama
Outubro Rosa: médica explica sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce
Em 2020, foram estimados cerca de 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama no mundo. Praticamente, um a cada quatro diagnósticos de câncer na população feminina é de mama. A doença responde, atualmente, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres.
Em 2021, foram estimados mais de 66,2 mil casos novos da doença. Embora raro, é um tipo de patologia que também acomete homens, representando menos de 1% do total de casos. Em relação à mortalidade, foram registradas pelo DataSUS, em 2020, 18.032 mortes por câncer de mama, sendo 207 homens e 17.825 mulheres.
O sintoma mais comum de câncer de mama, apontam especialistas, é o aparecimento de nódulo, geralmente não-doloroso e de textura dura. Mas há casos de tumores com consistência branda, globosos e bem definidos.
Outros sinais de câncer de mama são edemas na pele, semelhantes à casca de laranja, dor, vermelhidão, descamação ou ulceração dos mamilos, alteração na circulação sanguínea. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.
Cuidados
Médica especialista em ginecologia e obstetríci, Giani Silvana Schwengber Cezimbra explica que o melhor tratamento contra a doença é o diagnóstico precoce, evitando, com isso, procedimentos mais agressivos no futuro e até a morte.
A médica recomenda que mulheres a partir de 35 anos, com antecedentes familiares ou que apresentam algumas alterações na região mamária, realizem a mamografia imediatamente. E aos 40 anos, independentemente de se encaixar em uma dessas situações, a orientação é realizar o exame clínico de dois em dois anos.
“Em geral, todas as mulheres devem fazer uma consulta médica. O enfrentamento ao câncer de mama está relacionado à detecção precoce, sendo que é uma doença que não existe prevenção”, alerta a doutora Giani Silvana. “A importância da detecção precoce é justamente porque esses tratamentos são bem menos radicais, bem menos agressivos. E a mortalidade se reflete diretamente com isso”, observa.
O Ministério da Saúde ainda anunciou a adesão do órgão a uma nova tecnologia de detecção do câncer do colo de útero. A técnica está em desenvolvimento no estado de Pernambuco. A novidade é resultado de pesquisas conduzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e substitui o exame preventivo da doença, Papanicolau, pela metodologia do PCR, a mesma usada nos melhores testes de detecção da Covid-19.
Toda vez que você buscar os serviços de saúde em qualquer unidade básica, postos de pronto atendimento ou hospital do país, tenha em mente que as verbas que mantêm esses atendimentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, tanto nos estados, quanto nos municípios, vêm em parte, do governo federal. Criado há 54 anos, o Fundo Nacional de Saúde é o mais importante programa de transferência de recursos para o setor.
Os recursos anuais, assegurados pela Constituição, giram na casa dos bilhões. É o que afirma o especialista em Orçamentos Públicos e Finanças, Cesar Lima. "O FNS é o instrumento que o governo federal usa para repassar uma parte, pelo menos, dos mínimos constitucionais que ele tem que ter na gestão da saúde pública, na gestão do SUS", explica o especialista. "É um recurso financiado por fontes condicionadas por leis e pela constituição federal (art. 195 e 198). A média de dotação nos últimos 4 anos é da casa dos R$ 144 bilhões anuais", detalha.
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O repasse dos recursos do Fundo Nacional de Saúde leva em consideração o tamanho da rede de assistência na área e o número de habitantes de cada um destes entes federativos e seus municípios. É um dinheiro, explica o especialista, direcionado para custear serviços de atenção primária, ou seja, postos de saúde e os programas voltados ao atendimento da família. Também é repassado para hospitais especializados em tratamentos de média e alta complexidade, como oncologia e clínicas psiquiátricas. “O Fundo Nacional de Saúde serve para fazer esse gerenciamento de recursos”, resume Cesar Lima.
Os depósitos dos recursos financeiros federais são realizados por meio de transferência Fundo a Fundo, do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos de Saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal. Por meio do portal: https://portalfns.saude.gov.br/, a população pode fiscalizar quando, que tipo de repasse e qual o montante dessas transferências.
"O FNS possui um site por meio do qual a população pode verificar os recursos que são repassados para os seus municípios, quanto o prefeito já gastou, que tipo de recurso foi repassado, se foi para o custeio, para o investimento, na compra de equipamentos ou na construção ou reforma de postos de saúde e hospitais", esclarece o especialista.
O site do Fundo Nacional de Saúde conta com informações importantes em relação a cada estado e cidade da federação, disponibilizando para qualquer cidadão ferramentas essenciais como consultas de repasses e pagamentos consolidados, lista de equipamentos e materiais permanentes financiáveis para o SUS, ações para o enfrentamento à Covid-19, saldos, ou seja, recursos disponíveis em caixa para cada estado e município, entre outros dados.
O Programa Nacional de Vacinação 2023 do Ministério da Saúde já tem calendário definido. De acordo com a pasta, as ações devem começar no final de fevereiro, a partir do dia 27, com a vacinação das doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Fazem parte dessa categoria idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.
Com o objetivo de aumentar as coberturas vacinais em todo o país, o órgão também vai intensificar a campanha de vacinação, em abril, antes que comece o inverno , quando aumentam os casos de doenças respiratórias, da Influenza. Ainda há planejamento para ação de multivacinação de poliomielite e sarampo, nas escolas.
O cronograma para o Programa Nacional de Vacinação 2023 foi acordado ao longo do início deste ano com vários representantes ligados ao segmento, como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass, além de técnicos e especialistas da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, o Ctai.
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Covid-19: Ministério da Saúde anuncia reforço com vacina bivalente para fevereiro
As datas das etapas e fases de distribuição das vacinas foram organizadas de acordo com os estoques existentes, assim como com as novas encomendas realizadas e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes das vacinas. O Ministério da Saúde informa que o cronograma está sujeito a alteração ou ser adiantado ou sobreposto, caso o cenário de entregas seja modificado ou se novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Membro da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, o médico infectologista José David Urbaez Brito destaca que a ação de lançamento do calendário do Ministério da Saúde é um passo louvável, sobretudo diante dos pífios resultados das metas vacinais do país desde 2016. O especialista destaca ainda a importância da vacinação bivalente no cronograma da pasta.
“Nós temos hoje no Brasil um cenário extremamente de risco porque as coberturas vacinais estão muito abaixo das metas para manter o controle das infecções imunopreveníveis. Sem dúvida, esse passo do Ministério da Saúde está muito bem desenhado em direção ao resgate dessa política pública”, elogia Urbaez Brito. “É importante destacar que, com as incorporações das vacinas bivalentes para a Covid-19, o Brasil se posiciona novamente na vanguarda do uso e incorporação de tecnologia de prevenção com o melhor do que temos nesse quesito”, destaca o infectologista.
Os principais parceiros do Ministério da Saúde no Programa Nacional de Vacinação 2023 são o Ministério da Educação e os governos estaduais e municipais.
*Veja abaixo o cronograma de cinco etapas:*
*Etapa 1 - a partir de fevereiro*
Vacinação contra Covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
Público-alvo: pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19;
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Gestantes e puérperas;
• Pacientes imunocomprometidos;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
• Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
• Trabalhadores e trabalhadoras da saúde.
*Etapa 2 - a partir de março*
Intensificação da vacinação contra Covid-19
Público alvo:
• Toda a população com mais de 12 anos.
*Etapa 3 – a partir de março*
Intensificação da vacinação de Covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo:
• Crianças de 6 meses a 17 anos.
*Etapa 4 – a partir de abril*
Vacinação de Influenza
Público-alvo:
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Adolescentes em medidas socioeducativas;
• Caminhoneiros e caminhoneiras;
• Crianças de 6 meses a 4 anos;
• Forças Armadas;
• Forças de Segurança e Salvamento;
• Gestantes e puérperas;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas com comorbidades;
• População privada de liberdade;
• Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
• Professoras e professores;
• Profissionais de transporte coletivo;
• Profissionais portuários;
• Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
• Trabalhadoras e trabalhadores da saúde.
*Etapa 5 - a partir de maio*
Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas
O Ministério da Saúde vai distribuir a partir de fevereiro 150 mil testes rápidos para enfrentamento à hanseníase. O anúncio foi feito durante a cerimônia de abertura do seminário “Hanseníase no Brasil: da evidência à prática”. Com os novos exames disponíveis no SUS, o Brasil passa à vanguarda mundial no diagnóstico da doença, sendo o primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.
Os dispositivos fazem parte de pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Instituto de Biologia Molecular do Paraná. As unidades serão destinadas às pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença e serão de dois tipos: o teste rápido, ou seja, o sorológico; e o teste de biologia molecular, o qPCR.
Uma terceira modalidade, de biologia molecular (PCR), também será ofertada pelo SUS e vai auxiliar na detecção da resistência a antimicrobianos. As três tecnologias foram incluídas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença em julho do ano passado. A ideia é que os estados fomentem a implantação dos novos testes nos municípios, apoiados pela definição da linha do cuidado da doença alinhada à adoção das ações propostas na Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase 2023-2030.
Mestre e doutora em medicina tropical e saúde pública, a farmacêutica Emerith Mayra Hungria Pinto destaca que os testes rápidos serão determinantes para o controle da hanseníase no Brasil.
"A oferta de novas ferramentas que vão auxiliar no diagnóstico da doença é crucial para o controle da doença no nosso país. Tanto o teste rápido, quanto o teste biomolecular, vão contribuir para um diagnóstico mais precoce dos casos e, com isso, a gente interrompe a cadeia de transmissão da doença e evita o surgimento de novos casos", explica.
Uma das doenças mais antigas da humanidade, com casos registrados pelo menos 600 a.C., a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. É uma doença infecciosa e de evolução crônica. Em seu estado avançado afeta, sobretudo, nervos periféricos e a pele, causando incapacidades físicas, principalmente nas mãos, pés e nos olhos.
Representante do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Egon Daxbacher explica que a doença ainda é um problema de saúde pública porque compõe um grupo de patologias negligenciadas, sendo o Brasil o segundo maior país com número de novos casos do mundo, atrás apenas da Índia.
De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, entre 2016 e 2020, foram diagnosticados, no Brasil, mais de 155.300 novos casos de hanseníase. Desse montante, 86.225 ocorreram com pessoas do sexo masculino, ou seja, uma média de 55,5% do total registrado. Em 2021, foram diagnosticados mais de 15,1 mil casos. Já dados preliminares da pasta apontam ainda que, em 2022, mais de 17 mil novos casos de hanseníase foram diagnosticados no Brasil.
Desde a década de 1980 que o Ministério da Saúde adota medidas para prevenir e quebrar o estigma em relação à doença, proibindo termos como “lepra”. Para tanto, investiu pesado em campanhas de conscientização para instruir a sociedade, instituindo, inclusive, desde 2009, por meio da lei nº 12.135, o último domingo de janeiro como o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. A data é um momento de reforçar a atenção aos sintomas e informar sobre os tratamentos disponíveis na rede pública de saúde. O Ministério da Saúde reforça que a doença tem cura.
"As pessoas não têm informações tão apuradas, não entendem que a doença mudou de nome, antigamente era chamada de lepra. Quando falam em lepra, tem um entendimento antigo de quando não havia tratamento, entendem que é uma doença bíblica", lamenta Daxbacher. "Na sociedade em geral, há um grande desconhecimento e falta de informação", observa o especialista.
Apesar de causar pânico, medo e preconceito entre as pessoas, o dermatologista Vinicius Segantine explica que a hanseníase tem tratamento e não oferece perigo de contágio se tomadas as devidas precauções.
"A hanseníase é uma doença totalmente tratável. Tratada, ela não é contagiosa. Por exemplo, a pessoa que trata, a partir do primeiro dia que toma as medicações, não transmite para mais ninguém", explica. "Não há necessidade de afastar do convívio social, nem afastar os utensílios domésticos da pessoa", explica.
A hanseníase pode ser curada com 6 a 12 meses de terapia por meio do uso de antibióticos. O tratamento precoce evita deficiência, afirma o especialista.
Mais de 7,7 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 da Pfizer para crianças de 6 meses a 11 anos de idade chegaram ao Brasil. A entrega é parte do aditivo de 50 milhões de doses e fruto das negociações do Ministério da Saúde com o laboratório norte-americano para o adiantamento das remessas. Os lotes desembarcaram no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
As doses serão divididas em dois lotes. O primeiro de 7,2 milhões e o segundo de 550 mil doses. Ao todo, serão 4,5 milhões de vacinas direcionadas para as faixas etárias de 6 meses a 4 anos e 3,2 milhões de doses destinadas ao público de 5 a 11 anos. As vacinas passarão por análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e serão distribuídas para todos os estados e o Distrito Federal nos próximos dias. Com a chegada da remessa, a intenção do governo federal é ampliar a campanha de vacinação para esta faixa etária.
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação das crianças é fundamental para proteger esse público contra formas graves da Covid-19 e evitar mortes por causa da doença. Os imunizantes são seguros e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É o que atesta o médico infectologista consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Daher.
“Hoje, temos recomendado a vacinação das crianças e não estamos conseguindo fazer a vacinação porque não tem vacina. Então, isso é importante. A compra da vacina traz credibilidade para o programa”, explica o especialista. “Se vacinarmos as crianças contra a Covid-19, teremos formas mais brandas da doença, com redução da chance de internação com formas graves”, avalia.
De acordo com dados técnicos do Ministério da Saúde, levando em conta registros até o início de dezembro de 2022, desde o início da pandemia, mais de 3.500 crianças e adolescentes já morreram por conta da Covid-19. Ao todo, já foram notificados mais de 57,3 mil casos em crianças e adolescentes de até 19 anos. Só no ano passado, foram 850 mortes causadas pela doença.
A coordenadora do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, Andrea Jácomo, destaca a importância da chegada dessas novas vacinas para atender essa faixa etária. “Em 2022, em relação à síndrome respiratória aguda grave na faixa etária pediátrica, ou seja, os menos de 19 anos, nós tivemos mais de 20 mil casos. Do total, mais de 14, 5 mil tinham menos de 5 anos”, observa a médica. "Então, é muito importante que essas doses cheguem e que sejam distribuídas nos postos de saúde”, diz.
O objetivo é facilitar as transações comerciais e financeiras entre os dois países
Os governos do Brasil e da Argentina estudam a possibilidade de criar uma moeda única para transações financeiras e comerciais na América do Sul. O tema veio à baila durante visita oficial do presidente Lula ao país no momento.
Em artigo publicado neste último domingo (22), no site argentino Perfil, assinado a quatro mãos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe da nação do país vizinho, Alberto Fernández, os dois líderes falaram sobre a criação de uma moeda regional para uso comercial.
"Pretendemos superar barreiras (...) simplificar e modernizar regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo os custos de operação e diminuindo a nossa vulnerabilidade externa", regista o texto.
O objetivo da proposta é que as trocas bilaterais entre os dois países possam ser feitas sem a utilização do dólar, já que as reservas internacionais argentinas são de apenas US$ 7 bilhões.
Diretor da Valorum, Marcos Sarmento Melo,
especialista em finanças, avalia que essa integração econômica não pode ser saudável para o Brasil.
"O Brasil tem trocas comerciais com quantidades muito grandes de países e a maior parte dessas trocas comerciais não fazem parte desse conjunto de nações na América do Sul. A China, a União Europeia, os Estados Unidos, esses países não aceitam moedas que sejam criadas regionalmente", observa. 'Não creio que seja positivo para o Brasil. Talvez num futuro muito distante, com outras condições econômicas entre os países", comenta.
Já o economista, Guidborgongne C N da Silva, atualmente aluno de mestrado na área pela Universidade Federal de Goiás, a UFG, a criação de um moeda única não só entre Brasil e Argentina, mas entre quaisquer países do mundo, levam em conta vários aspectos.
"É fundamental que os parâmetros de equilíbrio fiscal, dívida pública estejam, adequadamente, em condições para que esses países tenham uma política monetária adequada que consigam gerenciar", comenta. "A União Europeia serve muito de referência para nós, porque as diferenças macroeconômicas entre os países dificultaram muito a consolidação do Euro, o que aconteceu após mais de 20 anos de correções aqui e ali que não fizeram no início do processo", recorda.
Esse modelo de parceria comercial já foi utilizado pelo Brasil com países como Angola e Cuba.
O SENAI no Pará está com vagas abertas para vários cursos técnicos neste início de ano. As oportunidades são para os municípios de Belém, Barcarena, Castanhal, Bragança, Paragominas, Parauapebas, Altamira e Santarém. A carga horária varia de 960 horas a 1520 horas. As pré-inscrições podem ser realizadas pelo site www.senaipa.org.br.
Entre as opções estão os cursos técnicos em administração, automação industrial, edificações, eletromecânica, eletrotécnica, informática, logística, mecânica, mineração, segurança do trabalho, tendo também a opção de semipresencial para o curso de eletrotécnica. A previsão para o início das aulas é fevereiro.
Senai-RJ oferece mais de 2.600 vagas para cursos técnicos
Senai Goiás tem mais de 4 mil vagas ofertadas em cursos técnicos
O gerente de Relacionamento com o Mercado do SENAI-Pará, Lucas Silveira, garante que os cursos técnicos oferecidos pelas instituições espalhadas pelo país são uma boa alternativa para quem está em busca de emprego. O gestor destaca como diferencial para os alunos a estrutura física e pedagógica do SENAI.
“A gente se preocupa em oferecer a estrutura pedagógica adequada, os espaços pedagógicos para as aulas teóricas e também as aulas práticas. O SENAI oferece uma educação profissional alinhando teoria e muita prática. Os alunos colocam a mão na massa, aprendem fazendo. A base teórica é muito importante, mas essa atividade prática profissional também é indispensável, segundo nossa metodologia”, salienta.
Levantamento realizado pelo SENAI com alunos que concluíram cursos técnicos revelou que, em média, 72,6% conseguem emprego até um ano depois de formado. O índice que mede o percentual de preferência por contratação de egressos do SENAI é de 93,6% nas empresas. Essa é a expectativa do aluno do curso de eletromecânica, Augusto Vinícios Pinto Pinheiros, 44 anos.
“Escolhi o curso de eletromecânica no SENAI em função da necessidade que eu enxergo no mercado de trabalho, hoje, de profissional dessa área. Espero concluir o curso dentro da carga horário prevista, de maneira a me qualificar mais para o setor, que cada dia mais é mais exigente”, torce.