O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) estima que um em cada três idosos, com mais de 65 anos, sofre uma queda por ano. Além disso, 5% desses indivíduos sofrem fraturas ou precisam ser hospitalizados. O risco é maior conforme os anos passam. Dentre os idosos com 80 anos ou mais, a estimativa de queda sobe para 40%.
De acordo com a atualização mais recente dos Sistemas de Informações Ambulatoriais e Hospitalares do SUS, de janeiro a agosto de 2024 foram realizados 389 atendimentos hospitalares relacionados acidentes domésticos com idosos no Brasil. No mesmo período, foram registradas 109 assistências ambulatoriais pela mesma causa.
Em nota o Ministério da Saúde reforça que "os números relacionados aos atendimentos ambulatoriais e internações hospitalares não são referentes a quantidade de pessoas e, sim, de procedimentos realizados. Dessa forma, o mesmo indivíduo pode ter sido assistido mais de uma vez no mesmo período e passado por mais de um procedimento nesse atendimento".
O aposentado Mariel Araújo, de 71 anos — morador da Asa Sul, em Brasília (DF) — sofreu uma queda durante uma pescaria no Lago Paranoá, no último dia 17 de outubro. Conforme conta a filha dele, Mahyra Araújo, ele subiu em uma pedra para tentar pegar um peixe.
“Quando ele foi voltar para descer da pedra e sair de lá, ele disse que se abaixou para fazer a volta, só que na hora que colocou o pé para virar, o pé escorregou. No que escorregou, ele rolou e saiu batendo as costas na pedra até cair no lago. Ele acabou batendo [as costas], está com um monte de arranhão nas costas, na bacia, na lateral e quebrou a costela.”
Apesar do acidente de Mariel não ter sido em casa, o Into aponta que boa parte das quedas de idosos ocorrem no ambiente doméstico.
No último sábado (19), o presidente Lula da Silva, de 78 anos, sofreu um acidente doméstico no banheiro do Palácio da Alvorada. Segundo o boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês, o chefe do Poder Executivo sofreu um "ferimento corto-contuso em região occipital", ou seja, um corte na região da nuca.
A viagem que faria à Rússia no domingo (20) para participar da Cúpula do Brics precisou ser cancelada e, por isso, Lula vai participar por videoconferência.
Roberta França, geriatra do Grupo Said, empresa especializada no atendimento de idosos, explica como os familiares podem contribuir para evitar os acidentes domésticos com idosos.
“A gente precisa entender que, quando chega a velhice, é muito importante que essa casa seja adaptada para este idoso. Muitas vezes essa casa já não comporta mais tantos tapetes, tantos móveis de quina, tantas mobílias e a gente precisa entender isso para que essa casa fique o mais segura possível.”
A geriatra Roberta França deixa algumas recomendações, de acordo com o cômodo da casa, para evitar os acidentes domésticos com idosos:
Sala
Cozinha
Quarto
Os cuidados com a sala, a cozinha e o quarto são importantes, mas as famílias devem dobrar a prevenção com o banheiro, pontua Roberta. “O banheiro é, sem dúvida, o local onde a maioria dos acidentes acontece: ou diretamente no banheiro ou no trajeto quarto-banheiro, principalmente à noite”, explica.
A recomendação para quem tem idosos em casa é manter os ambientes iluminados, especialmente no trajeto do quarto ao banheiro à noite. Outra dica fundamental é emborrachar o piso do banheiro para evitar as quedas. Barras de apoio no chuveiro e no sanitário e adaptadores também deixam o local mais seguro.
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É muito comum que idosos tomem diferentes remédios todos os dias, um a cada três idosos tem polifarmácia, ou seja, tomam cinco ou mais remédios todos os dias. Isso ocorre porque aquele indivíduo tem problemas diferentes de saúde ou possui um problema mais sério que precisa de vários medicamentos para o tratamento.
Um a cada quatro idosos são hospitalizados por conta de problemas relacionados à medicação, quanto maior o número maior o risco de efeitos colaterais. Metade desses idosos tomam remédios desnecessários, gastando dinheiro e tirando a importância de medicamentos que são realmente relevantes para o tratamento de alguma doença.
Outro ponto importante a se destacar, é a cascata iatrogênica, isso ocorre quando se prescreve uma medicação para evitar o efeito colateral da outra. Mas como minimizar esse problema? Existem dois aspectos fundamentais, o primeiro é a conversa com o médico durante a consulta. Da próxima vez que for ao médico, leve todos os remédios que faz o uso, isso inclui todas as vitaminas, os remédios naturais, os que você toma de vez em quando para dor de cabeça. Insônia, etc., e pergunte se eles são seguros.
E o segundo ponto é como você usa as medicações em casa. Tenha sempre uma lista atualizada com os remédios que você está tomando, incluindo dose e horário, se você não consegue fazer essa lista, peça para um farmacêutico, familiar ou enfermeiro para te ajudar.
Geralmente os comprimidos são bem parecidos e fáceis de confundir, principalmente para quem tem dificuldade de enxergar ou entender, para ajudar com isso, você pode distribuir os remédios em pequenos recipientes ou ainda deixar as cartelas separadas por horário, mas não se esqueça de conferir se você pode tirar os medicamentos da embalagem dele.
Seguindo orientações, a chance de ter problemas com o uso de remédio diminui bastante. As medicações são muito importantes para auxiliar no controle de doenças.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.
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O nosso corpo foi feito para se movimentar, mas devido algumas circunstâncias, algumas pessoas perdem essa condição e acabam presos a uma cama, que sempre é causado devido a uma grave doença ou o acúmulo de várias doenças ao longo dos anos em função do processo de envelhecimento.
Essa condição pode ser causada por diversas doenças como:
Mesmo com doenças diferentes que os levam para essa situação, uma vez que ficam acamados, passam a apresentar uma série de mudanças no corpo que são comuns em grande parte dos pacientes. São elas:
Para algumas condições, é possível reverter o quadro de imobilidade e por isso o acompanhamento médico adequado é fundamental. Nos casos em que isso não é possível, algumas medidas de cuidado podem minimizar e afastar doenças que frequentemente comprometem essas pessoas.
Essas medidas são gerais e podem ajudar, existem muitas outras medidas que podem ser indicadas a depender do caso, como anticoagulantes, laxantes ou sondas, mas isso quem deve orientar é o médico após uma avaliação adequada.
Se você tiver algum parente ou conhecido nessa situação, não deixe de procurar um médico, e de preferência um geriatra.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Auda no youtube.
O Supremo Tribunal Federal (STF) pode retomar, nesta quarta-feira (28), o julgamento da “revisão da vida toda”. O tema estava na pauta do dia 1º de fevereiro, mas não foi analisado por falta de tempo, segundo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. A discussão é aguardada por aposentados que desejam incluir no cálculo de aposentadoria as contribuições anteriores a julho de 1994. No entanto, a expectativa pode ser frustrada mais uma vez com um novo adiamento. Isso porque no calendário de julgamento, divulgado pelo STF, constam 21 ações.
Diógenes Viana, de 75 anos, é um dos aposentados que aguardam o julgamento. Ele começou a contribuir com a previdência em 1967, mas quando se aposentou, em 2013, não teve opção de escolher se queria utilizar todo o tempo de contribuição para o cálculo do benefício ou se preferia que a contagem começasse a partir de julho de de 1994 — regra adotada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O aposentado pede que o direito de escolher a regra mais vantajosa seja concedido para que haja justiça.
“Estou com o processo para a revisão da vida toda desde 2016. E agora está nesse negócio de vai ser amanhã, daqui dois meses e não decide nada. Faz três anos que saiu do STJ e até agora não se decidiu nada. Se voltar para lá, provavelmente eu vou estar morto quando me contemplarem com isso. E eu estou precisando disso”, pontua.
Caso o STF confirme a decisão de 2022, que aprovou a “revisão da vida toda”, o especialista em direito previdenciário Washington Barbosa recomenda que os segurados busquem orientação técnica de advogados de confiança. Ele lembra que a revisão não é benéfica para todos.
“Como se pode ver, esse tema é um tema complexo que envolve não somente a questão jurídica, mas também uma questão técnica contábil. Eu tenho que fazer várias simulações, porque cada caso é um caso, dependendo para você é indicado você entrar com ação de revisão pela vida toda, para outra pessoa não é, não traz benefícios, e ainda tem que olhar todo o teu processo direitinho para ver se não pode haver nenhuma redução no valor do benefício”, sugere o especialista.
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Um dos pontos que podem atrasar a decisão é o entendimento do ministro Cristiano Zanin. Ele acolheu a tese da Advocacia Geral da União (AGU), representante do INSS, de que não houve a observância da reserva de plenário durante a tramitação no Superior Tribunal de Justiça, o que, portanto, tornaria a decisão do STJ inconstitucional e resultaria no retorno para nova análise do tribunal.
Tonia Galletti é advogada especialista em direito previdenciário e coordenadora do departamento jurídico do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi). Ela defende uma avaliação objetiva da Corte para apenas modular os efeitos da decisão. A modulação dos efeitos diz respeito às regras estabelecidas para aplicação de uma decisão judicial — como a partir de quando e a quem se aplica.
“O mais relevante é a expectativa do próximo julgamento do dia 28 em que o Supremo, esperamos, finalize a modulação dos efeitos da decisão que deu o ganho de causa aos aposentados e não retroaja para que tenha um novo julgamento pelo STJ. Seria um contrassenso, porque a gente perde completamente a segurança jurídica nas decisões feitas pela última Corte do país, que é o Supremo Tribunal Federal”, defende Galletti.
A AGU afirma que não é possível ter uma estimativa do impacto financeiro que a “revisão da vida toda” pode trazer e nem da quantidade de segurados que poderão requerer, justamente porque a decisão do judiciário não define critérios claros para a aplicação. Contudo, cálculo da equipe econômica do governo anterior estima que a “revisão da vida toda” pode custar R$ 46 bilhões em 10 anos.
Cerca de 48% dos idosos com 80 anos ou mais caem pelo menos uma vez a cada dois anos. É o que afirma o ortopedista Tito Rocha, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. De acordo com o Instituto, em locais como asilos, o índice de quedas pode aumentar para 50%.
O ortopedista esclarece que as quedas em idosos não estão necessariamente relacionadas a comportamentos de risco, mas frequentemente decorrem de problemas articulares ou de visão não tratados, bem como de doenças associadas ao próprio processo de envelhecimento.
“Então a pessoa idosa tem problema de visão, uma catarata e não cuida, não trata algum problema de audição, algum problema cardíaco. Problemas de saúde relacionados com o próprio envelhecimento, quando não tratados, podem levar a queda”, explica.
Após uma visita a uma farmácia localizada a menos de 100 metros de sua casa, a aposentada Célia Sampaio, de 74 anos, compreendeu a gravidade de uma queda para idosos. Atualmente, ela possui uma placa de titânio no braço.
“A calçada tinha uma pedra que estava levantada, com mais ou menos 15 centímetros. Eu não prestei atenção, tropecei e caí. As consequências foram que eu quebrei meu braço direito, tive algumas escoriações, pancada no joelho, mas o pior foi o braço mesmo, que foi fraturado e eu tive que fazer uma cirurgia e colocar uma placa”, conta.
Algumas atividades e comportamentos de risco podem aumentar a possibilidade de cair, assim como ambientes inseguros. Algumas dicas que podem evitar as quedas de acordo com o Ministério da Saúde são:
Além da preocupação com o ambiente, é essencial considerar a saúde do idoso, vestimentas e outros fatores relevantes como:
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Interessados têm até 2 de outubro para participar
O prêmio diversidade cultural, do Ministério da Cultura, vai reconhecer produções culturais desenvolvidas por e para pessoas idosas, com deficiência, lgbtqia+ e em sofrimento psíquico. A premiação faz parte do edital de premiação Cultura Viva - Sérgio Mamberti, que está destinando R$ 33 milhões em premiações para diversas iniciativas culturais em todo o Brasil.
Ao todo, o prêmio diversidade cultural vai premiar 328 iniciativas culturais individuais e em grupos, divididos em oito categorias. Os grupos interessados têm até o dia 2 de outubro para fazer a inscrição no sistema mapas.cultura.gov.br ou via postal.
De acordo com a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, o prêmio busca valorizar e celebrar as contribuições à cultura brasileira e fortalecer a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e plural.
A diretora de promoção da diversidade cultural, Karina Gama, conta mais sobre a importância da premiação para a diversidade. “A categoria da diversidade cultural no prêmio Sérgio Mamberti reconhece e valoriza a produção artística e cultural de pessoas lgbtqia+, dos idosos, das pessoas em sofrimento psíquico e das pessoas com deficiência. Considera, portanto, fundamental promover uma sociedade inclusiva e equitativa, garantindo assim o pleno exercício dos direitos culturais de todos. o prêmio celebra e respeita a diversidade cultural desses grupos que são historicamente marginalizados e assim a gente está fortalecendo os pilares da igualdade, da dignidade e assegurando que todos tenham a oportunidade de participar ativamente da construção e da expressão da nossa identidade cultural. Independente da sua orientação sexual, da idade, da sua condição física. Então, o prêmio ele representa, principalmente, essa forma de enriquecer a nossa compreensão da nossa humanidade, da nossa identidade cultural e contribuem para que os direitos culturais sejam sim valorizados como parte fundamental da diversidade cultural brasileira”.
Prêmio agente cultura viva de pessoa idosa: a categoria contempla as iniciativas culturais já desenvolvidas por agentes culturais (pessoas físicas) no âmbito das comunidades onde atuam. A inscrição para esta categoria deverá contemplar iniciativas culturais desenvolvidas para e por pessoas idosas, que dizem respeito, conforme o estatuto da pessoa idosa.
Prêmio agente cultura viva de pessoa com deficiência: a categoria contempla as iniciativas culturais já desenvolvidas por agentes culturais (pessoas físicas) no âmbito das comunidades onde atuam. A inscrição para esta categoria deverá contemplar iniciativas culturais desenvolvidas para e por pessoas com deficiência.
Prêmio agente cultura viva de saúde mental: a categoria contempla as iniciativas culturais já desenvolvidas por agentes culturais (pessoas físicas) no âmbito das comunidades onde atuam. A inscrição para esta categoria deverá contemplar iniciativas e expressões culturais desenvolvidas que dialogam diretamente com a pauta da saúde mental, em conformidade com o que está previsto na política nacional da saúde mental.
Agente cultura viva de lgbtqia+: esta categoria contempla as iniciativas culturais já desenvolvidas por agentes culturais (pessoas físicas) no âmbito das comunidades onde atuam. A inscrição para esta categoria deverá contemplar iniciativas culturais desenvolvidas para e por pessoas da comunidade lgbtqia+.
A premiação também inclui grupos, coletivos e instituições privadas sem fins lucrativos de natureza ou finalidade cultural de pessoa idosa, de pessoa com deficiência, de saúde mental e de lgbtqia+.
Fique atento a todas as regras previstas no edital no sistema mapa da cultura e participe.
O prêmio diversidade cultura do edital Cultura Viva – Sérgio Mamberti é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCSD).
Muitos casos da violência são cometidos por familiares ou pessoas próximas às vítimas
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em conjunto com a Delegacia Especializada em Crimes contra o Idoso (Decci), recebe em média, a cada semana, mais de 70 denúncias de crimes contra idosos, por meio dos canais oficiais de denúncias.
De acordo com o Ministério da Saúde, a violência contra o idoso é definida como “um ato único, repetido ou a falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento em que exista uma expectativa de confiança que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa”.
A delegada Andréa Nascimento, titular da Decci, alerta que a maioria das denúncias são feitas de forma anônima, porque muitos dos casos de violência são cometidos por familiares ou pessoas próximas às vítimas.
“Além de trabalhar no combate aos crimes praticados contra os idosos, trabalhamos junto à rede de proteção, com várias ações preventivas e educativas, como forma de levar informação à população, principalmente aos idosos sobre os seus direitos e as formas de denúncia”, explica a delegada.
Nascimento ressalta que a denúncia é importante, já que assim que registrada, a Decci inicia a apuração dos fatos, em conjunto com outros órgãos de proteção como o Centro Integrado de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (Cipdi). “Isso para verificar a procedência das informações, instaurar os procedimentos cabíveis e auxiliar as vítimas a romperem o ciclo de violência”, explica a delegada.
As denúncias podem ser realizadas pelo Disque 100, dos Direitos Humanos ou pelo 181, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
O registro do Boletim de Ocorrência (BO) pode ser feito na delegacia mais próxima do local do incidente; on-line no site da Delegacia Virtual ou diretamente na Decci, localizada na rua do Comércio, 270, bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul da capital.
Neste ano, o Centro Integrado de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (CIPDI) realizou 399 atendimentos
Um dos objetivos da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) é assegurar proteção e apoio à população idosa. Diante disto, em conjunto com o Centro Integrado de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (CIPDI), a Sejusc oferece um atendimento especializado que, frequentemente, auxilia os idosos a interromperem ciclos de violência em suas vidas.
Keila Campos, secretária do idoso da CIPDI, explica que o centro busca promover a proteção e a defesa dos direitos da pessoa idosa realizando atendimentos psicossociais, através do registro de denúncias, mediações de conflitos, visitas domiciliares e institucionais e orientações e encaminhamentos.
“Essas denúncias ocorrem por meio da rede e também através de contato remoto ou presencial. Qualquer pessoa pode fazer essas denúncias”, completa
A secretária expõe que em 2023, de janeiro a maio, foram realizados 399 atendimentos, sendo 156 homens e 243 mulheres. “O maior índice é a negligência. Essa negligência geralmente ocorre geralmente por parte dos familiares. É um filho, é um companheiro, é uma nora e aí é seguido por intimidação e perturbação violência psicológica que fica em terceiro lugar”, avalia.
O CIPDI está localizado no Shopping Parque 10 Mall, localizado na avenida Tancredo Neves, 645, Parque 10 de Novembro. O horário de funcionamento, de segunda a sexta-feira, é das 8h às 17h. E qualquer pessoa com idade igual ou superior a 60 anos pode ser atendida.
Para denúncias, atendimento e dúvidas, os números disponíveis são: (92) 98443-5075 e 3306-0161.
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O número de óbitos cresceu 18% em 2021 e atingiu 1,8 milhão de brasileiros, 273 mil mortes a mais do que o registrado em 2020. O dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, esse é o maior número absoluto de mortes em um ano e a maior variação percentual em relação ao ano anterior desde 1974.
A gerente de Estatísticas do Registro Civil do IBGE, Klívia Brayner, afirma que o aumento expressivo de mortes foi registrado desde 2020.
“Em 2020, nós já tivemos um aumento de óbitos em torno de 15%. Mas em 2021, esse aumento foi ainda maior. Em março, nós tivemos o maior número de óbitos ocorridos no ano de 2021. Mas a partir de setembro a gente observou que começou a ter um uma queda, de tal forma que o número de óbitos em setembro de 2021 e nos meses seguintes foi inferior ao número de óbitos registrados em 2020.”
O professor do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília (UnB) Fernando Araújo Sobrinho explica as causas para esse aumento de óbitos em 2021.
“Você tem uma taxa de mortalidade que envolve diversas causas de morte: acidentes, violência, doenças, o próprio envelhecimento, causas diversas. Mas nós temos que destacar nesse conjunto de dados do ano de 2021, em comparação a 2020, que este é o auge da pandemia de Covid-19 no Brasil. Então nós tivemos um fluxo maior de pessoas que morreram em razão da Covid-19 e não por outras causas diversas.”
O professor da UnB esclarece o motivo para a queda do número de mortes no segundo semestre de 2021. “O que explica essa queda no número de mortes é a ampliação da vacinação da população brasileira contra a Covid-19. Ou seja, a vacinação em larga escala em diversos setores da sociedade brasileira protegeu de fato a população e diminuiu a mortalidade Covid-19 a partir desse período de julho de 2021”.
Em contrapartida, o número de nascimentos caiu 1,6%, totalizando 2,6 milhões de bebês em 2021. A redução é de 43 mil nascimentos, o nível mais baixo da série desde 2003.
Segundo a gerente de Estatísticas do Registro Civil do IBGE, Klívia Brayner, esse é o terceiro ano seguido de queda. Entre 2018 e 2019, a redução dos nascimentos foi de aproximadamente 3% (cerca de 88 mil); e entre 2019 e 2020, de 4,7% (menos de 133 mil).
O professor da UnB Fernando Araújo Sobrinho explica que a queda do número de nascimentos está relacionada ao contexto de crise econômica e sanitária do país.
“Este contexto de crise econômica, de crise sanitária, faz com que as famílias repensem a geração de um filho. Então, obviamente, quem tinha interesse em ter um filho aguarda mais um período, por meio de métodos anticonceptivos, para ter esse filho mais à frente ou faz a opção de simplesmente não ter.”
“Uma questão que a gente tem que verificar é que, no Brasil, quanto maior o nível de urbanização e de acesso à educação da população menor é a taxa de natalidade. Então o Brasil, a partir da década de 1990, já começa a apresentar uma taxa de natalidade abaixo de 2,2 filhos por mulher em idade fértil”, acrescenta.
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Desde a década de 1990, o Brasil passa por um processo de envelhecimento da população com o aumento da expectativa de vida e redução do número de nascimentos. A expectativa do IBGE é que, a partir de 2040, a população brasileira deve diminuir por conta da queda brusca da natalidade, modernização do país e maior acesso à saúde, à educação e à urbanização. Com isso, o país deve passar por um processo de redução drástica de jovens de zero a 18 anos, o que já acontece atualmente em vários países europeus.
O professor Fernando Araújo Sobrinho comenta esse cenário. “Nós vamos ter que repensar o Brasil. Teremos menos pessoas precisando da rede escolar, teremos falta de mão de obra, principalmente dos mais jovens, e o aumento do número de pessoas vivendo em aposentadoria. Então o cenário que nós temos no Brasil é um aumento de pessoas que dependerão da aposentadoria e uma diminuição das pessoas que contribuem para o sistema de previdência social devido ao envelhecimento da população e à diminuição do número de jovens”.
Acesse o levantamento completo Estatísticas do Registro Civil do IBGE no link, divulgado no último dia 16.
Neste episódio a Dra Célia Gallo dá mais detalhes sobre o assunto
Atualmente é muito comum vermos idosos com algum problema de saúde precisando de um cuidador, uma pessoa que vai ajudá-lo a realizar as tarefas do dia a dia como comer, trocar de roupa, fazer as necessidades, banho, dentre outras.
Apesar dessa situação ser muito comum, muito se fala da saúde do idoso, mas pouco da saúde do filho, do irmão, do cônjuge ou do profissional de saúde que está atuando como cuidador. Neste episódio a Dra Célia Gallo dá mais detalhes sobre o assunto.
Cuidar de um idoso dependente fisicamente por causa de um AVC, por conta da mobilidade reduzida ou dependente por questões cognitivas como Alzheimer e outras demências, leva a uma mudança na dinâmica familiar.
Quanto maior o grau de parentesco entre cuidador e pessoa que recebe o cuidado, maior o prejuízo na saúde mental do cuidador. A qualidade da interação previa também afeta essa relação, pois quanto melhor e mais forte a relação afetiva durante a vida, menos sobrecarga e estresse é relatado pelos cuidadores. Se o cuidador tinha uma boa relação com o idoso, mais fácil lidar com ele.
Quando o cuidador é mais jovem tem que conciliar suas outras funções diárias como emprego, filhos, família, cuidar de sua própria casa com os cuidados do idoso. Isso gera muita angústia, estresse e vem a necessidade de aprender a gerenciar o tempo e as atividades dessa nova fase da vida.
No caso dos cuidadores idosos, o tempo e as preocupações com outras atividades são habitualmente menores, mas apresentam outras dificuldades como problemas de sua própria saúde e dificuldade de se adaptar a novas situações.
Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda.