A confirmação de dois casos de raiva em morcegos frugívoros no Distrito Federal colocou as autoridades de saúde em estado de alerta. Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF), os animais foram recolhidos em áreas urbanas das regiões administrativas de Sobradinho (5/6) e Planaltina (2/7), após contato com cães. Não houve exposição humana.
Os morcegos pertencem à espécie Artibeus lituratus, comuns na área urbana do DF e conhecidos por se alimentarem de frutas. Apesar disso, testaram positivo para raiva em exames realizados no laboratório de diagnóstico da própria secretaria.
A bióloga Gabriela Toledo, da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses do DF, esclarece que os casos são considerados episódios isolados, mas a circulação do vírus entre animais silvestres requer atenção permanente. “O Artibeus lituratus é um morcego maior, que consegue voar com mais facilidade. Então, quando a gente tem a entrada dessa espécie no laboratório, a gente já acende um alerta, porque provavelmente o animal está doente”, explicou a bióloga.
A vigilância da raiva em morcegos no DF ocorre desde a década de 1980. Segundo Gabriela, todos os anos há registros positivos da doença, principalmente em morcegos, bovinos ou equinos. Neste ano, foram registrados apenas esses morcegos, até o momento. E não há registro de raiva em cães e gatos no DF desde o ano 2000.
Após as confirmações dos casos, um comunicado circulou pelo WhatsApp dos moradores das regiões, indicando que os morcegos seriam hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue. Gabriela corrigiu a informação, pois os animais diagnosticados com raiva eram frugívoros e não representam risco se estiverem em comportamento normal.
A bióloga lembrou ainda que os morcegos são animais silvestres protegidos por lei e exercem funções importantes no ecossistema, como a polinização, o controle de insetos e a dispersão de sementes. “A gente tem já bem estabelecida essa questão dos morcegos em área urbana. Então, é muito importante lembrar isso, porque não há necessidade de que as pessoas matem os morcegos a partir desses casos positivos. Enquanto o morcego está com o comportamento habitual dele, não tem risco para a população”, destacou.
Nos dois casos, os morcegos infectados tiveram contato apenas com cães. Por precaução, os animais estão sendo acompanhados pela Zoonoses e foram submetidos ao protocolo pós-exposição, que inclui doses de vacina antirrábica e observação por até 180 dias.
O que fazer ao encontrar um morcego
Gabriela reforça que, ao identificar um morcego suspeito, a população jamais deve manipulá-lo. A recomendação é isolar o animal com segurança, com um balde ou caixa de papelão e com peso por cima, por exemplo, e entrar em contato imediatamente com a Zoonoses para o recolhimento.
Acidentes com animais devem ser avaliados em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do DF, que indicará a necessidade de vacina ou soro. A Zoonoses também realiza visitas técnicas em imóveis onde há presença frequente de morcegos, como telhados ou juntas de dilatação. A equipe não faz captura, mas orienta sobre como afastar os animais com segurança, sem causar desequilíbrio ecológico.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou quatro casos de raiva humana em 2023, três deles transmitidos por morcegos. Embora a doença em humanos seja rara, continua sendo letal em quase todos os casos, após o início dos sintomas. A vacinação preventiva e o atendimento imediato em caso de acidentes são as principais formas de proteção.
Orientações à população
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) apresentou, nesta terça-feira (8), em São Paulo, o programa Investe+ Aeroportos. A iniciativa tem como foco aumentar a receita dos terminais concedidos à iniciativa privada, por meio da flexibilização de regras regulatórias. A proposta busca atrair novos investimentos e ampliar a oferta de serviços nos aeroportos.
A ideia é transformar os terminais aéreos em plataformas multifuncionais para diferentes empreendimentos comerciais. Para isso, o programa flexibiliza a Portaria nº 93/2020, do antigo Ministério da Infraestrutura, que regulamenta os contratos de cessão de uso de áreas em aeroportos.
Com a flexibilização, será possível ampliar os prazos de concessão, permitindo que as concessionárias firmem contratos de uso mais longos e viabilizem a amortização dos investimentos realizados.
“Através da Portaria 93 a gente amplia o prazo das concessões para que esse projeto, efetivamente, se viabilize, por exemplo, de grandes terminais de cargas, hotel, hospital, para que passe a ser um ativo e passe a ser apresentado no mercado como uma alternativa de novos negócios”, explicou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
O ministro Silvio Costa Filho destacou que o país possui grandes hubs logísticos e, por isso, houve a revisão da Portaria 93 com vistas a proporcionar mais segurança jurídica e previsibilidade aos investidores.
“Ali, além do aeroporto, existem áreas estratégicas e a nossa ideia é poder fazer ali grandes terminais de cargas, fazer hubs logísticos para estimular a aviação de cargas no país. E com isso, esses projetos serão vendidos ao mercado financeiro, para que o mercado possa, a partir daí, ter rentabilidade e fazer aporte de investimentos”, disse Costa Filho.
A apresentação ocorreu na sede da XP Investimentos a investidores e players do ramo aeroportuário brasileiro. Participaram do evento, além do ministro de Portos e Aeroportos, o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, além de executivos, CEO’s e diretores que atuam no setor.
Segundo o MPor, de 2023 a 2025, já foram aprovados 19 investimentos a partir da Portaria n° 93. As aprovações representam um aporte de cerca de R$ 4,5 bilhões em sítios aeroportuários. A pasta defende que com o Investe+ Aeroportos, os recursos serão maiores e deverão gerar mais empregos diretos e indiretos.
O secretário nacional de aviação civil, Tomé Franca, ressaltou o potencial do programa para investimentos mais robustos nos aeroportos e também na geração de empregos.
“Será possível ter nos nossos aeroportos empreendimentos como shoppings, centros de convenções, hotéis, terminais logísticos, complexos hospitalares, entre outras iniciativas que vão trazer mais desenvolvimento, empregos e oportunidades”, frisou Franca.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, diversos investimentos serão possíveis a partir do Investe+ Aeroportos. Confira:
O programa também prevê, entre outras possibilidades, aeroportos como âncoras do desenvolvimento regional, especialmente nas regiões Norte e Nordeste; bem como a ampliação da intermodalidade e ligação com portos secos e retroáreas logísticas.
O Investe+Aeroportos está em consulta pública até o próximo dia 13 de julho na plataforma Participa Mais Brasil. A previsão, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, é de que o projeto seja lançado no início de agosto. “A gente espera que tenhamos investimentos de mais de R$ 15 bilhões nos aeroportos nos próximos cinco anos.”
No site Participa Mais Brasil, os cidadãos podem sugerir medidas para aprimorar o projeto. As sugestões serão analisadas pela pela equipe técnica da Secretaria Nacional de Aviação Civil e, caso sejam aprovadas, devem integrar a portaria de regulamentação.
O MPor prevê que a nova norma entre em vigor em setembro.
Em 10 anos, o Brasil registrou uma redução de 50% no coeficiente de mortalidade por hepatite B. De 0,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2014, passou para 0,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2024. A contenção também foi verificada para hepatite C - menos 60% no mesmo período. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (8).
A distribuição das hepatites por região segue concentrada com as hepatites B e C nos centros urbanos, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A hepatite D está concentrada na Região Norte, em áreas remotas, com 72% dos casos registrados. Já a hepatite A, registrou queda global nas regiões Norte e Nordeste, onde, historicamente, teve maior incidência.
Conforme o Ministério da Saúde, após entrar para o calendário vacinal em dose única para crianças entre 15 meses e 4 anos, a vacina contra a hepatite A
reduziu 99,9% dos casos entre pessoas menores de 10 anos. Em 2014, foram notificados 2.853 casos para a faixa etária; e 43 casos em 2024.
No entanto, a partir de 2022, houve aumento da doença nas regiões Sul e Sudeste. Os casos estão concentrados na população adulta entre 20 e 40 anos, na proporção de três homens para uma mulher.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o combate às hepatites virais compete à toda a sociedade. “Temos vacinas, temos testes, temos orientações claras de como se infecta. Sabemos como acontece o processo de transmissão. Cabe a cada um de nós, os profissionais de saúde, orientar e alertar as pessoas sobre isso. Cabe aos gestores dispor aquilo que o ministério distribui. E cabe à população procurar aproveitar as oportunidades ao máximo”, afirmou.
Hepatite A
De acordo com Mario Gonzalez, coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais, o aumento do número de casos de hepatite A entre jovens adultos reflete uma transição epidemiológica. No entanto, já existe uma estratégia de enfrentamento, via conscientização e vacina.
“Nós tínhamos uma altíssima prevalência de anticorpos contra hepatite A na população geral porque as pessoas se contaminavam na infância. Aconteceu que o vírus está circulando menos, então os adultos jovens são mais suscetíveis e são suscetíveis ao contato, à transmissão com contato íntimo ou contato sexual. Por isso que nós fizemos uma estratégia de fornecer vacina”, explica Gonzalez.
Segundo o coordenador, serão considerados população prioritária para vacina tanto o perfil registrado, quanto seus contatos íntimos: “É muito importante alguém que teve o diagnóstico de hepatite A comunicar aos seus contatos íntimos para que essas pessoas, em até 15 dias depois do contato, possam procurar a vacina”.
Hepatite B
Mais de 50% dos casos de hepatite B ainda são de transmissão sexual, contudo houve queda de 55% na detecção da doença em gestantes ao longo desses 10 anos. Consequentemente, houve queda de 38% dos casos em menores de 5 anos.
Dados do Boletim epidemiológico mostram evolução na cobertura vacinal a partir de 2022. A primeira dose, que deve ocorrer de preferência nas primeiras 24 horas de vida, ou até 30 dias após o nascimento, passou de 72,7% para 94,19% em dois anos. A dose completa foi de 70% em 2019; 77% em 2022 e de 90% em 2024.
Hepatite C
Para o Ministério da Saúde, a redução de 60% no coeficiente de mortalidade da hepatite C foi influenciada pela oferta dos antivirais de ação direta no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de 2014.
Em 2024, 76% dos casos da doença se concentram em pessoas acima de 40 anos. Segundo o coordenador-geral Gonzalez, possivelmente, são pessoas que foram expostas a objetos cortantes na infância, entre os anos 1980 e 1990. Além disso, transmitida apenas através do sangue, há registro de aumento dos casos via relações sexuais.
Hepatite D
A série histórica para a hepatite B segue com poucos casos, concentrados na Região Norte. Ao longo de 25 anos, há cerca de 4 mil casos relatados. A redução do número de casos da hepatite D acontece de duas formas: a partir da vacinação da hepatite B, já que para causar a infecção pelo vírus D é necessária a presença do vírus B; e pelo acompanhamento da carga viral das pessoas com hepatite B, de forma a evitar a evolução para a D.
Julho Amarelo
A divulgação do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2025 ocorre em meio ao Julho Amarelo, campanha nacional de conscientização sobre as hepatites virais.
Acesse o Boletim na íntegra, neste link.
O Ministério da Saúde incentiva que toda pessoa adulta faça o teste gratuitamente nas UBS, de forma a prevenir e a tratar as hepatites. Hepatite B pode ser controlada com medicações adequadas. Hepatite C tem cura. Mas todas podem ser prevenidas.
O vai e vem em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) acendeu o sinal de alerta entre empresários e economistas, preocupados com os reflexos da medida sobre o setor produtivo. Em junho, o governo federal editou um decreto elevando a alíquota do IOF nas transferências internacionais, com o objetivo de reforçar a arrecadação diante do avanço das despesas públicas.
A proposta, no entanto, foi barrada pelo Congresso Nacional, que argumentou que a elevação da carga tributária por meio de decreto fere a competência do Legislativo.
Em resposta, o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo que a medida está amparada na legislação vigente.
A disputa política e jurídica se desenrola em um cenário de crescente desequilíbrio fiscal. Segundo a plataforma Gasto Brasil, que monitora as contas públicas em tempo real, os gastos dos entes federativos — Governo Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios – já superam R$ 2,7 trilhões neste ano, enquanto a arrecadação federal gira em torno de R$ 2,05 trilhões. O descompasso pressiona os juros, eleva o risco-país e desestimula novos investimentos.
Para o economista e pesquisador da Unicamp Sillas Sousa, o uso do IOF como mecanismo de arrecadação é um sintoma das limitações fiscais e políticas enfrentadas pelo governo. “Temos dois tipos de impostos: os que são feitos para arrecadar, como o ICMS e o Imposto de Renda; e os impostos que são feitos para regular, que é o caso do IOF. A lógica do IOF é a mesma do imposto sobre cigarro ou bebida: não é apenas para arrecadar, mas para desestimular determinado comportamento econômico.”
Sousa destaca, no entanto, que a tentativa de aplicar esse imposto de forma fiscal tem distorções. “O governo quer diminuir a remessa de dólares para o exterior, então ele aumenta o IOF sobre essas operações. Mas, como está com dificuldade de aprovar novas fontes de receita no Congresso, recorre a impostos que podem alterar por decreto”, afirma. “Existe uma legitimidade do ponto de vista econômico na tentativa de aumentar a arrecadação, porque o governo está gastando mais do que arrecada. Mas isso tem um custo político e econômico alto.”
O professor também faz um alerta sobre os efeitos regressivos dessa estratégia. “O problema é que esse imposto incide em cascata e pune muito o pequeno investidor. Ele não tem acesso ao crédito subsidiado do BNDES. Ele usa o crédito rotativo, o que estiver disponível — e o IOF, em cima disso, faz um estrago.”
Instabilidade nas regras: “desafio enorme”
A crítica ao impacto da instabilidade tributária é compartilhada por representantes do setor produtivo. O vice-presidente jurídico da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Anderson Trautman, aponta a insegurança jurídica como um entrave direto à competitividade. “Estamos num momento de dificuldade de equilíbrio fiscal. O governo vem buscar alternativas que têm surpreendido o setor produtivo. Com essa carência de segurança jurídica e a perspectiva de elevação de carga tributária, o desafio é enorme”, afirma.
Segundo ele, o ajuste das contas públicas deveria priorizar a redução das despesas, por meio da reforma administrativa. “O enfrentamento do déficit fiscal deveria vir pelo lado da despesa, com uma redução do custo da máquina pública federal — e não pelo aumento de receitas.”
O presidente da CACB, Alfredo Cotait, reforça a preocupação ao relacionar os gastos em alta com a instabilidade macroeconômica. “Enquanto vemos uma arrecadação até hoje de R$ 2,05 trilhões, o Gasto Brasil mostra R$ 2,7 trilhões — o que gera juros altos e um ambiente instável de negócios”, diz.
Para Sillas Sousa, além do impacto imediato sobre o crédito, o maior problema está na previsibilidade. “Quando o governo começa a aumentar esse tipo de imposto aleatoriamente, você prejudica o horizonte. O empresário olha pra frente e não sabe se pode investir no curto prazo, porque não sabe se o governo vai mudar a regra no meio do jogo. Essa instabilidade piora muito o ambiente de negócios e isso tem impacto no nível de emprego e na geração de riqueza.”
Segundo o pesquisador, apesar da tentativa do governo de reforçar a arrecadação, o custo desse movimento tende a se refletir justamente nos segmentos que o Executivo declara querer proteger. “Essa é a crítica justa que se faz ao governo: ele faz um discurso de quem está ajudando os pobres, mas na prática está onerando, e não é pouco, os mais pobres.”
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, retirou de pauta o Projeto de Lei 2234, de 2022, de autoria do deputado Renato Vianna (MDB-SC), que torna legal a exploração de jogos e apostas em todo o território nacional. A proposta, já aprovada na Câmara, autoriza o funcionamento de cassinos e bingos, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalo.
Alcolumbre retirou a matéria de pauta de ofício, sem a necessidade de aprovação do Plenário, sob a alegação de que o quórum de pouco mais de 50 senadores seria baixo para votar uma proposta tão polêmica.
O senador Irajá Abreu (PSD-TO), relator da matéria, defende a aprovação e insiste na experiência positiva outros países, onde o jogo é legalizado. “Eu me dediquei a esse tema durante quase cinco anos. Desde o início do mandato, em 2019, eu tenho estudado com profundidade esse modelo de jogos que acontece em todo mundo, não só aqui no nosso país. E depois de muito estudo, inclusive visitando alguns países, conheci o modelo americano, em Las Vegas. Estudei muito o modelo europeu, Singapura, que também é um modelo exitoso. Eu cheguei a uma conclusão, que foi de que não é possível que o mundo inteiro está errado e só o Brasil estivesse certo”, avaliou o parlamentar.
De acordo com o relator, a aprovação da proposta possibilitará a criação de 1,5 milhão de postos de trabalho e o incremento na arrecadação de impostos que serão importantes para a implementação de políticas e para o equilíbrio das contas públicas. Mas o senador Irajá Abreu afirmou que "compreende a complexidade do tema e, por isso, respeita a decisão do presidente Davi, que mais uma vez demonstrou compromisso com o bom debate e retirou a matéria da pauta".
O projeto prevê que as licenças para explorar bingos serão concedidas por um período de 25 anos, renováveis por igual período. O capital mínimo exigido da empresa será de R$ 10 milhões. A quantidade mínima de habitantes exigida no PL 2234/22 para que um município obtenha uma licença para instalação de um bingo é de 150.000 mil habitantes.
No caso de máquinas de vídeobingo, 400 unidades serão instaladas em salas de bingo, jóqueis-clubes e estádios de futebol com mais de 15 mil lugares. Os jogos de cassino serão instalados em complexos integrados de lazer, por meio de concessões que terão duração de 30 anos, renováveis por igual período. Para ter direito à concessão, o interessado deverá participar de licitação. O capital mínimo exigido será de R$ 100 milhões. O total de licenças para cassinos em resorts será limitado a 34 em todo o território nacional.
Os cassinos turísticos serão permitidos em áreas classificadas como polos ou destinos turísticos e com título de patrimônio da humanidade, com limite de uma licença por área. Devem estar localizados a pelo menos 100 km de distância dos resorts integrados.
Os cassinos em embarcações marítimas serão permitidos na quantidade de até dez embarcações em todo o país, oferecendo acomodações hoteleiras de alto padrão, com o mínimo de 50 quartos. Já os cassinos em embarcações fluviais serão licenciados com base na extensão dos rios. Será uma embarcação para rios entre 1.500 km e 2.500 km, duas embarcações para rios entre 2.500 km e 3.500 km e três embarcações para rios acima de 3.500 km.
Para o jogo do bicho, as licenças serão de 25 anos, renováveis por igual período, sendo o capital exigido da empresa exploradora de R$ 10 milhões. Além disso, cada licença será emitida para cada 700.0000 habitantes por estado.
Já o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que se posiciona contra a proposição, disse ser contra por acreditar que a liberação dos jogos pode causar grandes prejuízos a maioria da população.
“Porque é uma falácia isso. Eu estudo esse assunto há 20 anos e a gente tem aí um efeito das bets causando uma tragédia sem precedentes na história do brasileiro, causando endividamento em massa, devastação de famílias e as pessoas perdendo casamentos, perdendo emprego, porque existe a canibalização das atividades produtivas. Só o setor do comércio, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), perdeu aí cerca de R$ 100 bilhões com o advento das apostas esportivas, foi para os magnatas das apostas esportivas. Ou seja, são poucas pessoas ganhando, ou meia dúzia, e milhões de brasileiros perdendo.”, lamentou o senador.
A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) divulgou o estudo “Empresas Produtoras e Importadoras de Fertilizantes no Brasil – Edição 2024” que mostrou o resultado de 872 empresas ativas do setor, que atuam na produção e importação de fertilizantes. Entre 2020 e 2024, 129 novas empresas passaram a operar no setor, com destaque para aquelas voltadas à produção de fertilizantes organominerais e orgânicos, reflexo da crescente demanda por tecnologias alinhadas à sustentabilidade e ao uso eficiente dos recursos naturais.
A maior parte das empresas está concentrada nas regiões Sudeste (50,6%) e Sul (28%), com o estado de São Paulo liderando, responsável por 34,7% dos estabelecimentos do País. O levantamento também demonstra a diversidade de portfólios: 718 empresas atuam com fertilizantes minerais, 388 com organominerais, 476 com orgânicos e 11 com biofertilizantes. Outro destaque é a variedade de modos de aplicação contemplados pelas empresas. Das 872 identificadas, 687 têm produtos para aplicação via solo, 547 via folha, 126 via sementes, 160 via fertirrigação e 31 via hidroponia. Esses números demonstram a capacidade do setor em oferecer soluções adaptadas às diferentes realidades do campo.
Mais de 75% das empresas iniciaram suas atividades após o ano 2000, sinalizando uma indústria jovem, inovadora e em plena expansão. O estudo possibilita compreender a estrutura do mercado nacional de fertilizantes, para orientar políticas públicas em prol do setor. Ao mapear as empresas ativas e seus segmentos de atuação, a Abisolo diz contribuir para a valorização de uma indústria estratégica, que possui tecnologias de ponta disponíveis para a produção de alimentos em um país marcado por diferentes solos, climas, culturas agrícolas e perfis de produtores. Esse cenário reforça o compromisso da Abisolo com a Produtividade Inteligente conceito que orienta o setor de Fertilizantes Especiais na entrega de soluções alinhadas à eficiência, à inovação e às necessidades reais do campo brasileiro. Para acessar o conteúdo completo do Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal 2024 www.abisolo.com.br/anuario.
Os municípios brasileiros recebem nesta quinta-feira (10), junto com a primeira parcela de julho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a parcela extra de 1%. O valor é de R$ 9,1 bilhões. A quantia foi calculada com base na arrecadação dos fatores que compõem o FPM, ou seja, o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), entre julho de 2024 e junho de 2025.
Apesar de ser um valor extra, os recursos já são esperados pelas prefeituras. O especialista em orçamento público, Cesar Lima, destaca que a cota é 12% superior à disponibilizada no ano passado. Além disso, ele avalia que é preciso esperar a parcela de dezembro para compreender se o avanço deste valor extra foi uma sazonalidade ou se permanecerá.
“A boa notícia é que essa cota extra vem 12% maior do que a mesma cota no ano passado. O que mais uma vez demonstra um bom resultado do FPM em relação aos anos anteriores. Vamos aguardar para ver se na próxima cota extra, em dezembro, se haverá uma continuidade deste ano, desses bons resultados”, analisa o especialista.
Confira no mapa abaixo os valores que cada municípios receberá no próximo dia 10 – considerando o valor extra e os recursos do primeiro decêndio de julho:
O segundo semestre começa com baixa nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), quando comparado à primeira parcela de julho de 2024. O valor depositado nas contas das prefeituras de todo o país neste dia 10 será de mais de R$ 3,2 bilhões. No entanto, o montante é cerca de 8% menor que o registrado no mesmo decêndio de julho do ano passado.
Valores comparativos:
Cotações da soja caem até 0,29% no Paraná; trigo registra queda no PR e no RS
O preço da soja nesta quarta-feira (9), apresenta queda entre o interior e o litoral do Paraná, de acordo com dados atualizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
No interior do Paraná, a cotação da soja teve queda de 0,26% e a saca de 60 kg é negociada a R$ 128,70.
Em Paranaguá, no litoral paranaense, o produto caiu 0,29%, sendo vendida a R$ 135,28 a saca.
Preço da soja nos últimos 5 dias em Paranaguá
Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 135,28 | -0,29% | 0,18% | 24,84 |
07/07/2025 | 135,68 | -0,36% | 0,47% | 24,76 |
04/07/2025 | 136,17 | -0,24% | 0,84% | 25,10 |
03/07/2025 | 136,50 | 0,43% | 1,08% | 25,22 |
02/07/2025 | 135,91 | 0,98% | 0,64% | 25,06 |
Preço da soja nos últimos 5 dias no Paraná
Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 128,70 | -0,26% | -0,35% | 23,63 |
07/07/2025 | 129,04 | -0,45% | -0,09% | 23,55 |
04/07/2025 | 129,62 | -0,49% | 0,36% | 23,90 |
03/07/2025 | 130,26 | 0,55% | 0,86% | 24,07 |
02/07/2025 | 129,55 | 0,33% | 0,31% | 23,89 |
A cotação do trigo também apresentou oscilações nesta quarta-feira (9), segundo dados atualizados do mercado. No Paraná, o preço do trigo teve queda de 0,20%, com a tonelada sendo negociada a R$ 1.473,60. O mesmo ocorreu no Rio Grande do Sul, o valor do grão caiu em 0,27% e a tonelada do trigo passou a ser cotada a R$ 1.326,67.
Preço médio do trigo nos últimos 5 dias no Paraná:
Data | Valor R$/t* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$/t* |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 1.473,60 | -0,20% | -1,01% | 270,58 |
07/07/2025 | 1.476,58 | -0,52% | -0,81% | 269,50 |
04/07/2025 | 1.484,25 | -0,08% | -0,30% | 273,64 |
03/07/2025 | 1.485,50 | 0,29% | -0,21% | 274,48 |
02/07/2025 | 1.481,21 | -0,10% | -0,50% | 273,08 |
Preço médio do trigo nos últimos 5 dias no Rio Grande do Sul:
Data | Valor R$/t* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$/t* |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 1.326,67 | -0,27% | -0,80% | 243,60 |
07/07/2025 | 1.330,21 | -0,26% | -0,53% | 242,78 |
04/07/2025 | 1.333,73 | 0,00% | -0,27% | 245,89 |
03/07/2025 | 1.333,73 | 0,08% | -0,27% | 246,44 |
02/07/2025 | 1.332,62 | -0,26% | -0,35% | 245,69 |
Os valores são do Cepea.
A saca de soja e a saca de trigo são as principais unidades de comercialização de grãos no Brasil. Cada saca equivale a 60 quilos, padrão adotado por órgãos oficiais como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Esse formato padronizado facilita o comércio da soja e do trigo, além de permitir um acompanhamento mais preciso das cotações e variações de preços no mercado nacional.
O preço do café arábica subiu 0,19% e a saca de 60 kg está sendo negociada nesta quarta-feira (9) por R$ 1.685,98 na cidade de São Paulo, segundo dados do Cepea.
INDICADOR DO CAFÉ ARÁBICA CEPEA/ESALQ
Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$ |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 1.685,98 | 0,19% | -8,09% | 309,58 |
07/07/2025 | 1.682,70 | -3,12% | -8,27% | 307,12 |
04/07/2025 | 1.736,94 | -0,30% | -5,31% | 320,23 |
03/07/2025 | 1.742,20 | -2,12% | -5,02% | 321,91 |
02/07/2025 | 1.779,95 | -1,52% | -2,97% | 328,16 |
Já o café robusta apresentou redução de 0,11%, sendo negociado a R$ 1.065,55.
INDICADOR DO CAFÉ ROBUSTA CEPEA/ESALQ
Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$ |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 1.065,55 | -0,11% | -3,58% | 195,66 |
07/07/2025 | 1.066,77 | -1,84% | -3,47% | 194,70 |
04/07/2025 | 1.086,76 | 0,44% | -1,66% | 200,36 |
03/07/2025 | 1.082,04 | 1,23% | -2,08% | 199,93 |
02/07/2025 | 1.068,92 | -2,74% | -3,27% | 197,07 |
O preço do açúcar cristal registra variação nesta quarta (9) nas principais praças do estado de São Paulo. Na capital, a saca de 50 kg apresenta recuo de 1,15%, cotada a R$ 116,09.
INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL BRANCO CEPEA/ESALQ - SÃO PAULO
Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 116,09 | -1,15% | -0,45% | 21,32 |
07/07/2025 | 117,44 | 0,61% | 0,71% | 21,43 |
04/07/2025 | 116,73 | 0,14% | 0,10% | 21,52 |
03/07/2025 | 116,57 | 0,53% | -0,03% | 21,54 |
02/07/2025 | 115,95 | -0,44% | -0,57% | 21,38 |
Em Santos (SP), a cotação média — sem impostos — registra alta de 0,41%, com o valor da saca em R$ 123,22.
Indicador Açúcar Cristal - Santos
Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 123,22 | 0,41% | 4,47% | 22,58 |
07/07/2025 | 122,72 | -0,66% | 4,04% | 22,50 |
04/07/2025 | 123,54 | 0,48% | 4,74% | 22,84 |
03/07/2025 | 122,95 | 3,67% | 4,24% | 22,68 |
02/07/2025 | 118,60 | -0,68% | 0,55% | 21,76 |
Nesta quarta-feira (9), a saca de 60 kg do milho é vendida a R$ 63,35, com queda de 0,14% no dia.
INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA
Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
---|---|---|---|---|
08/07/2025 | 63,35 | -0,14% | -5,48% | 11,63 |
07/07/2025 | 63,44 | -0,95% | -5,34% | 11,58 |
04/07/2025 | 64,05 | -0,16% | -4,43% | 11,81 |
03/07/2025 | 64,15 | -1,69% | -4,28% | 11,85 |
02/07/2025 | 65,25 | -0,65% | -2,64% | 12,03 |
Os valores são do Cepea.
Café arábica e café robusta são as duas principais variedades cultivadas e comercializadas no Brasil, ambas medidas em sacas de 60 kg.
A saca de açúcar cristal no Brasil é padronizada em 50 quilos, especialmente para comercialização no mercado atacadista e para uso na indústria alimentícia. Essa unidade de medida é adotada pelo Cepea/Esalq-USP, principal fonte de cotações diárias do açúcar cristal no país.
A saca de milho equivale a 60 kg de grãos, mesmo padrão utilizado para soja e trigo. Essa medida é oficializada por instituições como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Cepea, sendo amplamente usada em negociações e relatórios de preço do milho.
O dólar concluiu o último pregão em alta de 0,11%, cotado a R$ 5,45. A alta refletiu a crescente aversão ao risco por parte dos investidores, impulsionada pelas tensões comerciais globais.
A reafirmação do presidente dos EUA, Donald Trump, de que as novas tarifas entrarão em vigor em 1º de agosto aumentou a incerteza nos mercados, levando à busca por ativos mais seguros.
Esse cenário, somado aos ruídos internos e à instabilidade fiscal no Brasil, contribuiu para a valorização da moeda americana frente ao real.
O euro, por sua vez, fechou em torno de R$ 6,39.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
BRL | 1 | 0,1836 | 0,1564 | 0,1349 | 26,9199 | 0,1461 | 0,2509 | 0,2810 |
USD | 5,4456 | 1 | 0,8527 | 0,7357 | 146,59 | 0,7958 | 1,3665 | 1,5318 |
EUR | 6,3939 | 1,1727 | 1 | 0,8627 | 171,90 | 0,9333 | 1,6024 | 1,7965 |
GBP | 7,4115 | 1,3592 | 1,1592 | 1 | 199,25 | 1,0818 | 1,8574 | 2,0823 |
JPY | 3,71456 | 0,682152 | 0,58170 | 0,501857 | 1 | 0,5428 | 0,93213 | 1,04493 |
CHF | 6,8429 | 1,2566 | 1,0715 | 0,9244 | 184,20 | 1 | 1,7171 | 1,9249 |
CAD | 3,9850 | 0,7318 | 0,6240 | 0,5384 | 107,28 | 0,5824 | 1 | 1,1211 |
AUD | 3,5592 | 0,6527 | 0,5567 | 0,4802 | 95,69 | 0,5195 | 0,8920 | 1 |
Com informações da Investing.com