Para prevenir e detectar precocemente doenças em gestantes e bebês, o Ministério da Saúde recomenda que as mulheres façam ao menos seis consultas de pré-natal durante a gravidez. No estado da Paraíba, as equipes de Atenção Básica realizaram 6,4 mil atendimentos médicos que englobam essa quantidade mínima, entre janeiro e dezembro de 2021. Em todo Brasil, foram feitas 407,9 mil consultas de pré-natal no recorte de seis ou mais por gestante, no mesmo período. Os dados são do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab).
Ainda que a assistência esteja disponível pelo SUS em todas as regiões do país, o quadro de mortalidade materna e infantil é uma preocupação das autoridades de saúde. Isso porque, segundo o Ministério da Saúde, grande parte dos óbitos ocorrem durante a gravidez ou por complicações durante o parto, sendo que 90% das causas, como hipertensão, hemorragia e síndromes infecciosas, são consideradas evitáveis com atenção à saúde precoce e de qualidade.
PRÉ-NATAL: SUS faz acompanhamento de gestantes de alto risco
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“O Ministério da Saúde acredita que a mortalidade materna é uma tragédia social sem precedentes. A perda de uma mãe significa a desestruturação total do núcleo familiar. Há uma frase que a gente veicula [em campanhas educativas] que diz o seguinte: ‘A cada mulher que morre, há uma família que sofre, uma comunidade que fica mais fraca e um país que fica mais pobre”, afirma a ginecologista, obstetra e diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), Lana de Lourdes Aguiar.
Com o propósito de reverter essa situação, o Ministério da Saúde vai investir, em 2022, mais R$ 624 milhões ao financiamento atual de R$ 977 milhões para reestruturar a rede de saúde materna-infantil brasileira. Na avaliação das autoridades de saúde, aprimorar a assistência oferecida da Atenção Primária à Atenção Hospitalar, desde o fortalecimento das maternidades até a criação dos ambulatórios de assistência a gestantes com alto risco para complicações, assegura à mulher o direito ao planejamento familiar, ao parto e ao puerpério e, às crianças, o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Garantir atendimento humanizado e mais próximo possível do cidadão, lembra Lana, é responsabilidade compartilhada pelo governo federal com estados e municípios. “O enfrentamento da mortalidade materna é uma causa dos gestores nas três esferas de governo, bem como de toda a sociedade. Aos estados e municípios cabe a organização da rede de atenção materna e infantil, de modo a atender as necessidades das gestantes e puérperas, ofertar acesso ao pré-natal de qualidade, à atenção ambulatorial e à atenção hospitalar”, ressalta a diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
O pré-natal segue um protocolo para monitoramento da saúde da gestante e do bebê. Inclui anamnese (histórico de sintomas narrados pelo paciente sobre determinado caso clínico), exame físico e análise de exames laboratoriais e de imagem. Como o acolhimento é um dos eixos e diretrizes da Política Nacional de Humanização e de Atenção Obstétrica e Neonatal do Ministério da Saúde, os profissionais de saúde preparam as mulheres para a maternidade por meio de orientações sobre hábitos de vida e higiene pré-natal, conversam sobre a importância de manter o estado nutricional apropriado e sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto. As consultas também tratam das manifestações físicas próprias da gravidez, servem de apoio psicológico para as futuras mamães e são um momento importante para a gestante tirar dúvidas e dividir preocupações e experiências.
“Não só financiamos as ações, como também estabelecemos diretrizes e orientações técnicas para o desenvolvimento de todas elas. Um dos nossos indicadores de desempenho é o pré-natal das gestantes. Há instrumentos e material de orientação para que as equipes se organizem e possam oferecer um bom cuidado, desde o necessário do ponto de vista de equipamento até a conduta clínica, ou seja, como tratar as patologias, doenças, como prevenir e reabilitar para esses dois grupos: mulheres e crianças”, detalha a diretora do Departamento de Saúde da Família (DESF), Renata Maria de Oliveira Costa.
“Queremos evitar que crianças fiquem órfãs, quando perdem a mãe na hora do parto, e que mães não percam seus filhos por conta de uma morte infantil que seria evitável se tivesse o cuidado adequado”, completa.
Na Paraíba, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) criou o Centro Estadual de Regulação Hospitalar (CERH) para a obstetrícia, que regula leitos na linha materno-infantil nos municípios paraibanos. Recentemente, a secretaria estadual também investiu R$ 7 milhões em equipamentos para a rede materno-infantil, em 13 hospitais do estado.
“Precisamos olhar para a nossa rede como um todo, desde a porta de entrada até as maternidades de alto risco. Inclusive, com a ampliação de leitos para neonatos, para melhorar a assistência e reduzir a mortalidade materna e infantil”, afirma a coordenadora de Saúde da Mulher da Paraíba, Fátima Moraes.
O acompanhamento pré-natal é realizado em todas as 932 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do municípios da Paraíba. Para saber informações sobre as UBS, como endereço, horário de funcionamento e principais ações desenvolvidas nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), acesse este link. Confira a lista completa dos hospitais estaduais do SUS:
Para esclarecimento de dúvidas, a Secretaria Estadual de Saúde fornece o número (83) 3211-9098.
O SUS oferta, de maneira gratuita, nove métodos contraceptivos para evitar a gravidez não planejada
O planejamento familiar, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), consiste em um conjunto de ações preventivas e educativas, que orientam a população sobre métodos para evitar a gravidez não planejada. São nove tipos de contraceptivos disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde, além de todas as informações que homens e mulheres precisam para uma vida sexual segura.
O apoio do serviço de saúde e o acompanhamento da equipe médica da Atenção Primária à Saúde (APS) garantem acesso à informação sobre os métodos mais eficazes e seguros, de acordo com o histórico do paciente. Os métodos de planejamento familiar e contraceptivos no SUS incluem a laqueadura de trompas, vasectomia que são métodos irreversíveis, além do uso de anticoncepcionais, preservativos femininos e masculinos e Dispositivo Intra-Uterino (DIU).
O SUS oferta suporte completo para o planejamento da gravidez, para o pré-natal, parto e pós parto, de maneira segura, de qualidade e humanizada. planejada com suporte completo mesmo após o nascimento, preservativos femininos e masculinos, e as pacientes recebem também apoio para as medidas de prevenção e controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
O programa de planejamento familiar é desenvolvido principalmente pela APS nas unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF), que contam com uma rede de apoio de profissionais especializados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
“Quando essa pessoa decide ter um planejamento familiar, ela tem consciência dos métodos que pode utilizar e do momento que pode ou não engravidar”, alerta a enfermeira da rede pública de saúde do Distrito Federal, Isabella Damascena.
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Segundo a diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes Aguiar Lima, o ministério ampliou a oferta do Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre, método contraceptivo não-hormonal eficaz e com durabilidade de até 12 anos.
“Desde o segundo semestre de 2021, o Ministério da Saúde tem oferecido qualificação permanente para os médicos da atenção da saúde da família tanto para ofertar, como para inserir e para acompanhar as mulheres que optarem pelo uso do DIU após indicação do profissional de saúde”, destaca a gestora.
O planejamento familiar faz parte da assistência integral à saúde e deve ser oferecido para todos os brasileiros. A garantia é assegurada pela Lei Federal 9.263/96, vigente há 25 anos. É obrigação do SUS garantir assistência às técnicas de concepção e métodos de contracepção cientificamente comprovados.
Além dos métodos de contracepção, o planejamento familiar do SUS inclui o aconselhamento pré-concepcional e o cuidado pré-natal. Essa medida visa conhecer as expectativas da mulher em relação à gravidez, além de identificar fatores de risco ou doenças que possam interferir na futura gestação.
O Ministério da Saúde, em conjunto com as Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, elaborou a Caderneta da Gestante. O material conta com respostas para as principais dúvidas, exames, direitos da mulher grávida ou puérpera, dicas para uma gravidez saudável e orientações sobre o desenvolvimento do bebê.
A Caderneta da Gestante é disponibilizada gratuitamente em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) e no site do Ministério da Saúde. Este instrumento é importante para a qualificação da atenção pré-natal à medida que os procedimentos e condutas clínicas são realizados e avaliados, sistemática e periodicamente, em todas as consultas, junto com possíveis diagnósticos, que são devidamente registrados no documento.
Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima, solicite os seus contraceptivos e faça o seu exame.
O Ministério da Saúde investiu mais de R$ 95 milhões na compra de métodos contraceptivos, no último ano. Estão disponíveis nove métodos diferentes, entre eles o Dispositivo Intrauterino (DIU), o qual é considerado seguro e possui longa duração. No ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 31,6 mil procedimentos para colocação do DIU em mulheres em idade fértil.
Além do DIU, o serviço de planejamento familiar também oferece o uso de anticoncepcionais, orais e injetáveis; preservativos femininos e masculinos, dentre outros métodos (veja a lista abaixo).
Métodos contraceptivos disponíveis no SUS
As ações do programa têm por objetivo garantir às famílias o direito de ter quantos filhos quiser, no momento que lhes for mais conveniente, com toda a assistência necessária.
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O investimento em planejamento familiar faz parte das estratégias para a assistência integral à saúde da mulher dentro do SUS. Segundo a diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), Lana de Lourdes Aguiar Lima, os recursos são destinados a estados e municípios anualmente. “Nós recebemos essas informações do território, qual o método anticoncepcional que eles querem, a quantidade que eles querem, e a partir daí destinamos esse recurso para a compra”, explica.
O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um método contraceptivo não-hormonal ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Altamente eficaz e de longa duração, é uma excelente opção para mulheres que não estejam programando uma gestação nos próximos anos. Com durabilidade de até 10 anos, pode servir também como um contraceptivo de emergência, quando inserido dentro de cinco dias após o ato sexual sem proteção.
A estudante Maria Eduarda Matos, de 22 anos, colocou o DIU em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Brasília em maio deste ano e se surpreendeu com a rapidez do processo. Após uma consulta e a solicitação de exames, logo em seguida o procedimento foi agendado. “Eles fizeram uma triagem, o processo é bem tranquilo e rápido.”, contou.
Desde o segundo semestre de 2021, o Ministério da Saúde tem oferecido qualificação dos médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF) para oferta, inserção e acompanhamento das mulheres que optarem pelo uso do DIU. A estratégia de ampliação teve destaque na região Norte do país, que já atendeu mais de três mil mulheres.
DIU: números de procedimentos de inserção feitos pelo SUS
Ano 2019 (Jan a Dez) - 19.983
Ano 2020 (Jan a Dez) - 14.187
*Ano 2021 (Jan a Dez) - 31.687
*Dados preliminares
O planejamento familiar faz parte da assistência integral à saúde e deve ser oferecido para todos os brasileiros. A garantia é assegurada pela Lei Federal 9.263/96. É obrigação do Sistema Único de Saúde (SUS) ofertar métodos de contracepção cientificamente comprovados.
“Além dos métodos de contracepção, o planejamento familiar do SUS inclui o aconselhamento pré-concepcional como cuidado pré-natal. Essa medida visa conhecer as expectativas da mulher em relação à gravidez, além de identificar fatores de risco ou doenças que possam interferir na futura gestação”, destacou a coordenadora-geral de Ciclos da Vida substituta, Dressiane Zanardi Pereira.
Dados preliminares de 2021, apontam alta na taxa de óbitos maternos nos últimos dois anos
Com o objetivo de reduzir os óbitos maternos e infantis agravados na pandemia, o Brasil contará com acréscimo de R$ 624 milhões ao financiamento da rede de saúde. O aprimoramento da assistência terá o fortalecimento das maternidades e a criação dos ambulatórios de assistência a gestantes com alto risco para complicações, além dos ambulatórios de seguimento de recém-nascidos e crianças egressas de UTI neonatal.
Com esse montante, o Ministério da Saúde pretende reestruturar o modelo da rede de saúde materna e infantil, para fortalecer a integralidade da assistência e o combate à mortalidade materna e na infância.
Às vésperas do Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, comemorado neste sábado (28), o Ministério da Saúde apontou uma inversão nos motivos dos falecimentos.
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Entre 2017 e 2019, as mortes diretamente ligadas a causas obstétricas, como hipertensão e hemorragias, predominavam. Os dados preliminares de 2021 apontam que causas indiretas, como doenças do sistema respiratório e circulatório, ultrapassaram, somando 1.625 óbitos. Segundo a diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), ginecologista e obstetra Lana de Lourdes Aguiar, com a pandemia, as fragilidades da Rede de Atenção à Saúde foram expostas de Norte a Sul do país.
“Tanto barreiras de acesso quanto a falta de detecção precoce ocasionaram demoras para a realização do diagnóstico e o tratamento oportuno de gestantes e puérperas que eram acometidas pela Covid-19”, afirmou.
A morte materna ocorre durante a gravidez ou dentro de um período de 42 dias seguintes ao parto independentemente da duração, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gestação e seu tratamento.
Para além das estatísticas, fica o vazio das crianças que sequer têm a chance de conhecer quem as trouxe ao mundo. A estudante brasiliense Bianca Amorim, de 21 anos, perdeu a mãe em 2007, em decorrência de problemas no parto da irmã. "A minha mãe teve uma gestação bem complicada. Ela ficou de repouso, fez pré-natal, exames, tomava muitos remédios. Mas teve uma hemorragia durante o parto, que resultou em uma trombose pulmonar e ela não resistiu”, contou.
Com apenas seis anos à época, sem entender bem o que havia acontecido, foi extremamente difícil compreender o fato de que a mãe, que havia saído de casa para dar à luz sua irmãzinha tão esperada, não voltaria mais do hospital.
“E pra mim ficou o vazio da dor, que vai sempre me acompanhar, que a gente só aprende a conviver com ela. Mas o que aquece o meu coração é saber que cada pedaço meu tem um pedacinho dela.”
O painel do Ministério da Saúde mostra que o país vinha registrando uma queda nos óbitos de gestantes e puérperas entre 2017 e 2019. No entanto, em 2020, com o início da disseminação do coronavírus, a situação mudou.
Apesar de atingir todas as Unidades de Federação, segundo o DAPES, os óbitos maternos concentram-se mais nas regiões Norte e Nordeste, dadas as dificuldades acentuadas pelos vazios assistenciais. Apesar disso, com a pandemia, observou-se um aumento representativo da mortalidade materna em estados como Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal.
Região/Unidade da Federação | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 |
Norte | 78,4 | 74,7 | 73,2 | 83,8 | 93,6 | 76 | 84,5 | 88,9 | 80,8 | 82,5 | 98,9 |
Rondônia | 83,2 | 58,3 | 64,1 | 94,2 | 87,7 | 57,7 | 56,4 | 87,3 | 47,8 | 59,6 | 78,1 |
Acre | 48,8 | 33,7 | 53,9 | 58,6 | 46,7 | 58,9 | 69,7 | 48,9 | 54,4 | 49,1 | 33 |
Amazonas | 119,5 | 84,6 | 85 | 81,6 | 120,8 | 78,8 | 84,7 | 75,6 | 108,4 | 84,8 | 101,8 |
Roraima | 13,8 | 67,5 | 38 | 74,5 | 60,4 | 96,4 | 52,7 | 59,6 | 100,6 | 91,9 | 146,4 |
Pará | 69,7 | 73,8 | 78,9 | 86,7 | 96,4 | 72,9 | 86,4 | 107,4 | 81,4 | 96,1 | 107,1 |
Amapá | 26,8 | 53,3 | 54,1 | 119,7 | 66 | 110,8 | 141,7 | 45,5 | 88,3 | 32,6 | 102,5 |
Tocantins | 76,8 | 112,6 | 53,3 | 61,2 | 60,1 | 85,6 | 92,2 | 96,3 | 31,6 | 71,4 | 79,2 |
Nordeste | 83,3 | 77,9 | 72,7 | 82,4 | 77,9 | 75,3 | 78 | 73,2 | 67,1 | 63,6 | 91,8 |
Maranhão | 133,7 | 109,8 | 96,1 | 123,8 | 100,9 | 116,5 | 122,2 | 101,8 | 90,6 | 80,6 | 108,9 |
Piauí | 125 | 107,1 | 126 | 130,2 | 86,8 | 103,6 | 108,5 | 88,6 | 105,8 | 98,1 | 101 |
Ceará | 70,6 | 68,4 | 69,4 | 74,5 | 65,3 | 49,1 | 63,4 | 65,7 | 68,4 | 58,1 | 97,6 |
Rio Grande do Norte | 36,6 | 68,6 | 66 | 54,5 | 74,8 | 68,4 | 77,2 | 77,9 | 58,6 | 70,4 | 78,1 |
Paraíba | 61,8 | 61,7 | 61,5 | 70,9 | 63 | 81,8 | 99,9 | 67,8 | 53,2 | 62,8 | 97,7 |
Pernambuco | 61,9 | 57,5 | 56 | 64,3 | 63,4 | 67,6 | 58,1 | 63,3 | 59,2 | 48 | 70,8 |
Alagoas | 74,4 | 66,8 | 56,3 | 71,6 | 104,1 | 59,1 | 51,9 | 37,7 | 49,5 | 58,2 | 82,7 |
Sergipe | 71,1 | 83 | 70,4 | 67,2 | 66,9 | 51,6 | 55,9 | 56,1 | 58,8 | 36,7 | 97,5 |
Bahia | 87,3 | 80,6 | 70 | 80,6 | 81 | 75,4 | 72,6 | 76,9 | 60,8 | 64 | 93,1 |
Sudeste | 56 | 48,7 | 46,5 | 50,1 | 53,9 | 54,3 | 55,8 | 62,3 | 53,2 | 53,5 | 65,1 |
Minas Gerais | 50,5 | 40,3 | 36,6 | 47,6 | 49 | 47 | 46,9 | 45,2 | 51,2 | 44,4 | 51 |
Espírito Santo | 65,6 | 60,8 | 64,4 | 59,6 | 109,2 | 73,1 | 48,7 | 71,6 | 63,9 | 56,2 | 68,8 |
Rio de Janeiro | 83,6 | 74,3 | 80,8 | 80,3 | 71,9 | 67,1 | 71,6 | 84,7 | 61,7 | 74,5 | 95,4 |
São Paulo | 47,6 | 42 | 36,8 | 39,3 | 44,2 | 50,8 | 54,4 | 60,6 | 50 | 49,7 | 60,1 |
Sul | 62,8 | 50,4 | 54,5 | 36,6 | 41,7 | 43,7 | 44,2 | 38,5 | 38,2 | 38,3 | 45,6 |
Paraná | 65,4 | 52,7 | 38,4 | 41,7 | 41,3 | 51,7 | 50,3 | 31,7 | 38,4 | 45,5 | 52,6 |
Santa Catarina | 38,1 | 30,7 | 45,4 | 31,4 | 30,2 | 30,9 | 31,5 | 40,7 | 35,1 | 30,6 | 31,7 |
Rio Grande do Sul | 75,6 | 60,5 | 78,3 | 34,2 | 49,7 | 43,4 | 46 | 44,5 | 40,3 | 39,9 | 48,3 |
Centro-Oeste | 77,2 | 68,2 | 64,3 | 62,5 | 60,2 | 65,9 | 67,3 | 56,9 | 64,9 | 59 | 77 |
Mato Grosso do Sul | 113,8 | 92,4 | 73,1 | 66,7 | 79,3 | 88,2 | 80,1 | 60,3 | 84,9 | 64,5 | 48,8 |
Mato Grosso | 76,9 | 83,9 | 58,5 | 71,6 | 63,7 | 82,9 | 78,5 | 61,1 | 58 | 64,6 | 91,8 |
Goiás | 69,1 | 50,9 | 70,5 | 56,7 | 53,8 | 56,6 | 56,5 | 56,4 | 64,7 | 69,7 | 90,5 |
Distrito Federal | 60,7 | 61,8 | 49,4 | 60,3 | 51 | 43,7 | 64,6 | 49,4 | 54,3 | 21,2 | 53,4 |
Brasil | 68,9 | 61,8 | 59,3 | 62,1 | 63,8 | 62 | 64,4 | 64,5 | 59,1 | 57,9 | 74,7 |
Segundo a médica Lana de Lourdes Aguiar, diretora do DAPES, até a pandemia, a mortalidade materna fazia parte de um indicador de desigualdade social, cenário que passou a não ter mais precedentes. “Ao observar os estados com trajetória positiva na rede de atenção materna e infantil, e com Índices de Desenvolvimento Humano superiores a muitos estados brasileiros, estes performaram insatisfatoriamente no atendimento ágil e oportuno de gestantes e puérperas com Covid.”
Dos óbitos que ocorrem durante a gravidez ou por complicações durante o parto, 90% das causas são consideradas evitáveis, com atenção à saúde precoce e de qualidade.
As ações, de acordo com o DAPES, serão voltadas à atenção a gestantes, parturientes, puérperas e bebês com a criação da Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami). “Estamos mantendo todos os serviços da antiga Rede Cegonha e agora trabalhando para ampliar, fortalecer esses componentes que já eram propostos no passado e oferecer um cuidado mais integral com a Rami”, destacou Aguiar.
O aprimoramento da assistência contará com o fortalecimento das maternidades e a criação dos ambulatórios de assistência a gestantes com alto risco para complicações.
Segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, a análise desses dados é um indicador importante para medir a qualidade dos serviços de saúde e direcionar melhor ações e recursos. “Os processos de vigilância e análise contínua de dados, e ter acesso a informações oportunas de qualidade, facilitam e favorecem uma resposta adequada a essas situações e agravos de saúde.”
A taxa de incidência de zika na região, ou seja a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, é uma das mais altas do país. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e a chikungunya. Nirma Damas tem 68 anos e é moradora de Belo Horizonte. Ela contraiu dengue e conta que os cuidados redobraram após a infecção: “E a partir daí eu passe a cuidar mais ainda dessas questões pra evitar, e também vigio os meus vizinhos, peço pra eles também manterem a situação da casa deles, do quintal deles, de forma que não...é... acumule água, pra gente evitar a procriação do mosquito da dengue.”
O número de registros de zika na região ultrapassou os mil casos em 2021. Autoridades Conselheiro Pena teve 589 e Mutum, 531. A incidência de zika também é alta em Itueta, Ipanema, Resplendor e Santa Rita do Itueto. Já Conceição do Ipanema registrou alta incidência de dengue, no mesmo período.
O coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, explica que, hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país. Mas ele lembra que isso não quer dizer que as cidades próximas não devam se preocupar: “O vírus da dengue tem um potencial de distribuição geográfica muito rápida e muito grande, tanto que se a gente pegar regiões onde a gente tem uma baixa transmissão que sejam contíguas, principalmente regiões metropolitanas, regiões vizinhas, a gente vê essa expansão muito rápida. Porque a gente tem o vetor. O vetor estando presente, isso faz com que a gente tenha uma maior transmissão e as pessoas infectadas transitam por essas regiões.”
Dengue: sintomas costumam ser leves, mas podem evoluir para casos graves
Brasil tem queda de 42,6% nos casos de dengue entre 2020 e 2021, mas números ainda são altos
O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um anoo para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.
Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.
A primeira antena de internet 5G do sul do país foi inaugurada na zona rural de Londrina, no norte do Paraná. O equipamento está sendo usado para testes de forma experimental pelo setor agrícola, até que o leilão dessa nova frequência seja realizado no dia 4 de novembro. A expectativa é que o setor tenha um ganho de produtividade com o recebimento, transmissão e armazenamento de dados de forma mais rápida e com qualidade.
A antena foi instalada na área da Embrapa Soja, espaço conhecido por ser um pólo de desenvolvimento tecnológico para o campo. Segundo o deputado federal Gustavo Fruet (PDT-PR), se espera agilidade na implantação da nova tecnologia e acesso o mais amplo possível. “Nós estamos já com o uso da inteligência artificial, todo um trabalho com relação às cidades inteligentes, toda a tecnologia sendo incorporada na área rural e o que se espera é que não se concentre somente em áreas altamente rentáveis, como as regiões centrais e os grandes centros urbanos”, afirmou.
O setor produtivo será fortemente impactado pela chegada do 5G, que facilitará a conectividade das máquinas. Com a tecnologia, o produtor terá acesso a dados de qualquer lugar do mundo, possibilitando que a gestão de propriedades rurais possa ser feita a distância, com qualidade na recepção, armazenamento e transmissão de dados e imagens. São esperadas também melhorias significativas na organização da produção das fazendas.
Com a tecnologia, é esperada uma verdadeira revolução na conectividade, como pontuou o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet. “Terá um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas. Porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, afirmou.
A expectativa é que o sinal transmitido pela antena de Londrina em fase experimental chegue a todos os equipamentos que estiverem em um raio de três quilômetros e tenham tecnologia capaz de receber o sinal 5G. A nova tecnologia de transmissão ainda vai demandar das empresas de telefonia investimentos em equipamentos para que o sinal chegue a todos os usuários. O planejamento do Governo Federal é alcançar todas as capitais brasileiras até meados de 2022 e o país inteiro até 2028.
O leilão do 5G vai ampliar e acelerar a implantação de Cidades Inteligentes. A estrutura de rede móvel mais rápida permitirá troca exponencialmente maior de dados em conexões ultra estáveis e de alta velocidade, possibilitando soluções inteligentes para iluminação, segurança e rastreamento de veículos, por exemplo, dentro do contexto da chamada Internet das Coisas (IoT).
A Rua Sergipe, na capital paranaense, já recebeu tecnologia de ponta por meio do projeto Cidades Inteligentes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que leva para o espaço urbano tecnologias para melhorar a qualidade de vida da população. A instalação de Wi-Fi foi feita na principal avenida comercial da cidade para que os comerciantes possam trazer promoções e coletarem informações dos clientes que passam por lá.
O prefeito Marcelo Belinati explicou como a tecnologia vai funcionar. “Você vai entrar lá no Wi-Fi e às vezes vai aparecer uma promoção, você tem cinquenta anos de idade, daqui três quadras em tal loja, tem é uma loja que está com promoção de um sapato. Por que tudo isso? É a tecnologia a favor do cidadão, a ideia é exatamente fazer com que a rua Sergipe seja um projeto piloto para toda Londrina, para Paraná e para o Brasil."
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para 4 de novembro o leilão das faixas de frequência do 5G no Brasil, que deve movimentar R$ 49,7 bilhões. Desse total, R$ 10,6 bilhões devem ser desembolsados pelas empresas vencedoras para pagamento das outorgas (direito de explorar comercialmente o 5G). Esse valor irá para o caixa do governo, se todos os lotes ofertados forem arrematados. E outros R$ 39,1 bilhões terão que ser investidos pelas empresas vencedoras para cumprir as contrapartidas, exigências previstas no edital.
No leilão, serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimentos para a implantação da tecnologia.
O edital prevê, para cada uma das quatro faixas, exigências que terão que ser cumpridas pelas empresas vencedoras do leilão, como disponibilizar 5G nas capitais do país até julho de 2022, levar internet 4G para as rodovias e a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal.
São Paulo será o primeiro estado brasileiro a adotar o modelo de Sandbox Regulatório Estadual do Brasil. Trata-se de um ambiente de teste regional criado para apoiar empresas e startups a testarem projetos inovadores na temática de Cidades Inteligentes, tendo em vista a chegada do 5G. A iniciativa prevê acabar com as limitações impostas pelas regulamentações vigentes.
Segundo o deputado federal Eduardo Cury (PSDB-SP), a consolidação do ambiente de testes colocará o Brasil em um patamar de competitividade em relação ao restante do mundo, criando também um novo mercado de trabalho. “Com o 5G e depois a Internet das Coisas tudo vai estar conectado. Um poste, uma pessoa, um animal, entre veículos. Isso vai permitir uma série de novos negócios que hoje em dia não são perceptíveis para a maioria e a grande parte da população”, destacou.
O conceito de Cidades Inteligentes prevê a interação entre pessoas, usando energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. Os municípios serão capazes de implantar soluções para iluminação, segurança e rastreamento de veículos, por exemplo.
A melhora no planejamento e gestão urbana dará resposta às necessidades sociais e econômicas da sociedade. O novo mercado deve promover ainda o desenvolvimento econômico com planos locais para a indústria, inovação e iniciativas empreendedoras.
Para o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet, a revolução tecnológica causada pelo 5G deve impactar sobretudo o setor produtivo. “Terá um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas. Porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, afirmou.
Para chegar a toda a população, a nova tecnologia de transmissão ainda vai demandar das empresas de telefonia investimentos em equipamentos para que o sinal chegue em todo o país. O planejamento do Governo Federal é alcançar todas as capitais brasileiras até meados de 2022 e o país inteiro até 2028.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para 4 de novembro o leilão das faixas de frequência do 5G no Brasil, que deve movimentar R$ 49,7 bilhões. Desse total, R$ 10,6 bilhões devem ser desembolsados pelas empresas vencedoras para pagamento das outorgas (direito de explorar comercialmente o 5G). Esse valor irá para o caixa do governo, se todos os lotes ofertados forem arrematados. E outros R$ 39,1 bilhões terão que ser investidos pelas empresas vencedoras para cumprir as contrapartidas, ou seja, as exigências previstas no edital.
No leilão, serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimentos para a implantação da tecnologia.
O edital prevê, para cada uma das quatro faixas, exigências que terão que ser cumpridas pelas empresas vencedoras do leilão, como disponibilizar 5G nas capitais do país até julho de 2022, levar internet 4G para as rodovias do país e a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal.
A chegada da internet 5G no Espírito Santo deve mudar a perspectiva de conectividade dentro e fora das empresas. Tudo o que é ligado a automação, como centros de distribuição (CD), logística e movimentação mecânica, deve ganhar velocidade. A estrutura portuária do estado é responsável por 25% do comércio exterior do Brasil, setor que deve ser fortemente impulsionado pela eficiência da rede móvel 5G, que é 20 vezes mais rápida.
Segundo o deputado federal Evair Melo (PP-ES), essa característica comercial do estado deve ser diretamente beneficiada, permitindo reduzir as distância e otimizar o tempo. “Essa conexão de máquinas vai trazer a tecnologia para relação direta na vida das pessoas. O Espírito Santo vai poder a partir da capital Vitória, que será uma das primeiras capitais contempladas, ter a tecnologia e naturalmente vai disponibilizar para a maioria das pessoas. Com certeza o nosso estado será ainda mais competitivo”, disse.
Tráfego de carga coordenado e autônomo para passageiros, logística totalmente automatizada e controle nos portos são alguns pontos que a digitalização trará ao tráfego hidroviário, se tornando um impulso ao setor de infraestrutura.
O deputado destacou, ainda, que a tecnologia deve trazer naturalmente um grande número de oportunidades, pois o investimento em infraestrutura é uma maneira eficaz de impulsionar o crescimento econômico, já que, além de incentivar a criação de postos de trabalho, reduz também os custos operacionais e deve fomentar o desenvolvimento urbano dos municípios do estado a médio e longo prazo.
Para o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet, a revolução tecnológica causada pelo 5G deve impactar sobretudo o setor produtivo. “Terá um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas. Porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, afirmou.
Para chegar a toda a população, a nova tecnologia de transmissão ainda vai demandar das empresas de telefonia investimentos em equipamentos para que o sinal chegue em todo o país. O planejamento do Governo Federal é alcançar todas as capitais brasileiras até meados de 2022 e o país inteiro até 2028.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para 4 de novembro o leilão das faixas de frequência do 5G no Brasil, que deve movimentar R$ 49,7 bilhões. Desse total, R$ 10,6 bilhões devem ser desembolsados pelas empresas vencedoras para pagamento das outorgas (direito de explorar comercialmente o 5G). Esse valor irá para o caixa do governo, se todos os lotes ofertados forem arrematados. E outros R$ 39,1 bilhões terão que ser investidos pelas empresas vencedoras para cumprir as contrapartidas, ou seja, as exigências previstas no edital.
No leilão, serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimentos para a implantação da tecnologia.
O edital prevê, para cada uma das quatro faixas, exigências que terão que ser cumpridas pelas empresas vencedoras do leilão, como disponibilizar 5G nas capitais do país até julho de 2022, levar internet 4G para as rodovias e a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal.
O Hospital Mater Dei Salvador, que está sendo construído na capital baiana, deve começar a funcionar no início do ano que vem. Com a chegada do 5G no Brasil, a unidade que promete ser referência em tecnologia na saúde já prevê a realização de procedimentos cirúrgicos remotos. A telemedicina é uma especialidade médica que oferece serviços a distância para o cuidado com a saúde, realidade que deve se tornar cada vez mais comum com a implantação da nova tecnologia, que pode ser até 20 vezes mais rápida que as redes atuais.
Para o deputado federal Alex Santana (PDT-BA), o 5G oferece perspectivas positivas para a medicina: “Soluções mais rápidas com relação a exames, hospitais, que tenham maior nível de tecnologia para resposta na área de saúde”, disse. De acordo com o parlamentar, a instalação do 5G deve facilitar que empresas do segmento da telemedicina se instalem no interior, se conectando com cidades-pólo para oferecer atendimento.
A telemedicina tem grande potencial de melhorar o atendimento em saúde no país, pois facilita os processos ao colocar um maior número de pessoas em contato com a saúde de forma on-line, conectadas a profissionais capacitados para esse tipo de assistência. A melhoria da rede móvel deve possibilitar a redução do tempo de atendimento e dos custos operacionais, com assistência a distância em comunidades que precisam, mas não têm acesso ao médico.
Com a tecnologia, é esperada uma verdadeira revolução na conectividade, como pontuou o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet. “Terá um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas. Porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, afirmou.
Além disso, o deputado Alex Santana destacou que os investimentos ocasionados pelo leilão das faixas de frequência consequentemente devem resultar também em ganhos diretos para a economia local. “A implantação da tecnologia 5G na Bahia deve gerar no nosso entendimento vagas de emprego, muitas aberturas de postos de trabalho. Irá facilitar que empresas se instalem nas cidades e nos interiores criando novas oportunidades.”
A nova tecnologia de transmissão ainda vai demandar das empresas de telefonia investimentos em equipamentos para que o sinal chegue em todo o país. O planejamento do Governo Federal é alcançar todas as capitais brasileiras até meados de 2022 e o país inteiro até 2028.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para 4 de novembro o leilão das faixas de frequência do 5G no Brasil, que deve movimentar R$ 49,7 bilhões. Desse total, R$ 10,6 bilhões devem ser desembolsados pelas empresas vencedoras para pagamento das outorgas (direito de explorar comercialmente o 5G). Esse valor irá para o caixa do governo, se todos os lotes ofertados forem arrematados. E outros R$ 39,1 bilhões terão que ser investidos pelas empresas vencedoras para cumprir as contrapartidas, ou seja, as exigências previstas no edital.
No leilão, serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimentos para a implantação da tecnologia.
O edital prevê, para cada uma das quatro faixas, exigências que terão que ser cumpridas pelas empresas vencedoras do leilão, como disponibilizar 5G nas capitais do país até julho de 2022, levar internet 4G para as rodovias e a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal.
Marco zero da indústria de base tecnológica no Brasil, o Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, foi pioneiro no experimento da internet 5G. A implantação da tecnologia, que pode ser até 20 vezes mais rápida do que as redes atuais, deve acelerar o desenvolvimento das Smart Cities, as cidades inteligentes.
O conceito de cidades inteligentes engloba a implantação de soluções inteligentes para iluminação, segurança e rastreamento de veículos, dentro do contexto da chamada Internet das Coisas (IoT). Por meio dos postes da cidade, podem ser desenvolvidas soluções inteligentes para a área de segurança pública e iluminação: por exemplo, aumentar a intensidade da iluminação pública em locais em que se identifique a possibilidade de um furto ou roubo.
A estrutura de rede mais nova e rápida permitirá a troca exponencialmente maior de dados em conexões ultra estáveis e de alta velocidade. Os municípios serão capazes de implantar redes abrangentes, integradas e interativas, com câmeras fixas e móveis de alta definição e outros sensores.
O setor produtivo também será fortemente impactado pela chegada do 5G, que facilitará a conectividade das máquinas, resultando em ganho de produtividade. De acordo com o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet, as empresas devem ser as maiores impactadas pela automação dos serviços.
“Terá um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas. Porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, afirmou.
A nova tecnologia de transmissão ainda vai demandar das empresas de telefonia investimentos em equipamentos para que o sinal chegue em todo o país. O planejamento do Governo Federal é alcançar todas as capitais brasileiras até meados de 2022 e o país inteiro até 2028.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para 4 de novembro o leilão das faixas de frequência do 5G no Brasil, que deve movimentar R$ 49,7 bilhões. Desse total, R$ 10,6 bilhões devem ser desembolsados pelas empresas vencedoras para pagamento das outorgas (direito de explorar comercialmente o 5G), esse valor irá para o caixa do governo, se todos os lotes ofertados forem arrematados. E outros R$ 39,1 bilhões terão que ser investidos pelas empresas vencedoras para cumprir as contrapartidas, exigências previstas no edital.
Para o deputado federal Zé Vitor (PL/MG), os investimentos alavancados com o leilão do 5G devem ter um impacto econômico e social imensurável, aplicados no desenvolvimento dos municípios. “Eu não tenho dúvida que o setor produtivo será beneficiado e todo cidadão também terá a oportunidade de acompanhar os serviços tanto da iniciativa privada que ele adquire, bem como os produtos, e também pode ter acesso a melhores serviços públicos”, disse.
No leilão, serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimentos para a implantação da tecnologia.
O edital prevê, para cada uma das quatro faixas, exigências que terão que ser cumpridas pelas empresas vencedoras do leilão, como disponibilizar 5G nas capitais do país até julho de 2022, levar internet 4G para as rodovias do país e a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal.